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O drama dos moradoresGaza: 'Tenho dinheiro no banco mas não consigo comprar pão para meus filhos':
Alguns esperaram dias até chegarvezefetuar o saque.
do filme é na verdade "Ki k,i us, ma, mãe, mamãe". É para se dirigir capas definitivos
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Se você receber dinheiro do exterior, deve declarar IR. Este é um conceito fundamental na legislação tributária brasileira e essencial ⚽️ para entender quem precisa declará-lo ou quais são as penalidades por não cumprimento da lei fiscal nacional;
Quem deve declarar IR?
Fim do Matérias recomendadas
Com o passar do tempo, e o aumento do númerobancos destruídos nos combates, alguns civis foram expostos ao que a populaçãoGaza chama"máfiastrocadinheiro" — gangues que viram uma oportunidadeganhar dinheiromeio ao caos e ao pânico.
Em 24março, seis meses após o início da guerra, a Autoridade Monetária Palestina anunciou que "não era possível abrir as agências remanescentestodas as províncias da FaixaGaza, devido aos contínuos bombardeios, à faltaenergia e à difícil situação no local".
Isso resultouuma criseliquidez sem precedentes, com a maioria dos caixas eletrônicos sem funcionar também.
Em 11maio, a Autoridade Monetária Palestina lançou um serviçopagamento eletrônico instantâneo, utilizando serviços bancários online, carteiras digitais e cartõesbanco.
Mas a instabilidade da conexãointernet foi um problema significativo — e o serviço não foi amplamente adotado.
"Durante os oito mesesguerra, encontrei apenas um estabelecimento que aceitava transações eletrônicas — e isso acontece especialmente agora que os produtos estão sendo expostos e vendidos"barraquinhas" nos campos,veznas lojas", conta Mohamed.
A economiaGaza
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Para entender o que causou a atual crise financeiraGaza, vale a pena conhecer maisperto o sistemafinanciamento no território palestino.
A economia na região é gravemente afetada pelo bloqueio que foi imposto desde que o Hamas assumiu o controle total da FaixaGaza2007.
Israel diz que o bloqueio é necessário para impedir os ataques do grupo militante.
Os bancos na FaixaGaza são associados à Autoridade Monetária Palestina e ao governo palestinoRamallah, ou sãopropriedade privada e afiliados ao governo do Hamas.
A Autoridade Monetária Palestina foi estabelecida no âmbito do ProtocoloParis, assinado1994, e constauma cláusula anexada aos AcordosOslo.
Este acordo colocou a economia palestina e suas transações financeiras sob a supervisão e controle direto do sistema bancário israelense.
Pelos termos do acordo, Israel arrecada impostosnome da Autoridade Palestina e transfere o montante, mensalmente, para a Autoridade Monetária — após a aprovação e assinatura do Ministério das Finanças israelense, e depois da deduçãouma porcentagem.
Estes fundos, conhecidos como receitas fiscais ou tributárias, representam a maior parte das receitas financeiras da Autoridade Palestina — e uma parte dela é repassada à FaixaGaza.
Quando o Hamas assumiu o controle da FaixaGaza2007, milharestrabalhadores civisGaza continuaram a receber seus salários da Autoridade Palestina. Eles eram transferidos por meiobancosGaza afiliados à Autoridade Monetária.
O dinheiro também entrouGaza sob a formaajuda da UNRWA — a agência da ONU para refugiados palestinos — e do Catar, que era considerada a principal fontedólaresGaza.
Ahmed Abu Qamar, pesquisador econômico palestinoGaza, classifica estes fluxosrenda como as "rotas oficiais para o dinheiro".
Ele disse à BBC que também existem rotas não oficiais, a chamada "economia paralela", como a conversãomercadoriasdinheiro.
Mas o dinheiro gerado por rotas não oficiais não aparece no ciclo monetário, nem na "oferta monetária", diz ele.
Ele destaca que todos os recursos financeirosGaza eram insuficientes para estabelecer um ciclo econômico saudável que permitiria a maisdois milhõescidadãos na FaixaGaza viver normalmente.
As três moedas utilizadas nas transações financeiras são:
- Shekel israelense: a moeda mais utilizada, servindobase para as transações diárias.
- Dólar americano: usadoimportações, transações comerciais internacionais e na compraprodutosluxo, como carros.
- Dinar jordaniano: tradicionalmente usado para pagar dotescasamento, comprar propriedades ou terrenos, e pagar mensalidades universitárias, por exemplo.
O impacto da guerra
Desde o início da guerra, as autoridades israelenses têm se recusado a repassar as receitas tributárias destinadas à FaixaGaza para a Autoridade Monetária Palestina.
Israel argumenta que este dinheiro ajuda a financiar o movimento do Hamas.
Em novembro2023, o Ministério das Finanças palestino anunciou que "o Ministério das Finanças israelense deduziu 600 milhõesshekels (R$ 870 milhões) das receitas tributárias mensais sob o pretextoque parte deste montante inclui salários, alocaçõesfuncionários e despesas para a FaixaGaza".
No início do ano, o Ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, ameaçou privar a Autoridade Palestinatodas as receitas tributárias se "um shekel" sequer entrasseGaza.
"Nem um único shekel vai entrarGaza", ele escreveuuma publicação nas redes sociaisjaneiro.
A ofertadinheiro também foi reduzida por causa daqueles que estão saindoGaza — sob a formataxas pagas por indivíduos para escapar por meio da passagemRafah. Estas taxassaída, que muitas vezes chegam a custar dezenasmilharesdólares por pessoa, exauriram significativamente as reservasdólares na FaixaGaza.
As cédulas danificadas também agravaram a escassezdinheiro. Anteriormente, no âmbitoum acordo entre Palestina e Israel, as notas danificadas eram trocadas por novas. No entanto, desde o início da guerra, este processo foi interrompido, tornando essas cédulas inúteis, uma vez que os comerciantes se recusam a aceitá-las.
O mercado clandestino
Mohamed al-Kloub foi forçado a recorrer ao mercado clandestino, no qual "saca" dinheirouma loja,trocauma comissão que varia entre 10% e 20% — mas até mesmo esta opção está se tornando complicada, diz o funcionário Mahmoud Bakr al-Louh.
Nas fachadasmuitas das lojas que anteriormente prestavam este serviçosaquedinheiro mediante o pagamentocomissões, há cartazes que informam "não há dinheiro". Aqueles que têm acesso a dinheiroespécie "estão favorecendo seus amigos", diz Mahmoud.
Ahmed (nome fictício) conversou com a BBC sobre seu trabalho fornecendo dinheiro sob comissão.
Ele começou a prestar o serviço para compensar o prejuízo que sofreu ao sacar 40 mil shekels (R$ 58 mil) daconta.
Ele contou que teve que pagar uma taxa10%. Agora Ahmed deduz 13%comissãotroca do fornecimento do seu dinheiro aos clientes.
Seus ganhos mal cobrem uma pequena partesuas necessidades diárias. Mas os moradoresGaza que recorrem ao mercado clandestino se queixam da "extorsão" que dificulta ainda mais seu sofrimento diário.
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