Ilhapixbet gratis entrarcalor: o 'assassino silencioso' que assusta o verão da Austrália:pixbet gratis entrar
A casapixbet gratis entrarSanaa fica numa região no interiorpixbet gratis entrarSydney, onde as temperaturas podem registrar 10 ºC a mais do que nos bairros que ficam à beira-mar — resultado da geografia da cidade, onde faltampixbet gratis entrarespaços verdes e abundam superfícies que retêm o calor.
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Essa região específica — o oestepixbet gratis entrarSydney — tem uma das populações urbanaspixbet gratis entrarcrescimento mais rápido do país, bem como taxaspixbet gratis entrarpobreza crescentes.
E os dados meteorológicos mostram que os termômetros já ultrapassam os 35 ºCpixbet gratis entrarpelo menos umpixbet gratis entrarcada 10 diaspixbet gratis entrarverão.
O calor é conhecido como o "assassino silencioso" da Austrália porque é mais mortal do que todos os outros desastres naturais combinados.
O problema é que o fenômeno não deixa evidências claras sobre o tamanhopixbet gratis entrarseu impacto.
Isso porque esse impacto não é sentidopixbet gratis entrarforma igual.
Maispixbet gratis entrar60% das mortes relacionadas às altas temperaturas ocorrempixbet gratis entrarcomunidades desfavorecidas como apixbet gratis entrarShah, de acordo com uma empresa especializadapixbet gratis entrarmodelos climáticos.
Agora, os especialistas dizem que, sem a intervenção do governo, a "desigualdade social" desempenhará um papel decisivo na sobrevivência às temperaturas cada vez mais escaldantes da Austrália.
'Ilhaspixbet gratis entrarcalor urbanas'
A Austrália define uma ondapixbet gratis entrarcalor como três ou mais dias consecutivospixbet gratis entrartemperaturas diurnas e noturnas excepcionalmente altas.
Épixbet gratis entrarmeio a essas condições mais quentes que o corpo pode ter dificuldade para se resfriar, o que provoca uma sériepixbet gratis entrarproblemas, incluindo a insolação, que pode provocar falência múltiplapixbet gratis entrarórgãos se não for revertida a tempo.
Pessoas idosas ou com problemas médicos crônicos correm maior risco — mas qualquer pessoa que não consiga se resfriar pode correr riscopixbet gratis entrarmorte.
Segundo dados oficiais, o calor matou quase 300 australianos na última década, com 7 mil necessitando hospitalização.
Mas um estudo da Universidade Nacional da Austrália mostra que há subnotificação nesses números, porque as certidõespixbet gratis entraróbito não registram informações detalhadas sobre a causa da morte.
Seguindo critérios mais específicos e detalhados, o levantamento estimou que o calor contribuiu para 36 mil mortes na Austrália entre 2006 e 2017.
Grande parte do perigo está relacionada ao que cientistas chamampixbet gratis entrar"ilhaspixbet gratis entrarcalor urbanas".
O termo descreve as áreas construídas que são cobertas por materiais que amplificam o calor, como o concreto, o asfalto e as fileiraspixbet gratis entrarcasas com telhados escuros, que atraem o sol e aumentam a temperaturapixbet gratis entrarseu interior.
O oestepixbet gratis entrarSydney — onde vivem 2,5 milhõespixbet gratis entraraustralianos — é um exemplo desse fenômeno.
Localizado no sopé das Montanhas Azuis, a região fica protegida das brisas refrescantes que vêm do litoral.
Muitos moradores vivempixbet gratis entraredifícios com isolamento inadequado e sentem as pressões do aumento no custopixbet gratis entrarvida.
Shah diz que o verão pode ser "solitário", já que muitos indivíduos da comunidade são forçados a "se abrigarpixbet gratis entrarambientes fechados" ou ficam praticamente dependentes dos aparelhospixbet gratis entrarar condicionado.
"Isso por si só é um privilégio, porque muitas pessoas não têm dinheiro para manter o ar condicionado funcionando, então vão à biblioteca ou ao shopping center local para escapar do calor", explica ela.
Enquanto estuda os impactos das alterações climáticas na universidade, Shah questiona por que seu bairro foi aparentemente construído "na contramão do ambiente local".
"Temos aqui muitas casas compactas, com telhados escuros, construídaspixbet gratis entrarforma rápida e barata e com isolamento deficiente. E se você dirigir por aí, não verá árvores ou espaços verdes", descreve ela.
"Não acho que a sustentabilidade a longo prazo tenha sido considerada."
E ela não é a única a demonstrar tais preocupações.
Quase 50% dos cidadãos entrevistados no maior levantamento da Austrália sobre os impactos das ondaspixbet gratis entrarcalor na saúde consideram que os bairros foram construídospixbet gratis entrarforma a aumentar o calor.
A pesquisa nacional, realizada no ano passado pela ONG Sweltering Cities, também constatou que quase 70% das pessoas relataram sentir-se malpixbet gratis entrardias quentes.
A instituição fornece informações às pessoas que vivempixbet gratis entrarilhaspixbet gratis entrarcalor urbanas sobre onde procurar refúgiopixbet gratis entrartemperaturas extremas ou como utilizar técnicaspixbet gratis entrarrefrigeração mais baratas, como coberturaspixbet gratis entrarjanelas ou toldos para exteriores.
