Faltaatlético paranaense e cuiabá palpitediagnóstico da filha doente inspirou empresária a inovar:atlético paranaense e cuiabá palpite

BBC Brasil

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Isabel Hoffman aprensentou seu espectômetroatlético paranaense e cuiabá palpitebolso na conferência TED Global
  • Author, Camilla Costa
  • Role, Enviada especial da BBC Brasil ao Rioatlético paranaense e cuiabá palpiteJaneiro

atlético paranaense e cuiabá palpite A empreendora portuguesa Isabel Hoffman foi convidada a palestrar no TED Global, conferênciaatlético paranaense e cuiabá palpiteprojetos e ideias inovadoras que se encerrou nesta sexta-feira no Rioatlético paranaense e cuiabá palpiteJaneiro, para falar do invento pioneiro criado por ela.

atlético paranaense e cuiabá palpite Trata-seatlético paranaense e cuiabá palpiteum espectômetroatlético paranaense e cuiabá palpitebolso que "escaneia" a comida para criar uma impressão digital dos alimentos e identificar seus ingredientes.

<bold><link type="page"><caption> Leia mais - TED: Chileno cria máquina para acabar com a 'taxaatlético paranaense e cuiabá palpitepobreza' nas periferias</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/10/141008_maquina_granel_ted_rb.shtml" platform="highweb"/></link> </bold>

atlético paranaense e cuiabá palpite Com isso, Hoffman quer evitar que outras pessoas passem por problemas como o enfrentado poratlético paranaense e cuiabá palpitefilha, que, aos 13 anos, teve um problemaatlético paranaense e cuiabá palpitesaúde misterioso que a debilitou muito por um ano e meio, o tempo levado até se chegar a um diagnóstico.

atlético paranaense e cuiabá palpite Foi graças a esta situação angustiante - e àatlético paranaense e cuiabá palpitepaixão pela astrofísica - que Hoffman chegou à ideiaatlético paranaense e cuiabá palpitecriar seu espectômetroatlético paranaense e cuiabá palpitebolso.

atlético paranaense e cuiabá palpite Em depoimento à BBC Brasil, ela conta como foi esta jornada.

atlético paranaense e cuiabá palpite "Tudo começou quando eu e minha filhaatlético paranaense e cuiabá palpite13 anos nos mudamos para o Canadá,atlético paranaense e cuiabá palpitejaneiroatlético paranaense e cuiabá palpite2011. Morávamosatlético paranaense e cuiabá palpiteuma linda casaatlético paranaense e cuiabá palpite150 anosatlético paranaense e cuiabá palpiteidade que havia sido reformada.

Cinco meses depois, minha filha começou a se sentir muito mal e cansada e a ter manchas vermelhas pelo corpo.

Em setembro, ela começou a frequentar a escola no Canadá. Duas semanas depois, recebi um telefonema para ir buscá-la, porque ela não estava se sentindo bem.

Ela não voltou à escola por um longo tempo depois disso.

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: TED:Como uma ativista argentina está 'hackeando' a democracia</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/10/141009_pia_mancini_ted_democracia_rb.shtml" platform="highweb"/></link> </bold>

Ela só ficavaatlético paranaense e cuiabá palpiteseu quarto, e seu estado só piorava. No começo, eram só vermelhidões. Depois, surgiram escaras e inchaços pelo corpo. Ela não conseguia mais fechar as mãos.

Mesmo assim, sempre que a levava para um pronto-socorro, diziam que era apenas uma infecção viral e que ela melhoraria.

Em dezembro daquele ano,atlético paranaense e cuiabá palpitepressão caiu demais, a pontoatlético paranaense e cuiabá palpiteela não conseguir mais sair da cama. Tinha que pegá-la no colo para que ela pudesse ir ao banheiro ou tomar um banho.

Nesta época, começamos a fazer sessõesatlético paranaense e cuiabá palpiteinjeçõesatlético paranaense e cuiabá palpitevitaminas, minerais e ferro, porque,atlético paranaense e cuiabá palpitemeio aos testes feitos para descobrir o que ela tinha, vimos que, alématlético paranaense e cuiabá palpitetudo, ela estava anêmica.

Íamos a uma clínica três vezes por semana, por seis meses, para que as injeções fossem aplicadas. Neste tempo, conheci a centenasatlético paranaense e cuiabá palpitepessoas que sofriam com alergias.

Nesta época, suspeitávamos que ela poderia ser alérgica a algum ingrediente ematlético paranaense e cuiabá palpitecomida.

Foi quando pensei que deveria haver uma solução melhor para isso.

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: TED: Para socióloga, é preciso ir além dos protestos e 'fazer a parte chata'</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/10/141008_protestos_tecnologia_ted_rb.shtml" platform="highweb"/></link> </bold>

Havia ido a muitos médicos,atlético paranaense e cuiabá palpitetodas as especialidades possíveis, sem nunca ter uma resposta concreta. Chegou um momentoatlético paranaense e cuiabá palpiteque não tinha mais a quem recorrer no Canadá.

