Os resquícios da guerra que seguem no cotidiano da Colômbia:estrela bet a maior casa de apostas
De qualquer forma, as medidasestrela bet a maior casa de apostassegurança que podem ser inusitadasestrela bet a maior casa de apostasoutros países da América do Sul, também assolados pela criminalidade, não se limitam aos cãesestrela bet a maior casa de apostasguarda. Na Colômbia, é comum ser inspecionado pelos cachorros ao entrar a péestrela bet a maior casa de apostasum shopping ou mesmo pela polícia.
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Também é comum ver soldados armados com fuzis patrulhando ruas e rodovias. E a indústria da segurança privada, que inclui escoltas, guardas e sistemasestrela bet a maior casa de apostasmonitoramento, é maior do que a polícia.
Hoje a Colômbia não é muito mais violenta do que outros países da região.
Embora os homicídios tenham aumentado no ano passado, o númeroestrela bet a maior casa de apostas26 mortes violentas por 100 mil habitantes – o principal critério utilizado para medir a violência – não é superior ao do Equador ou do México, e é inferior ao da Venezuela eestrela bet a maior casa de apostasHonduras. No Brasil, essa taxa foiestrela bet a maior casa de apostas23,4 por grupoestrela bet a maior casa de apostas100 mil habitantes no ano passado.
Em Bogotá, o númeroestrela bet a maior casa de apostas12,8 homicídios por 100 mil habitantes, semelhante aoestrela bet a maior casa de apostasMedellín, é próximo ao do Uruguai ou do Panamá e inferior ao da Guatemala e do próprio Brasil.
A Colômbia, então, deixouestrela bet a maior casa de apostasser um dos países mais violentos da América Latina. A violência diminuiu principalmente nas grandes cidades.
No entanto, na Colômbia é possível ver medidas que refletem um sentimento forteestrela bet a maior casa de apostasinsegurança, marcado por uma história traumática e, também, por uma enorme indústriaestrela bet a maior casa de apostassegurança particular.
‘A guerra acabou, mas o crime não’
É difícil saber quais destas medidas são exclusivas da Colômbia. A segurança pública é um problemaestrela bet a maior casa de apostastoda a América Latina e as soluções têm sido,estrela bet a maior casa de apostasgeral, as mesmas.
Cãesestrela bet a maior casa de apostasguarda e antiexplosivos, que nos casosestrela bet a maior casa de apostasshopping centers vivem e dormem no mesmo prédio há anos, surgiram nas décadasestrela bet a maior casa de apostas80 e 90, quando as bombas dos traficantesestrela bet a maior casa de apostasdrogas, primeiro, e depois dos guerrilheiros, tornaram-se relativamente comuns nas cidades.
Cãesestrela bet a maior casa de apostasguarda também são comuns no México.
Em 2019, naquele país, foi oficializada e regulamentada a presençaestrela bet a maior casa de apostassoldados nas ruas para combater o crime. Na Colômbia isso ocorreu na décadaestrela bet a maior casa de apostas1970,estrela bet a maior casa de apostasmeio a uma ondaestrela bet a maior casa de apostasdecretos presidenciaisestrela bet a maior casa de apostasemergência denominados “estadoestrela bet a maior casa de apostassítio.”
Há também o exemplo da segurança privada, indústria que tanto no México como na Colômbia representam 1,5% do PIB e são as maiores da região, embora estes números não incluam a segurança privada informal, que pode ser tão grande ou maior que o mercado regularizado.
A indústria,estrela bet a maior casa de apostastodo caso, conta com 800 empresas e 400 mil funcionários na Colômbia: seguranças, escoltas, motoristas, treinadores. É um quarto dos funcionários da Polícia Nacional.
José Rivera é dirigente sindical da empresa Fortox, uma das maiores do setor. Ex-militar, trabalha como segurança há 27 anos. Para ele, as medidas são justificadas.
“A guerra acabou, mas o crime não, e o crime também é prejudicial”, diz ele. “Não vejo problema em, por exemplo, ao entrarestrela bet a maior casa de apostasum prédio, a pessoa terestrela bet a maior casa de apostaspassar por uma revista, com o documentoestrela bet a maior casa de apostasidentidade e registro”.
Na Colômbia é comum que para entrarestrela bet a maior casa de apostasum prédio seja necessário se registrar junto a um segurança - isso aconteceestrela bet a maior casa de apostasmuitas cidades do Brasil, também. O procedimento é comumestrela bet a maior casa de apostasedifíciosestrela bet a maior casa de apostasescritórios, universidades e edifícios residenciais.
Mas nada é mais difícil do que entrar como visitanteestrela bet a maior casa de apostascondomínios residenciais fechados, fenômeno que o arquiteto e urbanista Fernandoestrela bet a maior casa de apostasla Carrera considera o produto mais “transcendental desta sociedade do medo”.
Eles cresceramestrela bet a maior casa de apostasáreas ricas e pobres das cidades, especialmenteestrela bet a maior casa de apostasBogotá. E incluem diversas torres cercadas por bares, tudo monitorado por câmerasestrela bet a maior casa de apostastodas as esquinas. Esses locais são vigiados por seguranças e cãesestrela bet a maior casa de apostasguarda e ocupam blocos inteiros.
Por voltaestrela bet a maior casa de apostas40% dos 9 milhõesestrela bet a maior casa de apostashabitantesestrela bet a maior casa de apostasBogotá vivemestrela bet a maior casa de apostasum condomínio fechado. Só Ciudad Verde, bairroestrela bet a maior casa de apostascondomínios na zona sul, moram 200 mil pessoas - é uma cidade privada.
