As 22 facções que aterrorizam a Amazônia com tráfico, grilagem e crimes ambientais:bet365 re

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A pesquisa mapeou a presençabet365 re22 facções nos Estados da Amazônia

As consequências, mostra a pesquisa, são índicesbet365 reviolência muito acima aos do resto do Brasil.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
bet365 re de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

stá para baixo ou com problemas. - StatusGator statusgator : serviços . wink WINk

ão bet365 re preço do espaço bet365 re Wink 🌟 para 2024nín A partir do início bet365 re 2024), as previsões de

O bônus da Parimatch é uma emocionante oferta promocional para os novos clientes que se cadastram e fazem um depósito 🌛 na plataforma pela primeira vez. Vamos mergulhar mais a fundo neste assunto e descobrir como tirar o máximo proveito dessa 🌛 oportunidade.

O que é o bônus da Parimatch?

sites para jogar com amigos

iteiR.500, ganhei o prêmio e autilizei tanto do Bônus como O crédito (dinheiro

o). Tive lucross sem ambos; porém não consegui 2️⃣ efetuar os radioterapia tranquilidade

Fim do Matérias recomendadas

A taxa médiabet365 remortes violentas intencionais foibet365 re33,8bet365 recada 100 mil habitantes, um número 45% maior do que a média nacional (de 23,3 para cada 100 mil habitantes).

Cercabet365 re15 municípios — a maioria no Pará e no Mato Grosso — conviveram com uma violência ainda mais extrema,bet365 re80 mortes por cada 100 mil habitantes.

Outros marcadoresbet365 reviolência acompanham essa alta: a taxabet365 refeminicídio é 30,8% maior na Amazônia do que no resto do Brasil e a taxabet365 reestupros é 33,8% superior à média nacional.

‘Hub’ logístico do crime organizado

Pule Novo podcast investigativo: A Raposa e continue lendo
Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladabet365 recocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

Episódios

Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

A região tem uma importância estratégica para organizações criminosas, que buscam controlar as rotasbet365 retransportebet365 redrogas tanto para distribuição no Brasil quanto para o repasse para outros países, explica Renato Sergiobet365 reLima, pesquisador do FBSP e um dos coordenadores do estudo Cartografias da Violência na Amazônia.

A pesquisa foi feita na Amazônia Legal, região composta pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão.

A atuação das facções, entretanto, não se resume ao tráficobet365 redrogas. Segundo os pesquisadores, elas passaram a controlar cada vez mais redes criminosas mais amplas, que envolvem desde trabalho análogo à escravidão, exploração sexual e invasãobet365 reterras indígenas até crimes ambientais como exploração ilegalbet365 remadeira e minérios, tráfico ilegalbet365 reanimais e pesca predatória.

“As facções vão ocupando o território e o gerindo a partirbet365 reuma simbiose entre crimes ambientais, grilagembet365 reterra, narcotráfico e o tráficobet365 rearmas”, explica Lima. “Dá para dizer, sem nenhuma margembet365 reerro, que hoje o principal inimigo da Amazônia, o principal inimigo do Brasil, é o crime organizado.”

A dinâmica do crime local começou a mudar principalmente a partirbet365 re2016, diz o pesquisador, quando a organização criminosa Comando Vermelho (CV) fez uma parceria com a facção local Família do Norte para usar a rotabet365 reTabatinga (AM) como principal viabet365 reabastecimentobet365 redrogas, principalmente cocaína e skank (ou skunk, maconhabet365 reefeitos altamente potentes).

“Hoje essa rota é a segunda mais importante do país”, explica Lima. “Só perde para a rota que o Primeiro Comando da Capital (PCC) controlabet365 rePonta Porã (MS).”

Além da presença do CV (de origem carioca) e o do PCC (criadobet365 reSão Paulo), há a atuaçãobet365 reorganizações criminosas locais, como os grupos Bonde dos 13, Deus da Morte, Os Crias, Cartel do Norte, entre outros.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Facções atuambet365 resimbiose com redesbet365 recrimes ambientais

Resultados dos inúmeros processos históricosbet365 reocupação da região, a violência não é uma novidade nos Estados da Amazônia, explica Lima. Mas no caso das facções, há uma diferença.

“As frentesbet365 reexpansão sempre foram como a borracha, por exemplo, onde os seringueiros iam para dentro da floresta, tiravam a borracha e iam embora. Com o garimpo, as pessoas vão, tiram os minérios e vão embora deixando condições precáriasbet365 revida para quem fica”, diz ele.

Com as facções, o processo acontecebet365 reforma diferente,bet365 redentro para fora, explica Lima, porque elas precisam ocupar o territóriobet365 reforma permanente para poder consolidar as suas rotas e, inclusive, brigar com as demais facções que tentam ter esse controle.

“As facções ficam no território. Elas usam, por exemplo, a estrutura do garimpo para escoar drogas e a economia local para lavar dinheiro. Vão conectando o território. O que a gente percebe é que, no fundo, a região virou quase como um enorme hub logístico do crime organizado”, diz Lima.

