A origem da ideia888 cassino comque prisão consegue 'corrigir' detentos:888 cassino com
Mas a ideia888 cassino comque a prisão e o sofrimento eram supostamente bons para o prisioneiro não surgiu no século 19. A evidência mais antiga remonta a cerca888 cassino com4.000 anos no passado: a um hino da Mesopotâmia, no atual Iraque, louvando uma deusa da prisão chamada Nungal.
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Fim do Matérias recomendadas
Quase uma década atrás, como estudante888 cassino compós-graduação pesquisando a escravidão no início da Mesopotâmia, encontrei vários textos que tratavam do aprisionamento.
Alguns eram documentos administrativos que lidavam com informações contábeis cotidianas. Outros eram textos jurídicos, literatura ou cartas pessoais.
Fiquei fascinado com o aprisionamento nessas culturas: a maioria detinha suspeitos apenas brevemente, mas888 cassino comtextos literários e rituais, o aprisionamento era visto como uma experiência transformadora e purificadora.
A 'casa da vida'
Por volta888 cassino com1.800 a.C. (antes888 cassino comCristo), estudantes treinados como escribas888 cassino comNippur, uma antiga cidade suméria (mais antiga civilização conhecida da região do sul da Mesopotâmia), frequentemente copiavam888 cassino comuma seleção888 cassino com10 obras literárias.
Usando a escrita cuneiforme, esses aspirantes a escriba copiavam textos que incluíam as façanhas do lendário herói Gilgamesh enquanto ele lutava contra a fera Huwawa, o temível guardião da floresta.
Eles escreveram sobre um grande rei da Mesopotâmia chamado Šulgi, que afirmava ser um deus.
E enquanto o mestre escriba ditava esses vários textos, os alunos também ouviam falar888 cassino comuma deusa da prisão chamada Nungal.
Embora888 cassino comjustiça fosse inevitável, Nungal também era celebrada por888 cassino comcompaixão. Sua "casa" trouxe sofrimento aos prisioneiros, cuja tristeza deu origem ao lamento. Por meio desse lamento, porém, os prisioneiros podiam ser purificados888 cassino comseus pecados e se acertar com seus deuses pessoais, que eram seus protetores e mediadores perante os deuses maiores.
O "Hino a Nungal", que data do segundo ou terceiro milênio a.C., detalha como um prisioneiro culpado condenado à morte não foi morto, mas arrebatado "das garras da destruição" e colocado na casa888 cassino comNungal, que ela chama888 cassino com"casa da vida" – mas também um lugar888 cassino comsofrimento, isolamento e dor.
Ainda assim, o hino descreve prisioneiros transformados por seu tempo na prisão.
A deusa diz que888 cassino comcasa é "construída com compaixão, acalma o coração daquela pessoa e refresca seu espírito".
Eventualmente, ela continua, eles lamentarão e serão purificados aos olhos888 cassino comsua divindade.
"Quando tiver apaziguado o coração888 cassino comseu deus por ele; quando o tiver polido como prata888 cassino comboa qualidade, quando o tiver feito brilhar através do pó; quando o limpar da sujeira, como prata da melhor qualidade... ele será confiado novamente nas mãos propícias888 cassino comseu deus."
Fato ou ficção
Até que ponto os antigos acreditavam888 cassino comtais histórias sobre os deuses permanece uma questão888 cassino comdebate. Textos como o "Hino a Nungal" eram assuntos888 cassino comreligião sincera ou apenas contos888 cassino comfadas que ninguém levava a sério?
Por se tratar888 cassino comum texto literário, também não é uma fonte confiável sobre o sistema888 cassino comjustiça.
Os reinos da Mesopotâmia durante esse tempo parecem ter usado prisões para deter suspeitos antes da punição, semelhantes às prisões que mantêm suspeitos antes do julgamento hoje.
Eles também detiveram pessoas para forçá-las a pagar uma multa ou dívida e para coagir ao trabalho – às vezes por mais888 cassino comtrês anos. Mas a punição, que normalmente envolvia consequências físicas ou financeiras, não incluía tempo na prisão.
Ainda assim, a detenção implicava sofrimento, com um prisioneiro descrevendo a "prisão" como uma "casa888 cassino comangústia ou fome"888 cassino comuma carta escrita a seu superior.
Em outro texto, o remetente diz que foi solto, mas reclama888 cassino comespancamentos sofridos por outro preso durante o processo investigativo – embora o remetente não mencione a natureza do suposto delito.
No entanto, os estudiosos Klaas Veenhof e Dominique Charpin encontraram evidências888 cassino comNungal desempenhando um papel no processo judicial.
Em alguns templos, os juramentos eram feitos na presença888 cassino comuma rede888 cassino comarremesso, semelhante à usada para lançar peixes, que simbolizava Nungal e a justiça inescapável.
A visão lançada no hino provavelmente foi dobrada888 cassino comuma prática ritual posterior, onde a prisão foi usada para purificar o rei.
Durante o festival888 cassino comAno Novo, o rei foi despojado888 cassino comsuas insígnias e entrou888 cassino comuma prisão improvisada feita888 cassino comjunco, onde ofereceu orações aos deuses por seus pecados. Por meio888 cassino comorações e rituais, ele foi considerado purificado e apto a retomar seus deveres reais.
Ontem e hoje
Embora a maioria das pessoas não tenha passado longos períodos nas prisões da Mesopotâmia, elas sofreram nelas.
Talvez seja essa experiência que fez com que um texto como o "Hino a Nungal" fosse escrito, explorando como tal experiência poderia ser usada para reformar o prisioneiro por meio do lamento.
A noção888 cassino comque a prisão pode ser boa é difundida, mas é correta?
A forma como os sistemas prisionais pensam sobre a regeneração é muito diferente hoje888 cassino comcomo o "Hino a Nungal" a prevê.
No entanto, a poderosa ideia888 cassino comque o sofrimento pode ser bom para os prisioneiros tem profundas raízes históricas – permitindo que os sistemas carcerários afirmem que o sofrimento dentro888 cassino comsuas paredes é compassivo [isto é, representa um ato888 cassino comcompaixão].
*J. Nicholas Reid é professor888 cassino comEstudos do Antigo Testamento e do Antigo Oriente Próximo, no Seminário Teológico Reformado,888 cassino comJackson, nos Estados Unidos.
Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob uma licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original888 cassino cominglês.