O mistério dos brinquedos antigos que intriga arqueólogos:bwin aposta sem risco
Três desses objetos foram encontrados na cidadebwin aposta sem riscoNova York, nos Estados Unidos, no mesmo local onde ficava um acampamento do Exército britânico durante a Guerra da Independência americana (1775-1783). Um deles, era feito com uma moeda. E já foram encontrados,bwin aposta sem riscooutros lugares, objetos similares datadosbwin aposta sem risco4 mil anos atrás.
Alguns arqueólogos acreditam que esses objetos eram botões. Para outros, eram pesosbwin aposta sem riscoteares rudimentares, peçasbwin aposta sem riscocerâmica perfuradas ou foram simplesmente classificados como "objetos diversos".
Mas, para Van Beek, eles relembravam outra coisa. "Eu me lembravabwin aposta sem riscobrincar, quando era criança, com um objeto similar", observou ele.
Passe um cordão pelos orifícios, estique e relaxe o cordão e o disco irá girar. Van Beek deu aos objetos o nome que eles tinham quando ele era criança — buzzes , conhecidos no Brasil como corrupios — e chegou a tentar, ele próprio, criar um deles.
Outros acadêmicos já haviam suspeitado que fossem brinquedos, mas muitos estavam céticos. Confiar nas próprias memórias da infância e projetar nossa experiência modernabwin aposta sem riscouma sociedade distante parecia, no mínimo, um procedimento pouco acadêmico.
O mistério dos brinquedos antigosbwin aposta sem riscoVan Beek é apenas um dos muitos quebra-cabeças arqueológicos relacionados a brincadeiras infantis. Ele ilustra muitas das armadilhas que encontramos ao estudá-las.
Nós sabemos que as crianças brincavam e, muitas vezes, com objetos. Mas outras questões, como quais objetos elas usavam ebwin aposta sem riscoque forma, permanecem muito difíceisbwin aposta sem riscoresponder.
Tão difíceis, na verdade, que inspiraram a "piada dos arqueólogos". Um arqueólogo encontra um pequeno objeto. "O que é isto?", ele pergunta. "Não sei", responde outro. "Deve ser um brinquedo... ou um objeto religioso."
A piada pode não ter graça, mas entender como as crianças brincavam é importante — até porque esse entendimento é partebwin aposta sem riscoum debate que já dura décadas: o que a infância realmente significava para as gerações passadas, se é que ela tinha algum significado?
Nos anos 1960, o historiador amador francês Philippe Ariès (1914-1984) publicou a teoriabwin aposta sem riscoque, na maior parte da história, a mortalidade infantil era alta demais para que os pais investissem muito nos seus filhosbwin aposta sem riscotermosbwin aposta sem riscosentimentos e recursos. Por isso, as crianças eram tratadas como adultosbwin aposta sem riscominiatura.
E esse tratamento se estendia às brincadeiras. Ariès escreveu que, depois da primeira infância, as crianças não tinham mais brinquedos e jogos específicos para elas. Por isso, elas brincavam com os mesmos objetos dos adultos.
Embora os acadêmicos tenham desmentido grande parte da teoriabwin aposta sem riscoAriès, muitasbwin aposta sem riscosuas ideias ainda persistem. E os arqueólogos, particularmente os que estudam a infância, vêm apresentando novas opiniões. Um dos pilares da argumentação deles tem a ver com as suas descobertas sobre as brincadeirasbwin aposta sem riscocrianças.
"Tem se dito com muita frequência que não havia o sentimento da infância — que a infância era uma fase da vida que você precisava atravessar o mais rápido possível para chegar à idade adulta, quando você 'existe' por completo", afirma Véronique Dasen, professorabwin aposta sem riscoArqueologia Clássica e História da Arte da Universidadebwin aposta sem riscoFriburgo, na Suíça. Ela é líder do projeto Locus Ludi, apoiado pela União Europeia, que estuda jogos greco-romanos, e uma das editorasbwin aposta sem riscoum livro sobre brincadeiras antigas, a ser lançadobwin aposta sem riscobreve.
"Mas isso não é verdade", afirma ela. "Existe algo especialbwin aposta sem riscocrianças e esse valor especial é revelado pelo seu prazerbwin aposta sem riscobrincar. E os adultos reconheceram isso."
