Como a Inteligência Artificial já está mudando salascasino online vulkanbetaula no Brasil e no mundo:casino online vulkanbet

Anderson dos Santos Andrade, 16, usando o Geekie na escola

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Anderson dos Santos Andrade com seu planocasino online vulkanbetestudos virtual: análisecasino online vulkanbetdados fornecidos pelos alunos ajuda a identificar o que foi aprendido e o que precisa ser reforçado nas aulas

Na outra ponta, os professores do Sesi 415 medem o aprendizadocasino online vulkanbetcada aluno e cada turma, passam aulas complementares e fazem a correção automática dos exercícios.

A experiência da escola paulistana é um exemplocasino online vulkanbetcomo a Inteligência Artificial pode ser aplicada na educação - uma tendência mundial ainda repletacasino online vulkanbetdesafios e oportunidades.

"Conforme os alunos usam a ferramenta, assistem às aulas e respondem as questões, recebemos os dados e os comparamos a modelos, para entender o que eles aprenderam e quais suas dificuldades", explica à BBC Brasil Leonardo Carvalho, cofundador da Geekie, empresa que é a provedora da plataforma usada pelo Sesi.

Em uma aulacasino online vulkanbetHistória do Brasil, por exemplo, o professor pode selecionar online as questões que quer desenvolvercasino online vulkanbetclasse; pede aos alunos que assistam aos vídeos para se prepararem para a aula e, depois dela, completem os exercícios também via internet.

O professor e seus coordenadores recebem, depois, gráficos indicando o nívelcasino online vulkanbetentendimento da turma: qual porcentagem completou os exercícios corretamente e quais foram as principais falhas.

Equipe pedagógica do Centro Educacional Sesi 415

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, 'É um termômetro sobre o que precisa ser aprimorado ou corrigido no conteúdo', diz a diretora Ana Maria Tonon (à direita, com a equipe pedagógica do Centro Educacional Sesi 415)

"A Inteligência Artificial no fundo é um conjuntocasino online vulkanbetferramentas estatísticas que cria mais conhecimento quanto mais os alunos (a utilizarem)", prossegue Carvalho.

"Em uma sala com 50 alunos, o professor não consegue ver (a dúvida exata)casino online vulkanbetcada um. O programa faz issocasino online vulkanbetmodo escalonado."

O Geekie fornece o sistema atualmente para 600 escolas privadas brasileiras, além da rede Sesi e para algumas escolas públicas, via patrocíniocasino online vulkanbetempresas. A empresa também ofereceu, na rede pública, um gamecasino online vulkanbetsimulado do Enem, para ajudar os alunos a identificar suas lacunascasino online vulkanbetaprendizado para o exame vestibular.

"Para essa nova geração, que não tem a cultura da paciência, é útil ver seus resultados rapidamente e saber o que precisa corrigir (no aprendizado)", explica Ana Maria Machado Tonon, diretora do Sesi 415.

"E para nós (professores) é um termômetro sobre o que precisa ser aprimorado ou corrigido no conteúdo, sobre quais alunos fizeram ou não os exercícios. Antes, a gente gastava muito tempo tentando identificar o que estava indo errado."

Experimentos globais

Ao redor do mundo, diferentes projetos estão aplicando a tecnologia e a Inteligência Artificialcasino online vulkanbetbuscacasino online vulkanbetavanços no processocasino online vulkanbetaprendizado.

Na Califórnia, a AltSchool também usa uma plataforma adaptadacasino online vulkanbetensino para cada aluno, que temcasino online vulkanbet"playlist"casino online vulkanbetvídeos, textos e exames elaborada conforme suas preferências e suas deficiênciascasino online vulkanbetensino.

Na Índia, o programa Mindspark criou um bancocasino online vulkanbetdados ao longocasino online vulkanbetdez anos, a partircasino online vulkanbetmilhõescasino online vulkanbetavaliações educacionais, para ajudar professores a identificar com precisão -casino online vulkanbetvezcasino online vulkanbetpela intuição - quais são as necessidades dos alunos.

E, no Reino Unido, a empresa Third Space Learning,casino online vulkanbetparceria com a Universidade College London, tenta melhorar o aprendizado da matemática com uma tutoria virtual adaptada para cada criança, com base na análisecasino online vulkanbetmilharescasino online vulkanbethorascasino online vulkanbetaulas prévias.

