BBC questiona líder do Hamas sobre ataquespixbet especiais7pixbet especiaisoutubro:pixbet especiais
O líder mais antigo do Hamas forapixbet especiaisGaza disse à BBC que a crise que seu grupo provocou no Oriente Médio, a qual levou a milharespixbet especiaismortes na região desde o ano passado, é justificada.
Questionado pelo editor internacional da BBC Jeremy Bowen, Khalil al-Hayya, o vice-líder do Hamas, negou fortes evidênciaspixbet especiaisque os combatentes do Hamas atacaram civis durante os ataquespixbet especiais7pixbet especiaisoutubro do ano passado.
Cercapixbet especiais1.200 pessoas, a maioria civis israelenses, foram mortas e maispixbet especiais250 levadas para Gaza como reféns na ocasião.
O Hamas é classificado como uma organização terrorista pelo Reino Unido e outros países.
A entrevista ocorreupixbet especiaisDoha, onde a maior parte da liderança política do Hamas está sediada.
Khalil al-Hayya se tornou o líder mais antigo do Hamas forapixbet especiaisGaza depois que Israel assassinou seu antecessor, Ismail Haniyeh,pixbet especiaisjulho.
O Irã atacou Israel com mísseis balísticos cercapixbet especiaisuma hora após a entrevista ter sido gravada.
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pixbet especiais JB (Jeremy Bowen): Vamos voltar para o 7pixbet especiaisoutubro do ano passado. Por que o Hamas atacou Israel?
pixbet especiais KAH (Khalil al-Hayya): pixbet especiais Tivemos que disparar um alarme para o mundo, para dizer que somos um povo com uma causa e demandas. Foi um golpe para Israel, o inimigo sionista — e um chamado para despertar a comunidade internacional.
Tivemos que fazer algo que dissesse ao mundo que há um povo sob ocupação há décadas.
pixbet especiais JB: Por que seus homens mataram tantos civis, crianças também?
pixbet especiais KAH: Ordenamos aos nossos combatentes da resistência que,pixbet especiais7pixbet especiaisoutubro, não atacassem civis — mulheres e crianças.
Os soldados da ocupação eram o nosso objetivo. Eles estavam sempre matando, bombardeando e destruindopixbet especiaisGaza. Não endossamos ferir civis.
No terreno, certamente houve erros individuais — e ações. Os combatentes podem ter sentido que suas vidas estavampixbet especiaisperigo.
pixbet especiais JB: Seus homens não estavampixbet especiaisperigo. Eles estavam com civis aterrorizados sentados no chão, enquanto seus homens estavampixbet especiaispé com armas. Isso não é uma batalha.
pixbet especiais KAH: Todos nós vimos como os combatentes entraram nas casas. Eles falaram com as famílias, comeram e beberam.
pixbet especiais JB: Desculpe, mas eles estavam atirando nos civis. Tem vídeos.
pixbet especiais KAH: Quando eles entrarampixbet especiaisalgumas das casas, nenhuma das mulheres e crianças com quem eles tiveram que lidar ficaram aterrorizadas. Esses vídeos foram publicados pela ocupação israelense. Não foram publicados por nós.
pixbet especiais JB: Vamos passar a abordar o que aconteceu desde 7pixbet especiaisoutubro. Quase um ano depois, Gaza estápixbet especiaisruínas e há maispixbet especiais40.000 mortos, muitos deles civis. Sua capacidadepixbet especiaislutar contra Israel foi fortemente diminuída. Valeu a pena tudo isso? Você pensou que algo assim poderia acontecer?
pixbet especiais KAH: Quem é responsável por isso? Foi a ocupação [israelense] e seu exército. Quem destruiu Gaza? Quem matou o povo? Quem agora está matando civispixbet especiaisabrigos, escolas e hospitais?
Pergunte ao mundo — e àqueles que criaram o direito internacional. Estamos nos defendendo.
Se 1.200 pessoas da ocupação são mortas, como isso justifica Israel matar 50.000 pessoas e destruir toda Gaza? Isso não é o suficiente para eles?
Mas eles são motivados pela luxúriapixbet especiaismatar,pixbet especiaisocupar epixbet especiaisdestruir.
pixbet especiais JB: Os israelenses dizem muito claramente que respeitam as leispixbet especiaisguerra e que a razão pela qual tantos civis morreram é porque vocês do Hamas lutam embrenhados dentro da população civil e os usam como escudos humanos.
pixbet especiais KAH: Isso não é verdade. Eles destruíram mesquitas nas cabeçaspixbet especiaisseus donos quando não havia combatentes. Eles destruíram casas e prédios altos quando não havia ninguém neles.
