Surtobet 100 winsíndromes gripaisbet 100 wincrianças causa emergênciabet 100 winsaúde na Paraíba:bet 100 win

No consultório médico, Calebe já estava ofegante e foi encaminhado para a UTI.

"Ele foi direto receber oxigênio, mas depois, a saturação baixou demais e ele precisou ser intubado", conta Silvina, que mora na cidadebet 100 winQueimadas, na Paraíba, e precisou ir à cidade vizinha, Campina Grande, para ter o atendimento necessário.

A crise emergencial na Paraíba

O quadro que Calebe enfrenta não é incomum na Paraíba - o Estado tem registrado altabet 100 wincasos das síndromes gripais infantis, que muitas vezes se agravam para SRAG (síndrome respiratória aguda grave), e sem tratamento adequado, pode levar à complicações severas, incluindo a morte.

Na Paraíba, observa-se entre todas as idades um aumentobet 100 wincasosbet 100 winvírus respiratórios no anobet 100 win2023, com variaçãobet 100 win234,78% quando comparado ao ano anterior. Os principais causadores são o VSR, adenovírus, rinovírus, influenza A e B.

Os casosbet 100 winSRAG já causaram 12 óbitos no Estado, sendo seisbet 100 wincrianças.

"O cenário epidemiológico é similar aosbet 100 winoutros estados, mas aqui na Paraíba não temos muitos leitosbet 100 winUTI e faltam pediatras - não somente pelo número baixo, mas por conta da concentração desses profissionais nas cidades maiores", explica Maria do Socorro Martins, presidente da Sociedade Paraibanabet 100 winPediatria.

Para tentar minimizar os efeitos, 77 leitosbet 100 winenfermaria e 26 leitosbet 100 winUTI exclusivos para casosbet 100 winSRAG foram distribuídos entre as principais cidades.

“Temos muitas crianças vindobet 100 winoutras cidades, um cenário similar aobet 100 winidosos no começo da pandemiabet 100 wincovid-19. De março até a primeira semanabet 100 winmaio foram 48 mil crianças com síndrome gripal atendidas", diz Maria do Socorro Martins

"Para muitas, principalmente no interior do Estado, não há profissionais capacitados, e o atendimento fica por contabet 100 winclínicos gerais, o que nem sempre é suficiente - vários pacientes já chegambet 100 winestado grave. Por isso estamos pedindo que colegasbet 100 winoutros Estados venham ajudar."

Muitas famílias, como fez Silvina, precisam buscar atendimento médico nas cidades maiores. Campina Grande, por exemplo, tem hospitais que são referências para maisbet 100 win200 municípios próximos.

O secretário estadualbet 100 winSaúde, Jhony Bezerra, confirma a faltabet 100 winprofissionais. Segundo ele, os leitos temporariamente disponibilizados formam uma estrutura capazbet 100 winatender aos casos.

"É precisobet 100 winprofissionais como enfermeiros, fisioterapeutas por contabet 100 winser o trato com síndromes respiratórias ebet 100 winpediatras. A Sociedade Paraibanabet 100 winPediatria tem nos ajudado neste quesito, chamando profissionais para que nos ajudem a interiorizar a saúde e abrir mais leitos no sertão da Paraíba. No momento não há filasbet 100 winespera por leitos pediátricos para síndromes respiratórias na Paraíba e as escalas relativas aos leitos já abertos seguem normalmente."

O que é a SRAG

A SRAG pode ser causada por uma diferentes patógenos, incluindo vírus, bactérias e fungos, afetando os pulmões e o sistema respiratório, e podendo levar a complicações graves, como pneumonia, insuficiência respiratória e choque, especialmente para pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos.

Os sinais incluem tosse, faltabet 100 winar, respiração rápida e dificuldadebet 100 winrespirar. Além disso, os pacientes podem apresentar sintomas sistêmicos, como febre, fadiga e dores musculares.

A SRAG é mais comumente associada à infecção pelo vírus influenza, mas também pode ser causada por outros vírus respiratórios, como o coronavírus, o VSR e o adenovírus.

Os fatores que levaram a Paraíba à emergência

bet 100 win Circulação dos vírus respiratórios

A circulação sazonal dos vírus respiratórios mesmo antes do pico, que geralmente acontece nos mesesbet 100 wininverno, é um dos fatores que levou a Paraíba e outros estados a registrarem altabet 100 wincasos.

Sem imunidade adequada e tratamento especializadobet 100 winvários municípios do interior, muitas crianças já chegam para serem atendidas nas cidades maiores com evolução grave.

bet 100 win Baixa cobertura vacinal

Aindabet 100 winacordo com o secretário estadualbet 100 winSaúde, embora os casos estejam ligados a um aumento sazonal, o agravamento dos quadros, evoluindo para situações graves e óbitos, se deve às baixas coberturas vacinais nos últimos anos.