Um dos problemas é que, historicamente, a infância é ignorada pelos acadêmicos.
"O mundo das crianças foi excluído da pesquisa arqueológica", escreveu a arqueóloga norueguesa Grete Lillehammer nabwin aposta sem riscoobrabwin aposta sem riscoreferência A Child is Born: The Child's World in an Archaeological Perspective ("Nasce uma criança: o mundo infantilbwin aposta sem riscoperspectiva arqueológica",bwin aposta sem riscotradução livre), publicadobwin aposta sem risco1989.
Para ela, "poucos arqueólogos examinaram ou deram atenção a este tema, e menos ainda pensaram nele como seu principal campobwin aposta sem riscointeresse".
Mas isso não significa que as crianças não eram uma parte importante das comunidades, nem que não houvesse atividades e objetos específicos destinados principalmente a elas. Temos até evidências etimológicas disso: a palavra para "criança"bwin aposta sem riscogrego clássico significa "alguém que brinca".
E alguns filósofos descrevem a infância como uma etapa da vida específica, dedicada às brincadeiras.
"Platão e Aristóteles [falam] sobre a importânciabwin aposta sem riscobrincar, como é bom para o desenvolvimento das crianças", afirma Maria Sommer, uma das autoras do livro Care, Socialisation and Play in Ancient Attica ("Cuidados, socialização e brincadeiras na Ática antiga",bwin aposta sem riscotradução livre).
"Na verdade, eles escrevem para os pais: 'vocês precisam deixar seus filhos brincarem'. E é muito interessante que na Grécia Antiga, as crianças só entravam na escola a partir dos sete anos. Até essa idade, você era livre para brincar", explica ela.
Mas determinar exatamente como as crianças brincavam 2 mil, 5 mil ou até 25 mil anos atrás — e quais eram os seus brinquedos — exige intrépidas pesquisas e um poucobwin aposta sem riscoadivinhação bem calculada.
Questões que persistem
A maioria dos brinquedos provavelmente era feitabwin aposta sem riscomateriais naturais, como madeira ou palha. Isso significa que é improvável que eles tenham sobrevivido.
Imagine bonecas feitasbwin aposta sem riscojunco ou jogos usando ossosbwin aposta sem riscoanimais. Mas, mesmo com evidências arqueológicas mais duráveis, as dificuldades persistem.
Uma das indicações mais importantes empregadas pelos arqueólogos para determinar o que é um objeto e como ele é usado é o seu contexto.
Se uma xícara for encontradabwin aposta sem riscouma parte da casa onde também há pratos e colheres, por exemplo, os arqueólogos podem formular a hipótesebwin aposta sem riscoque ela era usada para servir ou consumir bebidas. Mas, se a mesma xícara for encontradabwin aposta sem riscoum túmulo ao ladobwin aposta sem riscojoias e amuletos, ela pode ter sido usada para fins decorativos oubwin aposta sem riscorituais.
Mas, com os brinquedos, o contexto pode ser ainda mais incerto. As crianças brincambwin aposta sem riscotoda parte, não sóbwin aposta sem riscoáreas previamente definidas - embora possa ter havido o equivalente antigo aos salõesbwin aposta sem riscobrincadeiras para crianças.
Só porque um objeto foi escavadobwin aposta sem riscoum contexto associado a adultos, não quer dizer que ele também não fosse usado para brincar. Certos brinquedos podem ter sido objetosbwin aposta sem riscoadultos que também eram usados pelas crianças.
Imagine dar potes e panelas para um bebê bater. Se um arqueólogo encontrasse esses objetos daqui a 2 mil anos, ele poderia identificá-los como instrumentosbwin aposta sem riscocozinha, não como objetos que uma criança com dois anosbwin aposta sem riscoidade passava incontáveis horas batendo alegremente.
Por outro lado, mesmo quando escavadobwin aposta sem riscoum contexto associado a crianças, como um túmulo infantil, isso não significa que todo objeto fosse um brinquedo. Ele pode ter tido uso religioso ou cerimonial.
E, para complicar ainda mais, as culturas do passado eram muito diferentes da nossa. Tanto que a própria questão "isto era um brinquedo ou um objeto sagrado?" pode não ter relevância alguma.
As bonecas, por exemplo. Assim como os corrupiosde Van Beek, figurinos femininosbwin aposta sem riscominiatura foram descobertosbwin aposta sem riscovários cantos do mundo.
