Ondamrjack bet logo pngcalor: o que acontece com o corpo quando somos expostos a temperaturas extremas:mrjack bet logo png
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Estar exposto - especialmente nos horáriosmrjack bet logo pngpico do calor, entre 12 e 16 horas - pode causar alterações no organismo que oferecem risco à saúde, principalmente para grupos com saúde mais frágil, incluindo idosos, pessoas com comorbidade, e crianças pequenas.
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O que acontece quando o corpo é exposto a temperaturas extremas
Quando o corpo estámrjack bet logo pngestresse térmico, ou seja, é exposto a temperaturas extremas, ele passa por uma sériemrjack bet logo pngadaptações fisiológicas para regular a temperatura interna.
No caso da exposição ao calor, primeira reação do organismo é dissipar calor através do suor e da dilatação dos vasos sanguíneos periféricos para liberar calor para o ambiente.
No entanto,mrjack bet logo pngtemperaturas muito altas, especialmente quando atambém está úmido, o mecanismomrjack bet logo pngresfriamento do suor pode se tornar ineficaz, levando ao superaquecimento corporal, insolação e possíveis danos aos órgãos.
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"Quando estamos expostos a temperaturas mais elevadas, ocorrem adaptações no nosso corpo. A frequência cardíaca aumenta como um mecanismo compensatório, assim como a pressão arterial", explica Lucas Albanaz, clínico geral, coordenador da clínica médica do Hospital Santa Lúcia,mrjack bet logo pngBrasília, e mestremrjack bet logo pngciências médicas.
Outro risco, alerta o médico, é a desidratação devido ao aumento da sudorese.
A depender da temperatura, complementa o médico Alexander Daudt, os sinais vãomrjack bet logo pngcâimbra (por faltamrjack bet logo pngeletrólitos, eliminados no suor), a sede intensa e fadiga.
"Outros sintomas mais graves, como tontura, náuseas ou vômitos também podem aparecer. Se a pessoa não conseguir aliviar esse calor, o quadro pode evoluir para choque térmico, com confusão mental, convulsões, e seguindo para a falênciamrjack bet logo pngmúltiplos órgãos e óbito", explica ele, que é coordenador do Núcleomrjack bet logo pngMedicinamrjack bet logo pngEstilomrjack bet logo pngVida do Hospital Moinhosmrjack bet logo pngVento,mrjack bet logo pngPorto Alegre.
De acordo com o relatório do The Lancet, nos últimos 20 anos o aumento da mortalidade relacionado com o calor excessivomrjack bet logo pngpessoas com maismrjack bet logo png65 anos aumentoumrjack bet logo png53,7%.
Apenas na Europa,mrjack bet logo png2022, ocorreram 61.672 mortes atribuíveis ao calor entre 30mrjack bet logo pngmaio e 4mrjack bet logo pngsetembromrjack bet logo png2022, segundo uma análise recente publicada na Nature Medicine.
Os riscos são maiores para pessoas com comorbidades, pessoas idosas, especialmente aquelas com saúde fragilizada, crianças (por ainda estarem com o organismomrjack bet logo pngformação), trabalhadores que precisam se expor ao sol (como vendedores ambulantes), e aqueles que fazem usomrjack bet logo pngmedicações que por algum motivo os tornem mais vulneráveis ao calor.
"É o casomrjack bet logo pngpacientes que tomam remédios diuréticos, por exemplo. Eles naturalmente já perdem mais água, e precisammrjack bet logo pngcuidado extra com hidratação", aponta Daudt.
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Como se proteger do calor intenso
"A palavramrjack bet logo pngordem é hidratação, que deve ser feita principalmente pela ingestãomrjack bet logo pnglíquidos. Também é indicado hidratar a pele, com cremes, as narinas, com soro fisiológico, e os olhos, com colírio. Essas partes do corpo também são afetadas", diz Albanaz.
