4 dicas para nos darmos bem com nossos futuros colegaso aplicativo betanotrabalho – os robôs:o aplicativo betano
Embora muitos postoso aplicativo betanotrabalho possam ser automatizados no futuro, pelo menos no curto prazo, é mais provável que essa nova geraçãoo aplicativo betanosupermáquinas trabalhe ao nosso lado.
Apesar dos feitos incríveiso aplicativo betanodiversas áreas, como a capacidadeo aplicativo betanoantecipar e impedir fraudes e fazer o diagnóstico precoceo aplicativo betanodoenças, os sistemaso aplicativo betanointeligência artificial mais avançados não contam, atualmente, com nada que se compare à inteligência geralo aplicativo betanoum ser humano.
De acordo com um levantamento da consultoria McKinsey,o aplicativo betano2017, apenas 5% dos empregos poderiam ser totalmente automatizados com base na tecnologia atual, mas 60% das profissões podem ter um terçoo aplicativo betanosuas tarefas assumidas por robôs.
É importante lembrar que nem todos os robôs usam inteligência artificial - alguns sim, muitos não. O problema é que os mesmos pontos fracos que os impedemo aplicativo betanodominar o mundo também fazem com que deixem a desejar como colegaso aplicativo betanotrabalho. Da tendência ao racismo a uma total incapacidadeo aplicativo betanodefinir metas próprias, resolver problemas ou aplicar o bom senso, essa nova geraçãoo aplicativo betanofuncionários robóticos não possui habilidades que até as pessoas mais ignorantes poderiam facilmente desenvolver.
Então aqui está o que você precisa saber para se relacionar bem com seus futuros colegaso aplicativo betanotrabalho: os robôs.
1ª regra: robôs não pensam como seres humanos
Enquanto Madaline revolucionava os telefonemaso aplicativo betanolonga distância, o filósofo húngaro-britânico Michael Polanyi refletia sobre a inteligência humana. Ele percebeu que nem todas as habilidades podem ser facilmente explicadas e divididaso aplicativo betanoregras - como o uso preciso da gramática, por exemplo.
Os seres humanos contam com o chamado conhecimento tácito, habilidades que adquirimos sem ter consciênciao aplicativo betanocomo é possível desempenhá-las. Nas palavraso aplicativo betanoPolanyi, "sabemos mais do que podemos dizer". O princípio inclui tanto habilidades cotidianas - como andaro aplicativo betanobicicleta - como tarefas mais sofisticadas. E, infelizmente, se não sabemos as regras, não podemos ensiná-las a um computador. Esse é o paradoxoo aplicativo betanoPolanyi.
Em vezo aplicativo betanotentar fazer a engenharia reversa da inteligência humana, os cientistaso aplicativo betanocomputação decidiram resolver essa questão desenvolvendo a inteligência artificial para pensaro aplicativo betanouma maneira completamente diferente: orientada por dados.
"Você imaginaria que a inteligência artificial funciona a partir do modo como entendemos os seres humanos, que a desenvolvemos exatamente da mesma maneira", diz Rich Caruana, pesquisador sênior da Microsoft Research. "Mas não foi assim."
Ele dá o exemplo dos aviões, que foram inventados muito anteso aplicativo betanose ter um conhecimento preciso sobre o voo das aves e que possuem, portanto, aerodinâmicas diferentes. Ainda assim, dispomos hojeo aplicativo betanoaeronaves que podem voar mais alto e mais rápido que qualquer pássaro.
Como Madaline, muitos sistemaso aplicativo betanointeligência artificial funcionam a partiro aplicativo betano"redes neurais", o que significa que usam modelos matemáticos para aprender processando grandes volumeso aplicativo betanodados.
Por exemplo, o Facebook treinou seu softwareo aplicativo betanoreconhecimento facial, o DeepFace, por meio da análiseo aplicativo betanocercao aplicativo betano4 milhõeso aplicativo betanofotos. Ao identificar padrõeso aplicativo betanoimagens marcadas com a mesma pessoa, ele aprendeu a reconhecer os rostos corretamente 97% das vezes.
