O creme facial personalizadobetnacional cadastrarR$ 15 mil que usa DNA do usuário:betnacional cadastrar

Modelo

Crédito, iStock

Legenda da foto, Clínicas prometem cremes específicos para o DNAbetnacional cadastrarcada cliente

Os especialistas da Geneu recolhem a saliva do cliente para analisar seu DNA. Um teste básico pode trazer resultadosbetnacional cadastrar30 minutos, por uma taxa extra. Ou é possível esperar 48 horas para que a amostra seja analisada por um laboratório no Imperial College, uma das mais prestigiadas universidades britânicas.

Coletabetnacional cadastrarsaliva

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Tratamento consistebetnacional cadastraranalisar DNA a partirbetnacional cadastraruma amostrabetnacional cadastrarsaliva

O objetivo é identificar o potencial antioxidantebetnacional cadastrarcada cliente, pois, segundo a clínica, isso ajuda a entender como a pele pode se proteger naturalmente contra o envelhecimento.

Uma pesquisa realizadabetnacional cadastrar2014 pelo instituto Canadean junto a 2 mil consumidores britânicos, revelou que 45% se interessam por uma abordagem científica dos cosméticos para os cuidados com a pele. Destes, 54% disseram que estariam dispostos a oferecer amostrasbetnacional cadastrarsangue, pele ou cabelos para obter produtos personalizados.

Um exemplo é a administradora Martine Peremans, que vem utilizando esses produtos há dois anos e conta que, apesarbetnacional cadastrarnão notar resultados diariamente, percebe diferenças imediatas quando parabetnacional cadastrarusar os cremes.

"Esses produtos fizeram muito mais por minha pele do que qualquer outro creme ou soro que eu já usei", diz. "Eu realmente acredito que se tratabetnacional cadastraruma nova fronteirabetnacional cadastrartermosbetnacional cadastrartratamentos cosméticos."

Além da beleza

Sequenciamentobetnacional cadastrarDNA

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Testes com DNA são usados para identificar riscosbetnacional cadastrardoenças ou rastrear a origem étnica

Essa abordagembetnacional cadastraralta-costura para a beleza é apenas uma das várias maneiras como pessoas com alto poder aquisitivo estão se atirando na ondabetnacional cadastrarter seu DNA analisado.

Nos Estados Unidos, por exemplo, empresas como a AncestryDNA fatura com testes que, segundo ela, revela a verdadeira herança étnicabetnacional cadastrarum indivíduo.

Já os exames mais "sérios" alegam que podem mostrar a predisposiçãobetnacional cadastraralguém a doenças genéticas como a fibrose cística ou o malbetnacional cadastrarParkinson, apesarbetnacional cadastraras próprias empresas que fazem esses testes destacarem que não há garantiasbetnacional cadastrarque a doença se desenvolva com certeza.

Por causa das diferenças herdadasbetnacional cadastrargenes específicos, a amplitude e a natureza das respostas do organismo aos agentes externos variambetnacional cadastrarpessoa para pessoa. É também por causa dos genes que nem todos nós temos tendência à diabete ou a problemas cardíacos, ou porque cada indivíduo respondebetnacional cadastraruma maneira a mudanças na dieta ou na atividade física.

Minha história

Outras pessoas recorrem à análise do DNA para tentar conhecerbetnacional cadastrarprópria história. A britânica Katrina Chandler,betnacional cadastrar34 anos, que foi adotada na infância, queria saber mais sobre seus pais biológicos.

O teste revelou que seus genes são 100% compatíveis com osbetnacional cadastrarpessoas originárias do Sudeste Asiático. Mas também mostrou detalhes como a descobertabetnacional cadastrardois genes "normalmente encontradosbetnacional cadastrarcorredoresbetnacional cadastrarprovasbetnacional cadastrarcurta distância". Ela não se surpreendeu: "Corro regularmente e meu maior trunfo é a 'arrancada final'".

Em uma redebetnacional cadastrarluxuosas academiasbetnacional cadastrarginásticabetnacional cadastrarLondres, os clientes podem fazer um teste por 249 libras (maisbetnacional cadastrarR$ 1,2 mil) e saber mais sobrebetnacional cadastrarresistência física, força, consumobetnacional cadastraroxigênio, riscobetnacional cadastrarlesões e velocidadebetnacional cadastrarrecuperação após o esforço. Alémbetnacional cadastrarinformações mais minuciosas como uma maior sensibilidade à cafeína, ao açúcar, ao álcool e às gorduras.

"Isso nos ajuda a moldar o programabetnacional cadastrarexercícios, a frequência e a intensidade, e até a dieta mais eficiente para cada pessoa", diz Matt Roberts, proprietário da rede.

Método suspeito?

Mas muitos especialistasbetnacional cadastrargenética olham essa moda com suspeita.

Nicholas Luscombe, geneticista e professor da University College London é um deles. Segundo ele, empresas como a Geneu trabalham observando as variaçõesbetnacional cadastrardois genes. "Eu nunca consegui identificar esses genes, e acredito que o envelhecimento da pele é algo extremamente mais relacionado ao ambiente externo do que à hereditariedade", afirma.

"Se você pegar irmãos gêmeos, e um crescerbetnacional cadastraralgum país da linha do Equador e outro no Ártico, vai ver que eles acabarão tendo peles completamente diferentes."

"Até onde sabemos, os efeitosbetnacional cadastrarantioxidantes sobre a pele ainda são desconhecidos, apesar da badalaçãobetnacional cadastrartorno do assunto."

Para Helen Wallace, pesquisadora do laboratório Gene Watch, as diferenças genéticas têm um papel muito pequeno nas doenças mais comuns. "Esse tipobetnacional cadastrarteste é enganoso porque sugere que seus genes são importantes na horabetnacional cadastrardeterminar seu estilobetnacional cadastrarvida. Eles não são", diz.

Segundo ela, os testes genéticos mais precisos são aqueles feitos por médicosbetnacional cadastrarindivíduos que têm uma longa história familiarbetnacional cadastrardeterminada doença.

Já Luscombe acredita que ainda há um espaço para esses exames feitos diretamente com o consumidor. "As pessoas são naturalmente curiosasbetnacional cadastrarrelação si mesmas, e o teste com DNA vai exatamente no cerne da identidade individual", argumenta.

O segredo estábetnacional cadastrarsaber interpretar os resultados e procurar se informar sobre como usar os dados para melhorar a saúde.