Painelcasino online vulkanbettarefascasino online vulkanbetalunos e relatório das tarefas para professores, na interface do Geekie

Crédito, Reprodução

Legenda da foto, No brasileiro Geekie, alunos veem seu planocasino online vulkanbetestudos (no alto) e gestores acompanham porcentagemcasino online vulkanbeterros e acertoscasino online vulkanbetcada turma e cada estudante

De softwares inovadores a tablets, muito se tentoucasino online vulkanbettermoscasino online vulkanbettecnologiacasino online vulkanbetsalacasino online vulkanbetaula, nem sempre com impactos significativos no aprendizado. Agora, com o avanço da Inteligência Artificial, é possível motivar alunos - sobretudo os que têm mais dificuldades - desde que as ferramentas não sirvamcasino online vulkanbetmuleta (ou seja, ensinem a criança a andar com as próprias pernas) e desde que não sejam usadascasino online vulkanbetmodo aleatório, diz à BBC Brasil a professora Rose Luckin, que pesquisa o tema na College London e acompanha o Third Space Learning.

"O mais importante é identificar bem qual o problema que a escola está tentando resolver com a tecnologia, e daí usar a Inteligência Artificial no que ela é útil e manter o (ensino) humano no que ele é útil", explica ela.

Computadores, explica ela, são eficazescasino online vulkanbetanalisar dados e identificar padrões - por exemplo,casino online vulkanbeterros e acertos dos alunos. "Mas não são bons, por exemplo,casino online vulkanbetentender emoções ou replicar o intelecto e o instintocasino online vulkanbetum bom professor."

Essa acaba sendo uma questão crucial: segundo Luckin, o ideal é que a tecnologia não substitua o professor, mas sim ajude-o a aperfeiçoar e otimizar suas aulas.

"Pode ser que no futuro haja pressão comercial para substituí-los, mas acho que esse caminho seria equivocado. O ideal é combinar interação humana à tecnológica (na salacasino online vulkanbetaula)."

No Brasil, o Geekie explica que um dos desafios iniciais foi justamente convencer os professorescasino online vulkanbetque a plataforma não tem a intençãocasino online vulkanbettomar o lugar do docente.

"É para ajudar o professor e ser um facilitador do aprendizado, que é impossívelcasino online vulkanbetser mecanizado", diz Leonardo Carvalho. "A ideia é dar mais ferramentas para auxiliar a parte que só o professor consegue fazer."

Desafio: capacitar professores

Alunos do Centro Educacional Sesi 415

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Alunos do Centro Educacional Sesi 415; boa redecasino online vulkanbetinternet é essencial para utilizaçãocasino online vulkanbettecnologiascasino online vulkanbetIA

Reside aí, então, o primeiro grande desafio da Inteligência Artificial na educação: a formaçãocasino online vulkanbetbons professores, capazescasino online vulkanbetutilizar a tecnologia a seu favor para melhorar a salacasino online vulkanbetaula.

"A tecnologia não dispensa o professor, mas ele deixacasino online vulkanbetser o dono do saber e se torna um mediador", opina Aníbal dos Santos Peça, coordenador pedagógico do Sesi 415. "Seu papel passa a ser ensinar o aluno a ser um bom pesquisador."

Esse pode ser um entrave significativo no Brasil, onde a formaçãocasino online vulkanbetprofessores é tida por especialistas como excessivamente teórica e deficitária.

E,casino online vulkanbetsegundo lugar, existe o obstáculo da infraestrutura. O Sesi 415 só conseguiu usar plenamente as ferramentascasino online vulkanbetInteligência Artificial no início do ano, quando a regiãocasino online vulkanbetArtur Alvim, afastada do centro da cidade, finalmente recebeu redecasino online vulkanbetfibra ótica para internet rápida.

"Há até pouco tempo, algumascasino online vulkanbetnossas escolas só tinham internet discada", diz Karinacasino online vulkanbetPaula Vezzaro, analista técnico-educacional do Sesicasino online vulkanbetSão Paulo. "Isso impacta muito. A internet no Brasil é cara e ruim."

