Sitespaquera para muçulmanos conquistam usuários:

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Crédito, bbc

Legenda da foto, Sitesnamoro para muçulmanos oferecem nova formaadeptos da religião conhecerem parceiros

<link type="page"><caption> Leia mais: Australianos criam campanha contra islamofobia no Twitter </caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/12/141215_australianos_campanha_islamofobia_rb.shtml" platform="highweb"/></link>

O site SingleMuslim.com (Muçulmanos Solteiros,inglês), fundado por ele quando ainda estudava na faculdade,2000, tem hoje mais1 milhãomembros e diz formar cercaquatro casais por dia.

O empreendedor afirma que aênfase no caráter duradouro dos relacionamentos nascidos ali vai além da dos sitesnamoro comum.

"No Islã, o casamento representa metadesua religião", diz, citando um ditado que muçulmanos acreditam ter sido proferido por Maomé. "O Islã nos ensina que o casamento é a base da nossa sociedade. É um assunto muito sério."

Sem estresse

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Legenda da foto, Adeem Younis criou um sitenamoro para muçulmanos que tem mais 1 milhãomembros

A popularidade dos sitenamoro não é uma novidade - na última década, eles se tornaram um fenômenodiversos países, principalmente os ocidentais.

Seguidoresoutras religiões, como o cristinanismo e o judaísmo, hoje podem escolher buscar suas caras-metades onlinesites voltados para seus respectivos nichos.

A ideia vem conquistando adeptos agora entre os muçulmanos ocidentais. Para muitos deles, o namoro online é uma solução sem estresse para o desafioencontrar um parceiropaíses onde poucas pessoas costumam compartilhar dafé.

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É também uma ferramenta para buscar parceiros'subnichos' da comunidade.

Um dos sites do gênero, o Muslimmatrimony.com, por exemplo, permite buscar usuários que seguem diferentes doutrinas do islamismo e filtrar os resultados pelo idioma falado por seus usuários.

Outro, o ishqr.com, diz ser o lugar perfeito para feministasbuscaum "companheiro feminista, ousado e humilde".

Poucas oportunidades

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Legenda da foto, Casados desde 2010, Muhammad e Catherine se conheceram um sitenamoro

Muhammad e Catherine se conheceram online há quatro anos. Hoje, estão casados e têm dois filhos. Mas a busca pela felicidade conjugal não foi fácil.

"Muçulmanos devotos não frequentam bares e boates. Isso é comum nas culturas ocidentais, mas na cultura muçulmana é mal visto", afirma Muhammad.

"Então, não há muitas oportunidades para conhecer gente, além dos arranjos feitos por nossas famílias."

Ele frequentou vários sitesnamoro comuns antestestar um serviço exclusivo para muçulmanos.

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"Mandei o primeiro email para Catherinemeados2010. Tudo evoluiu muito, muito rápido. Casamos três ou quatro meses depois. Quando você encontra a pessoa certa, você sabe logocara."

Muhammad éBangladesh. Catherine é britânica e se converteu ao islamismo na faculdade.

Os dois parecem formar um casal incomum, mascerta forma exemplificam o tiporelação que estes sitesnamoro buscam apoiar.

Identidade global

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Legenda da foto, Sites permitem buscar membrosacordo com a doutrina islâmica seguida por eles

"A identidade islâmica é global. Não é física nem geográfica, mas ideológica", diz Mbaye Lo, professorárabe da Universidade Duke e autorum estudo sobre a aplicaçãoferramentas onlinecasamentos muçulmanos.

"Isso explica por que esses sites normalmente mostram um africano muçulmano com uma garota indo-paquistanesa empágina principal. É para representar o Islã como algo global, fazer com que as pessoas se relacionem globalmente."

Segundo Lo, isso permite que jovenspaíses conservadores escolham com mais liberdade seus potenciais parceiros.

<link type="page"><caption> Leia mais: Policiais fardados usam armas (de verdade) para flerte no Tinder </caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/06/140625_salasocial_policiais_militares_armas_tinder_rs.shtml" platform="highweb"/></link>

"O status quomuitos países não é favorável às mulheres, a que elas façam escolhas. A internet torna isso mais fácil", ele afirma.

O tunisiano Riad conheceumulher pela internet2012. "Fiquei apaixonado no momentoque a vi", diz ele.

No entanto, assim como muitos homens do Oriente Médio e do norte da África, ele encara o namoro online com certa reserva.

"O mundo virtual é um mundomentiras. Você não sabe com quem está falando", afirma.

Orgulho

Diferentemente do Ocidente, onde os sitesnamoro para muçulmanos atraem jovens com uma forte identidade religiosa, Riad conta que, na Tunísia, é o oposto.

"Famílias muito religiosas preferem que seus filhos conheçam seus parceiros pelos meios tradicionais, através da família. Para eles, conhecer alguém pela internet não é algo natural, e isso é vistoforma suspeita", acrescenta.

<link type="page"><caption> Leia mais: Copa 'esquenta' aplicativospaquera no Brasil </caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/07/140701_wc2014_copa_aplicativos_paquera_rb.shtml" platform="highweb"/></link>

Mas, no Ocidente, esta indústria estáplena ascensão. Younis, que criou o SingleMuslim.com, nunca imaginou que o site se converteriaseu trabalhotempo integral.

Depois14 anos, o site deu a ele mais do que orgulho profissional. Alguns anos depoister criado o serviço, ele próprio se casou com uma mulher que conheceu na rede.

Hoje, Younis é um orgulhoso paiquatro crianças - entre elas uma menina que nasceu enquanto esta reportagem estava sendo escrita.