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Fim do Matérias recomendadas
Que o ameaçam.
Com estas mensagens e imagens patrióticas, as autoridades promovem a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Mas nesta cidade, que fica 320 km ao sulbookmakers sportMoscou, há também outra imagem da guerra na Ucrânia. Uma muito diferente.
A vereadora Olga Podolskaya me mostra uma fotobookmakers sportseu celular. É do desenhobookmakers sportuma criança. À esquerda está uma bandeira ucraniana com as palavras "Glória à Ucrânia"; à direita, as três cores da bandeira russa e a inscrição "Não à guerra!". Enquanto mísseis chegam da Rússia, uma mãe ebookmakers sportfilha se colocambookmakers sportseu caminho.
Uma toneladabookmakers sportcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
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Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
A imagem foi desenhadabookmakers sportabrilbookmakers sport2022 por Masha Moskaleva, que na época tinha 12 anos. Alexei, seu pai, entroubookmakers sportcontato com a vereadora para se aconselhar. Ele disse à vereadora que a escola chamou a polícia depoisbookmakers sportver o desenhobookmakers sportMasha.
"A polícia começou a investigar as redes sociaisbookmakers sportAlexei", conta Olga. "E disseram a ele que ele estava criandobookmakers sportfilhabookmakers sportum jeito errado."
Alexei continuou sendo perseguido. Ele foi multadobookmakers sport32 mil rublos (cercabookmakers sportUS$ 415 ou R$ 2 mil na época) por publicar um post contra a guerra nas mídias sociais. Há poucas semanas, um processo criminal foi aberto contra Alexei, também baseadobookmakers sportpostagens contra a guerra.
Agora, Alexei pode até mesmo receber uma penabookmakers sportprisão.
Atualmente ele estábookmakers sportprisão domiciliarbookmakers sportYefremov. Sua filha Masha foi enviada provisoriamente para um orfanato. Alexei não tem nem permissão para falar com ela pelo telefone.
"Ninguém vê Masha desde 1ºbookmakers sportmarço", diz Olga Podolskaya, "apesarbookmakers sportnossas tentativasbookmakers sportobter acesso ao orfanato e descobrir como ela está."
"As autoridades russas querem que todos sejam obedientes. Ninguém tem permissão para terbookmakers sportprópria opinião. Se você discorda do que alguém pensa, então não fique lendo suas postagens nas redes sociais. Mas não coloque essa pessoabookmakers sportprisão domiciliar ebookmakers sportfilhabookmakers sportum orfanato."
Estamos do ladobookmakers sportforabookmakers sportum blocobookmakers sportapartamentosbookmakers sportYefremov. Uma janela se abre e um homem olha para fora. É Alexei. Não temos permissão para nos comunicar com ele. Segundo as regrasbookmakers sportsua prisão domiciliar, Alexei só pode entrarbookmakers sportcontato com seu advogado, o investigador e o serviço penitenciário.
Seu advogado, Vladimir Biliyenko, acababookmakers sportchegar. Ele veio entregar comida e bebida que ativistas locais compraram para Alexei.
"Ele está muito preocupado porquebookmakers sportfilha não está com ele", Vladimir me conta depois da visita com seu cliente. "Tudo no apartamento o lembra dela. Ele está preocupado com o que pode estar acontecendo com ela."
Eu pergunto ao advogado por que ele acha que as autoridades levaram Masha.
"Se eles tivessem perguntas para o pai, deveriam tê-lo chamado para dar um depoimento. Deveriam ter chamado Masha também e falado com ela", diz Vladimir.
"Nada disso foi feito. Eles apenas decidiram mandá-la embora [para o orfanato]. Na minha opinião, se não fosse pelo tipobookmakers sportprocesso administrativo e criminal que Alexei recebeu, isso não estaria acontecendo. Os serviços sociais parecem obcecados com esta família. Acho que é puramente por razões políticas. Os problemas da família só começaram depois que a menina fez aquele desenho."
Na rua, pergunto aos vizinhosbookmakers sportAlexei o que eles acham da situação.
"Ela é uma boa menina e nunca tive problemas com o pai", diz a aposentada Angelina Ivanovna. "Mas tenho medobookmakers sportfalar qualquer coisa. Estou com medo."
"Talvez possamos coletar assinaturasbookmakers sportapoio [de Alexei]", sugere uma mulher mais jovem. Mas quando questionada sobrebookmakers sportopinião sobre o que está acontecendo, ela responde: "Desculpe, não posso falar."
Pergunto se ela está com medobookmakers sportpossíveis consequências.
"Sim, é claro."
É uma curta caminhada do blocobookmakers sportapartamentosbookmakers sportAlexei Moskalev até a Escola nº 9, onde Masha estudava e onde o desenho foi feito. A escola ainda não respondeu ao nosso pedidobookmakers sportentrevista ou comentário. Quando tentamos visitar o local, fomos informadosbookmakers sportque não poderíamos entrar. Nossos telefonemas não foram atendidos.
Mas eu visitei o site da Escola nº 9 na internet. As imagens lá me lembram o muro patriótico que vi no centro da cidade.
A página inicial tem um setor chamado Heróis da Operação Militar Especial — com dezenasbookmakers sportretratosbookmakers sportsoldados russos que lutaram na Ucrânia.
Também há slogans patrióticos: "Tudo pela vitória. Vamos apoiar nossos rapazes na linhabookmakers sportfrente!"
Soldados que voltaram da Ucrânia visitaram a Escola nº 9bookmakers sportoutubro. Em um discurso naquele dia, a diretora da escola, Larisa Trofimova, declarou: "Acreditamosbookmakers sportnós mesmos ebookmakers sportnossa pátria, que nunca erra."
Do outro lado da cidade, apoiadores da família Moskalev e jornalistas estão reunidos no tribunal local. A Comissãobookmakers sportAssuntos Juvenisbookmakers sportYefremov está tomando medidas legais para tentar restringir oficialmente os direitos paternosbookmakers sportAlexei.
Esta é uma audiência inicial com o juiz. O advogado Vladimir Biliyenko diz que Alexei queria estar aqui pessoalmente. No entanto, ele não foi autorizado a deixarbookmakers sportprisão domiciliar para comparecer ao tribunal, embora o que estejabookmakers sportjogo seja o acesso à própria filha.
No corredor do tribunal, uma ativista levanta um cartaz que diz: "Devolva Masha para seu pai!"
Um policial manda ela baixar o cartaz.
A Comissãobookmakers sportAssuntos Juvenis ainda não respondeu ao nosso pedido para comentar o casobookmakers sportAlexei Moskalev ebookmakers sportfilha Masha.
Uma das apoiadorasbookmakers sportAlexei, Natalya Filatova, acredita que a história da família Moskalev reflete a repressão à dissidência na Rússia.
"Nossa constituição proclama liberdadebookmakers sportexpressão, liberdadebookmakers sportconsciência, total liberdade para os cidadãos expressarem suas opiniões", diz Natalya. "Mas agora estamos proibidosbookmakers sportfazer isso."