Segundo dados do Censo Educacional 2016 do Ministério da Educação tabulados pela plataforma QEdu, 68% das 183,3 mil escolas básicas do Brasil têm internet. A banda larga está disponívelcasino online vulkanbet56% delas.

Professorcasino online vulkanbetsalacasino online vulkanbetaula

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Tecnologia não deve substituir professores, mas eles precisarão estar capacitados para usá-lacasino online vulkanbetmodo eficiente

"A má qualidade da internet móvel ainda é gritante. Mas pouco a pouco a tendência é que esses gargalos sejam superados", opina Ricardo Azambuja Silveira, professor associado do Departamentocasino online vulkanbetInformática e Estatística da Universidade Federalcasino online vulkanbetSanta Catarina e estudioso da Inteligência Artificial.

Para ele, a tendência écasino online vulkanbetque a tecnologia ajude a democratizar o ensino, mesmo que seu uso seja mais sutil do que imaginemos.

"Às vezes, são tecnologias um pouco invisíveis para usuários finais e que vão sendo incorporadas na rotina (da educação)", diz à BBC Brasil. "Há desde o ensino adaptativo (moldado para cada estudante) até sistemas capazescasino online vulkanbetrecomendar sites confiáveis para estudantescasino online vulkanbetdeterminadas áreas. Os moocs (cursos abertos e gratuitos online) também começam a incorporar a análise dos dadoscasino online vulkanbetseus usuários (...) para identificar as deficiências dos alunos."

Desafio da democratização

Para Luckin, da Universidade College London, a democratização - ou não - do ensino com a tecnologia é a "perguntacasino online vulkanbetum milhãocasino online vulkanbetdólares".

"Acho que isso vai depender das escolhas feitas pelos humanos", diz ela. "Temos um deficit mundialcasino online vulkanbet69 milhõescasino online vulkanbetprofessores, e a Inteligência Artificial pode ajudar nisso - não substituindo-os, mas provendo tutores e melhorando os professores existentes. Mas ainda temo que os (alunos) mais ricos consigam adquirir essa tecnologia antes e que isso aumente a distância (delescasino online vulkanbetrelação aos mais pobres)."

Análise computadorizada

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Inteligência Artificial analisa os dados do aluno usuário - seus erros e acertos - e a partir disso indica quais conteúdos ele ainda precisa aperfeiçoar

Para Carvalho, do Geekie, um dos potenciais da tecnologia é permitir ao aluno não depender tanto da disponibilidade física do professor. "(O sistema) não é equivalente a ter um professor particular, mas emula esse professor a um custo mais baixo."

É preciso levarcasino online vulkanbetconta, também, os limites da tecnologia - a qual, pelo menos por enquanto, é pouco eficientecasino online vulkanbetavaliar nuances, como a inteligência emocional dos alunos oucasino online vulkanbetcapacidadecasino online vulkanbetescrever uma redação.

Tanto que, no Geekie, as redações dos simulados do Enem foram corrigidas manualmente por professores.

"A partecasino online vulkanbetcompetências emocionais ainda é uma área inexplorada", explica Carvalho, que também almeja, no futuro, desenvolver sistemas capazescasino online vulkanbetintegrar os diferentes camposcasino online vulkanbetconhecimento do currículo escolar,casino online vulkanbetvezcasino online vulkanbetapenas analisar os alunoscasino online vulkanbetmodo compartimentalizado -casino online vulkanbetmatemática, português, física e assim por diante.

À medida que crescem as possibilidades, será necessário aumentar, também, o discernimentocasino online vulkanbetprofessores e agentes políticos, opina Rose Luckin.

"A salacasino online vulkanbetaula mudará drasticamente, e todos precisarão aprender a lidar com isso", diz ela. "Professores terão que ser treinados para decidir quais produtos serão mais eficientes para suas necessidades, e políticos sem informação suficiente podem comprar tecnologias achando que elas resolverão determinados problemas, e talvez elas não resolvam."

De volta ao Sesi 415, na zona lestecasino online vulkanbetSão Paulo, a tecnologia tem sido encarada como uma ferramenta para dar mais subsídios aos professores e mais protagonismo aos alunos.

"Não é um remédio (para os problemas do ensino)", diz o coordenador Aníbal Peça. "Ela não soluciona tudo, mas dá velocidade às soluções."