A ascensão dos bares onde não se vende bebida alcoólica:spaceman realsbet

Mulherspaceman realsbetbar

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Legenda da foto, Um bar sem álcool é quase um paradoxo - mas esse tipospaceman realsbetestabelecimento está ganhando popularidade

Um bar sem bebida alcoólica soa como um paradoxo, como um aquário sem peixe ou uma padaria que não vende pão.

Masspaceman realsbetcidades como Nova York e Londres, onde os bares costumam funcionar como uma segunda salaspaceman realsbetestar para quem moraspaceman realsbetapartamentos com pouco espaço, uma opçãospaceman realsbetvida noturna sem álcool pode atrair uma clientela que, por algum motivo, prefere não beber.

Sam Thonis, coproprietário do bar junto a Regina Dellea, teve a ideiaspaceman realsbetabrir o Getaway há três anos, quando ele e o irmão, que não bebem, estavam tentando encontrar um lugar para sair à noite.

"Não havia muitas opçõesspaceman realsbetvida noturnaspaceman realsbetNova York que não girassemspaceman realsbettorno do álcool ou não estivessem tentando te forçar (a beber)spaceman realsbetalguma forma", diz Thonis.

Bandeja com drinques

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Legenda da foto, A consultoria AMR avaliou o mercadospaceman realsbetbebidas não alcoólicasspaceman realsbetUS$ 1,548 bilhãospaceman realsbet2015 e estimou que vai chegar a US$ 2,090 bilhões até 2022

"Quanto mais eu conversava com as pessoas, mais eu sentia que elas queriam esse tipospaceman realsbetespaço".

Em resposta, Thonis e Dellea fizeram do seu bar cuidadosamente um espaço com 0%spaceman realsbetálcool, o que significa que nem mesmo cervejas sem álcool, que têm uma quantidade mínimaspaceman realsbetálcool, são permitidas no cardápio.

Nos EUA, o termo "não alcoólico" pode ser aplicado a bebidas com 0,5%spaceman realsbetálcool por volume ou menos, o que significa que muitas cervejas sem álcool famosas na verdade não são totalmente livres da substância.

"É 0%, tanto quanto for humanamente possível, por isso, se você está sóbrio e isso é um problema para você, ou você nem quer sentir o cheirospaceman realsbetálcool ao seu redor, você estará seguro", esclarece Thonis.

Mas ainda assim o lugar se parece com um bar - só abre à noite, tem pouca luz e ninguém parece estar trabalhando.

O Getaway, inauguradospaceman realsbetabril, faz partespaceman realsbetuma onda mundial crescentespaceman realsbetcasas noturnas que atendem especificamente pessoas que estão evitando o álcool, mas ainda querem sair e socializarspaceman realsbetespaços tradicionalmente dominados pela bebida.

Nos EUA, há ainda o Vena's Fizz House,spaceman realsbetPortland, e o The Other Side,spaceman realsbetCrystal Lake, subúrbiospaceman realsbetIllinois. Em Londres, a rede Redemption Bar, que tem três filiais, alémspaceman realsbetnão vender álcool conta com um cardápiospaceman realsbetcomida vegana, sem açúcar e sem trigo. Em janeiro, o The Virgin Mary, um pub sem álcool, foi inauguradospaceman realsbetDublin, na Irlanda.

Espaçospaceman realsbetmoderação

Bares que não vendem álcool não são um conceito novo. No fim do século 19, uma sériespaceman realsbetbares sem álcool, conhecidos como temperance bars ("baresspaceman realsbettemperança") foram estabelecidos no Reino Unido, na esteira do movimentospaceman realsbettemperança, que pregava a abstinência.

Jovens bebendo no metrô

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Legenda da foto, Em 2016, uma pesquisa mostrou que apenas 56,9% dos britânicos com maisspaceman realsbet16 anos tinham bebido na semana anterior, o menor percentual já registrado desde 2005

O Temperance Barspaceman realsbetFitzpatrick, fundadospaceman realsbet1890spaceman realsbetRawtenstall, ao nortespaceman realsbetManchester, serve ainda hoje cervejaspaceman realsbetraiz sem álcool e dosesspaceman realsbetdandelion and burdock, bebida não alcoólica à basespaceman realsbetdente-de-leão e bardana.

Mas a diferençaspaceman realsbetrelação à onda atualspaceman realsbetbares sem álcool é que eles não estão enraizados na ideiaspaceman realsbetabstinência total.

No Getaway, por exemplo, a clientela não é formada apenas por pessoas que não bebem, mas por qualquer um que queira se divertirspaceman realsbetum ambientespaceman realsbetbar sem o riscospaceman realsbetacordarspaceman realsbetressaca no dia seguinte.

"Nada no nosso espaço diz que você precisar ficar sóbrio, ou que você não deve virar a esquina e entrarspaceman realsbetoutro bar para tomar uma dosespaceman realsbettequila depois que sair aqui", explica Thonis.

"Não é exclusivamente para quem não bebe."

Dessa forma, o Getaway dialoga com o movimento que faz com que a geração millennial das grandes cidades reconsidere o papel do álcoolspaceman realsbetsuas vidas.

Lorelei Bandrovschi,spaceman realsbet32, se enquadra nessa categoria.

No ano passado, ela começou a organizar eventos sem álcool, chamados Listen Bar, para pessoas que queriam se divertir sem consumir bebida alcóolica.

Ela costumava atuar como consultora para marcas como YouTube e o Museuspaceman realsbetArte Modernaspaceman realsbetNova York, mas agora o Listen Bar é seu trabalhospaceman realsbettempo integral.