Abaixo, destacamos dicas oferecidas pelos especialistas consultados na reportagem e divulgadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde):
mrjack bet logo png Mantenhamrjack bet logo pngcasa fresca
- Tente manter a temperatura abaixomrjack bet logo png32°C durante o dia e 24°C à noite, especialmente para crianças, idosos e pessoas com problemasmrjack bet logo pngsaúde crônicos;
- Use o ar noturno para resfriarmrjack bet logo pngcasa, abrindo janelas e persianas durante a noite;
- Reduza a cargamrjack bet logo pngcalor interna fechando janelas expostas ao sol, desligando dispositivos elétricos e pendurando cortinas.
mrjack bet logo png Evite o calor
- Procure os lugares mais frescos da casa, especialmente à noite;
- Se amrjack bet logo pngcasa não estiver fresca, passe algumas horas por diamrjack bet logo pnglocais com ar-condicionado, como edifícios públicos;
- Evite sair durante as horas mais quentes do dia e atividades físicas extenuantes.
mrjack bet logo png Mantenha-se hidratado e fresco
- Tome banhos frios e use compressas frias para aliviar o calor;
- Vista roupas leves e largas, incluindo chapéu e óculosmrjack bet logo pngsol;
- Beba água regularmente e evite álcool e cafeína, que contribuem para desidratação.
mrjack bet logo png Ajude outros
- Verifique familiares, amigos e vizinhos vulneráveis;
- Certifique-semrjack bet logo pngque todos emmrjack bet logo pngfamília saibam o que fazermrjack bet logo pngcasomrjack bet logo pngcalor extremo;
- Se tiver animais domésticos, evite passeios nos horários mais quentes.
mrjack bet logo png Cuidadosmrjack bet logo pngcasomrjack bet logo pngmal-estar
- Procure ajuda se sentir tontura, fraqueza, sede intensa ou dormrjack bet logo pngcabeça;
- Beba água ou suco para se reidratar;
- Em casos graves, como delírio, convulsões e inconsciência, chame ajuda médica imediatamente;
- Leve a pessoa para um local fresco, deite-a, eleve as pernas e inicie o resfriamento externo com compressas frias;
- Não dê medicamentos sem orientação médica.
Por que as temperaturas têm atingido altas
As temperaturas do planeta vêm se elevando nas últimas décadas.
Especialistas apontam que esse fenômeno, conhecido como aquecimento global, é causado pelo acúmulo crescentemrjack bet logo pngdióxidomrjack bet logo pngcarbono e outros gases causadores do efeito estufa na atmosfera, graças à queimamrjack bet logo pngcombustíveis fósseis e ao desmatamento.
Quanto maior a quantidademrjack bet logo pngdióxidomrjack bet logo pngcarbono e outros gases na atmosfera, pior o impacto para a vida na Terra.
Esses gases são responsáveis por absorver a radiação solar refletida pela superfície do planeta, o que faz com que o calor fique retido na atmosfera.
Assim, o mundo fica cada vez mais quente, acelerando mudanças climáticas e aumentando o riscomrjack bet logo pngeventos climáticos extremos, como as ondasmrjack bet logo pngcalor intensas vistas agora no Hemisfério Norte, alémmrjack bet logo pngincêndios naturais, monções e enchentes.
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Com as temperaturas aumentandomrjack bet logo pngtoda a Terra, há, segundo os especialistas, duas palavrasmrjack bet logo pngordem: mitigação e adaptação.
A mitigação envolve medidas a longo prazo para proteger o planeta.
Na ediçãomrjack bet logo png2022 da Conferência das Partes, encontro da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP26, quase 200 países assinaram o compromissomrjack bet logo pngtentar garantir o cumprimento da metamrjack bet logo pnglimitar o aquecimento global a 1,5°C.
O objetivo do acordo é reduzir as emissões muito rapidamente, diminuindo-asmrjack bet logo png50% até 2030, e alcançar emissões líquidas zeradas dos gasesmrjack bet logo pngefeito estufa antes da metade do século, seguido pela remoção significativamrjack bet logo pngdióxidomrjack bet logo pngcarbono da atmosfera na segunda metade do século.
"No entanto, não estamos caminhando nessa direção, pois as emissõesmrjack bet logo png2022 foram as mais altas registradas desde o final do século 18, com a evolução industrial, principalmente crescendo muito nos últimos 50 a 60 anosmrjack bet logo pngtodo o mundo", avaliou o climatologista Carlos Nobre, ex-presidente do Painel Brasileiromrjack bet logo pngMudanças Climáticas e doutormrjack bet logo pngmeteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos,mrjack bet logo pnguma reportagem da BBC News Brasil publicadamrjack bet logo pngjulho.
"Portanto, a situação do clima é extremamente arriscada, mesmo que tenhamos sucesso total no acordomrjack bet logo pngParis [acordo prévio que foi aperfeiçoado na COP26]."
