Quais países não têm banco central como Milei propõe na Argentina:bet365 ou betano

Um banco central também é responsável pela gestão das reservas internacionais e pela supervisão dos bancos comerciais e dos meiosbet365 ou betanopagamento, pois tem a funçãobet365 ou betanoregular o sistema financeiro com o objetivobet365 ou betanoque ele seja sólido e confiável.

Portanto, se um país decide substituir abet365 ou betanomoeda nacional por uma moeda estrangeira — como o Panamá pelo dólar ou o Mônaco pelo euro —, os principais poderesbet365 ou betanoum banco central deixambet365 ou betanofazer sentido.

Isto significa que uma economia dolarizada dependerá das decisões tomadas pelo Federal Reserve (o Fed, banco central dos EUA), enquanto uma economia que trabalhe com o euro está sujeita a políticas do Banco Central Europeu.

Por outro lado, o benefício para os países que adotam uma moeda estrangeira é eliminar a taxabet365 ou betanocâmbio, exportando mais facilmente seus produtos.

“Sendo países tão pequenos, o comércio internacional é muito importante para abet365 ou betanoeconomia. Para eles, o benefíciobet365 ou betanonão haver incerteza na taxabet365 ou betanocâmbio é muito maior do que qualquer benefíciobet365 ou betanocontrolar a economia doméstica através da política monetária”, avalia Omar Rachedi, professor do departamentobet365 ou betanoEconomia, Finanças e Contabilidade da escolabet365 ou betanonegócios Esade,bet365 ou betanoBarcelona.

Mas Eileen Gavin, analista da consultoria britânica Verisk Maplecroft, afirma que mesmobet365 ou betanopaíses dolarizados ainda há necessidadebet365 ou betanouma autoridadebet365 ou betanocontrole, como no Panamá.

"Não existe um banco central oficial, mas existe uma autoridadebet365 ou betanosupervisão financeira responsável por monitorar os bancos comerciais e as regulamentações macroprudenciais”, explica Gavin.

Rachedi concorda, afirmando que para uma economia continuar funcionando, há tarefas que alguma autoridade tem que continuar fazendo.

“Pode ser feito pelo Banco Central ou por um órgão que o substitua, como o Ministério da Economia. É possível eliminar a instituição, mas não todas as suas tarefas", explica o professor.

Eileen Gavin afirma que um órgão que cumpriria parcialmente as funçõesbet365 ou betanoum banco central deve mirar tambémbet365 ou betanooutro aspecto, as reservas internacionais — e as da Argentina estão no limite há anos.

“Se um país não tem um banco central, o órgãobet365 ou betanosupervisão que o substitui tembet365 ou betanogarantir a liquidez e as reservas internacionais do país, o que num esquemabet365 ou betanodolarização é absolutamente crítico, porque é assim que a estabilidade é garantida”, diz Gavin.

“As reservas internacionais são realmente a última linhabet365 ou betanodefesabet365 ou betanouma economia."

E para protegê-las, “os bancos centrais devem ser independentes do governo, o que muitas vezes não acontece na América Latina”, acrescenta.

Extinguir ou reformar?

“O banco central não deveria existir”, escreveu Mileibet365 ou betanouma coluna para a revista britânica The Economistbet365 ou betanosetembro, quando ainda era apenas candidato.

“Nos últimos 20 anos, os políticos do país e os seus mestres das marionetes, que se beneficiam do status quo, roubaram bilhõesbet365 ou betanodólares dos argentinos que trabalham duro através da inflação. Estimamos que, só no último ano, os políticos roubaram maisbet365 ou betano5% do PIB do país ao desvalorizar o peso."

Milei argumenta que a faltabet365 ou betanoindependência do banco central e abet365 ou betanodisposição para imprimir pesos para financiar despesasbet365 ou betanosucessivos governos fizeram subir os preços no país.

A instituição é, embet365 ou betanoopinião, a culpada pelo fatobet365 ou betanoa Argentina terminar o ano com uma inflação esperadabet365 ou betano180%: o que no iníciobet365 ou betano2023 custava 200 pesos vai terminar o ano custando 560.

