Perdabaixar vbetmemória e envelhecimento acelerado: os danos que a obesidade causa ao cérebro:baixar vbet

Obesidade

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Legenda da foto, Ciência já estabeleceu ligação entre obesidade e perdabaixar vbetvolume cerebral

O experimentobaixar vbetCheke contribuiu para um corpo cada vez maiorbaixar vbetevidênciasbaixar vbetque a obesidade está ligada ao "encolhimento" do cérebro e ao deficitbaixar vbetmemória.

A pesquisa sugere que o excessobaixar vbetpeso pode contribuir para o desenvolvimentobaixar vbetdistúrbios neurodegenerativos, como o malbaixar vbetAlzheimer.

Surpreendentemente, o estudo também mostra que a relação entre a obesidade e a memória é uma viabaixar vbetmão dupla: estar acima do peso não só tem um impacto sobre o que somos capazesbaixar vbetrecordar como também pode influenciar o comportamento alimentar no futuro, ao alterar nossas lembrançasbaixar vbetexperiências passadas envolvendo comida.

Obesidade e 'idade mental'

Cheke partiu da hipótesebaixar vbetque a obesidade poderia afetar a capacidadebaixar vbetimaginação, pois outros estudos já comprovaram existir uma relação entre a memória e a imaginação - nosso cérebro tende a unir fragmentosbaixar vbetlembranças para prever como serão eventos no futuro.

Registrobaixar vbetrefeição

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Legenda da foto, Aplicativos que aumentam a atenção na horabaixar vbetcomer podem ajudar na perdabaixar vbetpeso

Em 2010, pesquisadores da Escolabaixar vbetMedicina da Universidadebaixar vbetBoston, nos EUA, relataram que adultosbaixar vbetmeia-idade saudáveis, mas com mais gordura abdominal, tendem a ter um cérebro menos volumoso.

O problema é mais evidente no hipocampo, uma estrutura cerebral profunda que tem a funçãobaixar vbetaprender e guardar memórias - muito menorbaixar vbetobesos do quebaixar vbetpessoas mais magras.

Um estudo mais recente que realizou tomografias cerebraisbaixar vbetmaisbaixar vbet500 voluntários confirmou que há uma ligação entre estar acima do peso ou obeso e apresentar um grau mais avançadobaixar vbetdegeneração cerebral por causa da idade.

Esses efeitos eram mais acentuadosbaixar vbetpessoas na meia-idade, nas quais as mudanças relacionadas à obesidade correspondem a um aumentobaixar vbetcercabaixar vbetdez anos na "idade mental".

Menos memória, mais quilos

Mas a obesidade é um distúrbio complexo, causado por muitos fatores. Por isso, ainda não se sabe exatamente como ela afeta a estrutura cerebral ebaixar vbetfunção.

"A gordura corporal é o principal indíciobaixar vbetobesidade, mas há outros problemas, como a resistência à insulina e a hipertensão", explica Cheke.

"Essas coisas andambaixar vbetmãos dadas com fatores comportamentais, como comer demais ou se exercitarbaixar vbetmenos. Tudo isso pode provocar alterações no cérebro."

Memória

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Legenda da foto, Segundo estudos, há um ciclo vicioso entre obesidade e memória

Uma inflamação no cérebro também pode ser um dos fatores. Psicólogos da Universidade do Arizona descobriram que o IMC alto está associado ao declínio da memória e a altos níveisbaixar vbetuma proteína que indica inflamação.

Isso é algo preocupante, ainda mais com as recentes evidênciasbaixar vbetque a atenção e a memória controlam o apetite e o comportamento alimentar. O que significa que um deficitbaixar vbetmemória poderia provocar um ganhobaixar vbetpeso.

As primeiras provas disso surgirambaixar vbetum estudobaixar vbet1998, feito pela Universidade da Pensilvânia, nos EUA, que mostrou que pacientes com amnésia grave estavam sempre dispostos a comer logo após uma refeição, simplesmente porque não se lembravam que já tinham se alimentado momentos antes.

"Isso indica que quando decidimos o quanto ingerimos, não nos baseamos apenas nos sinais fisiológicos sobre a quantidadebaixar vbetcomida no estômago, mas tambémbaixar vbetprocessos cognitivos, como a memória", explica o psicólogo e pesquisador Eric Robinson, da Universidadebaixar vbetLiverpool, no Reino Unido.

A atenção e a memória são elementos independentes entre si, mas ligados estreitamente. Não podemos nos lembrarbaixar vbetalgo ao qual não prestamos atenção, assim como também nossa lembrançabaixar vbetalgo tende a ser mais vívida quanto mais pensamos nela.

Por isso, é possível que uma memória vívidabaixar vbetum almoço pode reativar o estado psicológico do organismo, o que reduz a fome e, consequentemente, o tamanho da próxima refeição.

Por outro lado, alguém que está distraído durante o almoço pode sentir uma ausênciabaixar vbetlembranças e, ao pensar no jantar, pode ter mais fome.

Esse ponto é particularmente interessante, principalmente porque há indíciosbaixar vbetque comer demais é algo que pode prejudicar a memória. Ou seja, o excessobaixar vbetcomida e os problemasbaixar vbetmemória se reforçam mutuamente, colocando o indivíduobaixar vbetum ciclo perigoso.

Nova abordagem para a perdabaixar vbetpeso

Essas descobertas podem trazer ideias para uma nova abordagem para ajudar as pessoas a perder peso e a manter um IMC saudável.

Robinson e seus colegas, por exemplo, desenvolveram um aplicativobaixar vbetcelular que estimula o usuário a comer com mais atenção.

"O programa encoraja a pessoa a tirar fotosbaixar vbetseus pratos e a responder perguntas sobre suas refeições", explica o psicólogo. "A ideia é criar lembranças vívidas que deixem o usuário menos propenso a comerbaixar vbetexcesso durante o resto do dia."

A equipebaixar vbetCheke também está usando um aplicativo para coletar informações sobre o estilobaixar vbetvida e o comportamento alimentarbaixar vbetvoluntários.

O objetivo é tentar isolar os vários fatores que podem contribuir com a obesidade - principalmente os que estão relacionados à estrutura e à função cerebrais.

*Moheb Costandi é neurobiólogo e autor do livro "Neuroplasticity"("Neuroplasticidade"baixar vbettradução literal, ainda não lançado no Brasil).