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Como inteligência artificial está ressuscitando estrelascbet hdcinema:cbet hd
A tecnologia está na vanguarda das imagens geradas por computador (CGI)cbet hdHollywood. Mas também é fontecbet hdpreocupação para atores e roteiristas que entraramcbet hdgrevecbet hdHollywood pela primeira vezcbet hd43 anos.
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Fim do Matérias recomendadas
Eles temem ser substituídos por algoritmoscbet hdIA – algo que eles argumentam que sacrificará a criatividadecbet hdprol do lucro.
A atriz Susan Sarandon está entre aqueles que falaram sobre suas preocupações publicamente, alertando que a IA poderia fazê-la "dizer e fazer coisas sobre as quais não tenho escolha".
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A ressurreição digitalcbet hdDean não é o primeiro episódiocbet hdque atores falecidos aparentemente voltaram à vida na tela com a ajudacbet hdtecnologia digital avançada e uma pitada da magiacbet hdHollywood.
Carrie Fisher, Harold Ramis e Paul Walker são apenas algumas das celebridades notáveis que reprisaram papéis icônicos no cinema postumamente. A cantora brasileira Elis Regina também ressuscitou recentemente para um anúncio da Volkswagen, no qual apareceu fazendo dueto com a filha Maria Rita.
Essas aparições na tela representam o que Travis Cloyd, executivo-chefe da agênciacbet hdmídia imersiva WorldwideXR (WXR), chamacbet hdrepresentaçõescbet hd"tela plana passiva, 2D", semelhantes a deepfakes.
Esta é a segunda vez que o clone digitalcbet hdDean é escalado para um filme. Em 2019, foi anunciado que ele seria ressuscitadocbet hdCGI para um filme chamado Finding Jack (À Procuracbet hdJack,cbet hdportuguês), que foi posteriormente cancelado.
Cloyd confirmou à BBC, no entanto, que Dean estrelará Back to Eden, um filmecbet hdficção científicacbet hdque "uma visita fora deste mundo para encontrar a verdade leva a uma viagem pela América com a lenda James Dean".
A clonagem digitalcbet hdDean também representa uma mudança significativa no que é possível. Seu avatarcbet hdIA não apenas poderá desempenhar um papelcbet hdtela planacbet hdBack to Eden ecbet hduma sériecbet hdfilmes subsequentes, mas também interagir com o públicocbet hdplataformas interativas, incluindo realidade aumentada, realidade virtual e jogos.
A tecnologia vai muito além da reconstrução digital passiva ou da tecnologia deepfake que sobrepõe o rostocbet hduma pessoa ao corpocbet hdoutra.
Levanta a perspectivacbet hdos atores – ou qualquer outra pessoa – alcançarem uma espéciecbet hdimortalidade quecbet hdoutra forma teria sido impossível, com carreiras que continuam muito depoiscbet hdas suas vidas terem terminado.
Mas ela também traz à tona alguns pontos controversos.
Quem detém os direitos sobre o rosto, a voz e a personalidadecbet hdalguém apóscbet hdmorte? Que controle eles podem ter sobre a direçãocbet hdsua carreira após a morte – um ator que fez seu nome estrelando dramas corajosos poderiacbet hdrepente aparecercbet hduma comédia boba ou mesmocbet hdpornografia? E a imagem pode ser usada para anúncios?
E indo ainda além, por que não deixar as celebridades descansaremcbet hdpaz?
O primocbet hdDean, Marc Winslow, que passou a infânciacbet hduma fazendacbet hdIllinois com o ator, a quem ele carinhosamente chamacbet hdJimmy, afirma que é o inegável apelocbet hdseu primo, que transcende gerações, que o tornam uma escolha atraente para um papel grande no cinema moderno.
"Se há duas ou três pessoascbet hduma cena, seus olhos vão direto para ele", diz ele.
"Sabe, não acho que alguém será capazcbet hdsubstituí-los, mas é possível que eles consigam fazer isso na tela e tornar muito realista."
Clones digitais
A imagemcbet hdDean é uma das centenas representadas pela WRX ecbet hdempresa parceira CMG Worldwide – incluindo Amelia Earhart, Bettie Page, Malcolm X e Rosa Parks.
Quando Dean morreu, há 68 anos, ele deixou para trás uma coleção robustacbet hdsua imagemcbet hdfilmes, fotografias e áudio – o que Cloyd do WRX chamacbet hd"materialcbet hdorigem".
