A incrível história do japonês escondido na selva por 30 anos sem saber do fim da 2ª Guerra:roleta decisiva
Agora,roleta decisivaexperiência foi contadaroleta decisivaum filme épico,roleta decisivatrês horasroleta decisivaduração — Onoda: 10 Mil Noites na Selva. Dirigido por Arthur Harari, o filme foi aclamado pela crítica e é motivoroleta decisivapolêmica desderoleta decisivaestreia no Festivalroleta decisivaCinemaroleta decisivaCannes, na França,roleta decisiva2021. O filme entrouroleta decisivacartaz no Reino Unido e na Irlandaroleta decisiva15roleta decisivaabril, eroleta decisivaestreia no Brasil está prevista para agostoroleta decisiva2022.
E o fascínio com a históriaroleta decisivaOnoda foi mais longe. Em junho chega às lojas a versãoroleta decisivainglês do livro das Das Dämmern der Welt (lançado no Brasilroleta decisivaabril com o título O Crepúsculo do Mundo),roleta decisivaque o cineasta e autor alemão Werner Herzog conta a história. E há ainda um documentário da cineasta filipino-americana Mia Stewart, planejado para ser completado aindaroleta decisiva2022.
E agora que os temasroleta decisivaguerra, nacionalismo e fake news são mais relevantes do que nunca,roleta decisivahistória permanece tão envolvente e controversa como na época do reaparecimento do soldado, quase 50 anos atrás.
Onoda foi recrutado pelo Exército japonêsroleta decisiva1942 e selecionado para treinamentoroleta decisivacombateroleta decisivaguerrilha, na unidade da Escola Militar Nakanoroleta decisivaFutamata.
Na época, os combatentes japoneses seguiam um protocolo militar conhecido como Senjinkun, que os instruía a não se renderem nunca — ou seja, a morrerem lutando ou a cometerem suicídio.
Mas ao embarcar para Lubang, no finalroleta decisiva1944, Onoda recebeu instruções específicas para "não entregarroleta decisivavida voluntariamente, sob nenhuma circunstância".
"Você está terminantemente proibidoroleta decisivamorrer pelas próprias mãos", foi o que ouviu, segundo relatouroleta decisivasuas memórias, publicadasroleta decisiva1974, intitulado Sem Rendição: Minha Guerraroleta decisiva30 anos.
A missãoroleta decisivaOnoda era destruir a pistaroleta decisivapouso e um cais no portoroleta decisivaLubang, alémroleta decisivaeventuais aviões ou tripulações inimigas que tentassem desembarcar. Mas ele fracassou e, enquanto as forças inimigas assumiam o controle da ilha, ele e seus colegas se refugiaram na floresta.
A guerra acabou logoroleta decisivaseguida, mas Onoda e outros três recrutas que permaneciam ao seu lado deram como fake news o conteúdo dos folhetos lançados sobre Lubang para informar os militares isoladosroleta decisivaque o Japão tinha se rendidoroleta decisiva15roleta decisivaagostoroleta decisiva1945.
Eles continuaram escondidos na selva, entre cobras e formigas, alimentando-seroleta decisivacascasroleta decisivabanana, cocos e arroz roubado para sobreviver, convencidosroleta decisivaque o inimigo estava tentando matá-losroleta decisivafome.
Equipes japonesasroleta decisivabusca tentaram encontrá-los, mas Onoda acreditava que eram prisioneiros japoneses forçados a encontrá-los. Onoda também achava que fotos enviadas por parentes tinham sido retocadas — ele não tinha ideiaroleta decisivaqueroleta decisivacidade-natal havia sido bombardeada e reconstruída.
Ele acreditava que os jatos que ouvia sobrevoando a região durante a Guerra da Coreia (1950-1953) fossem uma contraofensiva japonesa — e que os jornais lançados sobre a ilha informando sobre o conflito fossem "propaganda ianque".
