Quem são os aliadosbonus casinos onlinePutin na Europa e qual o impacto que terão nas eleições para o Parlamento europeu:bonus casinos online
"Há duas maneirasbonus casinos onlinetornar seu país mais poderoso. Uma é investir internamente para torná-lo mais poderoso, e a outra é investir para enfraquecer seus inimigos. E, muitas vezes, o segundo é mais barato, e mais eficaz do que o primeiro", diz Ian Bond, vice-diretor do Centre for European Reform, com sedebonus casinos onlineLondres, à BBC News Mundo, serviçobonus casinos onlinenotíciasbonus casinos onlineespanhol da BBC.
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Para o presidente russo, Vladimir Putin, a criaçãobonus casinos onlinedivisões na Europa, entre a União Europeia e os Estados Unidos ou dentro do próprio país norte-americano, "é uma vitória para ele, quase independentemente do que aconteça nas próximas eleições europeias", defende o especialistabonus casinos onlineRússia.
E o que seus aliados ganham? Alguns esperam dinheirobonus casinos onlinetroca, e outros acreditam que suas ideias estão alinhadas com asbonus casinos onlinePutin, a quem enxergam como um promotor dos valores tradicionais, do cristianismo, da oposição ao casamento homossexual ebonus casinos onlineum estilobonus casinos onlinevida menos convencional, explica Bond.
A desarticulaçãobonus casinos onlineuma rede pró-Rússia que pagava deputados europeus para promover a propaganda do Kremlin é apenas o exemplo mais recentebonus casinos onlineuma campanhabonus casinos onlineinfluência há anosbonus casinos onlineandamento — e que colocou as instituições europeiasbonus casinos onlinealerta.
Como alertou a vice-presidente da Comissão Europeia, Věra Jourová, numa declaração ao site Politico, "não podemos nos dar ao luxobonus casinos onlineestar um passo atrásbonus casinos onlinePutin e do seu exércitobonus casinos onlinepropaganda no tabuleirobonus casinos onlinexadrez. Precisamos terbonus casinos onlinemente constantemente que ele vai usar a desinformação e a ingerência estrangeira como arma para dividir a Europa".
Nas eleições, que acontecembonus casinos online6 a 9bonus casinos onlinejunho, cidadãos dos 27 países membros da União Europeia vão eleger os 720 deputados do Parlamento Europeu, que tem poderes (junto ao Conselho da União Europeia, composto por governos) para, entre outras coisas, aprovar e modificar o orçamento do bloco.
Governos aliados
A Rússia tem defensores tanto nos partidos da oposição quanto nos governos que estão alinhados com os objetivosbonus casinos onlinePutin na Europa.
Possivelmente, o primeiro da lista, e o que tem dado mais dorbonus casinos onlinecabeça às instituições europeias, é o partido ultranacionalistabonus casinos onlinedireita Fidesz,bonus casinos onlineViktor Orbán, que governa a Hungria desde 2010.
Orbán foi descrito por alguns analistas como uma "quinta-coluna na União Europeia e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)", obstruindo há anos os esforços para conter a influência russa.
O líder húngaro defendeu a "democracia iliberal"bonus casinos onlineum famoso discursobonus casinos online2014 — e, assim como Putin, cultivou a imagembonus casinos online"homem forte", que condena o liberalismo ocidental e defende os valores tradicionais.
Sua lealdade aos regimes russo e chinês rendeu algumas vantagens, como os empréstimos recebidos dos bancos russos para realizar grandes projetos estatais, e a decisão — talvez anedótica, mas certamente simbólica — da gigante russa Gazprombonus casinos onlinepatrocinar o principal timebonus casinos onlinefutebol do país, o Ferencvárosi, ligado ao governo.
Em troca, Orbán se tornou a principal pedra no sapato da União Europeia, dificultando tanto o enviobonus casinos onlineajuda à Ucrânia, quanto os planosbonus casinos onlineutilizaçãobonus casinos onlineativos russos congelados pelas sanções contra Moscou para armar Kiev.
Na esteirabonus casinos onlineOrbán, está Robert Fico, o primeiro-ministro da Eslováquia que sofreu recentemente uma tentativabonus casinos onlineassassinato.
Fico disse que Putin foi "injustamente demonizado" pelo Ocidente, e que Kiev deveria baixar as armas e aceitar um acordobonus casinos onlinepaz, enquanto seu governo se opôs ao enviobonus casinos onlineajuda militar à Ucrânia.
Seu discurso permeou o país, que é membro da União Europeia e da zona do euro.
