A relação entre as síndromes do impostor epixbet master corinthiansburnout:pixbet master corinthians

Ligação traiçoeira

A síndrome do impostor, também chamadapixbet master corinthiansfenômeno do impostor, manifesta-sepixbet master corinthiansvárias formaspixbet master corinthiansdiferentes pessoas, mas normalmente deixa alguém com a crença inabalávelpixbet master corinthiansque é uma fraude intelectual, apesarpixbet master corinthianstodas as evidênciaspixbet master corinthianscontrário.

Pessoas com a síndrome do impostor acreditam que precisam trabalhar e produzir mais nos seus projetos para evitar que sejam descobertas. Elas podem atingir grandes resultados, mas poderão recusar desafios para evitar que fracassempixbet master corinthianspúblico. Elas atribuem o sucesso à sorte ou ao trabalho árduo, não àpixbet master corinthianscapacidade, e temem que isso só as levará a receber outras chancespixbet master corinthianstropeçar.

Estudos indicam que até 70% das pessoas sofreram a síndrome do impostor no trabalhopixbet master corinthiansalgum momento da vida. Embora algumas pesquisas indiquem que a síndrome pode, às vezes, motivar as pessoas a atingir resultados, existem também amplas evidênciaspixbet master corinthiansque o estresse gerado pode causar grande esgotamento, a pontopixbet master corinthianscriar pressões intensas sobre a saúde mental.

Um estudopixbet master corinthians2016 demonstrou, por exemplo, que estudantespixbet master corinthiansmedicina norte-americanos que se sentem impostores também apresentaram propensão a demonstrar "maiores níveispixbet master corinthiansexaustão [física], exaustão emocional, cinismo e despersonalização" — sintomas muito similares à definiçãopixbet master corinthiansburnout pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

E uma pesquisa internacional recente com 10 mil trabalhadores do conhecimento — aqueles que usam principalmente seus conhecimentos, informações e inteligência para desenvolver seus trabalhos — realizada pela plataformapixbet master corinthiansadministração do trabalho norte-americana Asana concluiu que 42% deles acreditavam ter sofrido síndrome do impostor e burnout ao mesmo tempo.

"Quando você observa um indivíduo que sofre da síndrome do impostor, ele é mais propenso a sofrer burnout. E as pessoas que enfrentam burnout são mais propensas a sofrer a síndrome do impostor", segundo Sahar Yousef, neurocientista cognitiva que pesquisa a produtividade no localpixbet master corinthianstrabalho na Faculdadepixbet master corinthiansAdministração Haas da Universidade da Califórniapixbet master corinthiansBerkeley, nos Estados Unidos, que colaborou com a pesquisa da Asana.

Yousef afirma que é importante observar que a pesquisa foi realizada com pessoas que fizerampixbet master corinthiansprópria avaliaçãopixbet master corinthiansburnout, uma síndrome clínica séria cuja recuperação pode levar meses. Mas, embora algumas pessoas possam ser rápidas demais para rotular-se com burnout (em vezpixbet master corinthiansmuito cansadas e estressadas), ficou claro que muitas se identificaram com as duas síndromes ao mesmo tempo.

Não está totalmente claro, cientificamente falando, que as duas síndromes estejam cada vez mais se sobrepondo, segundo Yousef, mas um fator fundamental é que a síndrome do impostor manifesta-sepixbet master corinthiansforma similar à terceira dimensão do burnout, definida pela OMS: "sentimentopixbet master corinthiansineficácia profissional".

Como Fiona está descobrindo, quando alguém está sofrendo burnout, "parece que, não importa o que você faça, nada é suficiente. Você é a pessoa mais ineficaz da equipe", afirma Yousef. Ela acrescenta que isso é claramente similar à definição da síndrome do impostor.

As tendências perfeccionistaspixbet master corinthiansalguém com síndrome do impostor podem significar que todas as interações são marcadas por intenso estresse. O burnout pode instalar-se depoispixbet master corinthians"centenas, talvez milharespixbet master corinthiansciclospixbet master corinthianstensão sem fim",pixbet master corinthiansque o indivíduo nunca teve a chancepixbet master corinthiansrecuperar-se mentalmente dos momentospixbet master corinthianspressão.

Clare Josa, fundadorapixbet master corinthiansuma consultoria sobre a síndrome do impostor e autora do livro Ditching Imposter Syndrome ("Livrando-se da síndrome do impostor",pixbet master corinthianstradução livre), observa uma ligação clara entre a síndrome do impostor e o burnout, que ela atribui "ao mecanismopixbet master corinthiansluta, fuga ou congelamento do corpo que fica bloqueado".

Seu estudo recente com 2 mil trabalhadores dos EUA e do Reino Unido levou um ano para ser concluído e revelou que 62% das pessoas enfrentavam a sensaçãopixbet master corinthiansserem impostores diariamente, enquanto 18% descreveram-se como estando "de joelhos" frente ao estresse.

Com base nas suas respostas a uma sériepixbet master corinthiansquestõespixbet master corinthiansavaliação, 34% dos participantes foram consideradospixbet master corinthiansalto riscopixbet master corinthiansburnout iminente. Ela concluiu que a síndrome do impostor "é um dos fatores mais importantes para prever o possível riscopixbet master corinthianssofrer burnout".

Josa acredita que a correlação vem,pixbet master corinthiansgrande parte, da tática desenvolvida pelas pessoas para compensar ou mascarar a síndrome do impostor, como assumir trabalhos que não têm tempo para realizar, a fimpixbet master corinthiansganhar aprovação, ou evitar promoções por temerem a exposição. Como afirmou um participante da pesquisa: "sinto que sou o centro das atenções, que todos irão ver se eu cometer um erro. Por isso, faço o melhor que posso para que isso não aconteça."

