A fadiga após 3 semanasevolution roletacrise no RS: 'As pessoas não aguentam mais estar aqui':evolution roleta
Ela sintetiza o dramaevolution roletauma tragédia cujas dimensões ainda não foram exatamente estimadas, mas que preocupa por mais um desdobramento importante:evolution roletalonga duração.
A Jamaica participa evolution roleta todas como Copas do Mundo, evolution roleta {k0} 1930 ate à presença. No entanto tempo nunca conseguiu avançar da fasa dos grupos
A Jamaica estreou na Copa do Mundo evolution roleta {k0} 1930, mas foi eliminada no fase evolution roleta grupos.
Em 1934, a Jamaica novamente foi eliminada na fase evolution roleta grupos (esta vez evolution roleta {k0} sua casa), Kingston.
A Jamaica não se considera classificada para a Copa do Mundo evolution roleta 1938, mas retornou na edição da década 1950 evolution roleta {k0} Brasil.
A equipa jamaicana foi eliminada na fase evolution roleta grupos evolution roleta {k0} Cinco Ocasiões: 1954, 1966 e 1974.
A Jamaica não se classifica para a Copa do Mundo evolution roleta 1982, mas voltou evolution roleta {k0} 1998, na França.
A equipa jamaicana foi eliminada na fase evolution roleta grupos evolution roleta {k0} 2006, Na Almanha, e Em 2014, no Brasil.
A Jamaica não se classifica para a Copa do Mundo evolution roleta 2024, na Rússia.
{k0}
Ano
País
Fases
1930
uruguai
Fase evolution roleta grupos
1934,
Jamaica
Fase evolution roleta grupos
1950
Brasil
Fase evolution roleta grupos
195454
Sua
Fase evolution roleta grupos
1966,
Inglaterra
Fase evolution roleta grupos
1970
México
Fase evolution roleta grupos
1974, em
Alemanha Ocidental
Fase evolution roleta grupos
1978
Argentina
Fase evolution roleta grupos
1998
França
Fase evolution roleta grupos
2006
Alemanha
Fase evolution roleta grupos
2014 2024
Brasil
Fase evolution roleta grupos
Conclusão
A Jamaica tem uma longa história evolution roleta participação evolution roleta {k0} Copas do Mundo, mas infelizmente nua conseguiu avançar além da fasa dos grupos. Apesar disto equipe jamaicana continua à ser um das mais populares ao mundo que o universo faz parte deste jogo!
O chamado "marco zero" das inundações no Rio Grande do Sul deste ano aconteceu no dia 30evolution roletaabril. Milharesevolution roletapessoas perderam suas casas e tiveram que se alojarevolution roletaabrigos improvisados, casasevolution roletaparentes ou, como Maria Estela, na rua. Pelo menos 162 pessoas morreram.
No entanto, diferentemente do que aconteceuevolution roletaenchentes anteriores,evolution roletamuitas áreas o retorno à normalidade está sendo mais lento que o esperado, prolongando a crise humanitária no Estado. Em outras, simplesmente não poderá acontecer.
Três semanas depois, segundo os dados do governo do Rio Grande do Sul da noiteevolution roletaquarta-feira (22/5), ainda há maisevolution roleta580 mil pessoas desalojadas e quase 70 milevolution roletaabrigos.
O prolongamento da crise, segundo os relatosevolution roletavítimas das inundações, voluntários e agentes públicos, vem aumentando a tensãoevolution roletaabrigos, gerando crisesevolution roletaansiedade e desgastando os milharesevolution roletavoluntários.
Além disso, o temor éevolution roletaque, com o passar do tempo, haja cada vez menos voluntários ajudando, apesar do grande númeroevolution roletadesabrigados.
O secretárioevolution roletaTransparência e Controladoriaevolution roletaPorto Alegre, Carlos Fett Paiva Neto, disse à BBC News Brasil que o prolongamento da permanênciaevolution roletadesalojadosevolution roletaabrigos já vem gerando tensões.
Ele é o representante da prefeitura da capital no abrigo que funcionaevolution roletaum ginásio do Grêmio Náutico União, um dos clubes mais tradicionaisevolution roletaPorto Alegre.
"É óbvio que não temos a capacidadeevolution roletareproduzir o mesmo ambienteevolution roletaautonomia e liberdade que eles tinhamevolution roletasuas casas. No espaço confinado existem regrasevolution roletaconvivência", disse à BBC News Brasil.
A imposiçãoevolution roletaregras ou o aperto delas nos últimos dias, resultado do aumento das tensões, estaria criando insatisfação entre os desabrigados.
