Como a pandemiabet betboocovid-19 mudou a psicologia dos encontros amorosos:bet betboo
"Estávamos trocando mensagens há alguns meses, e ele foi muito legal", conta Emily, que não quis ter seu nome completo publicado.
Mas quando eles finalmente se encontraram...
"Me senti extremamente hesitante."
"No meu subconsciente, eu ainda não tinha certeza se estava pronta para namorar novamente. Mais tarde naquele dia, enviei uma mensagembet betbootexto para ele explicando como me sentia, e ele respondeu dizendo que havia percebido isso pela minha linguagem corporal", relembra.
Emily não é a única que considera tenso sair com alguémbet betboomeio à pandemiabet betboocovid-19. Na verdade, seu comportamento estábet betbooacordo com um estudobet betboo2017, no qual um grupobet betboopsicólogos da Universidade McGillbet betbooMontreal, no Canadá, analisou se o comportamento das pessoas no que se refere a relacionamentos amorosos mudaria se elas estivessem preocupadas com o riscobet betboodoenças infecciosas.
Será que evitariam buscar um relacionamento se estivessem inconscientemente cientes do potencial risco à saúde, ou o desejo humano naturalbet betbooencontrar um parceiro prevaleceria?
Os pesquisadores não faziam ideiabet betbooque a covid-19 estava prestes a chegar. Agora, o trabalho deles, combinado com outros estudos psicológicos conduzidos durante a pandemia, oferece uma visão fascinante e altamente relevantebet betboocomo a crisebet betboosaúde parece estar afetando nosso comportamento no campo dos relacionamentos amorosos.
E indica maneiras pelas quais podemos ter encontros mais eficientes no futuro, assim como criar laçosbet betboorelacionamento mais profundos e fortes.
O experimento da McGill indica que a hesitaçãobet betbooEmily pode ser atribuída a um elementobet betboonossa psique conhecido como "sistema imunológico comportamental".
Os patógenos sempre representaram uma ameaça à nossa sobrevivência ao longo da história humana. Assim, os psicólogos evolucionistas acreditam que os seres humanos desenvolveram um conjuntobet betboorespostas subconscientes que se manifestam quando estamos particularmente preocupados com a presençabet betboouma doença infecciosa.
Essas respostas nos levam a adotar padrõesbet betboocomportamento que reduzem a probabilidadebet betbooinfecção, como ser menos abertos e reduzir o contato visualbet betboosituações sociais.
A equipe da Universidade McGill analisou como isso funcionava no contexto dos encontros amorosos. Eles pegaram centenasbet betboohomens e mulheres heterossexuais solteiros, com idades entre 18 e 35 anos, e pediram que completassem um teste psicométrico conhecido como Vulnerabilidade Percebida à Doença.
Sensaçãobet betboovulnerabiliade
O teste consistebet betbooum questionáriobet betboo15 itens,bet betbooque os participantes devem classificar com númerosbet betboo1 (discordo totalmente) a 7 (concordo totalmente) seus sentimentosbet betboorelação a questões como: 'Fico muito incomodado quando as pessoas espirram sem cobrir a boca' ou 'Meu sistema imunológico me protege da maioria das doenças que outras pessoas pegam'.
Cada um dos participantes assistiubet betbooseguida a um vídeo sobre higiene e abundânciabet betboobactérias no mundo cotidiano. O objetivo era preparar seu sistema imunológico comportamental antesbet betboosaírem para um encontro à noite com um representante do sexo oposto.
Curiosamente, os pesquisadores descobriram que aqueles que indicaram que se sentiam mais vulneráveis a doenças apresentaram níveis muito mais baixosbet betboointeressebet betbooseus pretendentes — mesmo quando eram altamente atraentes. O medo da doença os deixava menos interessados em namorar.
Como no casobet betbooEmily, seus pretendentes perceberam o comportamento contido deles no estudo, uma descoberta que impressionou John Lydon, um dos autores do estudo, como "especialmente notável".
"Em apenas alguns minutos, as pessoas notaram que seu par tinha uma alta vulnerabilidade percebida à doença, embora evidentemente não soubessem disso, eram mais retraídos e menos amigáveis", diz ele.
É claro que, mesmo que você fosse capazbet betbooignorar as mensagensbet betboosobrevivência do seu subconsciente, o simples atobet betbooencontrar um parceirobet betboopotencial não tem sido fácil na pandemia. Os lockdowns nacionais acabaram restringindo as liberdades individuaisbet betboomaneira sem precedentes por meses a fio, tornando quase impossível sair e namorar.
Mas, à medida que o trabalho migrou para o ambiente digital, os romances também. Ben, um atuáriobet betboo27 anos que morabet betbooBristol, no Reino Unido, era inicialmente cético à ideiabet betbooencontros virtuais por vídeo. Mas com poucas alternativas no iníciobet betbooabril, ele logo começou a abraçar essa nova tendência — e não demorou muito até mesmo para ver algumas vantagens nela.