“O sucesso do modeloestrela bet a maior casa de apostascondomínio fechado é alimentado pelo medo. Seu crescimento coincide com o aumento da violência que tomou conta do país a partir da décadaestrela bet a maior casa de apostas1980”, escreve De la Carreraestrela bet a maior casa de apostasRejalópolis, um estudo que publicou com a Universidade dos Andes.
“O medo nos levou a sacrificar o espaço público e as interações sociais e econômicas que ele gera”, afirma. “A segregação espacial que motiva os complexos fechados aumenta o sentimentoestrela bet a maior casa de apostasmedo,estrela bet a maior casa de apostasisolamento e fomenta mais do mesmo: desconfiança, insegurança, mais medo e mais grades”, diz De la Carrera.
Mas medidas extremasestrela bet a maior casa de apostassegurança não falam apenasestrela bet a maior casa de apostasum presente violento, mas tambémestrela bet a maior casa de apostasum passado revivido cada vez que ocorre um acontecimento violento. Ou seja, o passado é sentido no presente.
Acompanhantes e Toyotas
A Unidadeestrela bet a maior casa de apostasProteção Nacional (UNP, na siglaestrela bet a maior casa de apostasespanhol) é a organização estatal responsável pela segurança dos colombianosestrela bet a maior casa de apostasriscoestrela bet a maior casa de apostasserem assassinados: funcionários públicos, congressistas, líderes camponeses e uma longa listaestrela bet a maior casa de apostascomunidades vulneráveis.
A entidade conta com cercaestrela bet a maior casa de apostas2 mil guarda-costas e outros 8 mil terceirizadosestrela bet a maior casa de apostasempresasestrela bet a maior casa de apostassegurança privada, alémestrela bet a maior casa de apostascaminhões e armas.
Cercaestrela bet a maior casa de apostas10 mil guarda-costas no país é um número semelhante ao que é relatado pelo Serviçoestrela bet a maior casa de apostasProteção Federal, órgão semelhante no México, um país com o dobro do tamanho da Colômbia.
“A segurança deveria ser a salvação do medo, mas na realidade é um negócio”, diz Augusto Rodríguez, diretor da UNP. “E tem gente que brinca com isso, que aumenta ou diminui o riscoestrela bet a maior casa de apostasacordo com o seu interesse, porque o medo é o terreno fértil para a corrupção”.
Rodríguez acompanhou o presidente Gustavo Petro ao longoestrela bet a maior casa de apostassua carreira: estiveram juntos na guerrilha, no Congresso e na Prefeituraestrela bet a maior casa de apostasBogotá.
“Proteger a vida é a linha política central deste governo”, afirma, para explicar por que alguém tão próximo do presidente preside um cargoestrela bet a maior casa de apostassegundo escalão.
Desde que assumiu o cargo, Rodríguez diz ter encontrado diversos esquemasestrela bet a maior casa de apostascorrupção no órgão: carros que não são usados mas utilizam cotaestrela bet a maior casa de apostasgasolina, veículos usados para traficar drogas, esquemasestrela bet a maior casa de apostasvendaestrela bet a maior casa de apostasarmas legais a grupos ilegais e desvios na estrutura salarial dos funcionários.
“Queremos destoyotizar a Colômbia”, diz, referindo-se aos caminhões Toyota que chegaram ao país na décadaestrela bet a maior casa de apostas80 e eram símbolo dos narcotraficantes – quase sempre blindados e brancos. Hoje, esses veículos são um símboloestrela bet a maior casa de apostasstatus.
Rodríguez não acredita que as medidasestrela bet a maior casa de apostassegurança sejam exageradas,estrela bet a maior casa de apostasgeral. “A violência persiste porque persiste a desigualdade, persistem os problemas fundiários (...) Muitos não precisamestrela bet a maior casa de apostasesquemasestrela bet a maior casa de apostassegurança, têm mais um problemaestrela bet a maior casa de apostasmobilidade do queestrela bet a maior casa de apostassegurança, mas a maioria sim.”
Parece,estrela bet a maior casa de apostastodo o caso, que existe uma discrepância entre a realidade dos dados da violência, que hoje é menor do que antes, e as medidas que os colombianos tomam para se protegerem, que só aumentam.
Para Luis Ignacio Ruiz, criminologista e psicólogo social da Universidade Nacional, não existe “medo injustificado”.
“O medo do crime envolve muitas outras emoções que não falam apenasestrela bet a maior casa de apostasinsegurança”, afirma. “Em vários estudos descobrimos que as pessoas se declaram inseguras quando o seu medo, na realidade, é a pobreza, a faltaestrela bet a maior casa de apostaseducação ou a fome”.
“E também é preciso acrescentar que os números da violência nunca estão completos, porque omitem uma sérieestrela bet a maior casa de apostascrimes que não são noticiados, além do fatoestrela bet a maior casa de apostasos meiosestrela bet a maior casa de apostascomunicação, que dão prioridade ao crime, e agora as redes sociais, gerarem um efeitoestrela bet a maior casa de apostasrepetição do evento violento”.
A maior parte do território colombiano já não estáestrela bet a maior casa de apostasguerra. Mas lembrá-la não é apenas um exercício mental: tem implicações materiais no presente.
E isso deixa os colombianos com medo.