"Um exemplo (do aumento da tensão) acontece na distribuiçãoevolution roletaroupas. No início, a gente dava uma certa liberdade e eles mesmos iam escolhendo o que queriam. Com o passar do tempo, a gente passou a regrar isso. Apertamos tanto que chegou no limite e eles estão reclamando que havia excesso no início e que agora há falta (de roupas)", disse.
O motorista Márcio dos Santos Pacheco,evolution roleta42 anos, que viuevolution roletacasa na área centralevolution roletaPorto Alegre ser alagada, está no abrigo gerido por Paiva Neto.
Quando conversou com a reportagem da BBC News Brasil, na semana passada, já estava confinado no local havia duas semanas. Com o passar dos dias, segundo ele, o nívelevolution roletatensão vai ficando tangível.
Márcio disse que a ansiedade resultante do confinamento prolongado se manifestaevolution roletaseu corpo durante o sono.
"Tu não dorme um sono tranquilo como o que a gente tem quando estáevolution roletacasa sabendo que está seguro. Aqui, tudo é novo. A gente tem que se readequar para sobreviver", disse à BBC News Brasil.
Pacheco conta que já presenciou momentos tensos entre desabrigados e voluntários, como disputa por roupas.
"Uma pessoa estava recebendo roupasevolution roletaum voluntário. Neste momento, apareceu outra reclamando e dizendo que queria as mesmas roupas e as mesmas condições [...] O voluntário falou: 'Não, eu já te dei'."
Barracaevolution roletalona
Para Maria Estela, no municípioevolution roletaEstrela, a situação é crítica.
No dia da enchente (30/4), ela tentou se alojarevolution roletaum abrigo, mas eles também estavam sendo severamente atingidos pela chuva. Sua família, então, montou uma barracaevolution roletalonaevolution roletacaminhão para abrigar sete pessoas, incluindo três filhos.
A barraca tem formato triangular e o chão é coberto com pallets (estradoevolution roletamadeira) e alguns cobertores velhos. Nas laterais, há fardosevolution roletacomida e água doada, sacosevolution roletaroupas e outros mantimentos.
Estacas e uma lona pretaevolution roletauma elevação do terreno fazem as vezesevolution roletabanheiro, mas apenas para urinar.
"Se a gente quiser fazer outra coisa, precisamos ir no banheiro da igreja. Isso, quando ela está aberta", diz.
A hora do banho é ainda pior, ela disse.
"A gente toma no escuro,evolution roletabacia,evolution roletapote. Sem chuveiro e sem nadaevolution roletaconforto."
No domingo (19/05), quando conversou com a BBC News Brasil, Maria Estela já estava naquelas condições havia 19 dias.
Cansada, ela diz que precisouevolution roletaajuda profissional para lidar com ansiedade.
"A minha (ansiedade) (eu lido) é com medicação. A dos meus filhos… eu levo eles para a minha irmã, tiro um pouco daqui ou dou uns livrinhos para eles pintarem. Não tem internet no celular, então nem dá para usar. Alguns voluntários trazem joguinhos e coisas pra gente pintar", disse.
'Eles só querem ir para casa'
Maria Estela, assim como outros desabrigados com os quais a BBC News Brasil conversou nos últimos dias, afirmou que um dos principais disparadoresevolution roletasua ansiedade é a incerteza sobre quando ou se ela conseguirá retomarevolution roletavida normal.
"Os filhos menores não entendem o que é enchente. Eles só querem ir para casa. Os maiores já sabem que a casa foi embora. Eles querem saber onde é que vão estudar. O colégio não existe mais. A gente não tem essa resposta. Como vamos responder?", disse.
Em Porto Alegre, Márcio dos Santos Pacheco vive situação parecida: também não sabe quando poderá retornar àevolution roletacasa, alagada pelas águas do Lago Guaíba.
O psicólogo Diogo Lichtemann, que trabalha como voluntário no abrigo onde Pacheco está, explica que o confinamento prolongado pode aumentar os níveisevolution roletaestresse dos desabrigados.
Isso aconteceria porque, apesarevolution roletasentirem um alívio ao serem resgatados das inundaçõesevolution roletaum primeiro momento, os desalojados,evolution roletageral, querem retomar suas vidas o mais rápido possível.
Diante da incerteza sobre quando isso será possível, comportamentos irritadiços ou até mesmo depressivos são esperados, segundo o psicólogo.
"Se você falar com as pessoas com quem eu converso, elas vão relatar que não aguentam mais estar aqui e que elas querem ir para as suas casas ou alguma outra casa (disponível)", disse o psicólogo à BBC News Brasil.
Um dos principais pontosevolution roletatensão são as diferentes normas adotadasevolution roletacada abrigo.
"As pessoas estão ansiosas, querendo sair porque há regras que elas não gostam e às quais elas não estão acostumadas. Ninguém quer estar aqui por vontade própria."
