Como headhunters podem estar perseguindo você no Facebook:casa de apostas novas

Recrutamento online

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Cada vez mais empresas usam anúncios direcionados para encontrar profissionais

Recrutamento seletivo

Smartphone

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Certas redes sociais contam com um movimento diáriocasa de apostas novas1 bilhãocasa de apostas novasusuários, o que atrai os headhunters

Anúncioscasa de apostas novasemprego no Facebook não são um fenômeno recente - você certamente já viu algum emcasa de apostas novaspágina. Mas é possível que você também tenha notado anúncios para funções ou setores normalmente fora dacasa de apostas novasáreacasa de apostas novasatuação.

Isso provavelmente resulta da buscacasa de apostas novasheadhunters por pessoas com habilidades e experiência como as suas, com basecasa de apostas novasinformações que o Facebook "aprendeu" sobre você a partir do seu comportamento no site.

À medida que mais headhunters começam a usar esse recurso, alguns especialistas também alertam sobre o outro lado da moeda: a possibilidadecasa de apostas novasque o Facebook também seja usado para que os headhunters obtenham informações que podem servir para discriminar e eliminar possíveis candidatos, como idade, etnia, religião e gênero.

Tudo funciona da seguinte maneira: o Facebook Ads é um serviço que permite que empresas paguem para postar anúncios no feedcasa de apostas novasnotícias ou nas laterais do feed dos usuários da rede social. Quando publica um anúncio, a empresa pode escolher o tipo específicocasa de apostas novaspessoa que ela quer atingir, com basecasa de apostas novasdados como idade, gênero, interesses, etnia, religião e muito mais.

A BBC Capital entroucasa de apostas novascontato com o Facebook, mas a empresa se recusou a comentar sobre a práticacasa de apostas novasrecrutamento seletivo na plataforma.

Mas o Facebook não é a única rede social que permite publicidade direcionada. Qualquer plataforma que colete dados sobre seus usuários pode oferecer esse serviço. O Google+ ou o Instagram (que pertence ao Facebook) são dois exemplos, enquanto o LinkedIn permite a headhunters criar anúncios com base na idade e no sexo, mas não na etnia nem na orientação sexual do usuário.

Um bilhãocasa de apostas novaspossibilidades

Jorgen Sundberg

Crédito, Link Humans

Legenda da foto, Segundo Jorgen Sundberg, especialistacasa de apostas novasmarketing digital, 10% dos headhunters britânicos fazem anúncios direcionados

Jorgen Sundberg, fundados da agênciacasa de apostas novasmarketing digital Link Humans,casa de apostas novasLondres, acredita que 10% das 20 mil empresascasa de apostas novasrecrutamento da Grã-Bretanha estejam usando os anúncios direcionados do Facebook para encontrar profissionais. "Dentre todas as empresascasa de apostas novastecnologia, o Facebook é, indiscutivelmente, o que possui mais informações sobre qualquer pessoa", explica Sundberg.

Um porta-voz do Facebook afirmou que a empresa não divulga dados sobre o númerocasa de apostas novasheadhunters que utilizam a ferramenta, e se recusou a comentar mais sobre o assunto.

"Com 1,13 bilhãocasa de apostas novasusuários ativos por dia, o Facebook é um lugar onde você pode encontrar candidatos para todo tipocasa de apostas novasemprego", afirma Tony Restell, sócio da agênciacasa de apostas novasmídias sociais Social-Hire, com sede na Grã-Bretanha. "Analistas do mercado financeiro têm as mesmas chancescasa de apostas novasquerer se conectar com amigos do que motoristascasa de apostas novascaminhão. Por isso, o Facebook tem uma penetração enormecasa de apostas novasvários setores da economia."

Essa grande variedadecasa de apostas novasusuários faz com que os anunciantes sejam específicos e precisos ao buscar seus alvos. Quando não o fazem, acabamos recebendo aqueles anúncios que não fazem o menor sentido para nós.

Mas, segundo Restell, o Facebook não quer dar margens a erros. A empresa compensa os anunciantes oferecendo preços mais baixos se a audiência estiver interessada no post, enquanto cobra mais daqueles cujos anúncios não são populares.

Procura-se: homem, solteiro

Emily Richards

Crédito, Graham Warman Photography

Legenda da foto, A headhunter Emily Richards usa o Facebook para 30% das vagas que tem para preencher

A neozelandesa Emily Richards, chefecasa de apostas novasDorahy na firmacasa de apostas novasrecrutamento Human Connections Group, usa o Facebook para preencher um terço das vagas disponíveis na empresa.

Por cercacasa de apostas novasUS$ 14 (ou R$ 46), um anúncio pode atingir até 10 mil pessoas, dependendo do perfil desejado - algo que, para Richards, é uma opção com uma ótima relação custo/benefício.

Mas a empresária também se diz "totalmente ciente" da capacidade das companhiascasa de apostas novasusar o direcionamento para acabar eliminando certos perfis "indesejados". "Se colocada nas mãos erradas, a ferramenta pode ser extremamente prejudicial para a igualdadecasa de apostas novasgêneros, a igualdade racial e tudo aquilo para o qual trabalhamos tanto para evitar."

Com o objetivocasa de apostas novastestar a precisãocasa de apostas novasum anúncio direcionado, a BBC Capital fez uma simulação no Facebook. A primeira opção foi apenas por homens com idades entre 18 e 25 anos, morandocasa de apostas novasNova York. Em seguida, excluímos todos os que têm filhos ou que são casados ou comprometidos. É possível até fazer escolhas por apenas algumas etnias. Excluímos ainda todos os vegetarianos, veganos e pessoas que "curtem" chocolate.

O anúncio final para uma "Superestrela das Redes Sociais" foi logo aprovado pelo Facebook e publicado para cercacasa de apostas novas430 mil homens jovens, solteiros, sem filhos e carnívoros.

O que diz a lei

Davida Perry, sócia do escritóriocasa de apostas novasadvocacia Schwartz & Perry,casa de apostas novasNova York, acredita que a práticacasa de apostas novasdirecionar anúncioscasa de apostas novasemprego através do Facebook Ads pode levar à violaçãocasa de apostas novasvárias leis.

Nos Estados Unidos, uma lei federal proíbe que o recrutamento seja feitocasa de apostas novasmaneira a discriminar pessoas porcasa de apostas novasidade, raça, religião, sexo, estado civil, saúde e orientação sexual.

Portanto, mesmo que os anúncios não sejam necessariamente discriminatórios, o processocasa de apostas novasdirecionamento - atravéscasa de apostas novasselecionar certos perfis e excluir outros - pode ser.

Mas para Perry, apesarcasa de apostas novaso processo usado para postar anúncios direcionados poder ser ilegal, é muito difícil provar que há discriminação.

A políticacasa de apostas novaspublicidade do Facebook diz que anunciantes "não devem usar as opçõescasa de apostas novasdirecionamento para discriminar, assediar, provocar ou denegrir usuários". Esses anunciantes também são obrigados a assegurar quecasa de apostas novaspropaganda estácasa de apostas novasacordo com a lei.

Apesar dos riscos, especialistascasa de apostas novasrecrutamento online pedem para que as pessoas não pensem no cenário mais negativo.

Sundberg faz uma analogia com "a Força" da saga Star Wars: os anúncios direcionados podem ser usados pelo lado negro, mas também pode servir para um bem maior.

"Há todo tipocasa de apostas novasgente no mundo, mascasa de apostas novasmaneira geral, trata-secasa de apostas novasuma forma legítimacasa de apostas novasse conseguir o que se quer", afirma.