"Uma percentagem significativabonus casinos onlineeslovacos acredita que os Estados Unidos, e não a Rússia, são responsáveis pela guerra na Ucrânia, algo que é atípico nos países da região", afirma Ian Bond.
No passado, alguns líderes, como o ex-chanceler alemão Gerhard Schöder e o ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, também cultivaram um relacionamento com Putin durante seus mandatos e quando deixaram o poder.
Berlusconi chegou a visitar adegas com Putin na península da Crimeia, depois que ela foi anexada pela Rússiabonus casinos online2014. E Schröder enfureceu muitos europeus ao se manter próximo do presidente russo mesmo após o início da invasão da Ucrâniabonus casinos online2022.
Aliados na extrema direita europeia
Mas se a Hungria e a Eslováquia são os governos da União Europeia mais próximos da Rússia, Putin também conta com aliadosbonus casinos onlinepartidos da oposição, especialmentebonus casinos onlinegruposbonus casinos onlineextrema direita.
O partido Alternativa para a Alemanha (AfD, na siglabonus casinos onlinealemão) é, segundo analistas, um deles.
Dois dos seus membros, mais precisamente o número um e dois dabonus casinos onlinelista para as eleições para o Parlamento Europeu, foram ligados a uma rede que aparentemente utilizava o meio digital Voice of Europe para difundir propaganda russabonus casinos online16 línguas, e teria pagado a políticosbonus casinos onlineextrema direita para transmitir estas ideias.
Segundo o jornal alemão Der Spiegel, o Voice of Europe é uma pequena partebonus casinos onlineuma operação russabonus casinos onlinegrande escala na qual o AfD desempenha um papel central.
O partido alemão eurocético e anti-imigração criticou a União Europeia por seu apoio a Kiev e, desde há algum tempo, difunde a narrativabonus casinos onlineque a Rússia está travando uma guerra na Ucrânia porque o Ocidente violou seus interessesbonus casinos onlinesegurança, segundo denunciou o próprio presidente da agênciabonus casinos onlineinteligência alemã, Thomas Haldenwang.
Um dos partidos europeus que se vinculou à Rússia nos últimos anos é o Reagrupamento Nacional (RN),bonus casinos onlineMarine Le Pen, na França.
Os sinais estavam por toda parte, mas talvez o mais significativobonus casinos onlinetodos tenha sido a viagem que Le Pen fez às vésperas das eleições presidenciaisbonus casinos online2017 a Moscou para se reunir com Vladimir Putin e se vangloriar do apoio àbonus casinos onlinecandidatura.
Três anos antes, seu partido havia recebido um empréstimo milionáriobonus casinos onlineum obscuro banco russo para financiar a campanha para as eleições regionaisbonus casinos online2015, algo que, segundo Le Pen, se devia ao fatobonus casinos onlinenenhuma entidade europeia querer emprestar o dinheiro.
Desde a invasão russa da Ucrânia, no entanto, seu discurso se tornou mais cauteloso.
"Acho que Le Pen percebeu que a Rússia estava usando ela. Os russos são muito cínicosbonus casinos onlinerelação aos seus supostos aliados na Europa. Pode ser que os apoiem hoje, e os descartem quando deixarembonus casinos onlineprecisar deles", avalia Anton Shekhovtsov, diretor do Centro para a Integridade Democrática,bonus casinos onlineconversa com a BBC News Mundo.
A invasão foi muito impopular na Europa e, segundo o cientista político, Le Pen "que é populista, soube quando se distanciar dos russos, e este foi um passo tático muito inteligente dabonus casinos onlineparte".
A extrema direita austríaca também está na listabonus casinos onlinequem é próximo do Kremlin.
O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) possui uma forte relação com o partidobonus casinos onlinePutin.
Talvez quem melhor soube encenar este idílio tenha sido a então ministra das Relações Exteriores austríaca, Karin Kneissl, quebonus casinos online2018 convidou Putin para seu casamento e, após dançar com ele, fez uma reverência perante o presidente russo. Kneissl havia sido nomeada pelo FPÖ, que fazia parte do governobonus casinos onlinecoalizão.
Um ano depois, Heinz-Christian Strache, então líder do FPÖ e vice-chanceler do país, e seu número dois protagonizaram o escândalo político conhecido como "caso Ibiza". Ambos foram filmados na ilha espanhola aceitando a propostabonus casinos onlineuma mulher misteriosa que estava se passando por sobrinhabonus casinos onlineum magnata russo, e que ofereceu a eles uma cobertura favorável na mídiabonus casinos onlinetrocabonus casinos onlinecontratos governamentais.
O escândalo levou ao colapso do governobonus casinos onlinecoalizão e à convocaçãobonus casinos onlinenovas eleições.