“Eliminar o banco central é essencial. Não há futuro para a Argentina com o peso (...) Vocês sabem qual é a minha posição nessa luta épica”, escreveu Milei.

Mas, para muitos analistas, essa é uma abordagem radical para resolver os problemas econômicos do país.

“A Argentina está pensandobet365 ou betanoexportar abet365 ou betanoautoridade monetáriabet365 ou betanoBuenos Aires para Washington,bet365 ou betanovezbet365 ou betanopensarbet365 ou betanocomo reformar a lei para tornar o banco central totalmente independente da política”, opina Rachedi.

Para o economista Juan Carlos Martínez Lázaro, a posiçãobet365 ou betanoMilei tem a ver com a postura do banco central nos últimos anos.

“O que Milei quer evitar é que a instituição continue financiando os déficits fiscais do governo e que este continue gastando”, afirma Lázaro, professor da escolabet365 ou betanonegócios IE,bet365 ou betanoMadri.

Ele compara o que acontece na Argentina a ter uma máquinabet365 ou betanoimprimir cédulas dentrobet365 ou betanocasa.

“Você não teria empecilhosbet365 ou betanogastar o quanto quisesse e sem nenhum tipobet365 ou betanocontrole. Isto é o quebet365 ou betanoalguma forma acontece com o governo argentino. O banco central imprime os pesos que deseja e isso lhe permite manter um nívelbet365 ou betanogastos quebet365 ou betanooutra forma seria muito complicado."

“Mas isso só causa inflação e desvalorização do peso”, aponta Lázaro.

Este processo, tecnicamente denominado “monetização do déficit”, é absolutamente proibido na maioria dos bancos centrais do mundo.

Quanto mais técnicos e independentes do governo os bancos centrais forem, mais geram confiança e estabilidade — o que atrai investidores estrangeiros.

Ainda que reconheça o papel passívelbet365 ou betanocrítica do banco central argentino, o economista afirma que a extinção da instituição pode ser um golpe forte demais.

“Sem banco central, um país perde parte dabet365 ou betanosoberania monetária, o que é muito útil para enfrentar possíveis recessões ou possíveis crises inflacionárias”, afirma Martínez Lázaro.

Para Michael Langham, analista da empresa britânicabet365 ou betanoinvestimentos Abrdn, a receitabet365 ou betanocortebet365 ou betanogastos públicos e dolarização proposta por Milei para conter a inflação pode ser insuficiente.

“O espaço fiscal é limitado e é provável que seja necessária uma recessão profunda e prolongada para acalmar a inflação, que atingiu 142%bet365 ou betanotermos anuaisbet365 ou betanooutubro”, diz Langham.

“Para ter algum sucesso significativo, a Argentina precisarábet365 ou betanouma recessão dolorosa ebet365 ou betanoreformas importantes para melhorar o seu ambientebet365 ou betanonegócios e encorajar os investidores estrangeiros e os poupadores nacionais."

Se realmente ocorrer a dolarização, o principal problema será qual taxabet365 ou betanocâmbio converterá a moeda nacionalbet365 ou betanodólares americanos.

“Uma taxabet365 ou betanoconversão muito fraca pode destruir o poderbet365 ou betanocompra da população, mas uma taxabet365 ou betanoconversão muito forte pode deixar a economia pouco competitiva com os seus parceiros comerciais”, explica Thierry Larose, gerente do banco Vontobel.

Por esta razão, os analistas concordam que o planobet365 ou betanoMileibet365 ou betanofechar o banco central e dolarizar não serábet365 ou betanocurto prazo. E, devido ao tamanho da economia argentina, o processo não seria semelhante aobet365 ou betanopaíses pequenos que optaram por essa via.

Na América Latina, o Equador dolarizou abet365 ou betanoeconomiabet365 ou betano2000 sem fechar o banco central, uma solução intermediária que teve as suas próprias complicações, porque as reservas continuaram disponíveis para os gastos dos governos.

O tempo dirá se Milei seguirábet365 ou betanofrente com seus planosbet365 ou betanocampanha e se a economia argentina conseguirá superar todos os enormes desafios que enfrenta.