O que pode ser feito?
As autoridades do país tentam combater o problema. O Gabinetepixbet gratis entrarMeteorologia da Austrália implementou recentemente um sistemapixbet gratis entraralertapixbet gratis entrarondaspixbet gratis entrarcalor para alertar as comunidades sobre o clima quente e os riscos para a saúde.
Os governos locais também investempixbet gratis entrarprojetospixbet gratis entrarregeneração florestal para fornecer mais cobertura verde nas cidades.
Em Melbourne, dois "especialistaspixbet gratis entraraquecimento" foram nomeados para encontrar maneiraspixbet gratis entrartornar a cidade mais resistente às intempéries.
Mas Emma Bacon, fundadora da Sweltering Cities, argumenta serem necessárias mais mudanças políticas para um progresso significativo.
Ela defende que o código federalpixbet gratis entrarconstrução seja atualizado para garantir que dados climáticos atualizados sirvampixbet gratis entrarguia para o setorpixbet gratis entrarconstrução, com uma revisão dos planospixbet gratis entraremergência para ondaspixbet gratis entrarcalorpixbet gratis entrartodos os Estados e uma proibiçãopixbet gratis entrartelhados escurospixbet gratis entrartodo o país.
No ano passado, o Estadopixbet gratis entrarNova Gales do Sul tentou implementar uma legislação para a utilizaçãopixbet gratis entrartelhadospixbet gratis entrarcores mais claraspixbet gratis entrartodas as novas casas para melhorar a eficiência energética.
No entanto, a política foi abandonada devido às preocupações do setor imobiliáriopixbet gratis entrarque as mudanças tornariam mais difícil a ofertapixbet gratis entrarhabitação a preços acessíveis naquele que já é um dos mercados mais caros do mundo.
Para Bacon, esse foi mais um exemplo da "miopia"pixbet gratis entrarlegisladores que não levaram a sério os riscos do calor.
"A forma como planejamos as nossas cidades hoje determina quantas pessoas morrerão nas ondaspixbet gratis entrarcalorpixbet gratis entraramanhã", diz ela.
"Ao contráriopixbet gratis entraroutros desastres, a segurançapixbet gratis entrartemperaturas extremas depende da aparência da casa e do localpixbet gratis entrartrabalho."
Há também críticas à dependência que a Austrália tem do carvão e do gás como fonte energética e da economia do país.
Desde que assumiu o cargo no ano passado, o primeiro-ministro Anthony Albanese prometeu reduzir as emissões muito mais rapidamente do que os seus antecessores. No entanto, o governo atual também deu autorização para a aberturapixbet gratis entrardiversas novas minaspixbet gratis entrarcarvão.
"Falamos muito mais abertamente sobre as mudanças climáticas do que há alguns anos, mas também continuamos a desenvolver fontespixbet gratis entrarcombustíveis fósseis e, literalmente, a colocar lenha na fogueira", afirma Simon Bradshaw, pesquisador do Conselho do Clima.
Bradshaw, que estuda condições meteorológicas extremas, alerta que, a menos que a Austrália "se afaste do carvão, do petróleo e do gás" nesta década, "muitas pessoas estarãopixbet gratis entrarbreve mais expostas ao calor letal".
"Vai ficar cada vez mais quente, mas cada toneladapixbet gratis entrarcarbono que deixarmos no solo reduzirá a gravidade das ondaspixbet gratis entrarcalor no futuro", diz ele.
Mas os cortes nas emissões carbono terãopixbet gratis entraracontecer também nos domicílios, dizem os especialistas — e isso significa ensinar às pessoas formas diferentespixbet gratis entrarlidar com os dias sufocantes,pixbet gratis entrarvezpixbet gratis entrarapelarem imediatamente ao ar condicionado.
"Não podemos ficar presos neste círculo vicioso,pixbet gratis entrarque respondemos ao clima quente com o usopixbet gratis entrarlarga escala do ar condicionado, alimentado por eletricidade gerada predominantemente por usinaspixbet gratis entrarcombustíveis fósseis", explica o professor Ollie Jay, da Universidadepixbet gratis entrarSydney.
Jay — que trabalha numa câmara climática construída especialmente para simular ondaspixbet gratis entrarcalor extremas — pede que os australianos adotem estratégias para amenizar a temperatura com menos recursos durante o verão.
As estratégias mais eficazes incluem o usopixbet gratis entrarventiladores para reduzir diretamente a temperatura do corpo (em vezpixbet gratis entrarfocarpixbet gratis entrarbaixar o calor no ambiente doméstico todo), molhar a pele ou mergulhar os péspixbet gratis entrarum baldepixbet gratis entrarágua, ou colocar gelopixbet gratis entraruma toalha e apoiá-la na nuca.
Esses métodos são apoiados pela Ciência e podem ter um grande impacto na pegadapixbet gratis entrarcarbono, assinala Jay.
Mas, fundamentalmente, se tratapixbet gratis entrarestratégias acessíveis e práticas — o que para Bacon e apixbet gratis entrarequipe é algo "essencial".
"Faremos tudo o que pudermos para estar presentes nos subúrbios quentes e manter seguras as comunidades com as quais trabalhamos", diz.
"Não deveríamos viver num país onde as pessoas morrempixbet gratis entrarondaspixbet gratis entrarcalor porque são pobres ou vulneráveis", conclui ele.