Escritores antigos também parecem descrever meninas brincando com objetos que podem ter correspondido às nossas bonecas modernas. Plutarco, por exemplo, lembrando-sebwin aposta sem riscosua filha que morreu aos dois anosbwin aposta sem riscoidade, conta que ela pedia à enfermeira que desse comida para seus "objetos e brinquedos", que ela convidava para ocupar um lugar à mesa.
Um tipo específicobwin aposta sem riscoboneca foi encontradobwin aposta sem riscosítios arqueológicos da Grécia e Roma Antiga,bwin aposta sem riscosantuários religiosos ou enterradobwin aposta sem riscotúmulosbwin aposta sem riscomeninas. Essas bonecas tinham membros articulados e detalhes elaborados, incluindo penteados da moda e característicasbwin aposta sem riscogênerobwin aposta sem riscoadultos, como seios (lembrando que nenhuma boneca da Antiguidadebwin aposta sem riscoformabwin aposta sem riscobebê foi encontrada até hoje).
A maioria dos exemplos que sobreviveram erabwin aposta sem riscoterracota, na Grécia, oubwin aposta sem riscoosso ou marfim,bwin aposta sem riscoRoma - com um exemplo surpreendente feitobwin aposta sem riscoâmbar!
Na Grécia, as bonecasbwin aposta sem riscoterracota eram tão populares que chegaram a ser produzidasbwin aposta sem riscomassa, usando moldes. Jábwin aposta sem riscoRoma, as bonecas eram produzidas por centrosbwin aposta sem riscofabricação especializadosbwin aposta sem riscoobjetos feitosbwin aposta sem riscoosso e marfim.
Mas isso não quer dizer que eram as mesmas bonecas que a filhabwin aposta sem riscoPlutarco teria usado para brincar, segundo Dasen, que planeja uma exposiçãobwin aposta sem riscobonecas no Museubwin aposta sem riscoYverdon, na Suíça,bwin aposta sem risco2024.
"Nós consideramos que, se parece com a Barbie, é uma Barbie. Mas não é", diz ela.
Como a maior parte das bonecas gregas descobertas ébwin aposta sem riscoterracota, elas são delicadas demais para suportar brincadeiras brutas e quedas. E muitos dos moldesbwin aposta sem riscofabricação foram encontradosbwin aposta sem riscosantuários religiosos, o que indica uma função mais sagrada.
Muitos pesquisadores concordam hoje que essas bonecas eram usadas para funções cerimoniais específicas. Elas eram dedicadas aos santuáriosbwin aposta sem riscodeusas protetoras das meninas e das mulheres adultas, como Ártemis, Deméter e Perséfone, como parte do ritobwin aposta sem riscopassagem antes do casamento ou durante a cerimônia nupcial, por exemplo.
Dasen destaca que korê — o outro nomebwin aposta sem riscoPerséfone — significa "boneca" ou "menina solteira",bwin aposta sem riscogrego clássico. Novamente, a mesma boneca pode ter sido usadabwin aposta sem riscoduas formas.
"Temos a tendênciabwin aposta sem riscoseparar o sacro do normal, mas não era assim naquela época", afirma Sommer. "Tudo era integrado. Não havia segregação entre esses dois mundos."
Mesmo nos tempos atuais, algumas culturas mantêm uma sobreposição similar. Antropólogos observaram, por exemplo, que criançasbwin aposta sem riscopaíses andinos muitas vezes fazem casasbwin aposta sem riscominiatura e brincam com elas. Depois, as casas são oferecidas aos deuses nos templos.
Reconstruindo os brinquedos
Mas afinal, como é que os arqueólogos e historiadores conseguem estabelecer quais erambwin aposta sem riscofato os brinquedos das crianças?
Em alguns casos, existem registros escritos. Uma mulherbwin aposta sem risconome Diogenis escreveu para seu irmão, 1,7 mil anos atrás,bwin aposta sem riscoOxirrinco, no Egito: "muitas lembranças ao pequeno Téo. A mulher que você me indicou que fosse visitar trouxe oito brinquedos para ele e os enviei para você."