Eles bombardearam casaspixbet especiaisque não havia um único combatente nelas. É tudo propaganda israelense.
pixbet especiais JB: Gostariapixbet especiaisfalar sobre os reféns. Por que foi necessário fazer maispixbet especiais250 pessoas reféns, incluindo mulheres e crianças?
pixbet especiais KAH: Um dos objetivos do 7pixbet especiaisoutubro era sequestrar um pequeno grupopixbet especiaissoldados israelenses, para trocá-los por prisioneiros palestinos. Mas quando a Divisãopixbet especiaisGaza [setor militar israelense] entroupixbet especiaiscolapso total diante dos guerreiros da resistência, fizemos muitos prisioneiros.
Não era nosso plano capturar civis, incluindo mulheres e crianças.
pixbet especiais JB: Algumas dessas mulheres que vieram a público falar sobre o ocorrido disseram que foram abusadas sexualmente.
pixbet especiais KAH: As ordens e a éticapixbet especiaistodos os palestinos — e dos combatentes da resistência — eram humanitárias.
Somos criadospixbet especiaisacordo com a religião, cultura e civilização nacional islâmicas. Nós os protegemos como nos protegemos. Agressão sexual — ou não sexual — nunca foi provada.
pixbet especiais JB: Não, algumas mulheres disseram que foram abusadas sexualmente. Mulheres jovens que estavam no festivalpixbet especiaismúsica Nova. Há mulheres dizendo que foram abusadas sexualmente no dia 7 e depois. Evidências disso estão se acumulando.
pixbet especiais KAH: Eu disse a você que as instruções eram claras. Pode ter havido atos anormaispixbet especiaispessoas irresponsáveis, mas essas foram apenas acusações.
pixbet especiais JB: E quanto a um cessar-fogo? Israel diz que, sob as certas condições, aceitariam um cessar-fogo. Você aceitaria um cenáriopixbet especiaisque você devolve os reféns e a guerra acaba? Isso já foi falado, eu sei.
pixbet especiais KAH: A questão é: quando Netanyahu [Benjamin Netanyahu, primeiro-ministropixbet especiaisIsrael] decidirá parar a guerra? Quando o mundo o obrigará a parar a guerra? É uma decisãopixbet especiaisNetanyahu e da ocupaçãopixbet especiaisIsrael continuar a guerra.
pixbet especiais JB: Vocês poderiam fazer isso. Vocês poderiam se render.
pixbet especiais KAH: Como podemos nos render? Pessoas que resistem à ocupação não desistem. Se nos rendermos, o que é impossível, nossos filhos e nosso povo não desistirão.
Por que deveríamos nos render? A ocupação que deveria pararpixbet especiaismatar. Chegar a um acordopixbet especiaiscessar-fogo estava ao alcancepixbet especiais2pixbet especiaisjulho. Quem apresentou novas condições? Netanyahu! É por isso que não houve acordo.
pixbet especiais JB: Você está perdendo a guerra: Gaza estápixbet especiaisruínas, dezenaspixbet especiaismilhares estão mortos, Israel está atacando o Líbano e agora está se sentindo forte. Você não está vencendo, está?
pixbet especiais KAH: Minha família, meus filhos, minha família, meus parentes e meus vizinhos estãopixbet especiaisGaza. Nós vemos com os olhos deles. Nós sentimos a dor deles. Nós choramos pelas feridas deles. O que os machuca, nos machuca.
Se o mundo nos desse nossos direitos legítimos, esse ciclopixbet especiaisviolência pararia. Mas Israel não quer isso. O mundo precisa entender que Israel quer queimar toda a região.
Se os palestinos não assumirem seu direito a um Estado, ao retorno dos refugiados e à autodeterminação, a região não acalmará — não importa quanta morte e quantas matanças ocorram.
pixbet especiais JB: Para você, o Estado israelense é parte do futuro? A carta do Hamas dizia que o Estado sionista tinha que ser destruído.
pixbet especiais KAH: Dizemos que Israel quer eliminar o Hamas e o povo palestino.
Israel está chorando e alegando que o Hamas e o povo palestino querem destruí-lo.
Vamos perguntar o que Israel pensa do povo palestino? Dê-nos nossos direitos, dê-nos um Estado palestino totalmente soberano.
pixbet especiais JB: Os israelenses dizem que a razão pela qual não aceitam a soluçãopixbet especiaisdois Estados é porque temem que pessoas como você queiram destruir o Estado e o povo deles.
pixbet especiais KAH: Até agora, Israel não reconhece uma soluçãopixbet especiaisum Estado, ou uma soluçãopixbet especiaisdois Estados.
Israel rejeita tudo: resoluções internacionais, as leis internacionais e nossos direitos.
pixbet especiais JB: Você se considera um terrorista? É assim que Israel o chama.
pixbet especiais KAH: Estou buscando liberdade e defendendo meu povo. Para a ocupação, somos todos terroristas — os líderes, as mulheres e as crianças. Você ouviu como os líderes israelenses nos chamaram. Eles disseram que éramos animais.