Geert Wilders: o político anti-Islã que venceu eleições na Holanda:free bet bônus

Mas para cumprir afree bet bônuspromessafree bet bônusser um "primeiro-ministro para todos", Wilders precisará antes persuadir outros partidos a se juntarem a elefree bet bônusuma coligação, já que os assentos conquistados na votação não são suficientes para formar maioria.

Para isso, o líder do PVV precisa conquistar 76 assentos no Parlamentofree bet bônus150 deputados.

Em uma reunião do partido nesta quinta-feira (23/11), Wilders,free bet bônus60 anos, foi aplaudido e celebrado por aliadosfree bet bônusuma sala repletafree bet bônuscâmerasfree bet bônusTV.

Ele disse à BBC que "é claro" que estava disposto a negociar e possivelmente fazer concessões para se tornar o novo primeiro-ministro.

Fronteiras, Alcorão e União Europeia

O líder do PVV saiu vitorioso após uma campanha baseada na frustração generalizada da população sobre a imigração no país.

No ano passado, o totalfree bet bônusimigrantes na Holanda mais do que duplicou, ultrapassando os 220 mil,free bet bônusum aumento que se devefree bet bônusparte aos refugiados que deixaram a Ucrânia após o país ser invadido pela Rússia.

A insatisfação com o fluxo, porém, foi agravada pela crisefree bet bônusmoradias enfrentada pelo país.

Segundo uma pesquisa encomendada pelo governo holandês,free bet bônus2023 são necessárias 390 mil casas a mais para acomodar toda a população.

Frequentemente comparado ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, pelafree bet bônusretórica inflamada e pelo uso das redes sociais, ele prometeu "fechar as fronteiras" do país.

Figura proeminente da direita radical na Europa, o político chegou a afirmar que proibiria o Alcorão, o livro sagrado do Islã, mas adiou posteriormente esse plano.

O holandês foi eleito pela primeira vez para o Parlamentofree bet bônus1998 pelo Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), mas deixou a legendafree bet bônus2004 e criou o seu próprio partido.

Desde antes da mudançafree bet bônuslegenda, porém, Wilders já era conhecido por suas posições radicaisfree bet bônusrelação ao islamismo e à imigração.

O deputado e seu partido advogam há anos pela proibiçãofree bet bônusmesquitas, do Alcorão e das escolas islâmicas no país.

Wilders também já chegou a descrever o Islã como "uma ideologiafree bet bônusuma cultura retardada" e chamou os marroquinosfree bet bônus"escória".

Ao lado dos turcos, os marroquinos são a principal população imigrante na Holanda.

As declaraçõesfree bet bônusWilders renderam a ele ameaçasfree bet bônusmorte e ele precisou viver sob forte proteção policial durante anos.

Fora da Holanda, seus comentários sobre o profeta Maomé também levaram a protestos violentosfree bet bônuspaísesfree bet bônuspopulações muçulmanas.

Mas Wilders diz agora que "há obviamente prioridades mais importantes" e faloufree bet bônuscolocar algumas das suas políticasfree bet bônus"pausa", indicando que está interessadofree bet bônusdesempenhar um papel no governo.

Anti-União Europeia, o líder do PVV insiste que a Holanda controle as fronteiras, reduza significativamente os seus pagamentos ao bloco e proíba a entradafree bet bônusnovos membros.

Ele prometeu realizar um referendo para deixar a UE, apelidadofree bet bônus"Nexit", mas reconheceu que não há vontade nacional para repetir os passos tomados pelo Reino Unido.

Analistas também acreditam que será difícil convencer qualquer potencial parceirofree bet bônuscoligação a aderir a essa ideia.

Ele se mostrou combativo no seu discursofree bet bônusvitória: "Queremos governar e... governaremos. [O número dos assentos é] um enorme elogio, mas também uma enorme responsabilidade."

Horas antes da votação, Wilders estava entusiasmado com suas chances.

"Acho que é a primeira vez na Holanda quefree bet bônusuma semana ganhamos 10 cadeiras nas urnas", disse ele à BBC.

Wilders se mostrou realista sobre a difícil tarefa que enfrentará na formaçãofree bet bônusum governo liderado por ele, mas disse ser uma pessoa otimista e que a vitória tornaria "difícil para os outros partidos nos ignorarem".

Negociações

Antes da votação, os outros três grandes partidos do país descartaram a possibilidadefree bet bônusparticiparfree bet bônusum governo liderado por Wilders devido às suas políticas.

Mas ao que tudo indica, o cenário pode mudar diante do tamanhofree bet bônussua vitória.

