O que os relacionamentos abertos têm a ensinar aos monogâmicos?:afiliado lampionsbet
Será, então, que o futuro do amor poderá ser totalmente diferente do que conhecemos atualmente?
Configuração ancestral
Bem, a imagemafiliado lampionsbetque um homem e uma mulher se encontram e se apaixonam, casam-se, têm filhos e vivem pelo resto da vidaafiliado lampionsbetuma relação harmoniosa e monogâmica nunca passouafiliado lampionsbetuma imagem.
A poligamia - o casamento com maisafiliado lampionsbetuma pessoa - era comum entre muitosafiliado lampionsbetnossos ancestrais nômades. A monogamia começou a ganhar espaço à medidaafiliado lampionsbetque o homem foi se fixandoafiliado lampionsbetum só local. É possível até que essa preferência tenha se dado por motivos financeiros, já que as partilhas entre familiares eram mais fáceis.
A monogamia acabou virando a norma vigente depoisafiliado lampionsbetganhar popularidade entre os idealistas românticos do século 19. "A ideia da exclusividade sexual surgiu bem mais tardeafiliado lampionsbetnossa história", explica Hadar Aviram, professora da Faculdadeafiliado lampionsbetDireito da Universidade da Califórniaafiliado lampionsbetSan Francisco.
Até mesmo hojeafiliado lampionsbetdia, os relacionamentos monogâmicos são minoria no mundo. Estimativas sugerem que até 83% das sociedades do planeta permitam a poligamia.
'Mais desafiador'
Nas últimas décadas, sociólogos, especialistasafiliado lampionsbetDireito e uma parte da opinião pública demonstraram grande interesse pelo poliamor e têm avaliado melhor a própria natureza do romance.
Se há uma regra entre adeptos da prática é que não há regras. Algumas pessoas, como Franklin, moram com parte dos parceiros e mantêm namoros foraafiliado lampionsbetcasa. Outros adotam uma misturaafiliado lampionsbetrelacionamentosafiliado lampionsbetcurto e longo prazo. Há ainda os que vivemafiliado lampionsbetum grande grupo com seus companheiros e os companheirosafiliado lampionsbetseus companheiros, o chamado "poliamor familiar".
O que todos têmafiliado lampionsbetcomum é a franqueza, a compreensão, a confiança e a aceitaçãoafiliado lampionsbettodos os envolvidos.
"Nossos relacionamentos são muito mais desafiadores", afirma Eve Rickert, uma das parceirasafiliado lampionsbetFranklin e que, junto com ele, escreveu o livro More Than Two ("Maisafiliado lampionsbetdois",afiliado lampionsbettradução literal).
Mais comunicação e satisfação
No meio acadêmico, os primeiros estudos sobre esse modoafiliado lampionsbetvida demoraram décadas para surgir. Terri Conley, da Universidadeafiliado lampionsbetMichigan, tem uma pesquisa reveladora, concluindo que há vantagens claras na prática do poliamor.
Conley descobriu que os adeptos tendem a manter mais amizades e a ter um círculo social mais amplo. Eles também têm menos propensão a cortar totalmente o contato com o parceiro após o rompimentoafiliado lampionsbetuma relação. Casais monogâmicos, por outro lado, normalmente se retiram dos círculosafiliado lampionsbetamigos nos primeiros estágiosafiliado lampionsbetum relacionamento.
A pesquisa revelou ainda que poliamoristas se comunicam melhor e que o ciúme é bem menor do que nas relações a dois. Em outro estudo, ainda não publicado, Conley descobriu que o grauafiliado lampionsbetsatisfação pessoal é maiorafiliado lampionsbetenvolvimentos poli.
Não se provou que essas pessoas tenham mais riscoafiliado lampionsbetcontrair doenças sexualmente transmissíveis. Na realidade, um estudo online anônimo revelou que os indivíduos abertamente não-monogâmicos tendem a praticar o sexo seguro mais do que aqueles que "pulam a cerca" no namoro ou no casamento convencional.
