O sentimento negativo que pode emergir da meditação mindfulness:pixbet review

Mulher meditando

Crédito, Getty Images

As pesquisas científicas, no entanto, pintam um quadro mais complexo dos efeitos da atenção plenapixbet reviewnosso comportamento, com evidências emergentespixbet reviewque, às vezes, pode aumentar as tendências egoístas das pessoas.

De acordo com um novo artigo, a meditaçãopixbet reviewatenção plena pode ser especialmente prejudicial quando magoamos outras pessoas. Ao reprimir nossos sentimentospixbet reviewculpa, ao que parece, a técnica nos desencoraja a reparar nossos erros.

"Cultivar a atenção plena pode distrair as pessoaspixbet reviewsuas próprias transgressões e obrigações interpessoais, ocasionalmente relaxando a bússola moral", diz Andrew Hafenbrack, professor assistentepixbet reviewadministração e organização da Universidadepixbet reviewWashington, nos EUA, que liderou o novo estudo.

Tais efeitos não devem nos desencorajarpixbet reviewmeditar, enfatiza Hafenbrack, mas podem mudar quando e como escolhemos fazer isso. "Embora alguns vejam como uma panaceia, a meditação mindfulness é uma prática específica com efeitos psicológicos específicos", diz ele.

E precisamos ser um pouco mais... atentos a esses efeitos.

Calmo e insensível?

Há muitas formaspixbet reviewatenção plena, mas as técnicas mais comuns envolvem focar na respiração ou prestar bastante atenção às sensações do corpo.

Há boas evidênciaspixbet reviewque estas práticas podem ajudar as pessoas a lidar melhor com o estresse, mas alguns estudos nos últimos anos mostraram que também podem ter alguns efeitos inesperados e indesejados.

No ano passado, por exemplo, pesquisadores da Universidade Estadualpixbet reviewNova York sugeriram que a atenção plena pode exagerar as tendências egoístas das pessoas.

Se uma pessoa já é individualista, vai se tornar ainda menos propensa a ajudar os outros após a meditação.

O novo estudopixbet reviewHafenbrack analisou se nosso estadopixbet reviewespírito no momento da meditação e nosso contexto social podem influenciar seus efeitospixbet reviewnosso comportamento.

Em geral, a prática mindfulness parece acalmar sentimentos desconfortáveis, diz ele, o que é incrivelmente útil se você se sentir sobrecarregado pela pressão no trabalho.

Mas muitas emoções negativas podem servir a um propósito útil, principalmente quando se tratapixbet reviewtomadapixbet reviewdecisão moral. A culpa, por exemplo, pode nos motivar a pedir desculpas quando magoamos outra pessoa ou a tomar medidas reparadoras que possam desfazer parte do dano que causamos.

Se a meditação mindfulness nos leva a ignorar essa emoção, ela poderia, portanto, nos impedirpixbet reviewcorrigir nossos erros, suspeitava Hafenbrack.

Homem meditando

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Legenda da foto, Embora a 'meditação mindfulness' possa ser apresentada como uma solução rápida, é importante observar as nuances, dizem especialistas

Para descobrir isso, ele desenvolveu uma sériepixbet reviewoito experimentos, envolvendo uma amostra totalpixbet review1,4 mil pessoas, usando uma variedadepixbet reviewmétodos.

Em um deles, os participantes foram solicitados a lembrar e escrever sobre uma situação que os fez se sentirem culpados.

Metade foi então orientada a praticar um exercíciopixbet reviewatenção plena que direcionava seu foco para a respiração, enquanto os outros foram instruídos a permitir que suas mentes vagassem livremente.

Em seguida, os participantes responderam a um questionário que media seus sentimentospixbet reviewculpa.

Eles também tiveram que imaginar que haviam recebido US$ 100. A tarefa deles era estimar quanto estariam dispostos a doar para a pessoa que haviam ofendido, como um presente surpresapixbet reviewaniversário.

Como Hafenbrack suspeitava, os participantes que haviam praticado a meditação mindfulness reportaram menos remorso — e foram substancialmente menos generosos com a pessoa que ofenderam.

Em média, eles estavam dispostos a doar apenas US$ 33,39, enquanto aqueles que simplesmente deixaram suas mentes vagarem se mostraram dispostos a doar US$ 40,70 — uma diferençapixbet reviewquase 20%.

Em outro experimento, Hafenbrack dividiu os participantespixbet reviewtrês grupos.

Alguns praticaram a respiração consciente, enquanto outros foram instruídos a deixar suas mentes vagarem e um terceiro grupo navegou na web.

Os participantes foram então solicitados a escrever uma cartapixbet reviewdesculpas a alguém que haviam ofendido, que dois juízes independentes avaliaram depois,pixbet reviewacordo com 1) se o indivíduo assumiu a responsabilidade por seus atos e 2) se ofereceu para compensar o erro. (Um pedidopixbet reviewdesculpas sinceropixbet reviewalta qualidade incluiria ambos os elementos.)

Em conformidade com a hipótesepixbet reviewHafenbrack, as pessoas que praticaram a atenção plena apresentaram desculpas menos sinceras do que aquelaspixbet reviewqualquer um dos grupospixbet reviewcontrole.