Onoda escreveu nas suas memórias que, até 1959, ele e seu companheiro Kinshichi Kozuka haviam "desenvolvido tantas ideias fixas que éramos incapazesroleta decisivaaceitar qualquer coisa que não se encaixasse nelas".
Kozuka acabou morto por tiros disparados pela polícia localroleta decisivaoutubroroleta decisiva1972, mas Onoda permaneceu sozinho na ilha por mais 18 meses, até que um encontro com um excêntrico explorador japonêsroleta decisivanome Norio Suzuki resultouroleta decisivaum acordo. Se Suzuki conseguisse trazer o comandanteroleta decisivaOnoda para Lubang com ordens diretas para que ele depusesse as armas, ele obedeceria.
A missãoroleta decisivaSuzuki foi um sucesso, e a guerraroleta decisivaOnoda chegou ao fimroleta decisiva9roleta decisivamarçoroleta decisiva1974.
Resistência e ilusão
O diretorroleta decisivaOnoda: 10 Mil Noites na Selva, o francês Arthur Harari, inicialmente queria fazer um filmeroleta decisiva"aventura", inspiradoroleta decisivaescritores como Joseph Conrad e Robert Louis Stevenson.
Depoisroleta decisivaconhecer a históriaroleta decisivaOnoda e ler o livro-reportagemroleta decisivaBernard Cendron e Gérard Chenu Onoda: Seul en Guerre dans la Jungle - 1944-1974 (Onoda: Sozinho na Guerra dentro da Selva - 1944-1974,roleta decisivatradução livre) — publicadoroleta decisiva2020, com informações colhidas a partirroleta decisivaentrevistas com Onoda,roleta decisivafamília, seu comandante (o major Taniguchi), Norio Suzuki e visitas dos autores a Lubang —, Harari percebeu que havia encontrado a fonte perfeita.
"Toda a história era fascinante", declarou Harari à BBC. "Não tem como não se impressionar com ela."
Os eventos mencionados no livroroleta decisivaCendron e Chenu (e que também são detalhados nas memóriasroleta decisivaOnoda) ganharam vida no filmeroleta decisivaHarari, com experiências pessoais mais íntimas — como a tensão do racionamentoroleta decisivaarroz no acampamento e os rituaisroleta decisivaAno Novo — intercaladas com cenasroleta decisivacombates e flashbacks da doutrinação do tenente na escola militar.
A ilharoleta decisivaLubang tem tanta importância no filme quanto Onoda (interpretado pelos atores Yuya Endo e Kanji Tsuda). Panorâmicasroleta decisivatirar o fôlego capturam o fluxoroleta decisivacórregos, selvas verdejantes e flores coloridas desabrochando; imagensroleta decisivapalmeiras no litoral arenoso são tão evocativas quanto os sonsroleta decisivavento, chuva e insetos.
Onoda: 10 Mil Noites na Selva é uma história cativanteroleta decisivaresiliência e desilusão. O filme ganhou o prêmio César (o mais importante do cinema francês)roleta decisivamelhor roteiro originalroleta decisivafevereiroroleta decisiva2022 e o prêmioroleta decisivamelhor filme da Associação Francesaroleta decisivaCríticos Cinematográficos.
Mas a ampla aclamação do filme não foi unânime. A revista britânica Sight & Sound mostrou-se especialmente crítica à retrataçãoroleta decisivaOnoda por Harari e à significativa omissãoroleta decisivapontosroleta decisivavista filipinos.
"Com o sentimento nacionalista novamenteroleta decisivacrescimento no Japão", escreveu o crítico James Lattimer pouco depois da estreia do filmeroleta decisivaCannes, "fazer um filme que essencialmente celebra alguém que pareceu assimilar totalmente suas ambições imperialistas é, no mínimo, ingênuo e, na pior das hipóteses, um insulto; o que está sendo dito aqui é que os filipinos que aparecem são pouco mais que bucharoleta decisivacanhão."