Existem também relatos escritos sobre Agesilau 2°, que foi reibwin aposta sem riscoEsparta, na Grécia, há 2,4 mil anos. Segundo esses relatos, o rei gostavabwin aposta sem riscomontar com seu filhobwin aposta sem riscoum cavalo feitobwin aposta sem riscogravetos. Já o primeiro imperador romano, Otávio Augusto, jogava bolinhasbwin aposta sem riscogude com as crianças.
E existem também evidências iconográficas — ilustraçõesbwin aposta sem riscovasos, túmulos e esculturasbwin aposta sem riscorelevo, por exemplo. Sommer indica uma estela, uma placabwin aposta sem riscopedra usada para inscrições, da Grécia Antiga, que ilustra uma criança sentada, brincando com uma bola. "De forma que não há espaço para discussão, certo? Esta bola realmente é um objeto para brincar."
E ela mostra outra imagem. "Veja este menino. Ele está brincando com um chocalho. E nós encontramos chocalhos idênticosbwin aposta sem riscoregistros arqueológicos."
Os chocalhos eram tão populares na Grécia Antiga que chegou a haver um centrobwin aposta sem riscofabricação na ilhabwin aposta sem riscoChipre. Esta descoberta destaca a importânciabwin aposta sem riscooutro indício empregado pelos arqueólogos — o mesmo usado por Van Beek ao interpretar seus corrupios: os objetos usados como brinquedos pelas criançasbwin aposta sem riscohoje.
Um antropólogo sociocultural encontrou, por exemplo, dezenasbwin aposta sem riscoparalelos entre os brinquedos das crianças da África contemporânea e os encontrados na Grécia e Roma Antiga.
Se considerarmos que as criançasbwin aposta sem riscohoje são como asbwin aposta sem risco3 mil anos atrás, esses paralelos podem lançar um poucobwin aposta sem riscoluz sobre alguns mistérios da arqueologia, como os animaisbwin aposta sem riscoterracotabwin aposta sem riscominiatura encontradosbwin aposta sem riscotúmulos infantis na Grécia e Roma Antiga. Eles, muitas vezes, são interpretados como sendo simbólicos. Mas, no norte da África, as crianças fazem seus próprios animaisbwin aposta sem riscobrinquedobwin aposta sem riscominiatura com argila e brincam jogosbwin aposta sem riscofazbwin aposta sem riscoconta com eles.
Dasen diz que é preciso ter cuidado para evitar o uso excessivo desta abordagem. Em um estudo, ela faz referência a um objeto da Grécia Antiga que,bwin aposta sem riscotodo o mundo, parece um ioiô moderno. Ele aparecebwin aposta sem riscovasos, sendo balançado no ar por crianças. Objetos idênticos foram encontradosbwin aposta sem riscoescavações arqueológicas.
Mas os objetos encontrados são feitosbwin aposta sem riscoterracota, que é frágil, e são frequentemente decorados com motivosbwin aposta sem riscosedução. Eles podem não ter sido ioiôs, mas sim um iynx — um disco que era girado para tentar atrair a sorte no amor.
Os próprios chocalhos já foram contestados. E eles foram encontradosbwin aposta sem riscotodo o mundo.
Na Sibéria, o brinquedobwin aposta sem riscoargila com 4 mil anosbwin aposta sem riscoidade tem a formabwin aposta sem riscouma cabeçabwin aposta sem riscofilhotebwin aposta sem riscourso. Na Turquia,bwin aposta sem riscodecoraçãobwin aposta sem riscopreto e branco é similar aos esquemasbwin aposta sem riscocores contrastantes que usamos para bebês hojebwin aposta sem riscodia.
Na Grécia Antiga, chocalhosbwin aposta sem riscobronze foram encontradosbwin aposta sem riscotúmulosbwin aposta sem riscobebêsbwin aposta sem riscofamílias mais ricas. Alguns deles eram grandes demais e feitosbwin aposta sem riscomaterial muito frágil para serem usados por crianças pequenas.
"Mas observe todos esses pedaçosbwin aposta sem riscochocalhos quebradosbwin aposta sem riscoque ninguém prestou atenção. Eles estão nas casas, nas ruas,bwin aposta sem riscolugares onde você encontraria crianças", afirma Kristine Garroway, professora especializadabwin aposta sem riscocrianças na antiga Israel e Mesopotâmia do Hebrew Union Collegebwin aposta sem riscoLos Angeles, nos Estados Unidos.
