7 coisas que Divertida Mente 2 revela sobre o cérebro e as emoções, segundo especialistas:sim bet

Tristeza, Alegria, Nojo, Medo e Raiva

Crédito, Disney

Legenda da foto, A animação Divertida Mente 2 se tornou a maior bilheteria do cinemasim bet2024sim betduas semanas

Mas o que hásim betciência por trás da animação? O roteiro contou com a consultoriasim betpesquisadores, que usaram alguns conceitossim betpsicologia e psiquiatria para elaborar a trama.

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e 1930 em{k1} todo o mundo sim bet língua Inglês. No final da 1930, "Guerra Mundial" foi

to o suficiente como o 2️⃣ termo para a Primeira Guerra Mundial Para blitzqueiraluir

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publicado sim bet {k0} 2003. Esta é a primeira sim bet muitas entradas na série focada na

Guerra Mundial, seguindo as 👄 etapas sim bet outros nomes familiares como Medal of Honor.

Fim do Matérias recomendadas

A BBC News Brasil conversou com especialistas na área — que assistiram as duas animações — para entender que conceitos são esses.

A seguir, você confere sete coisas que Divertida Mente 2 ensina sobre o cérebro, as emoções e a saúde mental.

1. As emoções ficam complexas (e diversas) conforme crescemos

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A psiquiatra Gibsi Rocha, professora da Escolasim betMedicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), destaca que os roteirossim betDivertida Mente têm como umasim betsuas bases as pesquisas do psicólogo americano Paul Ekman.

"Ele foi pioneiro no estudo das emoções e das expressões faciais ou corporais", resume a médica.

"Segundo os trabalhossim betEkman, as emoções que aparecem nas animações são universais e estãosim bettodas as culturas do mundo", complementa ela.

A forma como essas emoções se manifestam conforme crescemos também é retratada com certa fidelidade nas duas animações.

Ou seja: na infância, emoções mais básicas, como alegria, tristeza, medo, nojo e raiva, sãosim betfato as mais preponderantes. Elas aparecem logo após os reflexos iniciais do bebê, quando ele começa a interagir com o ambiente.

Nessa etapa, a criança pequena já sorri ao se interessar por algo ou chora ao sentir tristeza e medo.

Porém, conforme crescemos e entramos na adolescência, outras emoções ficam preponderantes — assim como acontece na cabeçasim betRiley, onde ansiedade, tédio, inveja e vergonha dão as caras quando o "botão da puberdade" é acionado.

A psicóloga Marjorie Wanderley, especialistasim betsaúde da criança e do adolescente do Hospital Pequeno Príncipe,sim betCuritiba, pondera que esse gruposim betemoções mais profundas já aparece na infância.

"Podemos pensar, por exemplo, na vergonha, algo muito comum entre crianças. Massim betfato essas emoções não são tão complexas e ganham mais protagonismo a partir da transição para a adolescência", diz a especialista.

Paul Ekman

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Paul Ekman é um dos pioneiros nos estudos das emoções

2. As emoções tornam as memórias inesquecíveis

As animações também retratam cada memóriasim betRiley como uma bolasim betvidro — a cor da esfera define a emoção relacionada àquele episódio.

Por exemplo: a lembrança da primeira vez que ela andousim betpatins no gelo possui tons amarelos, relacionados à alegria.

As especialistas consultadas pela BBC News Brasil explicam que a emoção vinculada a cada episódio que vivemos torna determinadas experiências praticamente inesquecíveis.

"Os processossim betaprendizado são facilitados pelas emoções", diz Wanderley.

"É por isso que os professoressim betcursinho pré-vestibular criam tantas músicas e paródias para ensinar certos conteúdos. As melodias estão relacionadas com as emoções e isso nos ajuda a memorizar as informações", complementa ela.

Certamente cada pessoa tem memórias inesquecíveis — e elas estão diretamente relacionadas ao sentimento experimentado naquele momento. E isso inclui coisas boas (o primeiro beijo, uma nota boa na prova, uma ofertasim betemprego, uma festa…) e ruins (um assalto, uma doença, um acidente…).

Ainda no primeiro filme, conforme Riley cresce, as tais bolassim betmemórias ganham múltiplas cores. Ou seja, uma recordação que era amarela (de alegria) fica amarela-azul (de alegria com tristeza) ou roxa-verde (de medo com nojo).

"É o casosim betuma lembrança que temossim betnossos avós. Ela pode ser alegre no início, mas, quando eles morrem, se torna agridoce, com um mistosim betfelicidade e tristeza", cita Wanderley.

Isso mostra mais uma vez como nossos sentimentos se aprofundam e ganham complexidade conforme envelhecemos.