“Assim como a Zona Francabet365 reManaus passou a ter importância estratégica para a produção industrial, a região amazônica passou a ter uma importância estratégica para a economia do crime.”

Nos últimos anos, fatores como a diminuição da fiscalização ambiental na Amazônia e o aumentobet365 represosbet365 reprisões superlotadas e precárias (usadas como localbet365 rerecrutamento) contribuíram para a consolidação das facções na região, aponta o estudo.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'As facções se aproveitam dos vazios, da ausênciabet365 reEstado'

Facções internacionais

A pesquisa identificou também a atuaçãobet365 repelo menos 10 organizações criminosas internacionais nas regiõesbet365 refronteira, que atuambet365 reconjunto com os grupos brasileiros ebet365 reoutras vezes disputam rotas e territórios.

Desdobramentos políticos recentesbet365 repaíses vizinhos também contribuíram para ampliar essa atuação, explica Rodrigo Chagas, pesquisador da Universidade Federalbet365 reRoraima (UFRR) que também participou da pesquisa do FBSP.

Alguns exemplos são a crise na Venezuela e os acordosbet365 repaz entre o governo da Colômbia e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Depois disso, foi registrada nas regiõesbet365 refronteiras da Amazônia brasileira a presençabet365 regrupos dissidentes das Farc, como a Frente Armando Rios, Frente Carolina Ramirez e Frente Segunda Marquetalia, alémbet365 refacções peruanas, como Clã-Chuquzita, Comandobet365 reLas Fronteiras e Los Quispe-Palamino.

Em Roraima, o grupo venezuelano Trem do Aragua e os brasileiros CV e PCC disputam o controle. Há indícios tambémbet365 renovas facções da Venezuela atuando na capital, Boa Vista.

Apesar da presença dos criminosos estrangeiros no Brasil, a ampliação da atuação dos grupos brasileiros nos outros países da América Latina é bem mais proeminente, explicam os pesquisadores.

“Os grupos brasileiros é que estão indobet365 redireção a esses países e constituindo controle. Se antes eles faziam contato com os grupos estrangeiros para ter acesso às rotas, hoje a gente vê a presença do PCC e do CV nos territórios desses países”, diz Lima.

Não há, segundo o estudo, um grupo que possa ser considerado hegemônico na região. As disputasbet365 repoder, inclusive, levam a conflitosbet365 reextrema violência, como o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj)bet365 reManaus,bet365 re2017, que resultou na mortebet365 re54 pessoas, algumas delas decapitadas. Acre, Amazonas, Roraima e Amapá são os Estados onde as disputas têm sido mais intensas nos últimos anos.

No entanto, seria possível perceber que o PCC e o CV são tanto as facções com maior controle no Brasil quanto as que mais atuam nos países vizinhos da região.

O PCC tem atuação na Bolívia, na Guiana, na Guiana Francesa, no Suriname e na Venezuela. Já o CV tem presença registrada no Peru e na Bolívia.

“Pensando nos nove países que compõem a Amazônia, o PCC é o único grupo da região que está presente no Brasil ebet365 remais cinco países”, destaca Lima.

Crédito, FBSP/Divulgação

Conjuntobet365 reações

A pesquisa pontua que o aumento do narcotráfico pode ser verificado inclusive por outros indicadores, como o aumentobet365 reapreensõesbet365 recocaína pelas polícias federal e estadual.

Entre 2019 e 2022, a apreensãobet365 recocaína pelas polícias locais cresceu 194%, com um totalbet365 remaisbet365 re20 toneladasbet365 re2022.

Mas o estudo destaca que, nesse mesmo período, as apreensões pelo Exército e pela Marinha tiveram um volume quase insignificante. Em 2022, por exemplo, a somabet365 remaconha e cocaína apreendida por ambos os órgãos não chegou a 4 toneladas.

A integração da atuação do Exército e da Marinha com as polícias locais, a Polícia Federal e instituições como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e o ICMBio (Instituto Chico Mendesbet365 reConservação da Biodiversidade) é uma das iniciativas apontadas pelos pesquisadores como essenciais para combater as facções. Também é preciso investirbet365 reinvestigação para esclarecer crimes, reduzir a impunidade e melhorar as condições do sistema penitenciário.

Mas segundo os pesquisadores, recuperar os territórios e diminuir os índicesbet365 reviolência é uma tarefa que exige um conjuntobet365 reações além da esfera criminal - ela vai desde impedir a invasão das reservas indígenas até fortalecer a economia local e garantir fontesbet365 rerenda legais para a população.

“As facções se aproveitam dos vazios, da ausênciabet365 reEstado”, diz Lima. “É preciso prevenir a violência levando direitos. Os povos indígenas, os quilombolas, têm que ter suas terras garantidas. Nós precisamos garantir isso, garantir que eles não sejam expulsos pelas facções. É preciso ter serviço público, política pública. É preciso ter estrada, ter financiamento para uma produção que seja sustentável.”