Ciência explica por que é tão difícil dizer não:como apostar nos times de futebol

Homem fazendo pesquisa na rua

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Legenda da foto, Muitas vezes, as pessoas só nos atendem porque acham muito embaraçoso dizer 'não', mesmo quando se sentem desconfortáveis com os nossos pedidos.

À primeira vista, seus resultados pareciam fornecer uma visão otimista e agradável da natureza humana. "Começou como algo positivo - não é ótimo que as pessoas sejam mais propensas a ajudar você do que pensamos?", relata ela.

Mas, desde então, Bohns acabou percebendo que seus resultados refletem uma tendência mais amplacomo apostar nos times de futebolsubestimar a influência que as nossas palavras têm sobre os demais, seja pedindo que elas realizem boas ou más ações. Muitas vezes, as pessoas só nos atendem porque acham muito embaraçoso dizer 'não', mesmo quando se sentem desconfortáveis com os nossos pedidos.

Essa compreensão pode ajudar a entender como os nossos pedidos poderão afetar os demais - particularmente no ambientecomo apostar nos times de futeboltrabalho - e ajustá-los adequadamente, para respeitar os limitescomo apostar nos times de futebolcada pessoa.

Testando nossa disposiçãocomo apostar nos times de futebolajudar

O trabalhocomo apostar nos times de futebolBohns - que ela agora transformoucomo apostar nos times de futebolum novo livro, intitulado Você tem mais influência do que pensa (em tradução livre do inglês) - baseia-se na pesquisacomo apostar nos times de futebolEllen Langer na Universidadecomo apostar nos times de futebolHarvard, nos Estados Unidos, na décadacomo apostar nos times de futebol1970.

Naquele estudo, os participantes tentaram "furar" a fila da fotocopiadora da biblioteca da universidade. Comoécomo apostar nos times de futebolse esperar, um grande númerocomo apostar nos times de futebolpessoas concordoucomo apostar nos times de futebolter a fila furada se a pessoa que fez o pedido tivesse uma boa desculpa. 94% das pessoas permitiram que o participante passasse à frente se ele dissesse que estava "com pressa" - contra 60% quando a pessoa não forneceu o motivo do seu pedido.

Mas, surpreendentemente, quase o mesmo percentualcomo apostar nos times de futebolpessoas - 93% - permitiu que o participante passasse à frente se ele dissesse que "precisava fazer algumas cópias", o que, na verdade, não é desculpa nenhuma. O experimento sugeriu que as pessoas não prestam atenção aos detalhes do que os outros dizem e, por isso, podem ser influenciadas por explicações superficiais.

"Desde que se siga um roteiro geral, nós não necessariamente processamos se tudo faz sentido. Nós apenas deixamos acontecer", afirma Bohns, que agora é professoracomo apostar nos times de futebolcomportamento organizacional na Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

A pesquisacomo apostar nos times de futebolBohns sobre a influência e a complacência começou no final dos anos 2000.

O primeiro experimento tentou reproduzircomo apostar nos times de futebolprópria experiência na estação ferroviária. Os participantes precisavam abordar estranhos no campus da universidade e pedir a eles que respondessem a uma pesquisa. Tudo o que eles podiam dizer era: "Você pode preencher um questionário?" Para obter 5 respostas, a maioria das pessoas estimava que precisaria pedir a pelo menos 20 pessoas. Na prática, esse número foicomo apostar nos times de futebolcercacomo apostar nos times de futebol10.

Em outro experimento, os participantes saíam do laboratório para pedir a um estranho que andasse com eles até uma academiacomo apostar nos times de futebolginástica nas proximidades, explicando que eles não conseguiam encontrá-la. Em média, os participantes imaginavam que precisariam abordar cercacomo apostar nos times de futebol7 pessoas até que alguém concordassecomo apostar nos times de futebolservircomo apostar nos times de futebolacompanhante.

Colegascomo apostar nos times de futeboltrabalho ao ladocomo apostar nos times de futeboluma fotocopiadora

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Legenda da foto, A pesquisacomo apostar nos times de futebolVanessa Bohns concluiu que a grande maioria das pessoas permite que outros “furem a fila” da copiadora, mesmo que não tenham uma boa desculpa

Mas, quando os participantes realizaram a tarefa, eles descobriram que cercacomo apostar nos times de futeboluma a cada duas pessoas se ofereceram para sair do seu trajeto para ajudar. "Eles pareciam assustados e, às vezes, tinham um poucocomo apostar nos times de futebolraiva porque precisavam fazer isso", relembra Bohns. "E retornavam muito antes do esperado para o laboratório."