"Com o passar do tempo, o que a gente viveusim betfato não importa tanto. O mais relevante,sim bettermossim betmemória, é o significado que damos para aquele momento", observa a psicóloga.

"Por isso, é muito comum que duas pessoas que viveram exatamente a mesma coisa tenham lembranças completamente diferentes, segundo as emoções que cada uma sentiu."

Cenasim betDivertida Mente 2

Crédito, Disney

Legenda da foto, Em Divertida Mente 2, Vergonha (rosa), Ansiedade (laranja), Inveja (verde) e Tédio (azul) viram protagonistas

3. Não existe emoção boa ou ruim

Uma das principais mensagenssim betDivertida Mente está relacionada à noçãosim betque todas as emoções são importantes para nossa vida — mesmo aquelas que consideramos ruins, como tristeza, medo, nojo, raiva…

"Um poucosim bettristeza é fundamental para a gente ter a clarezasim betencarar a realidade e os desafios da vida", constata Rocha, que se especializousim betPsiquiatria da Infância e da Adolescência no Hospital Monte Sinai,sim betNova York, nos EUA.

A raiva permite reagirmos às injustiças que nos cercam. O medo nos faz evitar situações perigosas e potencialmente fatais. Já o nojo impede o contato com um alimento estragado, que poderia causar uma infecção grave.

E esse mesmo racional se aplica às novas emoções, que são apresentadas na parte dois da animação: leves pitadassim betansiedade, por exemplo, nos permitem antecipar diferentes cenários e estar prontos para lidar com elessim betforma satisfatória.

"A ansiedade sobre dar uma aula ou uma entrevista, por exemplo, faz com que eu me prepare para essas situações e fique melhor na horasim betrealizar essas atividades", conta Rocha.

"Todas as emoções são importantes para a construçãosim betnossa identidade", complementa ela.

O problema, explicam as especialistas, é quando essas emoções saem do equilíbrio — e uma delas acaba tomando o centrosim betcontrole do cérebro.

"Até alegria exagerada faz mal. Essa, aliás, é uma crítica do filme à pressão que vivemos hoje para estarmos felizes o tempo todo", reflete Rocha.

Já a tristezasim betdemasia desembocasim betdepressão. O medo excessivo paralisa. O nojo impede novas experiências. E assim por diante.

Um cenário desses é retratadosim betDivertida Mente 2, quando a Ansiedade toma para si toda a responsabilidade e deixa as demais emoçõessim betsegundo plano.

O que parecia benéfico num primeiro momento para Riley evolui para algo sufocante e prejudicial, como é possível acompanhar na trama.

Ansiedadesim betDivertida Mente 2

Crédito, Disney

Legenda da foto, Em doses moderadas, a ansiedade antecipa problemas e permite um planejamento da vida

4. Esquecer é algo positivo

No desenho, muitas das esferassim betmemória perdem as cores com o passar do tempo — e são descartadas numa espéciesim bet"lixão cerebral".

Algo similar acontece na nossa própria cabeça e, segundo especialistas, deve ser encarado mais como uma dádiva do que como uma maldição.

"Esquecer é algo salutar para nossa sobrevivência", diz Wanderley.

"Nós temos esse desejosim betnão perder nada do que vivemos, mas o descartesim betalgumas memórias faz parte do processosim betaprendizado."

"A gente só consegue criar novas memórias porque recicla lembranças que não são tão úteis assim", complementa ela.

A psicóloga também destaca como a animação mostra a importância do sono nesse processosim betorganização das recordações: é apenas quando Riley vai para a cama e "apaga" que as esferas são organizadas adequadamente.

Isso também acontece no nosso cérebro durante o sono — sem a presençasim betbonequinhos fofos e amigáveis (infelizmente).

Na vida real, esse processo é mediado por pulsos elétricos, neurotransmissores e outros elementos que fazem a comunicação entre os neurônios e as demais células do sistema nervoso central.

Homem dormindo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O sono é o momentosim betque as memórias são organizadas

5. As basessim betnossa personalidade mudam

No desenho, o centrosim betcontrole do cérebro onde as emoções trabalham é conectado com uma sériesim betbases, ou ilhas. Elas representam aquilo que influencia a personalidadesim betRiley.

Uma dessas estruturas trata da família. Outra, das amizades. Uma terceira, da práticasim betesportes (ousim bethockey, mais especificamente). E assim por diante.

Na segunda animação, é possível observar uma mudança importante nessas bases: o campo que representa a família diminuisim bettamanho, enquanto o das amizades fica maior.

Isso é algo que acontece com todo mundo na passagem da infância para a adolescência.

"Nesse período, há uma mudançasim betprioridades. Os amigos passam a ser algo muito importante para nossa basesim betpersonalidade", explica Wanderley.