Há alegaçõesroleta decisivaque o pequeno gruporoleta decisivaOnoda teria cometido várias atrocidades nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. Estas ações foram flagrantemente omitidas nas memóriasroleta decisivaOnoda e relativamente reduzidas no filmeroleta decisivaHarari.
Há relatosroleta decisivaaté 30 assassinatosroleta decisivamoradores da ilharoleta decisivaLubang. A cineasta Mia Stewart disse à BBC que estes não foram "apenas causados por armasroleta decisivafogo", mas também "por espadas ou facasroleta decisivacozinha".
No documentário The Last Surrender ("A Última Rendição",roleta decisivatradução livre), dirigido por Jonathan Hackerroleta decisiva2001 para a BBC, um agricultor local chamado Fernando Poblete descreve a assustadora descoberta do cadáverroleta decisivaum vizinho: "o corpo foi encontradoroleta decisivaum lugar e a cabeça,roleta decisivaoutro".
Harari admite que esperava que seu filme causasse polêmica. Embora não defenda as açõesroleta decisivaOnoda, ele explica que a ideia era que o filme "ficasse ao lado dele como se fosse integrante do grupo", para que se entendesse a experiênciaroleta decisivaum soldado "totalmente aprisionado" no seu pontoroleta decisivavista. Harari traça um paralelo disso com as teorias da conspiração, o negacionismo e o fanatismo observados atualmente mundo afora e as ações perigosas que muitas vezes os acompanham.
Assumir este pontoroleta decisivavista não significa concordar com Onoda, segundo Harari, que aponta para a inclusãoroleta decisivacenasroleta decisivaque moradores locais são mortos a sangue frio como resultado das açõesroleta decisivaOnoda.
"Tentei mostrar que nada justifica a violência enfrentada pelos filipinos... [mas] é uma posição difícil e complicada para a encenação toda, já que tentei gerenciar os dois sentimentos", afirma.
Naoko Seriu, professoraroleta decisivaEstudos Estrangeiros da Universidaderoleta decisivaTóquio, no Japão, e autora do ensaio "O retorno do soldado Onoda e suas repercussões", elogia a inclusão das cenas, que contribuem para o que ela entende como uma interpretação não tão heroica do personagem.
"O filme mostra que Onoda era temido e odiado pelos habitantes (da ilha)", declarou ela à BBC, "[e embora] essas cenas não cheguem perto da crueldade dos fatos, elas podem pelo menos levar a questionamentos e convidar à reflexão."
Como enfatiza o filmeroleta decisivaHarari, Onoda ainda era muito jovem, tinha apenas 23 anos na época da rendição do seu país e provavelmente bastante doutrinado pelas ideologias perpetuadas pelo Japão durante a guerra.
"Esperava-se que os soldados morressem pela causa", escreveu Onodaroleta decisivasuas memórias (o que é confirmado pelo fatoroleta decisivao país ter treinado até cinco mil combatentes kamikaze na Segunda Guerra Mundial), e o soldado que abandonasse certos deveres ou não aderisse a normas tradicionaisroleta decisivacomportamento enfrentava consequências severas.
"Mesmo se a penaroleta decisivamorte não fosse levado a cabo, [um soldadoroleta decisivadesgraça] sofria o ostracismo completo dos demais, como se tivesse sido morto", segundo Onoda.
Para complicar ainda mais, as ordens secretas recebidas por Onoda para que sobrevivesse usando todos os meios necessários, protegendo o território até o retorno do Exército imperial, acabaram por isolá-lo dos seus companheiros. E teria pesado muito sobre ele o fatoroleta decisivajá ter fracassado emroleta decisivamissãoroleta decisivadestruir o cais e a pistaroleta decisivapousoroleta decisivaLubang.