Para examinar esse fenômenocomo apostar nos times de futebolum ambiente natural, entre um grupo mais diversocomo apostar nos times de futebolparticipantes que os estudantes universitários, Bohns pediu às pessoas que arrecadassem dinheiro para a Sociedadecomo apostar nos times de futebolLeucemia e Linfoma dos Estados Unidos. Em média, os voluntários previram que precisariam abordar cercacomo apostar nos times de futebol210 pessoas para cumprir com a metacomo apostar nos times de futebolarrecadaçãocomo apostar nos times de futebolUS$ 2.100 a US$ 5 mil (R$ 11,7 mil a R$ 28 mil). Na verdade, eles conseguiram fazer contato com apenas 122 pessoas para atingir seu objetivo.

Como evitar constrangimentos

É fácil compreender por que Bohns e seus colegas ficaram tão animados com esses resultados iniciais. Conhecer a disposição das pessoas para ajudar poderá nos dar mais confiança para administrar projetos profissionais, por exemplo.

Mas, após alguns anoscomo apostar nos times de futebolpesquisa, ela decidiu examinar se podemos também usar nossa influênciacomo apostar nos times de futebolforma antiética, sem perceber a facilidade com que outras pessoas seriam influenciadas pelos nossos pedidos, ou como elas se sentiriam desconfortáveis para dizer 'não'.

Em um experimento, ela forneceu aos participantes livros falsos da biblioteca e pediu que eles abordassem estranhos com o seguinte pedido: "Olá, estou tentando pregar uma peçacomo apostar nos times de futebolalguém, mas ele conhece a minha letra. Você poderia rapidamente escrever 'veja isso' nesta página deste livro da biblioteca?"

Bohns suspeitava que muito poucas pessoas concordariam e os participantes compartilhavam do mesmo ceticismo. Mas, como ocorreu com o questionário, essas previsões estavam erradas. Apesarcomo apostar nos times de futebollevantarem algumas objeções, mais da metade das pessoas abordadas pelos participantes concordoucomo apostar nos times de futebolcometer o pequeno atocomo apostar nos times de futebolvandalismo.

Esse não foi um incidente isolado. Outro dos estudoscomo apostar nos times de futebolBohns concluiu que as pessoas estavam dispostas a falsificar documentos acadêmicos por simples solicitaçãocomo apostar nos times de futebolum estranho.

E ela encontrou padrões similares utilizando uma plataforma online, na qual os participantes precisaram examinar suas reaçõescomo apostar nos times de futeboldiversos cenários. Os participantes relataram que se sentiriam mais confortáveis para cometer um ato antiético se alguém pedisse que eles o fizessem. Mas eles frequentemente subestimaram o quanto suas palavras poderiam influenciar as decisões das outras pessoas.

Por que isso acontece?

Bohns suspeita que as pessoas muitas vezes atendem aos nossos pedidos por medocomo apostar nos times de futebolcriar conflito. Para ela, "somos uma espécie social e não queremos fazer coisas que possam causar prejuízos aos nossos relacionamentos".

Particularmente, podemos recear que, dizendo 'não', estamos sugerindocomo apostar nos times de futebolalguma forma que a outra pessoa é egoísta ou imoral, fazendo com que ela se sinta humilhada - um fenômeno conhecido como "ansiedade da insinuação".

"Realmente, seria embaraçoso para ambos", segundo Bohns. "Por isso, podemos sugerir que não nos sentimos confortáveis com alguma coisa, mas é muito mais difícil chegar e dizer 'não, não vou fazer isso'."

Esta é a realidade. Quando nos perguntam como prevemos que alguém reagirá a um pedido, nós desconsideramos o seu medo do constrangimento e subentendemos que a outra pessoa seria mais corajosa do que realmente é - o que nos leva a subestimar nosso poder potencialcomo apostar nos times de futebolpersuasão dos demais para que ajam contra acomo apostar nos times de futebolprópria natureza.

Deixar espaço para a recusa

Bohns acredita que a nossa tendênciacomo apostar nos times de futebolsubestimar a nossa influência é muito importante no ambientecomo apostar nos times de futeboltrabalho. Se você pedir a um colega que lhe faça um favorcomo apostar nos times de futebolprejuízo dacomo apostar nos times de futebolatenção ao seu próprio trabalho, por exemplo, você pode imaginar que ele pode simplesmente recusar, mas o medo que ele temcomo apostar nos times de futebolcriar constrangimentos poderá fazer com que ele aceite.

