Os tesouros escavados por padres franciscanos que dão pistas sobre a vida na épocaapostas flamengoCristo:apostas flamengo
Por maisapostas flamengo100 anos, frades franciscanos realizaram dezenasapostas flamengoescavaçõesapostas flamengoalguns dos locais cristãos mais famosos da região, incluindo Nazaré, Belém e aqui no complexo do Mosteiro da Flagelação, que tem sido um localapostas flamengoperegrinação desde o século 4.
"A arqueologia é importante porque nos mostra como as pessoas viviam, e precisamos disso para entender o passado, para entender nossas tradições", disse Alliata, que também é arqueólogo e escavou alguns dos itens exibidos. "Peregrinos e visitantes precisam ver essas coisas."
Abertura ao público
Mas até recentemente isso não era fácil. As dezenasapostas flamengomilharesapostas flamengoartefatos que os franciscanos coletaram ao longo dos anos estavam armazenados no Studium Biblicum Franciscanum, uma divisão da Pontifícia Universidade Antonianum fundadaapostas flamengo1924, dedicada à pesquisa arqueológica e bíblica. Tecnicamente formando o mais antigo museu arqueológico da cidade. O acervo só estava disponível para o público com hora marcada, e a maioria eram acadêmicos.
"Realmente não era muito acessível", lembrou Masha Halevi, que visitou o centroapostas flamengopesquisa muitas vezesapostas flamengo2010, enquanto trabalhava emapostas flamengoteseapostas flamengodoutoradoapostas flamengogeografia na Universidade Hebraicaapostas flamengoJerusalém eapostas flamengovários artigos acadêmicos que vieram depois sobre ordens religiosas e arqueologia.
Alliata me conduziu através do museu, passando por uma coluna entalhada com pombasapostas flamengoum monastério do século 4 na atual Jordânia, por grandes pedaçosapostas flamengomosaicos coloridosapostas flamengomosteiros do deserto egípcio e grandes caixõesapostas flamengopedra marcados com cruzes. Vitrines foram preenchidas com moedas antigas, incluindo os meio-shekels mencionados na Bíblia, sementesapostas flamengouva e caroçosapostas flamengoazeitonaapostas flamengo2.000 anosapostas flamengoidade, e utensílios, como pratos e xícaras, usados na vida cotidiana.
Tornar públicos esses artefatos antigos na alaapostas flamengoarqueologia do Museu Terra Santa, inauguradaapostas flamengo2018 e queapostas flamengobreve será ampliada, faz parteapostas flamengouma tendênciaapostas flamengoaumento do envolvimento do público entre os franciscanos, que recentemente abriram a grande biblioteca do Mosteiroapostas flamengoSão Salvadorapostas flamengoJerusalém à visitação e criaram um catálogo on-line para ela, como parteapostas flamengoum esforço contínuo para renovar vários locais sagradosapostas flamengotoda a região.
Essas mudanças estão acontecendo enquanto Israel experimenta um aumento no númeroapostas flamengoturistas, com cercaapostas flamengoquatro milhõesapostas flamengopessoas visitando o paísapostas flamengo2018. Um recorde,apostas flamengoacordo com o Ministério do Turismo.
De fato, foi durante uma alta anterior no turismo e interesse na Terra Santa, no século 19, que a Ordem Franciscana começou a se dedicar à arqueologia.
No Oriente Médio, os estudos arqueológicos começaram a se intensificar e atrair mais atenção para os debates sobre a história bíblica no final do século 19. Atualmente, os franciscanos, que, desde o século 13, são encarregadosapostas flamengopreservar as propriedades da Igreja Católica eapostas flamengoauxiliar peregrinos cristãos na Terra Santa, decidiram abraçar a arqueologia e se unir ao crescente debate público e acadêmico sobre essa ciência.
"A história encontra seu apoio mais firme na arqueologia", escreveu o reverendo Prosper Viaud, um dos primeiros frades franciscanos a fazer parteapostas flamengouma escavação, participando dos trabalhos sob a atual Igreja da Anunciaçãoapostas flamengoNazaré,apostas flamengo1889.
