5 pontos para entender violência que já deixou mais50 mortos e 600 feridos no Sudão:

Fumaçaprédios

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Fumaça acima dos prédios do aeroportoCartum

O Sudão tem sido palcoviolentos confrontos entre integrantes do Exército e milícias paramilitares conhecidas como ForçasApoio Rápido (RSF, na siglainglês) desde o fimsemana.

Os combates na capital Cartum eoutras partes do país — resultado diretouma luta por poder no país governado pelos militares — deixaram até agora quase 100 civis mortos, segundo o sindicatomédicos sudanês. O conflitosi não envolve diretamente civis, mas militares.

Moradores da capital sofrem com tiroteios entre forças rivais que lutam pelo controle do palácio presidencial, da televisão estatal e do quartel-general do Exército.

No terceiro diacombates, explosões e tiros foram registrados na manhã desta segunda-feiraCartum.

No domingo (16/4), os dois lados observaram um cessar-fogo temporário para permitir a evacuação dos feridos.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

igbi Of Ghansa e and extinct Tonjon from Ivory Coast! Jogolanguces - Wikipedia

:...Out do

s ossos), julho a setembro, lembrando e honrando seus ancestrais. De acordo com a

nça local, para os espíritos 👌 seus antepassados atravessarem, seus corpos devem

Fim do Matérias recomendadas

Mas por que a violência estourou no Sudão e quais são os motivos por trás do conflito?

1 - Qual é o panofundo do conflito?

Desde que ocorreu um golpeoutubro2021, o Sudão é governado por um conselhogenerais. Há dois militares disputando poder.

De um lado está o general Abdel Fattah al-Burhan, que é o chefe das Forças Armadas e presidente do país.

Do outro, seu vice e líder do RSF, general Mohamed Hamdan Dagalo, mais conhecido como Hemedti.

Militar falando para imprensa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A rivalidade entre o general Mohamed Hamdan Dagalo (foto) e o general Abdel Fattah al-Burhan está no centro da disputa.

Eles discordam sobre os rumos que o país está tomando e sobre a propostatransição para o regime civil.

Entre os pontos mais controversos estão os planosincluir os 100 mil combatentes do RSF no exército e a definiçãoquem ficaria encarregadoliderar a nova força.

2 - Por que as hostilidades começaram no sábado?

A violência estourou após diastensão, depois que membros do RSF foram redistribuídostodo o paísum movimento que o exército interpretou como uma ameaça.

Esperava-se que a situação pudesse ser resolvida através do diálogo, mas isso nunca se concretizou.

Homens armadosjipe

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Se a luta continuar, esta situação pode fragmentar ainda mais o país

Não está claro quem disparou o primeiro tiro na manhãsábado, mas há temoresque as hostilidades piorem ainda mais uma situação já complicada.

Diplomatas pediram a ambos os lados um cessar-fogo.

3 - Quem são as ForçasApoio Rápido?

A RSF foi formada2013 e tem suas origens na milícia Janjaweed, que combateu brutalmente os rebeldesDarfur.

Desde então, o general Dagalo construiu uma força poderosa que interveioconflitos no Iêmen e na Líbia e controla algumas das minasouro do Sudão.

Essas forças também foram acusadasabusos dos direitos humanos, incluindo o massacremais120 manifestantesjunho2019.

A poderosa força fora do exército é vista como uma fonteinstabilidade no país.

4 - Por que os militares mandam no país?

O conflito do fimsemana é o mais recente episódio da tensão que se seguiu à queda do presidente Omar al-Bashir2019.

Homens protestando

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Protestosrua pediram o fim do governoquase três décadas do presidente Omar al-Bashir

Houve grandes protestosrua pedindo o fimseu governoquase três décadas. O exército deu um golpe para removê-lo do poder.

Mas os civis continuaram a exigir um papel no planoavançar para o regime democrático.

Um governo conjunto militar-civil foi então estabelecido, mas foi derrubado por outro golpeoutubro2021.

E desde então, a rivalidade entre o general Burhan e o general Dagalo se intensificou.

Um acordo foi firmadodezembro do ano passado para devolver o poder aos civis, mas as negociações para finalizar os detalhes fracassaram.

5 - O que pode acontecer agora?

Se o conflito continuar, esta situação pode fragmentar ainda mais o país e piorar a turbulência política.

Os diplomatas, que desempenharam um papel crucial na tentativainstar o retorno do governo civil, estarão desesperados para encontrar uma maneirafazer com que os dois generais estabeleçam um diálogo.

Enquanto isso, a população do país é quem sofre as consequências do conflito.

- Este texto foi publicadohttp://vesser.net/articles/c3gr8y9ym8yo