Homens conversando

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Legenda da foto, Nossa tendênciacomo apostar nos times de futebolsubestimar nossa influência é muito importante no ambientecomo apostar nos times de futeboltrabalho – e podemos convencer os colegas a fazer coisas como reduzircomo apostar nos times de futebolatenção ao próprio trabalho

É preciso enfatizar que estes são padrões gerais. As diferenças individuais da influência das pessoas ecomo apostar nos times de futebolpercepção desse poder naturalmente dependerãocomo apostar nos times de futebolmuitos fatores e do contexto específico da situação.

Nos estudoscomo apostar nos times de futebolBohns, os participantes quase sempre tinham a mesma posição social. Mas, claramente, a dinâmicacomo apostar nos times de futebolpoder desempenha um papel importante. Por definição, pessoascomo apostar nos times de futebolposição superior deverão ter mais influência sobre as pessoascomo apostar nos times de futebolposição inferior dentrocomo apostar nos times de futeboluma hierarquia.

É importante notar que a pesquisacomo apostar nos times de futebolBohns sugere que essas pessoas podem não compreender como alguém pode se sentir desconfortável para responder 'não' aos seus pedidos. Por isso, elas podem acabar pedindo demais aos seus colegas mais jovens, mesmo sem intençãocomo apostar nos times de futebolabusar dacomo apostar nos times de futebolposição.

Bohns acredita que,como apostar nos times de futebolmuitas situações, devemos criar oportunidades reais para que as pessoas discordem. Isso pode significar a mudança do meio empregado para fazer nossos pedidos. As pessoas são mais propensas a responder positivamente àcomo apostar nos times de futebolsolicitação se você pedir pessoalmente ou por telefone, enquanto elas poderão se sentir mais confortáveis para negar o seu pedido por email.

É claro que você ainda pode decidir que gostariacomo apostar nos times de futebolfazer o pedido pessoalmente - o que talvez seja mais educado ou permita que você explique o seu caso com mais detalhes -, mas você poderia pelo menos dar à pessoa o tempocomo apostar nos times de futebolrefletir e responder mais tarde. "Você pode dar à pessoa um pouco maiscomo apostar nos times de futebolespaço para ordenar seus pensamentos", afirma ela.

Ian MacRae, psicólogo do trabalho e autor do recente livro O sombrio social: o lado mais sombrio do trabalho, da personalidade e das redes sociais (em tradução livre do inglês), afirma que está muito interessado nas pesquisascomo apostar nos times de futebolBohns.

Ele concorda que dar espaço para a discordância é fundamental. Para ele, os chefes deverão ter muita cautela para fazer um pedidocomo apostar nos times de futebolpúblico, pois isso dificultará ainda mais para o funcionário dizer 'não'. "Isso gerará acúmulocomo apostar nos times de futebolressentimentos e terá consequências negativas mais tarde."

E, se você for o funcionário que precisar recusar um pedido, MacRae sugere que você poderá reduzir o desconforto agradecendo ao colega pela oportunidade e fornecendo uma razão construtiva para acomo apostar nos times de futebolrecusa.

Imagine que o seu chefe tenha surpreendido você com uma tarefa urgente, quase impossívelcomo apostar nos times de futebolser realizada, que causará enorme nívelcomo apostar nos times de futebolestresse. "Você poderá dizer que está muito satisfeito por acreditarem que você é capazcomo apostar nos times de futebolrealizar a tarefa e que, no futuro, você ficará felizcomo apostar nos times de futebolfazê-la, mas que você precisaria ser avisado com 'X' diascomo apostar nos times de futebolantecedência ou ter recursos adicionais para cumpri-la com eficiência", aconselha MacRae.

"Dessa forma, não será uma rejeição, mas sim uma conversa sobre como a tarefa pode ser realizada", segundo ele.

Bohns espera conscientizar mais pessoas sobre as formascomo apostar nos times de futebolque as nossas palavras afetam os demais - e nossa tendênciacomo apostar nos times de futebolsubestimar a dificuldadecomo apostar nos times de futebolrecusa - para que respeitemos com mais facilidade os limites dos demais.

"Se quisermos concordância real, devemos sempre pensar nas formascomo apostar nos times de futebolque podemos facilitar para que as outras pessoas digam 'não'."

A nossa influência muitas vezes pode ser invisível para nós, mas, com um poucocomo apostar nos times de futeboltreino, todos poderemos exercer esse poder com mais compaixão e responsabilidade.

*David Robson é escritorcomo apostar nos times de futebolciências residentecomo apostar nos times de futebolLondres. O seu próximo livro, O efeito da expectativa: como o seu pensamento pode transformar acomo apostar nos times de futebolvida (em tradução livre do inglês) será publicado pela editora britânica Canongate/Henry-Holt no iníciocomo apostar nos times de futebol2022. Sua conta no Twitter é @d_a_robson.

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