A escavação expôs uma estrutura antiga, que ilustrou uma longa históriaapostas flamengodevoção naquele lugar. "Segui este caminho não porque sucumbi a um pensamento científico vazio, mas por causaapostas flamengouma verdadeira vontadeapostas flamengoencontrar a devoção dos peregrinos e fazê-los conhecer melhor a igrejaapostas flamengoNazaré."
Escavações
No início do século 20, os franciscanos começaram a escavarapostas flamengotornoapostas flamengomuitasapostas flamengosuas igrejas e mosteiros, publicando livros com os resultados e construindo uma enorme bibliotecaapostas flamengoartefatosapostas flamengoJerusalém. Desde 1924, o Studium Biblicum Franciscanum opera ininterruptamente como uma das várias instituiçõesapostas flamengopesquisa arqueológica que vêm surgindoapostas flamengoJerusalém, incluindo o Instituto Albrightapostas flamengoPesquisa Arqueológica, a Escola Britânicaapostas flamengoArqueologia, o Institutoapostas flamengoArqueologia da Universidade Hebraica e a Escola Bíblica e Arqueológica francesa, fundada pela Ordem Dominicanaapostas flamengo1890.
As escavações dos arqueólogos franciscanos - do monte Nebo, o topo da montanha jordaniana, tido como o lugarapostas flamengoonde Moisés teria visto pela primeira vez a Terra Prometida bíblica, à cidadeapostas flamengoCafarnaum, que ficava às margens do Mar da Galileia – ofereceram importantes contribuições para a arqueologia na região. Hoje muitos arqueólogos locais se sentemapostas flamengodívida com os franciscanos.
"A pesquisa deles é uma peça importante do enorme quebra-cabeça arqueológicoapostas flamengoIsrael", disse Dina Avshalom-Gorni, arqueóloga da Autoridadeapostas flamengoAntiguidadesapostas flamengoIsrael (órgão do governo israelense) que trabalhou com arqueólogos franciscanosapostas flamengovárias escavações. "Apesarapostas flamengosuas crenças religiosas, a pesquisa que eles produzem é realmente pura arqueologia. Eles nos dão fatos e eu posso confiar neles."
Para os franciscanos, a arqueologia continua sendo uma ferramenta valiosa para envolver o público e ajudá-los a entender o contexto das histórias contadas na Bíblia. "Você tem que saber sobre o dia a dia da época para realmente entender Jesus, para entender as parábolas", defende o reverendo Alliata.
Em outra sala do museu, Alliata apontou para uma vitrine contendo vasos feitosapostas flamengodelicado alabastro, considerado um materialapostas flamengoluxo no mundo antigo e raroapostas flamengose encontrar intacto. Ele relatou a história do Novo Testamento sobre uma pobre mulher derramando perfumeapostas flamengoum vasoapostas flamengoalabastro na cabeçaapostas flamengoJesus. Ver o delicado vasoapostas flamengoalabastro ajuda a entender o nívelapostas flamengogenerosidade e sacrifício financeiro que esta mulher fez para Jesus.
Caminhando para fora da escura ala arqueológica subterrânea, Alliata atravessou um pátioapostas flamengopedra ensolarado onde um grupoapostas flamengoturistas estava ouvindo um guia explicar como este era o lugar onde Jesus teria sido condenado e entregue para ser crucificado. Aquele dia era a segunda das 14 Estações da Cruz ao longo da famosa Via Dolorosa, ou Via Sacra, que leva à Basílica do Santo Sepulcro, considerada por muitos cristãos como o lugar onde Cristo teria sido crucificado e sepultado.
Não éapostas flamengose estranhar que as escavações dos franciscanos levantem mais perguntas do que respostas sobre os eventos bíblicos e a antiga vida judaica e cristã na Terra Santa.
Segundo Alliata, a maioria dos arqueólogos franciscanos está mais interessadaapostas flamengoaprender,apostas flamengovezapostas flamengoprovar histórias específicas. No local da Igreja da Natividadeapostas flamengoBelém, tido como o local do nascimentoapostas flamengoJesus, os artefatos escavados mais antigos datam do século III, quase 200 anos após o nascimentoapostas flamengoJesus.
"Nós nunca abandonamos a tradição", disse Alliata. "As histórias podem ser provadas ou não, mas a religião é baseada na tradição."
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