Dois homens se abraçando

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Legenda da foto, Desculpas sinceras são importantes, mas pesquisas sugerem que a atenção plena pode nos tornar menos propensos a reconhecer nossos erros

Isso sugeriu novamente que a prática havia silenciado seus sentimentospixbet reviewculpa e, como resultado,pixbet reviewdisposiçãopixbet reviewfazer as pazes. Os experimentos restantes indicam que isso é verdadepixbet reviewvárias situações diferentes, incluindo tomadaspixbet reviewdecisõespixbet reviewnegócios que podem afetar a justiça social.

Os participantespixbet reviewum experimento, por exemplo, tiveram que imaginar que eram CEOspixbet reviewuma empresa química que lidava com materiais perigosos. Em seguida, foram convidados a declarar seu apoio a uma nova política ambiental que ajudaria a reduzir a poluição do ar.

Os participantes que haviam acabadopixbet reviewpraticar a meditação mindfulness se mostraram muito menos propensos a apoiar a medida reparadora.

A pílulapixbet reviewBuda

É importante reconhecer que esses estudos analisaram os efeitos dos exercíciospixbet reviewatenção plenapixbet reviewcontextos muito específicos, quando a culpa estava proeminente na mente dos participantes.

"Não devemos generalizar demais e concluir que a meditação mindfulness fazpixbet reviewvocê uma pessoa pior", diz Hafenbrack. Os resultados do estudo podem, no entanto, nos encorajar a ser um pouco mais cuidadosos quando aplicamos a prática.

Devemos pensar duas vezes antespixbet reviewusá-la após um desentendimento com um amigo ou colega, por exemplo, principalmente se você já sabe que estava errado.

"Se reduzirmos 'artificialmente' nossa culpa meditando sobre ela, podemos acabar com relacionamentos piores, ou até menos relacionamentos", adverte.

Miguel Farias, professor associadopixbet reviewpsicologia experimental da Universidadepixbet reviewCoventry, no Reino Unido, diz que qualquer estudo que detalhe cuidadosa e precisamente os efeitos da atenção plena é bem-vindo.

"Eu, sem dúvida, acho que precisamos começar a olhar para as nuances."

No livro The Buddha Pill ("A Pílulapixbet reviewBuda",pixbet reviewtradução literal), escritopixbet reviewparceria com Catherine Wikholm, ele descreve como as intervençõespixbet reviewatenção plena no Ocidente são frequentemente apresentadas como uma "solução rápida", ignorando grande parte da orientação ética que fazia parte da tradição religiosa original — o que pode ser importante para garantir que a prática produza as mudanças desejadas no comportamento das pessoas.

Em parceria com Ute Kreplin, da Universidade Massey, na Nova Zelândia, Farias analisou recentemente os estudos disponíveis sobre as consequências da meditação para o altruísmo e a compaixão, mas encontrou evidências limitadaspixbet reviewmudanças positivas significativas entre os indivíduos.

"Os efeitos são muito mais fracos do que havia sido proposto."

Assim como Hafenbrack, ele suspeita que a prática ainda pode ser útil — mas se você vê os benefícios desejados pode dependerpixbet reviewvários fatores, incluindo a personalidade, motivação e crençaspixbet reviewquem medita, diz ele.

"O contexto é muito importante."

'Meditação da bondade amorosa'

Pelo menos, a pesquisapixbet reviewHafenbrack sugere que meditadores casuais podem recorrer a outras técnicas contemplativas, além da respiração consciente e do escaneamento corporal,pixbet reviewmomentospixbet reviewconflito interpessoal.

Ele analisou uma técnica conhecida como 'meditação da bondade amorosa', por exemplo, que é inspirada na prática budistapixbet reviewMetta Bhavana.

A prática envolve contemplar as pessoas empixbet reviewvida —pixbet reviewamigos e familiares a conhecidos e estranhos — e cultivar bons desejos e sentimentospixbet reviewcarinho por eles.

Em seu estudo sobre a culpa, Hafenbrack descobriu que — diferentemente da respiração consciente — a meditação da bondade amorosa aumentava a intenção das pessoaspixbet reviewreparar seus erros.

"Pode ajudar as pessoas a se sentirem menos mal e a focarem no momento presente, sem correr o riscopixbet reviewreduzir a disposiçãopixbet reviewreparar relacionamentos", diz ele.

Os seres humanos são seres complexos com muitas necessidades diferentes; é justo que a gente use várias técnicas para moldar nossas emoções e nosso comportamento.

Às vezes, isso envolve olhar para dentro, para fundamentar nosso pensamentopixbet reviewnossos corpos, e outras vezes precisamos olhar para fora e nos lembrarpixbet reviewnossas conexões essenciais com as pessoas ao nosso redor.

Não há outra maneirapixbet reviewassumir a responsabilidade por nossos comportamentos e garantir que nossos relacionamentos continuem a florescer.

pixbet review Leia a íntegra desta reportagem pixbet review (em inglês) no site BBC Worklife pixbet review .

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