"Por isso, talvez haja um contexto mais amplo que foi menosprezado, simplesmente porque as crianças são menosprezadas. E talvez os adultos ou crianças mais velhas agitassem um chocalho para manter as criançasbwin aposta sem riscosilêncio", explica ela.
No passado, a única formabwin aposta sem riscoimaginar se um objeto foi elaborado por uma criança era avaliar as imperfeições dabwin aposta sem riscocriação. Mas hoje temos métodos mais científicos.
Muitas vezes, os acadêmicos interpretaram naviosbwin aposta sem riscominiatura como sendo objetos usadosbwin aposta sem riscooferendas. Mas, no sítio arqueológico Tel Nagila,bwin aposta sem riscoIsrael, datadobwin aposta sem risco3,5 mil anos atrás, pesquisadores analisaram impressões digitais para determinar que muitos deles foram feitos por crianças.
Se brincar era (e ainda é) uma atividade inerentemente educativa — um "meiobwin aposta sem riscodesenvolver técnicasbwin aposta sem riscovida", como diz Garroway, e uma formabwin aposta sem riscofomentar "o desenvolvimento da criança à medida que ela cresce para o mundo adulto" — essas embarcações eram um produto dessa atividade.
Ao discutir miniaturasbwin aposta sem riscoenxadas, potes e pontasbwin aposta sem riscoflecha que foram encontradasbwin aposta sem riscosítios arqueológicos da Idade do Bronze e do Ferro na Dinamarca, Grete Lillehammer chegou a uma conclusão parecida — que os objetos provavelmente serviam para brincar e para educar. Já pequenas pontasbwin aposta sem riscoflecha encontradasbwin aposta sem riscoum túmulo infantil do período mesolíticobwin aposta sem riscoStateholm, na Suécia, podem ter sido usadas para treinar crianças.
E pesquisas mais recentes incluíram instrumentos para disparar lanças com 1,7 mil anosbwin aposta sem riscoidade, com tamanho dimensionado para crianças. Eles foram encontrados onde hoje fica o Estadobwin aposta sem riscoOregon, nos Estados Unidos, e seus estudos chegaram a conclusões similares.
Outra formabwin aposta sem riscodescobrir se uma criança poderia ter feito um objeto é criar um experimento. Trinta anos depois da tentativabwin aposta sem riscoVan Beekbwin aposta sem riscoproduzir um buzz - ou um corrupio -, Kristine Garroway adotou uma abordagem diferente.
Pode ser que os corrupios, alémbwin aposta sem riscoterem sido brinquedosbwin aposta sem riscocrianças, também tivessem sido feitos por elas — um processo que serviabwin aposta sem riscobrincadeira e era uma formabwin aposta sem riscofazer com que as crianças aprendessem técnicas importantesbwin aposta sem riscoproduçãobwin aposta sem riscoobjetos.
Para testarbwin aposta sem riscohipótese, Garroway recrutou 22 crianças para quebrar cerâmica e tentar fazer seus próprios corrupios. E ela conta que o destaque foi uma criança que encontrou um pedaçobwin aposta sem riscoum vasobwin aposta sem riscoflores que já tinha um orifício perfurado, inseriu um lápis no orifício e criou um disco giratório.
"Ele entendeu a tarefabwin aposta sem riscooutra forma", afirma Garroway, rindo. E,bwin aposta sem riscofato, alguns arqueólogos acreditam que alguns discos encontrados com um único orifício, e não com dois, podem ter sido discos giratórios.
Os especialistas continuam solucionando aos poucos o mistériobwin aposta sem riscocomo as crianças do passado brincavam, mas muitas questões ainda persistem. Existem quebra-cabeças que talvez nunca venhamos a solucionar, o que pode fazer com que a "piada dos arqueólogos" permaneça relevante nos próximos anos.
Mas Garroway indica que isso não acontece apenas com a arqueologia infantil.
"Da mesma forma que não sabemos ao certo sobre o caso das crianças, também não sabemos ao certo como os adultos usavam as coisas", afirma ela, ironicamente. "Nós fazemos escolhas informadas - e muito."
* Amanda Ruggeri é jornalista sênior da BBC Future. Sua conta no Twitter é @amanda_ruggeri.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.
- Este texto foi publicado originalmentebwin aposta sem riscohttp://vesser.net/vert-fut-62669133
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