Como a maioria dos abrigos funcionaevolution roletaambientes privados como salões paroquiais, igrejasevolution roletadiferentes denominações e clubes, as regras variamevolution roletaacordo com a administração destes espaços.
Em Estrela, por exemplo, um abrigo mantido pela prefeitura tem como regra apagar as luzes às 22h e impedir a entradaevolution roletapessoas que aparentam terem consumido bebidas alcoólicas.
Em outro, mantido por uma instituição católicaevolution roletaPorto Alegre, há um toqueevolution roletarecolher a partir das 22h.
Os coordenadores destes espaços afirmam que as regras são uma formaevolution roletafornecer segurança para os desabrigados, mas admitem que, muitas vezes, elas colidem com a liberdade que a maioria deles tinha quando ainda viviamevolution roletasuas casas.
Fadiga dos voluntários
O prolongamento da crise também vem afetando os voluntários, segundo Lichtemann.
"Em relação aos voluntários, o que mais pode nos angustiar é não ter uma previsão. Essa situação vai se estender por um bom tempo e ninguém tem condiçõesevolution roletadizer por quanto tempo."
Lichtemann acredita que haverá uma redução no númeroevolution roletavoluntários nas próximas semanasevolution roletafunção do retornoevolution roletaparte deles às suas atividades. Ele também cita a "fadiga" como um dos motivos para essa queda.
"Na área da saúde, vai haver uma redução. Acho que por duas razões. Uma é pela fadiga, óbvio, e outra pela também pela natureza do atendimento que estamos prestando", disse.
O psicólogo detalha que, inicialmente, buscavam as pessoas que chegavam aos abrigos para saber se precisavamevolution roletaalguma coisa. Agora, atuamevolution roletaesquemaevolution roletaplantão, à esperaevolution roletaque as pessoas os procurem. Essa mudança, segundo ele, diminui a quantidadeevolution roletavoluntários necessários para atendimentos.
O que dizem as autoridades
Autoridades estaduais e municipais alegam estarem atentas à fadiga tanto das vítimas quanto dos voluntários.
Na sexta-feira (17/5), o governo do Rio Grande do Sul anunciou a criaçãoevolution roleta"cidades temporárias" para abrigar desalojados pelas enchentes. A ideia é removê-los dos abrigos à medida que essas estruturas começarem a ficar prontas.
As "cidades temporárias" seriam instalaçõesevolution roletametal, plástico e madeiraevolution roletapelo menos três pontos do Estado com capacidade para abrigar até 10 mil pessoas.
Ainda não há prazo para que as primeiras unidades entremevolution roletafuncionamento.
O governo federal também anunciou um plano para a compraevolution roletaresidências para as vítimas das enchentes, mas os detalhesevolution roletacomo ele funcionaria ainda não foram divulgados.
Responsável pelo programaevolution roletavoluntários criado pela prefeitura da capital gaúcha, o secretário municipalevolution roletaAdministraçãoevolution roletaPorto Alegre, André Barbosa, admite que o prolongamento da crise está afetando tanto as vítimas das inundações quanto quem tenta ajudá-las.
"A gente tem uma equipeevolution roletavoluntários que está atendendo essas pessoas e a angústia principal é saber o que vai acontecer depois, se eles vão conseguir recuperar as coisas perdidas", disse à BBC News Brasil.
Ele diz que a prefeitura da capital já detectou uma redução na quantidadeevolution roletavoluntários disponíveis e abriu um edital para o cadastramentoevolution roletanovas equipes.
"Com o passar do tempo, a gente notou um desinteresse natural porque as pessoas começaram a retomar a normalidade das suas vidas. Mas quando notamos essa queda, abrimos um cadastro e,evolution roletamenosevolution roletatrês dias, conseguimos outros 700 voluntários. Felizmente, não vamos precisar chamar todos", disse.
Barbosa, no entanto, teme que a disponibilidadeevolution roletavoluntários não seja a mesma caso a crise se prolongue ainda mais.
"Se você me perguntar se eu vou ter essa mesma quantidadeevolution roletavoluntáriosevolution roleta30 dias, aí eu acho que vamos ter um problema a médio e longo prazo", disse.
Procurado, o secretárioevolution roletaDesenvolvimento Social do Rio Grande do Sul, Beto Fantinel, também admitiu que houve uma redução na quantidadeevolution roletavoluntários disponíveis. Ele disse que o governo firmou uma parceria com uma plataforma digital para manter um fluxo estávelevolution roletavoluntários.
"Existe uma diminuição da força do voluntariado por conta da dificuldadeevolution roletacontinuarem colaborando. Temos uma estratégia e avançamos com a plataforma Transforma Brasil para a mobilizaçãoevolution roletavoluntariado", disse o secretárioevolution roletaáudio encaminhado à BBC News Brasil.