Como grupobetnacional excluir contamercenários russos Wagner agiu no Sudão antes da guerra civil:betnacional excluir conta
Entre eles, estava um acordo para a Rússia estabelecer uma base navalbetnacional excluir contaPorto Sudão, no Mar Vermelho, assim como "acordosbetnacional excluir contaconcessãobetnacional excluir contamineraçãobetnacional excluir contaouro entre a empresa russa M Invest e o Ministériobetnacional excluir contaMinérios sudanês".
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O Tesouro americano alega que a M Invest e uma subsidiária, a Meroe Gold, são empresasbetnacional excluir contafachada para as atividades do grupo Wagner no Sudão, terceiro maior produtorbetnacional excluir contaouro da África.
"Yevgeniy Prigozhin ebetnacional excluir contarede estão explorando os recursos naturais do Sudão para ganho pessoal e espalhando influência maligna pelo mundo", disse o então secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin,betnacional excluir conta2020.
Tanto a M Invest quanto a Meroe foram alvos específicosbetnacional excluir contasanções dos EUA.
De acordo com uma investigação da rede americana CNN, o ouro foi transportado por via terrestre para a República Centro-Africana, onde sabe-se que o grupo Wagner opera — exportações que não foram registradas nos dados comerciais oficiais sudaneses.
Quantidades significativasbetnacional excluir contaouro também foram contrabandeadas por meiobetnacional excluir contauma redebetnacional excluir contaaeroportos militares,betnacional excluir contaacordo com uma reportagem publicada no ano passado pelo jornal britânico Daily Telegraph.
O que mais o Wagner fez no Sudão?
Desde 2017, fontes russas e internacionais publicaram imagens que parecem situar mercenários russos dentro do Sudão.
Acredita-se que as imagens mostrem eles atuandobetnacional excluir contavárias funções, incluindo treinamentobetnacional excluir contasoldados sudaneses ou supostamente ajudando as forçasbetnacional excluir contasegurança a reprimir protestos. A BBC não conseguiu confirmar essas imagensbetnacional excluir contaforma independente.
Em 2021, um canal do Telegram vinculado ao Wagner publicou imagensbetnacional excluir contaque um alto comandante não identificado do grupo aparece premiando soldados sudaneses com souvenirsbetnacional excluir contauma cerimônia realizada dois anos antes.
Ebetnacional excluir contajulhobetnacional excluir conta2022, este canal distribuiu um vídeo que supostamente mostrava mercenários do grupo Wagner realizando exercíciosbetnacional excluir contapousobetnacional excluir contaparaquedas para as forças sudanesas.
A mesma fonte publicou um link para o perfil do Instagrambetnacional excluir contaum mercenário russo anônimo, que se autodenomina "freelancer" e compartilha históriasbetnacional excluir contasuas façanhas no Sudãobetnacional excluir contapostagensbetnacional excluir contaagosto e outubrobetnacional excluir conta2021.
Em um filmebetnacional excluir contapropaganda do Wagnerbetnacional excluir conta2020, o Sudão foi apresentado como um dos países onde os mercenários operam.
Quão influente é o Wagner?
O Tesouro americano diz que o grupo Wagner conduziu "operações paramilitares, apoiou preservaçãobetnacional excluir contaregimes autoritários e explorou recursos naturais".
"Inicialmente,betnacional excluir conta2018, eles tinham cercabetnacional excluir conta100 homens treinando ativamente as forças militares sudanesas, e a relação cresceu a partir daí", diz Joanabetnacional excluir contaDeus Pereira, do Royal United Services Institute, com sede no Reino Unido.
Reportagens da imprensa sudanesa indicam que esse número subiu para cercabetnacional excluir conta500, e que eles estariam baseados principalmente no sudoeste, pertobetnacional excluir contaUm Dafuq, próximo à fronteira do Sudão com a República Centro-Africana.
O Sudan Tribune afirmou que quando o presidente Bashir enfrentou protestos popularesbetnacional excluir conta2019, "combatentes russos" foram mobilizados para observar os protestos antigoverno ao lado dos serviçosbetnacional excluir containteligência e segurança sudaneses, embora isso tenha sido negado pelas autoridades sudanesas.
Trocabetnacional excluir contaaliança
O Grupo Wagner criou suas próprias campanhasbetnacional excluir contamídia para ajudar o presidente Bashir a permanecer no poder, afirma Samuel Ramani, autorbetnacional excluir contaum livro sobre as atividades da Rússia na África.
"Prigozhin estava pedindo para... que os manifestantes fossem acusados de ser pró-Israel e anti-islâmicos", diz ele.
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Isso causou atrito com as próprias forçasbetnacional excluir contasegurança do presidente e, assim, o Wagner passou a apoiar o homem que o derrubou — o general Abdel Fattah al-Burhan.
"Enquanto o Ministério das Relações Exterioresbetnacional excluir contaMoscou era contra o golpe, Prigozhin e o grupo Wagner acolheram a tomadabetnacional excluir contapoderbetnacional excluir contaal-Burhan", explica Ramani.
Segundo ele, foibetnacional excluir conta2021 e 2022 que o grupo Wagner aumentou suas conexões com as Forçasbetnacional excluir contaApoio Rápido (RSF, na siglabetnacional excluir containglês), que atualmente combatem o Exército oficial do Sudão, liderado pelo general Burhan.
Prigozhin estava interessadobetnacional excluir contaobter mais ouro por meio das minas recém-adquiridas pelo líder da RSF, Mohamed Hamdan Dagalo, mais conhecido como Hemedti.
No ano passado, Hemedti visitou Moscou, dizendo que esperava fortalecer os laços entre o Sudão e a Rússia.
No entanto, Kholood Khair, do Confluence Advisory, um think-tank sobre assuntos sudaneses, acredita que o grupo Wagner não está tomando partidobetnacional excluir contaninguém no conflito atual.
"O Wagner tem ligações tanto com as empresas do general al-Burhan quanto com as empresasbetnacional excluir contaHemedtibetnacional excluir contadiferentes níveis ebetnacional excluir contadiferentes maneiras", diz ela.
A presença do Wagnerbetnacional excluir contaoutras partes da África
Foi amplamente noticiado que os combatentes do Wagner estiveram na República Centro-Africana por vários anos, protegendo as minasbetnacional excluir contadiamantes do país, assim como na Líbia e no Mali.
Uma investigação da BBCbetnacional excluir conta2021 encontrou evidênciasbetnacional excluir contaseu envolvimento na guerra civil da Líbiabetnacional excluir contaum dispositivo digital deixado para trás por um combatente do Wagner ebetnacional excluir contaconversas com soldados e civis do país.
No Mali, o governo recorreu ao Wagner para ajudar a combater os militantes islâmicos, embora nunca tenha reconhecido oficialmente a presença do grupo.
A ONG internacional Human Rights Watch acusou os mercenários russosbetnacional excluir contaabusos graves, tanto na República Centro-Africana quanto no Mali, incluindo tortura e assassinatos.
* Reportagem adicionalbetnacional excluir contaBeverly Ochieng e Daniele Palumbo.