Uma pessoa que está tão "ligadapixbet master corinthiansbuscapixbet master corinthiansameaças" rapidamente verá essa situação afetar seu bem-estar, empurrando-a para o burnout, segundo Josa.

Prevenção é fundamental

Anne Raimondi, diretorapixbet master corinthiansoperações epixbet master corinthiansnegócios da Asana, afirma que, segundopixbet master corinthianspesquisa, os trabalhadores da geração Z têm, neste momento, a maior propensão a afirmar que estão enfrentando a síndrome do impostor e o burnout ao mesmo tempo. Ela atribui isso aos desafios inéditos enfrentados pelos jovens que estão iniciando suas carreiras durante a pandemia.

Impossibilitadospixbet master corinthiansobservar seus colegas pessoalmente epixbet master corinthiansajustar-se à dinâmica do localpixbet master corinthianstrabalho, sem fronteiras claras entre o trabalho e a vida pessoal e sem os "momentospixbet master corinthiansfeedback e reafirmação" que são fundamentais para estabelecer a confiança profissional, Raimondi afirma que é fácil observar funcionários júnior começando a sentir que não pertencem ao seu trabalho e ficando sobrecarregados.

Josa afirma que, embora os trabalhadores mais jovens possam expressar mais suas dificuldades, as gerações mais velhas também estão sofrendo. Um dos maiores gatilhos que ela identificou para a síndrome do impostor é a menopausa nas mulheres ou a promoção para posições sênior, entre os homens. E Josa acrescenta que as mães que trabalham são um grupopixbet master corinthiansalto risco para a síndrome do impostor e para o burnout.

Existem também muitas pesquisas que indicam que pessoas que pertencem a minorias podem ser afetadaspixbet master corinthiansforma mais aguda. Kelly Cawcutt, do Centro Médico da Universidadepixbet master corinthiansNebraska, nos Estados Unidos, afirma que a síndrome do impostor vem sendo observada há muito tempo como um fator para a alta incidênciapixbet master corinthiansburnout entre trabalhadores da área médica.

Sua pesquisa indica que "preconceitos enraizados e faltapixbet master corinthiansdiversidade" na profissão podem significar que grupos sub-representados e minorias étnicas são particularmente afetados. Como exemplo, sabe-se que médicos negros enfrentam maior riscopixbet master corinthiansburnout,pixbet master corinthiansparte devido ao estresse da discriminação.

Cawcutt afirma que "se nos dizem que não somos suficientemente bons, suficientemente inteligentes ou que não pertencemos - ou se somos levados a nos sentir dessa forma com microagressões —, esses preconceitos extrínsecos podem ser internalizados", alimentando a síndrome do impostor e,pixbet master corinthiansprazo mais longo, o burnout.

"Embora existam agora muitos esforços para combater esses preconceitos, eles ainda permanecem", afirma Cawcutt, criando o que apixbet master corinthianspesquisa chamapixbet master corinthians"ciclo negativo substancial" para o indivíduo. Segundo ela, isso demonstra a importânciapixbet master corinthianstratar a síndrome do impostor e o burnout — e também os preconceitos enraizados — não como questões isoladas, mas como fenômenos relacionados que precisam ser enfrentadospixbet master corinthiansconjunto, se quisermos resolvê-los.

Josa afirma que, com relação ao indivíduo, o pontopixbet master corinthianspartida é combater a síndrome do impostor redefinindo a reação do cérebro ao estresse, "para que você não sofra aquele disparo inconsciente da reaçãopixbet master corinthianslutar, fugir e congelar".

Mas, para evitar que a síndrome do impostor acabe disparando o burnout, ela afirma que as empresas precisam fazer mais para enfrentar culturaspixbet master corinthiansque "tudo virou emergência" e as pessoas se sentem compelidas a ter desempenho superior, rangendo os dentes com as adversidades,pixbet master corinthiansvezpixbet master corinthiansserem honestas sobre o seu bem-estar.

Yousef e Raimondi concordam que é fundamental incentivar os trabalhadores a estabelecer fronteiras cognitivaspixbet master corinthianstorno do seu trabalho, para que eles tenham tempopixbet master corinthiansse recuperar mentalmente após períodospixbet master corinthianstensão, rompendo esses ciclospixbet master corinthiansestresse. Os trabalhadores mais jovens, segundo Yousef, precisampixbet master corinthiansajuda para se relacionarem com os mentores no trabalho e poderem aprender como se encaixar, eliminando já no princípio o sentimentopixbet master corinthiansque seriam impostores.

"Aqui, a prevenção deve ser fundamental", afirma ela. "Eu simplesmente adoraria que nossos filhos fossem educados já no ensino médio sobre o que acontece quando você trabalha demais."

Mas, para pessoas como Fiona, a solução do problema é mais difícil do que parece. Ela foi aconselhada pelo médico a se afastar do trabalho, mas receia que, com isso, ela decepcionepixbet master corinthiansequipe ou simplesmente prove a si mesma e aos demais que "fui promovida além da minha capacidade".

Em vez disso, ela continua lutando diariamente para "atravessar o atoleiro do trabalho", invejando as pessoas que parecem estar lidando bem com a situação. "Não seria uma boa sensação saber que você não vai se abalar tendo que sair para trabalhar todos os dias?"

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.

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