Chileno cria máquina para acabar com a 'taxa6six bet sign uppobreza' nas periferias:6six bet sign up
- Author, Camilla Costa
- Role, Enviada especial da BBC Brasil ao Rio6six bet sign upJaneiro
6six bet sign up O chileno Jose Manuel Moller,6six bet sign up26 anos, diz que não quer salvar o mundo, mas pode fazer uma grande diferença com uma máquina criada por ele para diminuir o custo6six bet sign upprodutos6six bet sign upnecessidade básica6six bet sign upbairros mais pobres do Chile.
Moller apresentou seu invento na TEDGlobal, conferência que reúne projetos e ideias inovadoras, atualmente6six bet sign upcurso no Rio6six bet sign upJaneiro.
O dispositivo funciona como uma máquina6six bet sign upcafé, mas "serve" produtos como arroz, feijão, lentilhas e sabão6six bet sign uppó6six bet sign upembalagens plásticas.
Estas embalagens são feitas6six bet sign upum único formato e podem ser compradas no próprio mercado e reutilizadas quantas vezes for possível, sempre para o mesmo produto.
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O preço6six bet sign up500 gramas do produto comprado na máquina é,6six bet sign upmédia,6six bet sign up500 pesos chilenos (R$ 2) – cerca6six bet sign up40% menos do que o preço normal nos armazéns6six bet sign upbairro,6six bet sign upacordo com Moller.
"A venda a granel sempre existiu. Mas esse modelo tinha um problema, a higiene. Depois, veio o marketing, e as pessoas passaram a comprar produtos pelas marcas.
"O que estamos querendo fazer é reposicionar a venda a granel6six bet sign uprelação à venda feita nos grandes supermercados, usando a tecnologia. É absurdo que as pessoas paguem caro por uma embalagem que vão jogar fora depois."
'Taxa6six bet sign uppobreza'
A máquina é vendida pela empresa criada por Moller, a Algramo, que venceu no Chile uma série6six bet sign upconcursos6six bet sign upstartups, como são conhecidas as pequenas empresas6six bet sign uptecnologia, e deve chegar se expandir6six bet sign upbreve para a Colômbia.
A ideia surgiu como um projeto no seu curso6six bet sign upgraduação6six bet sign upengenharia comercial - o equivalente a um misto6six bet sign upeconomia e administração6six bet sign upempresas no Chile.
"Quando era estudante, fui morar6six bet sign upum bairro da periferia6six bet sign upSantiago. Não era para ajudar ninguém ou salvar o mundo. Queria apenas viver do outro lado e entender os problemas do dia a dia", disse Moller,6six bet sign up26 anos, à BBC Brasil.
"Vivia com amigos6six bet sign upuma casa. Tínhamos pouco dinheiro. Por isso, comprávamos comida e produtos6six bet sign uplimpeza semanalmente,6six bet sign upquantidades pequenas. Era o que podíamos pagar."
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Moller percebeu que este hábito era muito comum na maioria das famílias que viviam6six bet sign upáreas pobres. No entanto, isto acabava tendo um peso maior no orçamento mensal.
"No fim do mês, pagávamos muito mais pelo óleo6six bet sign upcozinha do que se comprássemos uma embalagem maior."
Moller diz que essa disparidade, que ele chama6six bet sign up"taxa6six bet sign uppobreza", atinge a maior parte dos produtos6six bet sign uparmazéns6six bet sign upbairro e afeta 70% da população chilena.
"A economia usa o argumento da conveniência. Você está com pressa e precisa do produto naquele momento, então, compra6six bet sign upum formato pequeno e, por isso, te cobram mais", explica.
"Mas isso não é uma economia6six bet sign upconveniência, é uma economia6six bet sign upsobrevivência. Muitas famílias só conseguem comprar aquele formato naquele dia. Isso produz a injustiça: as pessoas que têm menos pagam mais por coisas básicas."
'Onde está o truque?'
O jovem empresário chileno ressalta que o objetivo não é "mudar completamente os hábitos6six bet sign upconsumo das pessoas".
"Somos uma empresa, não uma fundação. Queremos criar outro modelo6six bet sign upnegócio.”
O "novo modelo" ainda não amedronta grande supermercados, mas causou suspeita nos donos6six bet sign uparmazéns6six bet sign upmercadinhos locais.
"No início, apresentava a ideia para eles como um projeto universitário para que me aceitassem", relembra Moller.
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"Não cobro para instalar a máquina. Como as famílias pagavam menos e os donos dos mercadinhos ganhavam mais, eles me perguntavam: 'Onde está truque?'. Mas não há truque."
As máquinas do Algramo já estão6six bet sign upcem mercadinhos dos cerca6six bet sign up60 mil que existem6six bet sign upSantiago. Moller quer levá-las a toda a América Latina nos próximos dez anos.
"Talvez o mais rentável fosse entrar6six bet sign upsupermercados e ser 'hipster', mas queremos também que o mercadinho volte a ser o centro do bairro, o local onde os vizinhos se encontram", afirma.
"É algo mais sociológico do que econômico no fim das contas."