Taiwan, a ilha 'rebelde' que segue desafiando o poderoso 'dragão chinês':366 bet
366 bet Sorrindo, Xi Jinping e Ma Ying-Jeou, trocam um aperto366 betmãos no início366 betum histórico encontro366 betSingapura, o primeiro reunindo os líderes366 betChina e Taiwan366 betmais366 bet60 anos. Mas366 betnenhum momento se referem um ao outro como "presidente".
Afinal, tanto Jinping quanto Ying-Jeou acreditam estar à frente do legítimo governo chinês.
Confuso? Esse é apenas o princípio366 betuma história366 betdesavenças que sugere a continuidade,366 betcerta forma, da Guerra Civil Chinesa, encerrada366 bet1950. Um conflito que resultou366 betum doloroso e controverso processo366 betruptura, com a criação366 betduas Chinas.
Uma, a República Popular da China, comandada pelo Partido Comunista e hoje a segunda maior economia do mundo.
Guerra civil
A outra, a República da China, mais conhecida como Taiwan, nome da ilha366 bet36 mil metros quadrados, separada do território inimigo por um estreito366 betapenas 130 km366 betlargura.
Foi lá que as forças comandadas por Chiang Kai-shek, o líder do Partido Nacionalista Chinês, refugiaram-se após a derrota para as tropas comandadas por Mao Tse Tung,366 bet1949.
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Para Pequim, a ilha nada mais é do que uma província rebelde fadada a ser reunida com o restante do território chinês. Taiwan, por outro lado, exibe pujança econômica alimentada pela presença americana na Ásia durante a Guerra Fria e se diz independente.
O problema é que apenas 22 países, a maioria deles pequenas nações da América Central e Caribe, reconhecem a ilha como país.
Isso já resultou366 betsituações curiosas. Em 1959, por exemplo, a seleção brasileira masculina366 betbasquete sagrou-se campeão mundial numa disputa por pontos corridos depois366 beta principal candidata ao título, a União Soviética, aliada366 betPequim, ter-se recusado a enfrentar o time366 betTaiwan e perdido o jogo por W.O.
Mas a disputa é séria: a República Popular da China é quem tem reconhecimento oficial da ONU, incluindo o assento permanente chinês do Conselho366 betSegurança, embora a decisão366 bet"ungir" Pequim só tenha ocorrido366 bet1971.
O "dragão chinês" por várias vezes já ameaçou cuspir fogo e intervir militarmente caso Taiwan ouse declarar independência formalmente - algo até previsto por uma lei366 bet2004.
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Isso explica porque o encontro366 betSingapura foi cercado366 betcuidados protocolares. Em nenhuma das fotos dos líderes havia alguma bandeira dos dois países. Tampouco houve a promessa366 betdeclarações conjuntas ou assinatura366 betacordos.
Mesmo a escolha da mesa para o banquete comemorativo do encontro foi por uma redonda, para que nenhum dos líderes ocupasse uma posição366 betmaior destaque.
'Isolamento'
O isolamento diplomático366 betTaiwan, no entanto, é mais formal do que prático.
Muitos países, incluindo o Brasil, têm relações extraoficiais com a ilha. A lista inclui os Estados Unidos, cuja ajuda econômica a Taiwan transformou a "província rebelde"366 betum dos Tigres Asiáticos, o grupo366 betpaíses da região que na segunda metade do século 20 teve acelerado crescimento econômico e social.
A ilha, por exemplo, está à frente366 betpaíses desenvolvidos europeus no Índice366 betDesenvolvimento Humano da ONU e ficaria366 bet21o lugar no ranking mundial se fosse reconhecida formalmente.
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Washington também é um presença que inibe o músculo militar chinês. Do contrário, Taiwan e seus 23, milhões366 bethabitantes dificilmente teriam resistido a uma anexação pelo poderoso vizinho.
Separatismo
As relações, naturalmente, foram gélidas ao longo dos anos, mas o panorama começou a mudar366 bet2009, quando Pequim e Taipé trocaram mensagens pela primeira vez desde a separação. Jinping e Ying-Jeou, porém, nunca pareceram interessados366 betalgo mais do que uma trégua,366 betvez366 betum avanço diplomático.
Isso porque o presidente366 betTaiwan é do Partido Nacionalista Chinês, que ainda mantém a bandeira ideológica366 betuma reunificação com a China.
O problema é que, desde 1990, quando a ilha tornou-se uma democracia, o Partido Democrático Progressista (PDP), que defende a independência formal, cresceu ao ponto366 better ocupado a presidência por oito anos (2000-8). No entanto, sob um regime366 betcoalizão o que obrigou a legenda a moderar seu discurso separatista. No entanto, Taiwan vai às urnas366 betjaneiro e o PDP desponta novamente como favorito.
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"Os separatistas acreditam que Pequim quer influenciar o resultado das eleições (com a realização do encontro366 betlíderes)", explica Yu Wen, editora do Serviço Chinês da BBC.
Analistas, no entanto, também veem Jinping e Ying-Jeou buscando um lugar na história como os líderes que intermediaram o fim da disputa366 betmais366 betmeio século.
Em tempos mais recentes, a China propôs a Taiwan uma versão da fórmula utilizada com Hong Kong, que após ser devolvida a Pequim pelo Reino Unido,366 bet1997, manteve-se autônoma366 betPequim366 betuma série366 betaspectos. A proposta foi recusada.
Pesquisas366 betopinião mostram que a maioria dos taiwaneses ainda parece estar mais feliz com a solução "em cima do muro",366 betque nem a reunificação e nem a independência formal vão à frente. Afinal, a China é hoje o principal destino das exportações da ilha (27%, o dobro do que vai para os EUA, por exemplo).
Uma aproximação econômica acelerada desde 2008, quando Ying Jeou assumiu a presidência. Voos entre os dois países foram restabelecidos e empresas366 betTaiwan hoje operam na China.
Mas a história mostra que a paz entre o "dragão chinês" e a "ilha rebelde" é um quebra-cabeças complexo. E tenso.