Cloyd diz que para obter uma representação realistacbet hdDean, inúmeras imagens são digitalizadas, sintonizadascbet hdalta resolução e processadas por uma equipecbet hdespecialistas digitais utilizando tecnologias avançadas.
Adicione áudio, vídeo e IA e,cbet hdrepente, esses materiais se tornam os blocoscbet hdconstruçãocbet hdum clone digital que parece, soa, se move e até responde a comandos como Dean.
O que Dean não deixou para trás foi uma pegada digital, ao contrário das celebridadescbet hdhoje que se envolvem nas redes sociais, tiram selfies privadas, enviam textos e e-mails, utilizam motorescbet hdbusca, fazem compras online e compram receitas médicas online.
Essas atividades fornecem enormes quantidadescbet hddados sobre como pensamos e agimos que poderiam ser potencialmente utilizados para transformar um clone digital superficialcbet hdum inteligente que pode conversarcbet hdforma convincente com os vivos.
Agora existem até empresas que permitem aos usuários fazer uploadcbet hddados digitaiscbet hdentes queridos falecidos para criar "deadbots" que conversam com os vivos do mundo da morte.
Quanto mais materialcbet hdorigem, mais preciso e inteligente será o deadbot, o que significa que os herdeiros das celebridades modernas podem potencialmente permitir que clones convincentes e realistascbet hdseus parentes falecidos continuem trabalhando na indústria cinematográfica – e interagindocbet hdforma quase autônoma – para sempre.
Prevendo uma realidade assim para seu futuro, o ator Tom Hanks falou sobre o tema recentementecbet hdum podcast, chamado Adam Buxton Podcast.
"Eu poderia ser atropelado por um ônibus amanhã e pronto, mas minhas performances podem continuar indefinidamente", disse.
Atores perdendo empregos para os mortos
O comentáriocbet hdHanks resume uma preocupação muito real para os atores que temem que a próxima fase da ressurreição humana digital cruze fronteiras éticas, legais e práticas, que podem atingir tanto celebridades como cidadãos comuns.
Os dubladores,cbet hdparticular, têm liderado a conversa e trabalhado entre associaçõescbet hdatores para formar uma frente unificada pela proteção dos direitos e das carreiras dos atores.
"Para as vozescbet hdMickey Mouse, Gaguinho, Brancacbet hdNeve – cada vez que uma voz morre, um novo ator é contratado para interpretá-la", diz Tim Friedlander, presidente e fundador da National Association of Voice Actors (Nava) nos EUA.
"Mas e se você pudesse usar Mel Blanc [o dublador que deu vida a muitos dos personagenscbet hddesenhos animados do Loony Tunes] para sempre?"
Friedlander e seus colegas dubladores temem que esta situação seja iminente e que os dubladores ressuscitados digitalmente monopolizem a indústriacbet hddublagem, eliminando empregos para atores vivos.
"Não há oportunidade para ninguém porque agora eles perderam o emprego para um dublador falecido porque ele é a voz original do Pernalonga, Gaguinho e outros [personagens do Looney Tunes]."
Cloyd reconhece que podem haver menos oportunidadescbet hdatuação, mas oferece uma perspectivacbet hd"copo meio cheio".
"No final das contas, isso cria muitos empregos”, diz ele, referindo-se a outros empregos técnicos e na indústria cinematográfica que a tecnologia poderia gerar.
"Portanto, mesmo que isso possa comprometer o papel ou o trabalhocbet hduma pessoa, ao mesmo tempo, está criando centenascbet hdempregos."
Os direitos dos mortos
Se os mortos – ou melhor, seus clones digitais – estão condenados a uma eternidadecbet hdtrabalho, quem se beneficia financeiramente? E os mortos têm algum direito?
Para simplificar a resposta, as regras são obscuras e,cbet hdalgumas regiões do mundo, inexistentes.
No Brasil, por exemplo, não há leis específicas sobre direitocbet hdimagem, inteligência artificial e pessoas já falecidas.
Após o episódio envolvendo a propaganda com o deepfakecbet hdElis Regina, o Conselho Nacionalcbet hdAutorregulamentação Publicitária (Conar) abriu um processo ético para avaliar a peça publicitária, após receber queixascbet hdconsumidores. O caso, no entanto, foi arquivado na terça-feira (23/8).
O advogado Erik Kahn, coautorcbet hdum artigo sobre os direitoscbet hdpublicidade post mortemcbet hdcelebridades para a revista Landslide, da American Bar Association (associação equivalente à OAB no Brasil), diz que cada Estado dos EUA tem uma regra diferente, enquanto alguns não têm nenhuma lei.