"Esse processosim betdistanciamento dos pais, geralmente cercadosim betrevolta e rebeldia, é extremamente natural e saudável."

A psicóloga aponta que, até certo estágio da vida, filhos e pais funcionam como uma unidade harmônica, quase numa simbiose.

"Mas chega uma hora que não dá para continuar assim. O adolescente precisa descobrir quem ele é, qual asim betindividualidade e identidade. E isso envolve um processosim betque ele estabelece que é diferente daqueles que o criaram", diz ela.

Obviamente, esse momento costuma ser bem doloroso para os pais.

No final da adolescência e começo da vida adulta, a tendência é que essas cisões se amenizem — e os filhos busquem uma nova aproximação com a família.

Cenasim betDivertida Mente 2

Crédito, Disney

Legenda da foto, As memórias cheiassim betemoções formam o sistemasim betcrenças, retratado na animaçãosim betcordas luminosas

6. As convicções/crenças têm diferentes origens emocionais

Uma novidade no enredosim betDivertida Mente 2 é o surgimentosim betuma espéciesim betsubsolo do centrosim betcomando do cérebro.

Ali, há um lago, onde as emoções jogam as esferas com memórias mais relevantes. Dessa interação, surge uma corda que, ao ser tocada, diz uma frase.

Uma lembrança alegresim betRiley com a família gera um fio que repete: "Eu sou uma boa pessoa."

Outro, relacionado a um ponto marcado numa partidasim bethockey, garante: "Eu sou uma ótima jogadora."

Wanderley entende que, dentro da terapia cognitivo-comportamental, uma das linhassim betpesquisa da psicologia, essas cordas podem ser interpretadas pelo conceitosim bet"crenças".

"Essas crenças ou convicções são formadas desde a infância e retratam o modo como nos relacionamos com o mundo", conta a especialista.

"Elas podem ser muito rígidas ou flexíveis. No começo do segundo filme, é possível ver que Riley tinha crenças positivas sobre si mesma, pois ela teve uma criação muito amorosa."

"Por isso, ela se considerava uma pessoa legal, que merecia ser feliz", complementa a especialista.

Isso muda um pouco quando chega a adolescência. A ascensãosim betAnsiedade, Inveja, Tédio e Vergonha bagunça esse cenário.

Riley passa a lidar com inseguranças, se afasta das amigassim betinfância e questiona suas capacidades.

"Nesse momento, ela desenvolve convicções que chamamos na terapia cognitivo-comportamentalsim bet'se - então'", pontua Wanderley.

Na animação, Riley cria pressupostos do tipo: "Se eu não entrar no timesim bethockey, então minha vida acabou."

"Nós fazemos esse tiposim betconexão o tempo todo e as tomamos como verdades absolutas. Muitas vezes, elas só são questionadas por um terceiro, como um terapeuta", diz a psicóloga.

"Ou seja, grande parte do sofrimento pode estar relacionado a coisas que uma pessoa acredita, mas não são necessariamente verdades", reflete ela.

Erik Erikson

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O psicólogo Erik Erikson foi pioneiro nos estudos sobre o 'sensosim betser'

7. As crenças formam o ‘sensosim betser’ — e é importante desenvolver uma flexibilidade cognitiva

Em Divertida Mente 2, os tais fios que representam as crenças/convicções se juntam e formam uma espéciesim betescultura.

"Na visão da terapia cognitivo-comportamental, esse objeto representa o 'sensosim betser'", explica Wanderley.

Em outras palavras, é como se as memórias cheiassim betemoções formassem nossas crenças e convicções — que, porsim betvez, interagem para criar uma espéciesim betidentidade própria, ou como nos enxergamos diante do resto do mundo.

Um dos pioneiros no desenvolvimento desse conceito foi o psicólogo alemão-americano Erik Erikson (1902-1994).

No início da animação, Riley possui uma escultura harmônica e bela,sim bettons suaves, que reforça aqueles sentimentos positivossim betser feliz e amada.

Porém, com o avançar da trama — e a chegada da puberdade, com ansiedade e companhia limitada — a tal peça ganha formas duras e tortuosas, com cores fortes, que representam inseguranças, aflições e temores.

"A dependersim betcomo essas crises se desenrolam, o indivíduo sofrerá", constata Rocha.

"Esse sensosim betser pode ser rígido e inflexível, o que causa agonia", concorda Wanderley.

"Mas vemos que essa estrutura pode se tornar maleável e mudarsim betcor e formasim betacordo com a situação."

"Essa flexibilidade cognitiva, algo que buscamos constantemente na psicoterapia, acontece quando nós conseguimos adequar nossas crenças segundo o que estamos vivendo."

"Desse modo, nos questionamos o tempo todo e damos espaço para outras emoções atuarem", conclui a psicóloga.