"Um dos principais problemas com aplicativosbet betboorelacionamento é que você não tem ideiabet betboocomo a outra pessoa realmente é antesbet betbooconhecê-la", diz Ben, que pediu para não revelar seu nome completo, caso futuras pretendentes encontrem esta reportagem.
"Não há nada mais estranho do que encontrar alguémbet betbooum bar e descobrir nos primeiros cinco minutos que vocês não têm química. Nos encontros por vídeo, é um pouco mais relax. Você pode bater um papo e beber embet betbooprópria casa, e se você não estiver a fim, não sente que perdeu a noite. "
A cientista comportamental Logan Ury, que atualmente trabalha como diretorabet betboociência do relacionamento no aplicativobet betbooencontros Hinge, também percebeu uma mudança na forma como as pessoas estão abordando os relacionamentos online. Antes da pandemia, era comum usarem o aplicativo para pular continuamentebet betboopessoa para pessoa.
Mas, à medida que as restrições sociais surgiram, as pessoas começaram a passar mais tempo se conhecendo no mundo virtual antesbet betboose encontrarem. Isso significa que, quando finalmente conseguem se conhecer pessoalmente, o encontro passa a ter mais importância na cabeça deles.
"A pandemia significa que cada encontro se torna mais precioso", afirma Ury.
"Eu vi pessoas começarem relacionamentos pela primeira vezbet betboomuito tempo, porque tinham menos distrações, e a pessoa com quem estavam saindo se tornou mais valiosa para elas."
"Essas pessoas pararam com o hábitobet betboosempre passar para o próximo, achando que a grama do vizinho é sempre mais verde, e essa mudança provavelmente não teria acontecido sem a pandemia."
Ela acredita que as pessoas também se tornaram mais honestas consigo mesmas e com os outros quanto ao que procuram, devido aos momentosbet betboointrospecção pelos quais muitos passaram durante o lockdown.
"Como as pessoas passaram muito tempo sozinhas, pensando quando será o próximo picobet betboocovid, quando será o próximo lockdown, muitas passaram a querer se relacionarbet betbooforma mais intencional."
"E essa intencionalidade pode aparecerbet betboovárias maneiras. Por exemplo, sendo mais honesto com você e com os outros sobre o que você quer, valorizando cada encontro e se preparando mentalmentebet betboofato para isso, e não praticando ghosting se você não estiver interessado. Em geral, eu acho que essas coisas são muito boas para a comunidade dos aplicativosbet betboorelacionamento."
Mas as pessoas que já estão comprometidas tampouco estão imunes ao impacto amoroso da pandemia. Na Universidade Amherstbet betbooMassachusetts, nos EUA, a psicóloga social Paula Pietromonaco tem analisado o que faz alguns casais ficarem ainda mais unidos, apesar do estresse da crisebet betboosaúde, enquanto outros se separam.
Comportamento duradouro
Embora os fatores socioeconômicos tenham um papel importante — os casais mais afetados financeiramente pela pandemia são mais propensos a se separar —, Pietromonaco diz que depende muitobet betboocomo os casais abordam os problemas que surgembet betbooseu caminho.
"Se eles se veem como um time, responsabilizando a própria pandemia pelo estresse,bet betboovezbet betbooalgo no seu parceiro, é mais provável que saiam mais fortes dessa situação", diz ela.
Como a pandemia mudou tanto a vidabet betbootodos, ela prevê que as perspectivasbet betboolongo prazobet betboomuitos casais serão influenciadas pelos padrõesbet betboocomportamento estabelecidos durante esse período.
"É provável que os comportamentos continuem após a pandemia", afirma.
"Os casais podem acabar melhorando a comunicação, apoiando mais um ao outro depois que isso acabar. Mas se eles entrarembet betboopadrõesbet betbooconflito, isso também pode virar uma espiral. Para alguns, pode ser a chacoalhada que faltava para ajudá-los a mudar seu comportamento para melhor, enquanto para outros pode ser a gota d'água. "
Para quem está solteiro, a pandemia pode ter trazido mudanças que vieram para ficar, mesmo quando a vida voltar ao normal.
"Acho que as videochamadas vieram para ficar como um meiobet betboopré-selecionar as pessoas que você conhece nos aplicativos", diz Ben.
"Uma vez que o primeiro lockdown terminou, eu continuei preferindo conhecer primeiro as pessoas no mundo virtual antesbet betboosairmos para beber. Acho que é definitivamente uma tendência positiva. Com isso, tenho saído mesmo, mas quando vou a algum encontro, tende a ser muito mais provável que transcorra bem."
bet betboo Leia a versão original bet betboo desta reportagem (em inglês) no site Work Life bet betboo .
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