Três cenários possíveis para o governo na França, após vitória da esquerda:cassino win
Longe da “maioria clara” esperada, as eleições legislativas antecipadas resultaramcassino winuma situação inédita, com um parlamento divididocassino wintrês blocos com dimensões comparáveis: a esquerda (182 cadeiras), o centro do presidente Macron (168 assentos) e a direita radicalcassino winMarine Le Pen e seus aliados, com 143.
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O bloco majoritáriocassino winesquerda, o Nova Frente Popular, está distante da maioria absolutacassino win289 cadeiras que permitiria que ele governasse o país sem a necessidadecassino winalianças.
A coligação, formada por grupos que vãocassino winsociais democratas a anticapitalistas ferrenhos, obteve menos deputados do que os 250 que tinha o movimentocassino winMacron antes da dissolução do parlamento.
As negociações para a formaçãocassino winum novo governo acontecemcassino winclimacassino winincertezas.
A BBC News Brasil detalha aqui 3 cenários possíveis para a França:
Por enquanto premiê Gabriel Attal fica
Por enquanto, o atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, se mantém no cargo. Primeiro porque a aliançacassino winesquerda ainda discute pelos próximos dias qual nome irá indicar a Macron para a função, tarefa que está longecassino winser fácil porque há divisões dentro desse bloco.
Muitos estimam na França que Attal continuará como premiê até o encerramento dos Jogos Olímpicoscassino winParis,cassino winmeadoscassino winagosto, para evitar grandes mudanças durante o evento.
A primeira sessão do novo parlamento ocorrerácassino win18cassino winjulho. O presidente Macron declarou que prefere aguardar a estruturação da assembleia para tomar as decisões necessárias, entre elas acassino winindicar um primeiro-ministrocassino winconsenso, que não corra o riscocassino winser derrubado pelo parlamento.
1) Uma coalizão:
O primeiro cenário que pode se desenhar nas negociações é ocassino winuma coalizão. Seria uma situação semelhante acassino winoutros países europeus, como a Alemanha e a Itália, já que nenhum dos três grandes blocos têm maioria.
Alguns políticos franceses evocam a possibilidadecassino winum governo “de união nacional” ou “provisório.” Mas a possibilidadecassino wincoalizão já enfrenta obstáculos.
As principais lideranças da esquerda, como Jean-Luc Mélenchon, da França Insubmissa, ou Olivier Faure, do Partido Socialista, descartaram essa possibilidade e afirmaram que as propostas do blococassino winesquerda devem ser aplicadas integralmente, sem concessões, apesar do número insuficientecassino windeputados.
“Não faremos uma coalizãocassino wincontrários que irá trair os votos dos franceses”, disse Faure após a vitória.
Já outras personalidades da esquerda, como a líder ecologista Marine Tondelier, se mostram mais abertas a discussões com o centro, liderado por Macron, ou mesmo com a direita moderada.
O movimentocassino winMacron já descartou qualquer aliança que inclua o partido França Insubmissa,cassino winMélenchon, a maior força da esquerda, com 74 deputados.
O campo do presidente está dividido entre partidárioscassino winuma aliança com parte da esquerda (socialistas e ecologistas) ou com a direita moderada.
Os Republicanos,cassino windireita, conseguiram salvar 45 cadeiras após um racha no partido motivado pela migraçãocassino winalgunscassino winseus políticos para o Reunião Nacional,cassino winMarine Le Pen. “Macron busca uma coalizão que não pode ser encontrada”, escreve o jornal Le Monde desta terça-feira.
2) Um governo minoritário:
Tecnicamente seria possível que Macron continuasse com um premiêcassino winseu bloco, apesarcassino winnão ter maioria no parlamento.
Foi o que já ocorreu nas gestões dos premiês macronistas Elisabeth Borne e o atual Gabriel Attal.
Em seu primeiro mandato, o partidocassino winMacron dispunhacassino winmaioria absoluta na Câmara, mascassino winjunho, quando as eleições foram convocadas, o grupo do presidente possuía 250 assentos - menos que a maioria absoluta (289).
O campo presidencial conseguiu se manter nos últimos dois anos porquecassino winmomento algum forças da direita radical, da esquerda e da direita moderada dos republicanos se uniram para derrubar o governo aprovando moçõescassino wincensura.
O movimentocassino winMacron conseguiu governar buscando, a cada projeto, maiorias na votação e também utilizou regularmente uma cláusula constitucional que permite aprovar um projeto dispensando o voto do parlamento, mas há uma sériecassino winregras para aplicá-la.
E agora, o grupocassino winMacron tem ainda menos assentos (168) no parlamento que antes (250).
A Nova Frente Popularcassino winesquerda poderia tentar governar da mesma forma, mas precisaria buscar o apoiocassino winmaiscassino win90 deputadoscassino winoutras correntes.
O campo macronista também poderia, nesse caso, conservar o poder, mas precisaria convencer cercacassino win120 deputadoscassino windireita moderada oucassino wincentro-esquerda a deixá-lo governar.
Especialistas estimam que, sem uma maioria clara e estável, um governo minoritário corre o riscocassino winser derrubado a qualquer instante pelo parlamento.
3) Um governo técnico:
É a possibilidade considerada mais remota. Se a negociação e o parlamento estiverem paralisados, poderiam ser nomeados ministros sem filiação partidária, especialistascassino winsuas áreas, para administrar o dia a dia e implantar reformas consensuais, com o apoio,cassino winfunção da medida,cassino windiferentes blocos do parlamento.
Exemplos práticos desse modelo ocorreramcassino winoutro país europeu, a Itália, que já teve no passado recente quatro governos técnicoscassino wintemposcassino wincrise, mas não por um longo período.