Já havia passado um ano e meio, e ainda não tinha um diagnóstico. Havia largado meu trabalho para cuidar da minha filha e vendido todas as minhas joias para pagar por exames e tratamento.

Chegou a um ponto que não tinha mais dinheiro, mas isso não importava. Era a vida dela que estavaatlético paranaense e cuiabá palpitejogo.

Foi quando disparei emails para vários amigos que conhecia na área médica. Eram muitos, porque eu havia trabalhadoatlético paranaense e cuiabá palpiteclínicasatlético paranaense e cuiabá palpitemedicina preventiva.

Uma amiga da Califórnia me respondeu indicando um livroatlético paranaense e cuiabá palpiteum médico chamado Neil Nathan, "Sobre Esperança e Cura", que falavaatlético paranaense e cuiabá palpitepessoas que não tinham conseguido um diagnóstico mesmo passando por um périplo no sistemaatlético paranaense e cuiabá palpitesaúde.

Liatlético paranaense e cuiabá palpiteum dia e marquei uma consulta com este médico. Levei minha filha à Califórnia. Ele a examinou, fez testes e disse que suspeitava que minha filha era alérgica a penicilina.

Fiqueiatlético paranaense e cuiabá palpitechoque. Nunca havia dado antibióticos a ela. Ele respondeu: "Graças a Deus, porque, se tivesse dado, você saberia".

Descobrimos que a causaatlético paranaense e cuiabá palpitetudo estava escondida na parede do quarto onde minha filha estava. Havia muito mofoatlético paranaense e cuiabá palpiteseu interior, mas não sabíamos disso, porque a casa havia sido reformada.

Mudamos daquela casa. Logo depois, minha filha voltou a andar. Três meses depois, ela estavaatlético paranaense e cuiabá palpitevolta à escola.

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: TED: 'Associar Bolivarianismo com Socialismo é erro', diz biógrafaatlético paranaense e cuiabá palpiteBolívar</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/10/141007_ted_bolivarianismo_rb" platform="highweb"/></link> </bold>

Quando minha filha já estava melhor, fiz um jantar com amigos. Uma amiga me perguntou o que eu faria daliatlético paranaense e cuiabá palpitediante, já que estava há um ano e meio sem trabalhar.

Foi quando tive a ideiaatlético paranaense e cuiabá palpitecriar um escâner para ajudar pessoas que passam por este tipoatlético paranaense e cuiabá palpiteproblema.

Sou formadaatlético paranaense e cuiabá palpitematemática, mas sou apaixonada por astrofísica. Fui à faculdade para estudar isso, mas não consegui me formar na área porque não tinha o nívelatlético paranaense e cuiabá palpiteinglês necessário para cursar as matérias que o curso exigia.

Acabei fazendo aulasatlético paranaense e cuiabá palpitematemática, porque não precisavaatlético paranaense e cuiabá palpiteum inglês tão bom para isso.

Mas a astrofísica permaneceu como minha maior paixão. Daí veio a inspiração para meu invento.

Para ver as estrelas, usamos espectrômetros. Naquela mesaatlético paranaense e cuiabá palpitejantar, penseiatlético paranaense e cuiabá palpiteusar um espectrômetro para identificar alergênicosatlético paranaense e cuiabá palpiteambientes e comidas.

Tive que estudar muito, falar com pessoas desta área e contratar especialistasatlético paranaense e cuiabá palpiteespectropia para fazer estudos.

Hoje temos um protótipo. Ele joga luzatlético paranaense e cuiabá palpiteum ambiente ou num alimento. O fóton deste faixoatlético paranaense e cuiabá palpiteluz entra nas moléculas do que você quer escanear. As moléculas vibramatlético paranaense e cuiabá palpitefrequências diferentes e refletem os fótons.

<bold><link type="page"><caption> Leia mais: Na abertura do TED no Rio, a buscaatlético paranaense e cuiabá palpitejovens pela apresentação perfeita</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/10/141007_ted_inicio_fellows_rb" platform="highweb"/></link> </bold>

Depois, contamos os fótons que foram refletidos e com que frequênciaatlético paranaense e cuiabá palpitevibração eles voltaram. Isso gera um espectro, que funciona como uma impressão digital da comida ouatlético paranaense e cuiabá palpiteum ambiente.

Por fim, analisamos este espectro e os relacionamos com uma baseatlético paranaense e cuiabá palpitedados - temos um laboratório parceiro que já identificou maisatlético paranaense e cuiabá palpite2 mil ingredientes - para identificar os componentes que estão no alvo que foi escaneado.

Este resultado aparece no aplicativo na tela do celular.

É um projeto muito difícil, e ainda temos trabalho pela frente. Mas espero que isso ajude outras pessoas que tiveram um problema como o meu.

Hoje, minha filha está bem. Ela viu a palestra que dei sobre o projeto e foi a primeira a mandar uma mensagem. Ela disse: 'Mamãe, foi incrível! Eles aplaudiram vocêatlético paranaense e cuiabá palpitepé!'"