Em geral, quando uma celebridade morre, os "direitos à publicidade" passam da celebridade para os parentes mais próximos, ou para a parte a quem foram concedidos esses direitoscbet hdtestamento.
Mas Kahn diz que, mesmo um testamento, que normalmente ditará quem se beneficiará financeiramente do uso comercial da imagem da celebridade falecida, tem peso legal limitado, uma vez que "não é como um contrato porque é um documento unilateral".
O podercbet hdcomo a imagem dessa pessoa é usada passa para seu executor vivo. Algumas celebridades, como Robin Williams, conseguiram usar um testamento para limitar o usocbet hdsua imagem após a morte, mas esse limite expira após 25 anos.
Mas as celebridades se beneficiamcbet hduma camada adicionalcbet hdproteção contra certos tiposcbet hddifamação, diz Kahn. Marilyn Monroe, por exemplo, não poderia ser empregada postumamentecbet hdum filme pornográfico se seu espólio não aprovasse o usocbet hdsua imagem e semelhança.
Dependendo do Estado dos EUA, o espóliocbet hdMonroe pode argumentar que os direitos autorais foram infringidos, que ela foi difamada por declarações falsas que não refletemcbet hdverdadeira reputação e que retratá-lacbet hduma forma prejudicial poderia "interferircbet hdpossíveis vantagens comerciais".
Além disso, a Lei Lanham federal serve como uma proteção adicional que protege celebridades falecidascbet hdserem usadascbet hdpublicidade falsa ou enganosa ecbet hdviolaçãocbet hdmarca registrada.
Nova York possui a definição mais abrangentecbet hd"direitocbet hdpublicidade" que protege indivíduos falecidos contra a exploração comercial ou uso não autorizado das suas características pessoais.
Mas mesmocbet hdEstados com regulamentações aparentemente rígidas, o direitocbet hdpublicidade realmente protege o patrimônio do falecido, não necessariamente a pessoa falecida.
"Secbet hdfamília quer vendê-lo e você está morto, não há muito que você possa fazer", diz o advogado Pou-I "Bonnie" Lee,cbet hdNova York, coautor do artigo jurídico na Landslide com Kahn.
O que isto significa é que Marilyn Monroe, por exemplo, poderia aparecer postumamente – legalmente – num filme pornográfico se o seu patrimônio consentisse na utilização dacbet hdimagem e semelhança desta forma.
"Se o espólio diz isso, é lamentável, mas acho que pode acontecer", diz Lee.
Uso pessoal e particular
Embora as celebridades mortas contem com algumas proteções vagascbet hdjurisdições específicas quando se trata da exploração comercial dacbet hdimagem e semelhança, os cidadãos comuns podem ter muito menos controle sobre a forma como acbet hdimagem e legado digital são usados após a morte.
Nos EUA, há pouca legislação que proteja os mortoscbet hdserem ressuscitados digitalmente para uso pessoal. Quando você morrer, praticamente qualquer pessoa poderá usar seu legado digital públicocbet hdum softwarecbet hdIA para criar um deadbot ou um avatarcbet hdIA interativo.
Os estados com proteções post mortem mais amplas, como Nova York, proíbem a utilização das identidades dos indivíduos para determinados fins nefastos, mas Lee é céptico sobre a forma como essas proteções são implementadas.
"Em última análise, alguém precisa fazer cumprir isso", diz ele.
Cloyd, Friedlander e Kahn concordam que é necessário que haja legislações implementada mais cedo ou mais tarde para proteger os direitos e legados dos mortos – tanto celebridades como outros.
A tecnologia está avançandocbet hdum ritmo rápido e os debates éticoscbet hdtorno das representações digitais dos mortos já começam a surgir.
Cloyd admite estar inicialmente "um pouco preocupado" com a forma como os mortos estão sendo revividos digitalmente, mas diz estar confiantecbet hdque a WXR está sendo proativo e sensível ao lidar com essas questões.
Friedlander também defende ativamente uma legislação que proteja os dubladorescbet hdperderem seus trabalhos e espera que o trabalhocbet hdNava ajude as associaçõescbet hdatorescbet hdtodo o mundo a se organizarem e defenderem oportunidades justas.
Quanto a Winslow, ele admite ter sentimentos confusos ao ver seu primo ressuscitado digitalmente.
"Não sei o que pensar sobre isso", diz ele. "Quero que ele seja respeitado. Ele estava realmente envolvido na atuação, levou isso muito a sério. Eu gostaria que essa mesma imagem fosse projetada."
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.
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