"A ideologiaroleta decisivanão se render durante a guerra era poderosa", segundo Beatrice Trefalt, professoraroleta decisivaestudos japoneses da Universidade Monash, na Austrália, mas isso dificilmente explica a dedicação tão intensaroleta decisivaOnoda.
"É claro que houve muitos que se suicidaram ou se jogaramroleta decisivabatalhas sabendo que morreriam. Mas, se a ideologia dos temposroleta decisivaguerra era tão poderosa e todos eram fanáticos, por que deixaramroleta decisivaser fanáticosroleta decisiva1945? A resposta é que (a ideologia) não era (tão poderosa), e eles não eram (tão fanáticos),roleta decisivaforma que a rendição foi muito bem recebida pela maioria das pessoas", diz a professora.
Trefalt conclui que Onoda provavelmente era "uma pessoa intransigente" que se recusou a abandonar seus princípios.
"Esta recusa custou a vida não apenasroleta decisivadoisroleta decisivaseus amigos/companheiros, masroleta decisivamuitos civisroleta decisivaLubang. Por isso, quando se deparou com o fim, Onoda pode ter achado mais fácil convencer-seroleta decisivaque não sabia [que a guerra havia terminado],roleta decisivavezroleta decisivaenfrentar a destruição engendrada pela estupidez do seu próprio orgulho."
Onoda não foi o único soldado que teve dificuldaderoleta decisivaacreditar que a guerra havia terminado. Na verdade, vários grupos japoneses continuaram lutando por muito tempo depois da rendição do país.
Em 1951, por exemplo, 21 soldados foram cercados na ilharoleta decisivaAnatahan, nas Marianas do Norte. O soldado nipo-taiwanês Teruo Nakamura permaneceu na floresta por 29 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, na ilharoleta decisivaMorotai (hoje pertencente à Indonésia). E Shoichi Yokoi ficou escondido na selva da ilharoleta decisivaGuam até 1972, quando revelou que sabia que a guerra havia acabado há maisroleta decisiva20 anos — mas que estava com medoroleta decisivase entregar.
A principal diferença, segundo Naoko Seriu, da Universidaderoleta decisivaTóquio, é que muitos outros soldados japoneses remanescentes da guerra "encontraram formasroleta decisivaviver no país anteriormente ocupado" e chegaram até,roleta decisivaalguns casos, a formar família. Já Onoda "recusou-se a viverroleta decisivacolaboração com os habitantes [de Lubang]".
Recebido como herói?
Quando Onoda retornou ao Japão,roleta decisiva1974, ele foi saudado por uma multidãoroleta decisivacercaroleta decisivaoito mil pessoas — com transmissão ao vivo pela televisão pública japonesa, NHK.
Naquela época, o Japão vivia seu pior desempenho econômicoroleta decisivaduas décadas,roleta decisivameio a uma abertura a visões mais progressistas sobre a guerra — que incluíam a ideiaroleta decisivareparação pelos crimes.
Com o retornoroleta decisivaOnoda, voltaram à tona virtudes japonesas tradicionaisroleta decisivabravura, lealdade, orgulho e comprometimento, que haviam sido difundidos no tempo da guerra. Ele acabou servindo como um bom instrumentoroleta decisivapropaganda para a forte ala conservadora do país — ou, pelo menos, uma boa distração.
Segundo Beatrice Trefalt, da Universidade Monash, na Austrália, "ele se alinhou com a facção dos poderosos e desempenhou o papel que lhe daria os melhores benefícios".
"O dinheiro que ele ganhou com o frenesi da imprensa sempre seria maior que a mísera pensãoroleta decisivaveteranoroleta decisivaguerra."
Em seu livro, Japanese Army Stragglers and Memories of the War in Japan, 1950-1975 ("Soldados Retardatários do Exército Japonês e Memórias da Guerra no Japão, 1950-1975",roleta decisivatradução livre), Trefalt descreve polêmicas geradas pelo livroroleta decisivamemóriasroleta decisivaOnoda.