A aliançafree bet bônusesquerda liderada pelo ex-comissário da União Europeia, Frans Timmermans, obteve o segundo lugar nas urnas, com 25 assentos, segundo uma previsão baseada na apuraçãofree bet bônus94% dos votos.

Timmermans deixou claro que não integraria um governo liderado por Wilders, prometendo defender a democracia holandesa e o Estadofree bet bônusdireito.

"Não deixaremos ninguém na mão na Holanda. Na Holanda todos são iguais", disse ele aos seus apoiadores.

Os resultados também apontam para um cenáriofree bet bônusque o partido VVD, liberalfree bet bônuscentro-direita que controla o governo atualmente, ficariafree bet bônusterceiro lugar, sob o comandofree bet bônussua nova líder, Dilan Yesilgöz.

Um novo partido formado pelo deputado Pieter Omtzigt ficoufree bet bônusquarto.

Tanto Yesilgöz como Omtzigt felicitaram Wilders pelo resultado.

Embora a líder do VVD duvide que Wilders consiga aliados suficientes para se tornar primeiro-ministro, ela diz que cabe aos seus colegasfree bet bônuspartido decidir como agir a partirfree bet bônusagora.

Antes da eleição, ela insistiu que não serviriafree bet bônusum gabinete liderado pelo PVV, mas não descartou trabalhar com seus membros caso vencesse.

Porfree bet bônusvez, Omtzigt afirmou inicialmente que o seu partido Novo Contrato Social não formaria uma coalizão com Wilders, mas agora diz estar "disponível para transformar esta confiança [dos eleitores]free bet bônusação".

A eleiçãofree bet bônusWilders como primeiro-ministro pode provocar ondasfree bet bônuschoque por toda a Europa, já que a Holanda é um dos membros fundadores do que se tornou a União Europeia.

Líderes nacionalistas e da direita radicalfree bet bônustoda a Europa comemoraram afree bet bônusvitória.

Na França, Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, disse que isso "confirma o crescente apego à defesa das identidades nacionais".

Nos últimos momentos antes da eleição desta quarta, porém, Wilders moderoufree bet bônusretórica anti-islâmica, dizendo que estava preparado para "colocar na geladeira" suas políticasfree bet bônusproibiçãofree bet bônusmesquitas e escolas islâmicas.

A estratégia foi um sucesso e mais do que duplicou o númerofree bet bônusassentos conquistado por seu partido PVV no Parlamento.

Durante a campanha, Wilders também se aproveitou da insatisfação generalizada com o governo anterior, comandado por Mark Rutte, do VVD, que desabou diante da dificuldade internafree bet bônuschegar a um acordo sobre novas regrasfree bet bônusimigração e acolhimentofree bet bônusrefugiados.

Para o cientista político Martin Rosema, da Universidadefree bet bônusTwente, na Holanda, esse foi um dos vários presentes que Wilders recebeu dos seus adversários nos últimos meses.

Outra vantagem foi que Yesilgöz abriu as portas para trabalhar com ele numa coligação.

"Sabemos, também por precedentes internacionais, que os partidos radicaisfree bet bônusdireita se saem pior quando são excluídos", diz.

Na sede do VVDfree bet bônusYesilgöz,free bet bônusHaia, seus apoiadores se preparavam para comemorar a perspectivafree bet bônusuma mulher ser escolhida primeira-ministra da Holanda pela primeira vez.

Mas o otimismo se esvaiu quando as primeiras pesquisasfree bet bônusbocafree bet bônusurna apontaram a vitóriafree bet bônusWilders.

Yesilgöz assumiu o cargofree bet bônuslíder do VVD quando o primeiro-ministro mais longevo da história do país, Mark Rutte, abandonou a políticafree bet bônusjulho.

Ela se mudou para a Holanda aos sete anos como uma refugiada turca, mas adotou uma linha durafree bet bônusrelação à imigração emfree bet bônuscarreira.

Alguns políticos e figuras muçulmanas a acusaramfree bet bônusabrir a porta à direita radical ao mostrar-se aberta à possibilidadefree bet bônustrabalhar com Geert Wilders.

Aos 46 anos, Yesilgöz tentou se distanciar do governo Rutte, no qual era ministra da Justiça, mas acabou não correspondendo aos resultados apontados pelas pesquisasfree bet bônusopinião.

Até às vésperas das eleições, quase metade do eleitorado era descrito como indeciso pelas sondagens.

Muitos desses holandeses provavelmente decidiram não apoiar Yesilgöz.

*Com reportagemfree bet bônusPaul Kirby e Anna Holligan, da BBC Newsfree bet bônusHaia