As curiosas palavras e expressões criadas pelas redes sociais nos EUA:vbet pt

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Atlanta aparece como um dos epicentros difusores das novas expressões do inglês americano

Novo vocabulário

Em comparação com os registros linguísticos históricos, os dados disponíveis online são surpreendentes. Como cada tuíte contém a data e hora da postagem, além da geocodificação, oferece informações precisas sobre quando e onde determinados termos foram introduzidos.

O pesquisador Jack Grieve, da Universidadevbet ptBirmingham, na Inglaterra, responsável pelo estudo, analisou maisvbet pt980 milhõesvbet pttuítes no total - o equivalente a 8,9 bilhõesvbet ptpalavras. As postagens, publicadas entre outubrovbet pt2013 e novembrovbet pt2014, abrangem 3.075 dos 3.108 municípios dos EUA. Na época, maisvbet pt20% dos americanos usavam o Twitter.

A partir do vasto bancovbet ptdados, Grieve identificou primeiro os termos que eram raramente utilizados no início do estudo (menosvbet ptuma vez por bilhãovbet ptpalavras, no último trimestrevbet pt2013), mas que cresceram constantementevbet ptpopularidade ao longo do ano seguinte.

Em seguida, ele filtrou uma listavbet ptnomes próprios (como Timehop) e que apareciamvbet ptanúncios comerciais. E também removeu qualquer palavra que já constava no Dicionário Merriam-Webster. Acrônimos (siglas), no entanto, foram incluídos.

O resultado foi uma listavbet pt54 expressões, que fazem referência aos mais variados temas:vbet ptrelacionamentos (como baeless, sinônimo para solteiro ou solteira) à aparência das pessoas (gainz, que descreve o aumento da massa muscular) e tecnologia (celfie, grafia alternativa para selfie).

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Grandes cidades, como Houston, estão gerando novas palavras. Mas o fenômeno não se resume apenas ao tamanho da população

Outras refletem a influência da cultura japonesa (como senpai, que significa professor ou mestre). Ou representam sentimentos genéricos, como litt ou litty (que quer dizer impressionante ou bom), alémvbet ptinterjeições, como yaaaas (uma versão para yes, ou "sim").

Curiosamente, alguns termos, como candids (substantivo que descreve fotos tiradas sem o conhecimentovbet ptoutra pessoa), existem há anos, mas eram extremamente incomuns até o aumento súbitovbet ptpopularidade.

Após compilar o novo vocabulário, Grieve usou os dados geocodificados do Twitter para rastrear a origemvbet ptcada postagem evbet ptrespectiva propagação pelos EUA. A expressão baeless, por exemplo, começou a ser usadavbet ptalguns condados do sul do país, antesvbet ptvirar moda e se espalhar para norte e oeste.

No total, Grieve identificou geograficamente cinco centros influenciadores da mudança linguística no país. Em ordemvbet ptimportância, são eles:

Costa Oeste

Com cidades como Los Angeles, São Francisco, San Diego e Las Vegas, a Costa Oeste lançou conceitos como cosplay (vestir fantasiasvbet ptpersonagensvbet ptséries, filmes, quadrinhos ou videogames), jargões técnicos, como faved ("favorito"), e linguagensvbet ptgames, a exemplovbet ptrekt (derrotado).

Em geral, as expressões que nascem nessa região são disseminadas por toda parte - e frequentemente adotadas por moradores do nordeste do país.

vbet pt Termosvbet ptdestaque: amirite (junçãovbet pt"am I right?", que seria "estou certo?"); baeritto (alguém que você gostariavbet ptenvolver com seus braços como um burrito); figgity (intoxicado); slayin (ótima aparência) e waifu (esposa).

Sul Profundo

Grieve identificou três epicentros distintos no sul do país, que foram responsáveis por grande parte da inovação lexical no Twitter. O principal está localizado na área metropolitanavbet ptAtlanta.

Segundo o pesquisador, pode ser resultado da forte presença da cultura afro-americana na região, que estaria diversificando o mundo digital com suas expressões.

vbet pt Termosvbet ptdestaque: baeless (solteiro); boolin' (esfriar), famo (família e amigo); traphouse (lugar que vende drogas).

Nordeste

Com alta densidade demográfica, não évbet ptse espantar que Nova York seja um centrovbet ptinovação linguística. Mas, surpreendentemente, as palavras que nascem na região não têm um amplo alcance geográfico e acabam se limitando aos estados vizinhos. Curiosamente, no entanto, os nova-iorquinos sempre seguiriam as tendências da Costa Oeste e vice-versa.

vbet pt Termosvbet ptdestaque: balayage (um estilovbet ptcabelo); litt ou litty (bom); lituation (junçãovbet pt"litt" com "situation", que seria uma situação boa).

Médio Atlântico

A segunda região do sul do país que desponta na pesquisa como um dos focos da difusão, está centralizadavbet ptWashington DC e Baltimore, e vai até a Virgínia. Mais uma vez, a criatividade foi observada mais intensamente nas áreasvbet ptque há alta densidadevbet ptpopulações afro-americanas.

vbet pt Termosvbet ptdestaque: on fleek (no ponto / estilo impecável); shordy (pequeno); wce (acrônimo para "woman crush everyday" - mulher por quem tenho uma queda todo dia).

Costa do Golfo

O terceiro (e último) epicentro do sul do país a aparecer na análisevbet ptGrieve é um conglomerado localizado nos arredoresvbet ptNova Orleans, que se estende por toda a Louisiana,vbet ptdireção ao leste e litoral do Texas, ao longo do Mississippi até Memphis.

Uma das contribuições mais conhecidas da região - idgt (acrônimo para "I don't get tired", que pode ser traduzido como "não me canso") - virou bordão do rapper Kevin Gates, que cresceuvbet ptBaton Rouge, capital do Estado da Louisiana, e lançou um single com o mesmo nomevbet pt2014.

vbet pt Termosvbet ptdestaque: bruuh (cara/mano): idgt (não me canso); lordt ("oh Lord", que seria "oh, Deus")

Grieve diz que ficou surpreso com os resultados. De acordo com a teoria linguística, eravbet ptse esperar que novas palavras surgissem nas áreas com maior densidade populacional - o que não explica toda a variação encontrada. Os dados obtidos confirmam que a importância cultural (e linguística)vbet ptuma região é apenas ligeiramente relacionada ao seu tamanho.

Na última parte do estudo, o pesquisador examinou as características dos novos termos e as razões pelas quais eles prosperam. Um dos indicadores é a extensão da palavra -vbet ptgeral, preferimos expressões mais curtas e acrônimos que sejam mais fáceisvbet ptler e digitar.

E da mesma forma que os seres vivos são mais propensos a se reproduzirvbet ptecossistemas com poucas espécies competidoras, as expressões mais populares também tendem a ocupar seu próprio "nicho semântico": quando definem um conceito inteiramente novo, sem sinônimo direto.

Balayage, por exemplo, que descreve um estilovbet ptcabelo muito específico, apresentou um desempenho melhor do que baeless (solteiro), que compete com o termo já existente single.

Além dos resultados apresentados, o estudovbet ptGrieve marca a validaçãovbet ptum método. E, como disse o pesquisador na Evolang, essa pode ser a primeiravbet ptmuitas análises a investigar a vida virtual das palavras.

vbet pt Leia a versão original desta reportagem vbet pt (em inglês) no site BBC Future vbet pt .