Mulher deitada no banco com garrafaspaceman realsbetcerveja ao lado

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Legenda da foto, Os 'bares sóbrios' podem ser uma opção para se divertir sem o riscospaceman realsbetacordarspaceman realsbetressaca no dia seguinte

"Os bares são um espaçospaceman realsbetrelaxamento, e fomos levados a acreditar que o álcool precisa fazer parte disso", diz Bandrovschi.

"É muito libertador criar espaçosspaceman realsbetque uma festa animada não seja sinônimospaceman realsbetressaca e memórias foraspaceman realsbetfoco."

Bandrovschi não é abstemia, mas depoisspaceman realsbetum mês sem beber ela notou a faltaspaceman realsbetopções para pessoas que queriam sair com os amigos sem ter que pedir um refrigerante, enquanto todos os outros tomavam drinques elaborados.

"Acho que a cultura do bar, desde o cardápio aos funcionários e clientes, tende a fazer com que quem não bebe se sinta deslocado", avalia.

"Minha filosofia pessoal éspaceman realsbetque a bebida deve ser opcional. Para chegar a uma culturaspaceman realsbetbebida opcional,spaceman realsbetoposição à cultura atualspaceman realsbetque beber é a regra, temos que celebrar a escolhaspaceman realsbetnão beber."

"Deve haver tanto espaços (para quem não bebe) quanto para quem bebe, espaços que sejam legais e divertidos. Eu queria criar algo que estava faltando, queria muito mudar essa cultura", completa.

Ficar sóbrio?

Essa ideiaspaceman realsbetque a "bebida deve ser opcional" pode não ser ainda o padrão, mas há indicadoresspaceman realsbetque os jovens não estão bebendo mais tanto quanto costumavam.

Em 2016, entre os adultos com maisspaceman realsbet16 anos entrevistados pelo Escritório Nacionalspaceman realsbetEstatísticas, o IBGE britânico, apenas 56,9% haviam bebido na semana anterior, o menor percentual já registrado desde que o órgão começou a fazer a perguntaspaceman realsbet2005.

Em fevereiro, o International Wine and Spirits Record afirmou que 52% dos adultos americanos estavam tentando ou já haviam tentado reduzir o consumospaceman realsbetálcool.

Uma sériespaceman realsbetartigos sobre tendências recentes sugere que os millennials estão reconsiderando quando e como eles bebem.

As vendasspaceman realsbetcerveja estãospaceman realsbetdeclínio nos EUA e, embora isso possa significar que os consumidores estão se voltando para outros tiposspaceman realsbetbebida, a indústria do álcool respondeu à crise introduzindo mais opções com baixo teor e sem álcool.

As bebidas não alcoólicas podem se converterspaceman realsbetum grande negócio, inclusivespaceman realsbetespaços que não são livresspaceman realsbetálcool.

Cada vez mais, restaurantes sofisticados incluem opçõesspaceman realsbetbebida sem álcool para acompanhar seus menus, assim como vinhos ou coquetéis.

"Muitos clientes pediam opções sem álcool e não queriam beber apenas água", diz Chelsea Carrier, diretoraspaceman realsbetbebidas dos restaurantes O Ya, Covina e The Roof Top,spaceman realsbetNova York.

Ela estima que atualmente as bebidas sem álcool correspondam a cercaspaceman realsbet20% dos pedidos - e acredita que coquetéis não alcoólicos fazem com que os clientes que não bebem se sintam incluídos.

"Você pode estar sentado ao ladospaceman realsbetalguém que está bebendo uma garrafaspaceman realsbetvinhospaceman realsbetmaisspaceman realsbetmil dólares, tomar um coquetel sem álcool e sentir que pertence àquele lugar", diz ela.

Uma tendência?

No Existing Conditions, um bar no Greenwich Villagespaceman realsbetNova York conhecido pelos drinques criativos, os coquetéis sem álcool são um destaque no menu.

E,spaceman realsbetacordo com o diretorspaceman realsbetbebidas Bobby Murphy, são alguns dos itens mais caros que eles oferecem, tantospaceman realsbettermosspaceman realsbetingredientes quantospaceman realsbetmãospaceman realsbetobra.

Um drinque, o Stingless, leva melspaceman realsbetmelipona, produzido por minúsculas abelhas no México, que pode custar US$ 100 o quilo.

"Servir só refrigerante já não é mais suficiente", diz Murphy.

"Quando fazemos drinques sem álcool, queremos que sejam algo que você não vai conseguir encontrarspaceman realsbetnenhum outro lugar."

Ele estima quespaceman realsbet20% a 30% do totalspaceman realsbetbebidas vendidas no Existing Conditions são não alcoólicas.

Resta saber se a ondaspaceman realsbet"bares sóbrios" continuará a proliferar e prosperar.

Em 2015, um bar que não vende álcool foi desativado após apenas cinco semanasspaceman realsbetAuckland, na Nova Zelândia.

Mas não há dúvidaspaceman realsbetque o interesse por bebidas não alcoólicas para adultos está aumentandospaceman realsbettoda a indústria - o que torna improvável que despareçaspaceman realsbetbreve.

No Getaway, o negócio se manteve estável no último mês.

"Todos os dias me preocupo com o fatospaceman realsbetque ninguém vai aparecer e, 20 minutos depois, está cheio", conta Dellea.

Entre seus clientes, estão vizinhos curiosos, mulheres grávidas e abstêmios, mas Dellea e Thonis esperam que o apelo do bar seja amplo.

"Pode ser para todos, mas não precisa ser", diz Thonis.

"Há um milhãospaceman realsbetopções. Se as pessoas não gostam da gente, tudo bem. Elas têm direito. Para quem quiser estar aqui, estamos abertos."

spaceman realsbet Leia a versão original spaceman realsbet desta reportagem (em inglês) no site BBC Capital spaceman realsbet .

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