Para Conley, casais monogâmicos têm muito a aprender com o modoafiliado lampionsbetvida poli, principalmente no que se refere à comunicação e à gestãoafiliado lampionsbetconflitos. "Colocamos muita ênfase no casamento, quando às vezes é preciso oxigenar a relação dando mais recursos às pessoas", explica.
Estigma social
Mas as experiências positivas retratadas nas pesquisas nem sempre se traduzemafiliado lampionsbetuma percepção positiva dos poliamoristas. Na realidade, muitos enfrentam estigmas. E um dos maiores deles é aafiliado lampionsbetque se trataafiliado lampionsbetindivíduos interessados apenasafiliado lampionsbetsexo.
Segundo Rickert, nos relacionamentos poliamorosos, as pessoas não querem apenas uma aventura, mas sim ter um compromisso emocional e amoroso com outros indivíduos - na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.
O problema desses julgamentos é que eles atingem não só os adultos, mas também seus filhos. Maria Pallotta-Chiarolli, da Universidade Deakin, na Austrália, fez uma sérieafiliado lampionsbetestudos com criançasafiliado lampionsbetfamílias poli e concluiu que a maioria delas está feliz.
"Elas se beneficiamafiliado lampionsbetter mais apoio e dedicação dos adultos que exercem um papel parental dentro daquela unidade familiar. São crianças mais inteligentes e abertas para entender a diversidade e as várias formasafiliado lampionsbetreligião e cultura", explica a cientista.
Mas nem tudo é sempre perfeito nas famílias poli. Elas enfrentam as mesmas dificuldades que qualquer outra família. Comoafiliado lampionsbetqualquer relacionamento, as separações podem ser duras, ainda mais se houver filhos.
E qualquer problema que possa surgir acaba sendo atribuído ao modoafiliado lampionsbetvida escolhido por aqueles indivíduos. "Por exemplo, se uma criança vai mal na escola, o mundo lá fora tende a culpar o relacionamento não convencional dos pais. Para evitar isso, muitas crianças tentam compensar com um comportamento exemplar", diz Pallotta-Chiarolli.
Via legal?
Muitos estigmas podem ser difíceisafiliado lampionsbetsuperarafiliado lampionsbetparte porque essas famílias não são amparadas legalmente. Mas, segundo Aviram, existe o desejo entre muitos adeptosafiliado lampionsbetque o casamento poliamorista um dia se torne legal.
Uma pesquisa realizada com 4 mil pessoas envolvidasafiliado lampionsbetrelaçõesafiliado lampionsbetpoliamor revelou que 76% gostariamafiliado lampionsbetformalizar suas uniões, enquanto outros 92% concordam que "casamentos consensuais entre múltiplos adultos" deveriam ter o mesmo status legal que as uniões entre duas pessoas.
Para Aviram, o principal desafio para os poliamoristas hoje é a faltaafiliado lampionsbetproteção legal, como leis que evitam a discriminação, por exemplo.
Quando olhamos para a natureza, descobrimos que a monogamia é rara entre os animais. Até entre aqueles que são monogâmicos é possível observar "cópulas fora do casal".
Nossos parentes mais próximos, os chimpanzés e os bonobos, vivemafiliado lampionsbetsociedades altamente promíscuas, o que sugere que nosso ancestral comum também o fazia.
Tudo isso aponta para o fatoafiliado lampionsbetque não há apenas uma única maneira para que o amor entre indivíduos se expresse. O que funciona para uma pessoa ou para uma sociedade pode não funcionar para outras.
Relacionamentos são ecléticos e diversificados. E, enquanto o reconhecimento legal do poliamor ainda pode estar longeafiliado lampionsbetacontecer, o amor,afiliado lampionsbettodas as suas formas, tem tudo para mudar.
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