Aplicativoso aplicativo betanointeligência artificial, como o DeepFace, são a menina dos olhos do Vale do Silício e já estão dando uma surrao aplicativo betanoseus criadores. Dirigem carros, reconhecem vozes, traduzem textos e, é claro, marcam fotos. No futuro, a expectativa é que a tecnologia seja introduzidao aplicativo betanodiversos campos, da saúde à áreao aplicativo betanofinanças.
2ª regra: seus futuros colegas não são infalíveis - eles também erram
O comportamento orientado por dados também significa que eles podem cometer erros incríveis, como na ocasiãoo aplicativo betanoque uma rede neural confundiu uma tartaruga impressao aplicativo betano3D com um rifle. Os programas não conseguem pensar conceitualmente, seguindo a lógicao aplicativo betanoque "se tem casco e escamas, então pode ser uma tartaruga".
Em vez disso, eles raciocinamo aplicativo betanotermoso aplicativo betanopadrões. No caso, padrões visuaiso aplicativo betanopixels. Consequentemente, alterar um único pixelo aplicativo betanouma imagem pode ser a diferença entre uma resposta sensata e uma inacreditavelmente bizarra.
Isso também significa que eles não têm o menor bom senso, o que é primordial no ambienteo aplicativo betanotrabalho e requer utilizar o conhecimento existente e aplicá-lo a novas situações.
Um exemplo emblemático é a inteligência artificial capazo aplicativo betanojogar videogame criada pela empresa DeepMind. Em 2015, ela recebeu a missãoo aplicativo betanojogar o clássicoo aplicativo betanofliperama Pong. Como erao aplicativo betanose esperar, foi uma questãoo aplicativo betanohoras até o sistema derrotar os jogadores humanos e, inclusive, descobrir maneiras inéditaso aplicativo betanoganhar.
Mas para dominar o Breakout, um jogo praticamente idêntico, a inteligência artificial teve que começar do zero - não houve transferênciao aplicativo betanoaprendizagem.
3ª regra: robôs não conseguem explicar por que tomaram uma decisão
Outra questão inerente à inteligência artificial remete ao paradoxo modernoo aplicativo betanoPolanyi. Como não entendemos completamente como nossos cérebros aprendem algo, fizemos a inteligência artificial raciocinar como estatísticos.
A ironia é que agora também temos pouca noção do que acontece dentroo aplicativo betanosuas "mentes". É a chamada "caixa preta" da inteligência artificial. Embora você saiba que dados forneceu e visualize os resultados, não sabe como a máquina ào aplicativo betanofrente chegou a essa conclusão.
"Agora nós temos dois tipos diferenteso aplicativo betanointeligência queo aplicativo betanofato não entendemos", diz Caruana.
As redes neurais não têm habilidades linguísticas, por isso não conseguem explicar o que estão fazendo ou por quê. E como toda inteligência artificial, são desprovidaso aplicativo betanobom senso.
Há algumas décadas, Caruana aplicou uma rede neural a alguns dados médicos, como sintomas e seus efeitos. A intenção era calcular o riscoo aplicativo betanocada paciente morrer num determinado dia, para que os médicos pudessem tomar medidas preventivas. Parecia funcionar bem, até a noiteo aplicativo betanoque um estudanteo aplicativo betanograduação da Universidadeo aplicativo betanoPittsburgh notou algo estranho. Ele estava processando os dados com um algoritmo mais simples, que permitia ler a lógicao aplicativo betanotomadao aplicativo betanodecisão linha por linha. E uma delas dizia "asma é bom para você, se você tem pneumonia".
"Perguntamos aos médicos e eles disseram: 'Isso está errado, vocês precisam consertar'", lembra Caruana.
A asma é um sério fatoro aplicativo betanorisco para o desenvolvimentoo aplicativo betanopneumonia, uma vez que ambas as doenças afetam os pulmões. Eles nunca vão saber ao certo por que a máquina aprendeu essa regra. Uma teoria é que, quando pacientes com históricoo aplicativo betanoasma pegam pneumonia, eles buscam ajuda médica rapidamente. Isso poderia estar inflando suas taxaso aplicativo betanosobrevivência.
