Criançasx 1 bet11 anos recebem aulas sobre consentimento sexual na Grã-Bretanha:x 1 bet
Crianças a partirx 1 bet14 anosx 1 betidade já estudam o assunto, mas agora o tema poderá ser inserido também no currículo dos alunos mais novos.
A iniciativa acontecex 1 betum momento "crucial", segundo a organização que elaborou o guiax 1 betensino do tema que deverá ser seguido pelos professores.
A entidade, Personal, Social and Health Education Association, (PSHE, na siglax 1 betinglês), disse que o objetivo é tentar manter jovens com menosx 1 bet16 anos que já são sexualmente ativos "saudáveis e protegidosx 1 betabuso e exploração", porém, "sem encorajar atividade sexual antes do limite legal". Esse limite, na Grã-Bretanha, é 16 anos.
Dados do Office for National Statistics (ONS, instituto nacionalx 1 betestatística da Grã-Bretanha) para a Inglaterra e Paísx 1 betGales mostram que nos 12 meses anteriores ao mêsx 1 betsetembro do ano passado a polícia registrou maisx 1 bet7 mil casosx 1 betviolência sexual contra crianças com idadesx 1 bet13 anos ou menos e maisx 1 bet4 mil estuprosx 1 betcrianças com até 16 anosx 1 betidade.
Essa é uma questão que a professora Natalie D'Lima aborda no início da aula, fazendo uma conexão explícita entre consentimento e estupro para que os alunos entendam por que é relevante aprender sobre esse assunto.
No caso dos alunosx 1 bet11 anos, ela explica, a noçãox 1 betconsentimento não é discutidax 1 betconexão com um relacionamento sexual, mas tende a ser abordadax 1 betcontextos diferentes, como, por exemplo, "pedir consentimento para fazer algo fora das regras ou para olhar o telefone do outro".
De acordo com a orientação da PSHE Association, alunos com idades entre 11 e 16 anos devem aprender o que é consentimento no contextox 1 bet"um relacionamento saudável", onde é preciso pedir permissão e onde a permissão pode ser retirada a qualquer momento.
Aulax 1 betconsentimento
No decorrer da aula, D'Lima tenta melhorar a compreensão das crianças sobre o que significa dar e receber consentimento.
Sobx 1 betorientação, os alunos se agrupamx 1 betpares. Partindox 1 betum ponto a três metrosx 1 betdistância do seu par, uma criança se aproxima progressivamente da outra, até que a outra lhe peça para parar. Como parte do exercício, a outra criança deve pedir ao colega que pare no momentox 1 betque ela começa a sentir desconforto com a proximidade dele.
Durante o exercício, fica claro que os estudantes entendem a importância do espaço individual e dos limitesx 1 betcada pessoa. Por outro lado, eles não parecem saber a quem cabe a responsabilidadex 1 betreconhecer se existe ou não consentimento.
Apenas um aluno parece entender esse conceito, percebendo que cabe à pessoa que se move a tarefax 1 betobter o consentimento. "Talvez ela precise saber como a outra pessoa está se sentindo", diz o aluno.
A professora se diz surpresa com a faltax 1 betcompreensão das crianças.
"Muitos (dos alunos) sentem que o consentimento é responsabilidade conjuntax 1 betambas as partes", ela diz.
D'Lima explica que pretende voltar ao temax 1 betaulas futuras. E embora os alunos não tenham entendido que a ideiax 1 betconsentimento se aplica à situação vivenciada no exercício (quando uma pessoa se aproxima da outra), ela espera que, quando o conceito for abordada no contextox 1 betrelacionamentos sexuais, os alunos "captem a ideia".
Ainda assim, os estudantes parecem ter entendido uma mensagem central sobre a importânciax 1 betdar, ou não dar, consentimento.
"Se uma pessoa estranha caminha até você e faz algox 1 betque você não gosta, acho que você deve ter a confiançax 1 betdizer 'Não' a ele ou a ela", diz a aluna Ayesha,x 1 bet12 anos.
"Dizer 'Não' não significa que você está sendo grosseiro, significa que você não gosta quando alguém invade seu espaço individual."
Jovens demais?
A inclusão do tema no currículo escolarx 1 betalunosx 1 bet11 anos provocou alguns questionamentos. Não seriam essas crianças jovens demais para aprender sobre esse assunto? E poderiam as aulas colocar pressão sobre as crianças para que se tornem sexualmente ativas mais cedo ainda?
O diretor da Heston Community School responde que não.
"(As aulas) levam os estudantes a refletir. As pessoas vão viver situações imprevisíveis, isso é um fato da vida", diz Phil Ward.
"Meus alunos vão crescer e fazer parte do mundo real, onde essas coisas acontecem, e eles precisam ter um espaçox 1 betreflexão onde possam tomar suas decisões sobre consentimento, caso se vejam nesse tipox 1 betsituação."
Ward enfatiza a importânciax 1 betque o assunto seja discutido no ambiente seguro e encorajador que a educação oferece.
A inclusão das aulasx 1 betconsentimento sexual no currículo escolar é facultativa.