Outro partido que o Kremlin corteja há anos na Europa é a Liga,bonus casinos onlineMatteo Salvini, na Itália, que assinou um acordobonus casinos online2017 com o partido Rússia Unida,bonus casinos onlinePutin.
O vice-primeiro-ministro italiano afirma que este acordo não está maisbonus casinos onlinevigor, mas as suspeitasbonus casinos onlinequebonus casinos onlinelegenda tenha recebido dinheiro russo ao longo dos anos atormentaram Salvinibonus casinos onlinediversas ocasiões, algo que ele nega.
Desde a invasão russa da Ucrânia, como aconteceu com o RN francês, a situação mudou.
Salvini pediu — à boca pequena, segundo seus críticos — o fim da guerra, e apagou das suas redes sociais as fotos que tiroubonus casinos onlinefrente ao Kremlinbonus casinos online2019 com uma camiseta com a imagembonus casinos onlinePutin.
No que diz respeito àbonus casinos onlinerelação com o Kremlin, "o partido já estava dividido antes, quando alguns membros criticaram a Rússiabonus casinos onlineforma muito veemente pelo envenenamento do (líder da oposição russa Alexei) Navalny, e esta ala assumiu a política externa do partido após a invasão da Ucrânia", explica Anton Shekhovtsov.
Embora Salvini não estivesse neste grupo, afirma o pesquisador, "ele teve que seguir essa linha porque era a agenda que o partido havia estabelecido".
Como a Rússia tenta influenciar a campanha
Desde 2023, observa Shekhovtsov, "a Rússia está tentandobonus casinos onlineforma frenética difundirbonus casinos onlinenarrativa por todas as partes, por isso aproveita todas as oportunidades e lugares para espalharbonus casinos onlinepropaganda e desinformação".
Na campanha eleitoral europeia, por exemplo, tenta influenciar os contextos nacionais, promovendo a desconfiançabonus casinos onlinerelação às instituições europeias e favorecendo os partidos que servem aos seus interesses, segundo os analistas.
Qualquer questão que possa gerar descontentamento, desunião ou atrito dentrobonus casinos onlineum país pode se tornar alvo das suas redesbonus casinos onlinedesinformação.
Para isso, utiliza todo tipobonus casinos onlinetécnicas, desde campanhasbonus casinos onlinedesinformação nas redes sociais — como as detectadas pelo EU vs Desinfo, um projeto da União Europeia que identifica, analisa e conscientiza sobre a desinformação — até fontes diplomáticas.
Parte desta campanha parece ter incluído o uso do Voice of Europe e das supostas conexões com deputados europeus, que teriam sido "pagos para promover a propaganda russa", segundo denunciou o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo.
Após a invasão da Ucrânia, a União Europeia suspendeu dois meiosbonus casinos onlinecomunicação do Kremlin, o RT e o Sputnik, acusando-osbonus casinos onlinedifundir propaganda. Eles ainda estão acessíveis, no entanto,bonus casinos onlinegrande parte da Europa, conforme denunciou a imprensa ucraniana.
Para Anton Shekhovtsov, o principal objetivo da Rússia neste momento ao tentar influenciar as eleições europeias está relacionado com a guerra na Ucrânia.
"Seu objetivo mais importante é vencer a guerra, e só vai conseguir fazer isso minando o apoio ocidental à Ucrânia. Sem este apoio, a Ucrânia está condenada ao fracasso", argumenta Shekhovtsov, autor do livro Russia and the Western Far Right: Tango Noir ("Rússia e a extrema direita ocidental: Tango Noir",bonus casinos onlinetradução livre).
Nabonus casinos onlineopinião, Moscou teve algum êxito nisto, "não só por meio da propaganda e da desinformação, mas também por meio da tradicional dissuasão com o mito da escalada, que fez com que a Alemanha, por exemplo, não enviasse os mísseis Taurus para a Ucrânia".
Além disso, uma sociedade polarizada tem mais dificuldadebonus casinos onlinechegar a um consenso, lembra Ian Bond: "Na Europa, fica mais difícil tomar decisões. Vemos isso, por exemplo, com a frustração que existe com Viktor Orbán, que bloqueia o dinheiro para ajuda militar da União Europeia à Ucrânia. E tudo isso é uma vitória para Putin."
A Rússia está interessada, diz Anton Shekhovtsov, "que a Europa tenha o máximobonus casinos onlineproblema possível, uma vez que isso distrai os países europeus da guerra na Ucrânia. Então, não importa como ela consegue isso, seja apoiando a extrema direita ou separatistas ou corrompendo políticos convencionais".