Por que serviçosstreaming têm cada vez mais propagandas:
Essa mudança ocorre no momentoque muitas empresas do setor enfrentam grandes dívidas, diz Anthony Palomba, professor da EscolaNegócios Darden da Universidade da Virgínia, nos EUA.
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Isto deve-se ao custo dos investimentosconteúdos, taxaslicenciamento e outras despesas que estas empresas fizeram para expandir o seu catálogo e competir com outras. Agora, as companhias buscam o retorno desses investimentos — e os assinantes pagarão a conta.
O Peacock, serviço da NBCUniversal, por exemplo, ganhou 4 milhõesassinantes no último trimestre, elevando a base total para 28 milhõesassinantes. O produto também teve aumento80% no númeroassinantes na comparação com o ano anterior.
O crescimentoassinantes ocorreu mesmo quando a empresa começou a cobrar pelo plano com anúncios (anteriormente gratuito) e aumentou os preços das opções sem anúncios.
Hulu e Disney+ aumentaram os preçossuas opções sem anúncios, enquanto mantiveram o preço da lucrativa fatiaplanos com anúncios.
A Netflix, pioneira no streaming, introduziu anúncios pela primeira vezmuitos países do mundo.
As empresas estão tomando medidas para mudar os seus modelosnegócio originais, explica Dave Simon, chefeiniciativascrescimento da Moloco, uma empresapublicidade sediada nos EUA.
“A maioria das grandes empresasconteúdo viu uma oportunidadeir direto ao consumidor,vezpassar pelos canaisdistribuição típicos, os operadoresTV a cabo”, diz ele.
“Todas tentaram construir um negócio, sendo a assinatura a principal fonte da receita.”
"Agora que estamos vendo os padrõesconsumo dos clientes se estabilizarem, é horareavaliar se essa foi ou não a aposta certa”.
Os consumidores passaram o último ano experimentando diferentes ofertas à medida que o mercado se expandia,modo que o númeroassinaturas tem aumentadogeral, diz ele.
No entanto,setembro, cerca6%todos os assinantesstreaming nos EUA cancelaram serviços, a maior taxa já registrada.
“À medida que os consumidores avaliam e reavaliam o que podem pagar mês a mês, as empresasstreaming precisam decidir se permanecerão com as ofertasassinatura atuais ou se apostarão mais nas opções sustentadas por anúncios”, diz Simon.
As mudanças irritaram muitos assinantes, se não os surpreenderam. No entanto, a buscarentabilidade das empresasstreaming supera as frustrações dos consumidores.
“Durante muito tempo, diversas empresasstreaming não conseguiram concretizar a capacidadeobter lucro, e os investidores buscam agora por esses retornos."
Esse ano, a Netflix endureceu o controle do compartilhamentosenhas e do usocontasvários dispositivos. Como muitos consumidores perderam o acesso a contas que eram compartilhadas no esquema menos rígido anterior, eles tiveram que abrir as suas próprias.
No relatório mais recente da empresa, a Netflix informou que ganhou quase 9 milhõesnovos assinantes e aumentou o preçosuas assinaturas premium e das sustentadas por anúncios — uma exceção gritante à taxacancelamentoseus concorrentes.
Junto com a receita básicaassinaturas, a Netflix tem milhõesnovos olhos para os quais pode veicular anúncios, abrindo uma grande oportunidadereceita.
Para clientes que têm planos com anúncios, Simon diz que a experiência é diferente da TV.
Primeiro, os consumidores podem estar sujeitos a menos anúncios do que se estivessem assistindo à TV padrão — já se foram os dias22 minutosconteúdo para oito minutosanúncios.
“Muitos serviçosstreaming estão reduzindo o tempo da publicidade, alguns significativamente”, diz ele, apontando para o Disney+, que tem como padrão quatro minutosanúncios por horaconteúdo.
A publicidade no streaming também tende a ser mais personalizada.
“Com uma abordagem baseadadados, os espectadores do streaming verão anúncios muito mais relevantes para suas vidas”, diz Simon.
Liz Duff, chefe comercial eoperações da Total Media, uma agênciaplanejamentomídia, diz que os consumidores preocupados com os custos estão procurando maneirasreduzir despesas. Optar por uma experiênciastreaming mais barata e com anúncios é mais acessível e,última análise, pode prevalecer.
“A economiacustos dos planos com anúncios está inegavelmente atraindo espectadores”, diz ela.
Para a analista, os serviçosstreaming estão tão enraizados que as mudanças no mercado não levarão necessariamente as pessoasvolta à televisão convencional.
“É improvável que aumentos graduaispreços afastem as pessoas do streaming”, diz ela. “É muito mais provável que os aumentospreços encorajem os consumidores a comprar mais e a aproveitar as ofertas inaugurais [por exemplo, planos vantajososserviços que estão começando],vezvoltarem à TV”.