Atualmente, a Paraíba conta com 25,71% das crianças entre 06 meses e menoresbet 100 win6 anos vacinas contra influenza. O cenáriobet 100 winpouca adesão ao imunizante se repetebet 100 windiferentes estados brasileiros.

Não há vacinas para o VSR (Vírus Sincicial Respiratório), adenovírus e rinovírus, mas os quadros causados por eles, quando tratadosbet 100 winforma adequada, costumam causar apenas infecções respiratórias leves.

bet 100 win Possível faltabet 100 winimunidade adaptativa

A pediatra Socorro Martins sugere que o período que as crianças ficarambet 100 wincasa durante a pandemia pode ter prejudicado que desenvolvessem imunidade adaptativa (ou específica), que é aquela que é gerada após a exposição a um patógeno específico e que confere proteção duradoura contra ele.

Na infância, a exposição a diferentes patógenos é importante para o desenvolvimento e maturação do sistema imunológico, já que as células aprendem a reconhecer e combater patógenos específicos.

"E agora os pequenos começam a ter contatos com váriosbet 100 winuma só vez. Já peguei painéis virais com dois, três vírus ao mesmo tempo."

Casosbet 100 winSRAG também aumentarambet 100 winoutros Estados

O boletim mais recente do InfoGripe, plataformabet 100 windados da Fiocruz, divulgado no dia 3bet 100 winmaio, mostra o crescimento do VSR entre crianças nas últimas quatro semanas. O estudo é referente à Semana Epidemiológica (SE) 16, períodobet 100 win16 a 22bet 100 winabril.

Os dados apontam que o VSR foi responsável por 48,6% dos casosbet 100 winSRAG com resultado laboratorial positivo, enquanto o Sars-CoV-2 foi identificadobet 100 win29,5% — os casosbet 100 wincovid-19,bet 100 winacordo com o documento, são predominantesbet 100 winadultos, enquanto as crianças são, majoritariamente, acometidas por VSR.

No Espírito Santo, no Maranhão, no Pará, na Paraíba, no Rio Grande do Norte,bet 100 winRondônia ebet 100 winSergipe, o InfoGripe observou sinalbet 100 winaumentobet 100 winSRAG concentrado fundamentalmente no público infantil, na maioria desses estados decorrente do VSR.

Na Bahia, no Ceará, no Mato Grosso do Sul, no Mato Grosso, no Rio Grande do Sul ebet 100 winSanta Catarina, foi observado o aumentobet 100 winSRAGbet 100 windiferentes faixas etárias.

No Acre,bet 100 winAlagoas e no Tocantins, o sinal ainda é compatível com oscilaçãobet 100 winperíodobet 100 winbaixa atividade.

"Embora para o VSR ainda não tenhamos vacina disponível, levar às crianças para tomar as vacinas contra a gripe e contra a Covid-19 reduz a chance das crianças terem problemas respiratórios por esses outros vírus que também são perigosos. Isso diminui a própria exposição das nossas crianças ao sincicial nos hospitais e postosbet 100 winsaúde", ressaltou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Um apelo à vacinação e à proteção das crianças

A pediatra reforça a necessidadebet 100 winvacinar as crianças contra a gripe sazonal causada pelo vírus influenza.

“Temos no nosso país dois tiposbet 100 winvacina contra o Influenza, e ambas sãobet 100 winvírus inativado, seguras, e efetivas. Na rede pública, temos a vacina trivalente, disponívelbet 100 win6 meses a 6 anos. Na rede privada, a vacina é a quadrivalente, disponível a partirbet 100 win6 meses e sem idade máxima.”

Para crianças menoresbet 100 win9, a vacinação sempre será com 2 doses e intervalobet 100 win30 dias.

A médica também destaca a importânciabet 100 winprofissionais com experiência e conhecimento específico para atender os pequenos.

“Nos interiores do Brasil, pela falta presença do pediatra na atenção primária, muitas crianças não estão sendo acompanhadas como deveriam. Peço às mães e pais que busquem um médico especializadobet 100 wininfância para o acompanhamentobet 100 winsaúde dos filhos.”

Silvina, mãebet 100 winCalebe, também faz um apelo aos pais e responsáveis. “Usem máscara se tiverem sintomas, e não visitem recém-nascidos. É muito perigoso, e não desejo para nenhuma mãe o que vivi”, diz ela, compartilhando a boa notíciabet 100 winque seu filho está respondendo ao tratamento e já não precisa mais da intubação.