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A epidemia ocultaestrela bet tem appespancamento nas escolas que assola o Quênia:estrela bet tem app
Fred Mwangi faz o filho levantar e puxa o colete branco para mostrar a cicatriz espessa que cobre quase toda a largura e comprimentoestrela bet tem appsuas costas.
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"Este é ele no hospital”, diz a mãe, Agnes Mutiri, mostrando fotosestrela bet tem appCalebestrela bet tem appseu telefone, fortes demais para serem publicadas. Deitadoestrela bet tem appbruços na cama, lacerações cobriam suas pernas, costas e braços, e até mesmo seu rosto. Foram quase cem no total.
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Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
"Seu corpo todo estava assim."
O castigo corporal nas escolas tem uma longa história no Quênia, que remonta à épocaestrela bet tem appque missionários e colonizadores usavamestrela bet tem appagressão física para afirmarestrela bet tem appautoridade.
Em 2001, o governo queniano proibiu a prática nas escolas. Mas mudar a atitude das pessoas tem sido mais difícil.
Números do último relatório Violência Contra as Crianças, uma pesquisa familiar nacional realizadaestrela bet tem app2019, revelou que maisestrela bet tem appmetade dos jovens quenianos entre os 18 e 24 anos concordaram ser necessário que professores fizessem usoestrela bet tem appcastigos corporais.
A BBC Africa Eye descobriu um aumento preocupante no númeroestrela bet tem appcasos graves reportados.
No casoestrela bet tem appCaleb, ele conta que quem primeiro o espancou foi Nancy Gachewa, a diretora do Centro Educacional Gremon - uma escola na cidadeestrela bet tem appBamburi, pertoestrela bet tem appMombaça. E,estrela bet tem appseguida, ela deu a ordem para que outros estudantes continuassem. Gachewa nega e diz que não estava na escola quando tudo aconteceu.
“Eu estava com tanta fome que peguei cinco chapatis e comi com chá”, diz Caleb.
Gachewa e um estudante mais velho, Idd Salim, foram presos e acusados de agressão eestrela bet tem appcausar lesões corporais graves. Salim foi condenado a quatro anosestrela bet tem appprisão no ano passado e, num acordoestrela bet tem appconfissão, testemunhou contra Gachewa diante do tribunal. O processo contra a diretora continua.
Embora o casoestrela bet tem appCaleb seja horrível, está longeestrela bet tem appser o único. Um funcionário da Teachers Service Commission (TSC), uma organização independente que gere a profissãoestrela bet tem appprofessor no Quênia, falou à BBC Africa Eyeestrela bet tem appcondiçãoestrela bet tem appanonimato.
E disse que, nos últimos três anos, os relatosestrela bet tem appespancamentos escolares mais graves mais do que quadruplicaram,estrela bet tem appsete para 29. E a maioria dos incidentes jamais é reportada.
"Está virando uma crise e... sentimos que está saindo do controle, agora. Casosestrela bet tem appcrianças feridas e mutiladas. Alguns destes casos resultaramestrela bet tem appconsequências muito graves, até mesmoestrela bet tem appmorte", disse.
A fonte disse que os casosestrela bet tem appespancamentos escolares relatados ao TSC a nível distrital muitas vezes não vão adiante, acrescentando que casos foram “enterrados” e “nunca viram a luz do dia”.
"Muitas vezes, quando o caso chega até nós, muitas provas já foram corrompidas. Às vezes nem conseguimos contatar as testemunhas."
A BBC Africa Eye entrouestrela bet tem appcontato com o TS, para que respondesse às alegações, mas não obteve resposta.
A ideiaestrela bet tem appque um estudante possa morrer nas mãosestrela bet tem appprofissionais da educação que deveriam protegê-lo é inimaginável para a maioria das pessoas, mas nos últimos cinco anos, maisestrela bet tem app20 mortes ligadas a espancamentosestrela bet tem appescolas foram noticiadas pelos meiosestrela bet tem appcomunicação.
Acredita-se que Ebbie Noelle Samuels,estrela bet tem app15 anos, seja um deles.
Ebbie era aluna interna da escola secundária Gatanga CCM, no condadoestrela bet tem appMurang'a, cercaestrela bet tem app60 km (37 milhas) a nordeste da capital, Nairobi.
No dia 9estrela bet tem appmarçoestrela bet tem app2019,estrela bet tem appmãe, Martha Wanjiro Samuels, foi chamada pela escola, onde lhe informaram que a filha não estava bem e que estava no hospital.
Quando Samuels chegou lá, Ebbie já estava morta.
A escola disse que a jovem morreu enquanto dormia, mas testemunhas afirmam que ela foi espancada pelo vice-diretor por causa da forma como usava o cabelo.
“O relatório da autópsia revelou que ela teve ferimento grave na cabeça, traumatismo. Então, alguém bateu nela e causou esse tipoestrela bet tem appferimento, levando àestrela bet tem appmorte”, disse Samuels.
Durante quatro anos ela fez campanha que a morteestrela bet tem appsua filha fosse investigada.
Eestrela bet tem appjaneiro passado, Elizabeth Wairimu Gatimu, antiga vice-diretora da escolaestrela bet tem appEbbie, foi presa por homicídio. Mas ela nega as acusações.
“Farei tudo o que for necessário enquanto estiver viva para garantir que justiça seja feita à minha filha”, disse a Samuels, que ainda aguarda a conclusão do caso.
“Eu disse a mim mesma: 'Não serei silenciada. Não vou ficar calada. Não vou desistirestrela bet tem applutar.' Talvez o diaestrela bet tem appque eu desistir seja o diaestrela bet tem appque dormirei como minha filha. Mas enquanto eu respirar, não vou desistir."
A BBC Africa Eye solicitou uma entrevista ao Ministério da Educação do Quênia, mas ninguém quis falar.
Uma organização que está pressionando por mudança é a Beacon Teachers Africa. Lançada no Quênia há quatro anos pelo grupo não governamental Plan International, junto com o TSC, seu objetivo é dar aos professores a oportunidadeestrela bet tem appproteger as crianças nas escolas eestrela bet tem appsuas comunidades.
E já conta com uma redeestrela bet tem app50.000 professoresestrela bet tem app47 paísesestrela bet tem appÁfrica.
Robert Omwa é um dos 3 mil professores Beacon no Quênia. Alémestrela bet tem appeducar as crianças sobre seus direitos, ele também realiza oficinas para treinar professores sobre como ensinar disciplina sem usar castigos corporais.
"Inicialmente, eu estava cético. Pensei que fosse ideologia ocidental, que criança africana tem que apanhar. Mas quando tentei, senti-me aliviado como professor. Senti-me mais leve. Senti que as crianças gravitaram maisestrela bet tem appminha direção." ele disse.
De volta a Mombaça, Caleb eestrela bet tem appfamília aguardam para saber o destino da diretora da escola, que declarou-se inocente.
O jovemestrela bet tem app15 anos ainda tem dificuldadeestrela bet tem appprocessar o que aconteceu com ele.
“Para que eu consiga justiça, quero que esta mulher seja presa.”
estrela bet tem app Você pode assistir o documentário completoestrela bet tem appinglês da BBC Africa EYE, Ensinados a temer: punição corporal na salaestrela bet tem appaula, no estrela bet tem app canal do YouTube da BBC Africa estrela bet tem app .
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