Como é dar à luzblack jack virtualGazablack jack virtualmeio a bombardeios:black jack virtual

O Hamas matou maisblack jack virtual1.400 pessoasblack jack virtualIsrael e fez maisblack jack virtual200 refénsblack jack virtualum ataque no dia 7black jack virtualoutubro.

Em retaliação, Israel lançou ataques aéreosblack jack virtualcontra Gaza, que - segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas - mataram quase 7.000 pessoas.

O governo israelense tem reiterado que os alvos da operação são os integrantes do Hamas, não os civis palestinos.

“Eu tive muito medo”, disse Jumana à BBC. "Eu estavablack jack virtualtrabalhoblack jack virtualpartoblack jack virtualmeio a bombardeios contínuos."

A jornalista freelancerblack jack virtual25 anos seguiu as ordens dadas por Israel para deixar ablack jack virtualcasa na região norte. Dois dias após o início dos ataques israelenses, ela saiu da cidadeblack jack virtualGaza e viajou para o sul.

Com medo e grávidablack jack virtual9 meses, Jumana deixou a filha na casablack jack virtualum parente. Ela levou apenas uma peçablack jack virtualroupa, uma caixablack jack virtualleite e uma bolsa pequena para o bebê.

“A situação era difícil”, explicou elablack jack virtualuma mensagemblack jack virtualvoz.

"Não dormimos à noite. Houve muitos bombardeios e tivemos que ir para outro lugar. Mulheres grávidas como eu deveriam sair para passear, mas por causa da guerra não podemos sair nem para comprar comida”, disseblack jack virtualoutra mensagem.

Jumana contou sobre os constantes cortesblack jack virtualenergia, interrupções na internet e a faltablack jack virtualágua, além do medo e da ansiedade diate da possibilidadeblack jack virtualdar à luzblack jack virtualcircunstâncias tão difíceis.

Na sexta-feira, 13black jack virtualoutubro, ela entroublack jack virtualtrabalhoblack jack virtualparto.

O plano inicial era ter o bebê no Hospital Al-Shifa na cidadeblack jack virtualGaza, que é um centro médico grande. Mas ela foi informada que o hospital estava extremamente lotado.

Jumana então foi para o Hospital Al-Awda,black jack virtualNuseirat, menor e localizado no meio da Faixablack jack virtualGaza.

Mas chegar até lá foi difícil. Com dores eblack jack virtualtrabalhoblack jack virtualparto, Jumana lutou para encontrar alguém que a levasse. “Os taxistas têm medo e as ambulâncias não têm tempo para uma mulher prestes a dar à luz”, explicou.

Ela descreveu as horasblack jack virtualtrabalhoblack jack virtualparto como difíceis e assustadoras.

“Houve bombardeios intensosblack jack virtualuma casa ao lado do hospital, o som foi tão alto que pensei que o bombardeio tivesse chegado ao próprio hospital... Eu estava preocupado com ela [a filha mais velha] porque ela estava longeblack jack virtualmim."

"Tudo o que queria era dar à luz meu bebê, não importa o que acontecesse."

Jumana descreveu seu sentimentoblack jack virtualchoque quando, horas depois, naquela noite, deu à luz uma menina, que decidiu chamarblack jack virtualTalia.

“O choro dela significava que ainda estávamos todos vivos”, lembra ela.

Não havia leito disponível para Jumana imediatamente após o parto. Com dor e sangramento, ela teve que esperar até que uma cama fosse encontrada e ela fosse espremidablack jack virtualum pequeno quarto com outros pacientes.

“Tive a sorteblack jack virtualter uma [cama], porque outras mulheres tiveram que se deitar nos sofás e até no chão do corredor do hospital logo após o parto”, diz ela.

O Fundoblack jack virtualPopulação das Nações Unidas (UNFPA) estima que existam cercablack jack virtual50.000 mulheres grávidas na Faixablack jack virtualGaza, sendo que 5.500 delas deverão dar à luz nos próximos 30 dias.

Ainda segundo o órgão da ONU, os hospitais estão sobrecarregados e sem medicamentos e suprimentos básicos.

No dia seguinte ao parto, Jumana enviou um vídeo dela mesma segurando a filhablack jack virtualum táxi, enroladablack jack virtualum cobertor branco.

Ela deixou o hospital para se juntar à família, mas diz que até isso foi uma provação.

“O elevador paroublack jack virtualfuncionar devido a um problemablack jack virtualenergia”, diz ela.

Isso significou que Jumana, que estava hospedada no quarto andar do hospital, com dores após o parto e com o recém-nascido nos braços, teve que descer vários lancesblack jack virtualescada para chegar à saída.

Ao sair do hospital, ela teve ainda que enfrentar o desafioblack jack virtualconseguir transporteblack jack virtualvolta ao local onde estava hospedada.

“Passamos uma hora procurando um táxi e nenhum dos motoristas concordoublack jack virtualnos levar. Eles ficaram assustados depoisblack jack virtualum bombardeio próximo pela manhã."

"No fim das contas achamos um, mas ele nos cobrou a mais e não quis nos deixar na frenteblack jack virtualcasa."

Jumana diz que o partoblack jack virtualcircunstâncias tão difíceis cobrou seu preço. “Estou esgotada mentalmente. Não tenho mais vontadeblack jack virtualfazer nada”, admite.

Mas ela afirma que a bebê Talia está bem: “Ela é uma mistura das minhas características, da irmã e do pai."

“Se não fosse pela guerra, eu gostariablack jack virtualfazer uma linda festa uma semana após o nascimento. Eu teria convidado todos os membros da minha família e realizado uma Aqiqah [uma celebração islâmica tradicional] para ela”, diz Jumana.

Mas agora diz que não sabe o que o futuro reserva parablack jack virtualfamília.

Ainda assim, afirma estar grata pela nova filha, dizendo: “Ela é minha esperança nesta vidablack jack virtualguerra e morte”.