Em um dos incidentes, veteranosroleta decisivaguerra confrontaram Onodaroleta decisivaum evento públicoroleta decisivalançamento do livro, "questionando seu relatoroleta decisivavoz alta... e acusando-oroleta decisivainventar um monteroleta decisivamentiras", segundo ela.
Dois anos mais tarde, o ghostwriter do livroroleta decisivamemóriasroleta decisivaOnoda, Ikeda Shin, publicou seu próprio relato, intitulado Heróiroleta decisivaFantasia, dizendo serroleta decisivareponsabilidade vir a público para deixar claro que não acreditava que Onoda fora um herói, ou um soldado ou mesmo homem corajoso.
"Onoda foi saudado como herói", afirma Naoko Seriu, "mas, ao mesmo tempo, ele era considerado vítima e criticado como a materialização do militarismo". A recepçãoroleta decisivaOnoda, segundo ela, "nunca foi unânime".
Um 1975, um ano depoisroleta decisivaretornar ao Japão, Hiroo Onoda se mudou para o Mato Grosso do Sul, onde passou a criar gado. Em 1984 ele voltou ao Japão, mas sem romper os laços com o Brasil, que ele continuou visitando periodicamente.
'Robinson Crusoé'
Se a nova versão da históriaroleta decisivaOnoda por Harari (um filmeroleta decisiva"ficção", mas que é bastante fiel aos relatos factuais subjetivos) é ingenuamente romântica, ela não está sozinha.
A editora britânica Penguin Random House enfatiza este ponto naroleta decisivadescrição do lançamentoroleta decisivainglês do livroroleta decisivaWerner Herzog, parcialmente baseado nas conversasroleta decisivaHerzog com Onoda antes da morte do tenente,roleta decisiva2014.
"Parte documentário, parte poesia e parte sonho... uma espécieroleta decisivacontoroleta decisivaRobinson Crusoé dos tempos modernos", diz a descrição da editora. Evidentemente, os elementos fantásticos da sagaroleta decisivaOnoda são tão atraentes quanto suas controversas verdades.
Mia Stewart, que está terminando um documentário que oferece o pontoroleta decisivavista filipino dos acontecimentos, concorda. Na páginaroleta decisivacaptaçãoroleta decisivarecursosroleta decisivaSearch for Onoda ("Em buscaroleta decisivaOnoda",roleta decisivatradução livre), Stewart descreve comoroleta decisivaprópria mãe cresceuroleta decisivaLubang ouvindo as históriasroleta decisivaum "soldado lendário" que se escondia perto daroleta decisivaaldeia e machucaria quem se aproximasse.
"É fácil romantizar o soldado viajante do tempo que se recusa a se render, o espírito samurai, o sobrevivente", relata Stewart. "Eu [também] admirei Onoda quando ouvi sobre ele pela primeira vez."
Mas o trailer do filmeroleta decisivaStewart mostra uma importante verdade que talvez seja menosprezada pelos outros relatos da mesma história. Para Onoda, a guerra não terminouroleta decisiva1945 — mas tampouco para os filipinosroleta decisivaLubang. E a voz do povo filipino precisa ser ouvida, "para opor-se à imagemroleta decisivaOnoda como herói e chamar a atenção e fazer justiça para as vítimas e suas famílias", afirma ela.
Stewart incentiva a todos os que assistirem ao filmeroleta decisivaHarari ou lerem o livroroleta decisivaHerzog que procurem o seu documentário. E, para uma história tão complexa, envolvente e controversa como aroleta decisivaOnoda, uma conclusão simples talvez seja a mais lógica. Em toda história, há vários lados — e a verdade, por mais bizarra, fantástica ou terrível que seja, exige que todos estes lados sejam levadosroleta decisivaconsideração.
roleta decisiva Leia a íntegra desta reportagem (em inglês) roleta decisiva no site BBC Culture roleta decisiva .
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