Diante do crescente interesseo aplicativo betanousar a inteligência artificial para promover o bem comum, muitos especialistas do setor estão ficando cada vez mais preocupados. Neste ano, entrarãoo aplicativo betanovigor novas regulamentações da União Europeia, que concedem aos indivíduos o direito a uma explicação sobre a lógica por trás das decisões da inteligência artificial.
Enquanto isso, nos EUA, a Agênciao aplicativo betanoPesquisa Avançada e Projetos da Defesa (Darpa) está investindo US$ 70 milhõeso aplicativo betanoum novo programao aplicativo betanointeligência artificial explicável.
"Recentemente, houve uma melhoria significativao aplicativo betanoquão precisos esses sistemas podem ser", afirma David Gunning, que está gerenciando o projeto na Darpa.
"Mas o preço que estamos pagando por isso é que esses sistemas são muito obscuros e complexos. Não sabemos por que está recomendando um determinado item ou se movimentandoo aplicativo betanodeterminada formao aplicativo betanoum jogo."
4ª regra: robôs podem ser tendenciosos
Há ainda a preocupaçãoo aplicativo betanoque alguns algoritmos possam reforçar acidentalmente certos preconceitos, como sexismo ou racismo. Recentemente, por exemplo, um programao aplicativo betanosoftware que prevê a reincidência criminal revelou ser duas vezes mais rigoroso com os negros.
Tudo dependeo aplicativo betanocomo os algoritmos são treinados. Se os dados usados para alimentá-los são claros e evidentes, é muito provável queo aplicativo betanodecisão seja correta. Mas muitas vezes há preconceitos humanos enraizados.
Podemos ver um exemplo no Google Tradutor. Como um pesquisador mostrou na revista Medium, no ano passado, se você traduz "Ele é enfermeiro. Ela é médica", para húngaro, e depois para inglês, o algoritmo te dá como resposta a frase oposta: "Ela é enfermeira. Ele é médico".
O algoritmo foi treinado a partir do conteúdoo aplicativo betanocercao aplicativo betanoum trilhãoo aplicativo betanopáginas na web. Mas tudo o que ele pode fazer é encontrar padrões, como a referênciao aplicativo betanoque médicos tendem a ser do sexo masculino e enfermeiros do sexo feminino.
O preconceito também pode aparecer na horao aplicativo betanoponderar. Assim como as pessoas, nossos futuros colegaso aplicativo betanotrabalho analisam os dados "botando na balança" - decidindo basicamente que parâmetros são mais ou menos importantes. Um algoritmo pode decidir que o CEPo aplicativo betanoalguém é relevante parao aplicativo betanoanáliseo aplicativo betanocrédito - algo que já está acontecendo nos EUA -, discriminando, assim, pessoaso aplicativo betanominorias étnicas, que costumam vivero aplicativo betanobairros mais pobres.
E não se trata apenaso aplicativo betanoracismo e sexismo. Podem surgir formaso aplicativo betanopreconceito que nunca sequer havíamos imaginado. Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobelo aplicativo betanoEconomia, passou a vida estudando os preconceitos cognitivos irracionais. Ele explicou a questãoo aplicativo betanoentrevista concedidao aplicativo betano2011 ao blog Freakonomics:
"Poro aplicativo betanoprópria natureza, os atalhos heurísticos produzirão preconceitos, e isso é verdade tanto para os seres humanos quanto para a inteligência artificial, mas as heurísticas da inteligência artificial não são necessariamente as humanas."
Os robôs estão chegando e vão mudar para sempre o mercadoo aplicativo betanotrabalho. Mas até que eles sejam um pouco mais parecidos com os seres humanos, vão precisaro aplicativo betanonós ao lado deles. E, incrivelmente, tudo indica que nossos colegas do Vale do Silício vão nos deixar "bem na fita".
- o aplicativo betano Leia a versão original desta reportagem o aplicativo betano (em inglês) no site BBC Capital o aplicativo betano .