Repórter-mesário: Ameaçabet354tufão não espanta eleitores no Japão:bet354
Chego ao consulado sob chuva forte e me surpreendo com uma fila gigante, que dobra a esquina. Dezenasbet354guarda-chuvas e capasbet354chuva colorem a rua cinzenta.
Os japoneses olham espantados, sem saber do que se trata a fila. Alguns tiram até fotos. Afinal, é raro ver uma grande quantidadebet354estrangeiros reunidos.
<link type="page"><caption> Leia mais: Sem conhecer candidatos e propostas, brasileiros 'japoneses' são obrigados a votar</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/10/141003_eleitores_japao_et_cq.shtml" platform="highweb"/></link>
Meu trabalho hoje foi como primeiro-mesário. Há exatos 20 anos, exerci a funçãobet354segundo-mesário nas eleiçõesbet354que Fernando Henrique Cardoso superou Luiz Inácio Lula da Silva ainda no primeiro turno, com 54,27% dos votos,bet3541994.
Semelhanças e diferenças
Desde então, muita coisa mudou no processo eleitoral. A principal foi a troca pelo sistema eletrônicobet354voto, que facilitou a vida dos eleitores e também dos cidadãos convocados para trabalhar nas eleições.
Entre as semelhanças, comparando as eleiçõesbet3541994 e 2014, para mim, além do mesmo sanduíchebet354pão com presunto e queijo, foi o entusiasmo dos voluntários, dispostos a contribuir com o Brasil, mesmo que à distância.
No Japão, era esperado um totalbet35430,6 mil eleitores nas 93 seções eleitorais espalhadas por dez cidades japonesas, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na seção onde trabalhei, havia 400 eleitores cadastrados e apenas 198 compareceram às urnas. Uma grande parte erabet354brasileiros que moram há muitos anos no Japão ou jovens que nasceram ou imigraram cedo para cá. A votação se encerrou às 5h da manhã, no horáriobet354Brasília.
<link type="page"><caption> Leia mais: Brasil vai às urnasbet354eleição mais disputadabet35425 anos</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/10/141004_eleicoes2014_domingo_abre_jf_hb.shtml" platform="highweb"/></link>
Falar o idioma japonês foi essencial para orientar esses conterrâneos na horabet354assinar a ata e explicar como funciona a urna eletrônica.
Simone Emy Murai Takasaki,bet35426 anos, votou pela segunda vez na vida para presidente. Apesarbet354falar somente o japonês, foi incentivada pela mãe, Ivone Takasaki, a cumprir a obrigação eleitoral.
"Tenho o passaporte brasileiro e acho que devemos fazer nossa parte como cidadãos, mesmo que não tenhamos mais intençãobet354morar lá", explicou a jovem, que recebeu orientações dos pais quantos aos candidatos.
Ivone levou ainda outras duas filhas para votar e, mesmo com chuva, estava empolgada com as eleições. "Temosbet354ter sempre esse sonhobet354construirmos um país cada vez melhor e esta é nossa chancebet354contribuir, escolhendo o melhor líder."
Márcio Roberto Reis da Silva concorda com Ivone. Ele foi o primeiro a chegar ao localbet354votaçãobet354Tóquio, por volta das 5 horas da manhã.
"Vim cedo para pegar um trânsito tranquilo e acabei sendo o primeiro da fila", disse.
Silva lembra que uma grande parte dos brasileiros que vive no exterior tem a vontadebet354voltar para o Brasil um dia. "Então esta é uma oportunidadebet354lutarmos por aquilo que acreditamos, que é nosso país natal", comentou o brasileiro. "Além disso, temos parentes e amigos que continuam morando lá", lembrou.
O que esperar do futuro presidente? "Quero que ele olhe para os brasileiros que vivem no exterior com mais carinho, pois nos preocupamos e contribuímos bastante com o Brasil", pediu.