Primeiro grupogalera bet entraracusados no massacre do Carandiru recebem penagalera bet entrar156 anos:galera bet entrar
galera bet entrar O Tribunalgalera bet entrarJustiça (TJ)galera bet entrarSão Paulo chegou a um veredito no julgamento dos 26 policiais acusados pelo massacre do Carandiru, que deixou 111 mortosgalera bet entrar1992, na primeira etapa do processo que levará ao banco dos réus um totalgalera bet entrarquatro gruposgalera bet entrarpoliciais até o final do ano.
Entre os acusados 23 foram condenados a 156 anosgalera bet entrarprisão cada um. Três foram absolvidos.
Os 23 sentenciados poderão recorrergalera bet entrarliberdade e a defesa afirmou que já entrou com o recurso.
O julgamento foi marcado por cancelamentos. Inicialmente havia sido marcado para janeiro, mas foi adiado por um recurso da Promotoria.
No último dia 8, foi mais uma vez suspenso, após uma das juradas passar mal e não poder retornar ao plenário mesmo depoisgalera bet entrarum intervalo.
O massacre do Carandiru ocorreu no dia 2galera bet entraroutubro,galera bet entrar1992, quando detentos do pavilhão nove da Casagalera bet entrarDetenção fizeram uma rebelião.
A Tropagalera bet entrarChoque da polícia invadiu o edifício com armas letais. O resultado foram os assassinatosgalera bet entrar111 presos.
Mortos ou aposentados
Nos quase 21 anos que se passaram desde o massacre, somente um réu foi julgado, o coronel Ubiratan Guimarães, então comandante do Policiamento Metropolitano e responsável pela invasão.
Cinco anos após ser condenado a 632 anosgalera bet entrarprisão pelo assassinato dos 111 detentos, a defesa recorreu da sentença e ele, já eleito deputado estadual, foi absolvido, mas acabou sendo morto com um tirogalera bet entrar2006, dentrogalera bet entrarseu apartamento.
Ao todo cinco acusados já morreram.
Entre os 26 policiais julgados, cercagalera bet entrarum terço permanece trabalhando na polícia. A maioria já está aposentada.
Outros 57 policiais acusados devem ser julgadosgalera bet entraroutros três blocos ao longogalera bet entrar2013.
Duas décadas depois
O atrasogalera bet entrarmaisgalera bet entrarduas décadas no julgamento do chamado Massacre do Carandiru perpetua e favorece a cultura da impunidade no Brasil, segundo disseram à BBC Brasil representantes das organizações internacionaisgalera bet entrardefesa dos direitos humanos HRW (Human Rights Watch) e Anistia Internacional.
De acordo com o Tribunalgalera bet entrarJustiçagalera bet entrarSão Paulo, o atraso do julgamento ocorreu devido a conflitosgalera bet entrarcompetência entre os ramos militar e comum da Justiça – e também a recursos propostos à Corte por advogadosgalera bet entrarréus.
Porém, segundo a especialistagalera bet entrarBrasil da HRW, Maria Laura Canineu, a demora do procedimento "por sí só representa a violaçãogalera bet entrarum direito fundamental constitucionalmente assegurado no Brasil: a 'razoável duração do processo e meios que garantam a celeridadegalera bet entrarsua tramitação'".
O diretor da Anistia Internacional Brasil, Atila Roque, afirmou que a entidade vê como consequência "direta e perigosa" da lentidão judicial o fatogalera bet entrargrande parte dos réus terem permanecido tantos anos trabalhando na polícia após o episódio.
E para as duas entidades a realização do julgamento não resolve a situação estrutural que levou ao massacre: as condições precárias dos presídios no Brasil.
"A superlotação atrelada com práticas recorrentesgalera bet entrartortura e maus tratos não deixa dúvidasgalera bet entrarque um episódio como esse pode se repetir a qualquer momento", afirmou Canineu.
Segundo os especialistas, a taxagalera bet entrarencarceramento no país aumentou cercagalera bet entrar40% nos últimos cinco anos, chegando a maisgalera bet entrarmeio milhãogalera bet entrarpessoas. Segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), o país possui hoje uma capacidade máximagalera bet entrar310 mil detentos, mas abriga 550 mil.
O diretor-geral do Depen, Augusto Rossini, disse à BBC Brasil que vê com tristeza as deficiências do sistema prisional, mas que o problema não é negligenciado.