#SalaSocial: Internautas ‘morrem’ no Facebook por criminalização da homofobia :h betel guaruja
Impacto
Na página <link type="page"><caption> #eSEfosseEu</caption><url href="https://www.facebook.com/esefosseeu" platform="highweb"/></link>, qualquer um pode adaptar uma notíciah betel guarujaum crime homofóbico para colocar uma fotoh betel guarujasi mesmo e compartilhá-lah betel guarujaseu perfil na rede social.
"Ver alguém conhecido como vítimah betel guarujaum crime assim gera impacto: acaba com o distanciamento com que normalmente lidamos com uma notícia como esta, ao 'mostrar' que a intolerância chegou próximoh betel guarujaquem a lê", diz Colombo.
Desdeh betel guarujacriação, a página conseguiu 1,5 mil seguidores e vem recebendo contribuições como a da funcionária pública Leydi Martins, que é heterossexual.
No post,h betel guarujafoto aparece junto com a manchete: "Corpoh betel guarujajovem lésbica foi encontradoh betel guarujalixeira".
"Choca mais o fatoh betel guarujaler 'jovem lésbica' do que 'encontrada na lixeira'? Não devia...", escreve Martins.
"Não sou lésbica, mas poderia ser. Poderia ter sido eu, morta, violentada sexualmente, mutilada, vítima da brutalidadeh betel guarujaalgum preconceituoso intolerante. Homofobia mata. Seu preconceito mata. Liberte-se."
O estudante Mateus Bernardes também aderiu à campanha.
"O seu medo é o meu medo, é o medo da minha família, da famíliah betel guarujamuitos. É o medo daquela criança/adolescente que está se descobrindo. Até quando serei apenas 'mais um'?", disse ele no post.
Projetoh betel guarujalei
Colombo esclarece que o objetivo final da campanha é a aprovação do PLC 122, projetoh betel guarujalei que criminaliza a homofobia.
Segundo uma pesquisa feita pelo Grupo Gay da Bahia, entidade que é referência nacional na causa da igualdadeh betel guarujadireitos, 312 gays, lésbicas ou travestis foram mortosh betel guaruja2013.
O índice aumentou 14,7% nos últimos quatro anos. Destes crimes, 99% foram motivados por homofobia, segundo a ONG.
O Brasil ainda concentra quase metade do totalh betel guarujahomicídiosh betel guarujatransexuais no mundo, segundo a organização Transgender Europe.
Mesmo com estes índices, a homofobia ainda não figura no rolh betel guarujacrimes motivados por preconceito.
Um projetoh betel guarujalei que tramita no Congresso Nacional desde 2006 aplica a crimes homofóbicos punição semelhante à aplicada àqueles causados por preconceitoh betel guarujaraça, cor, etnia, religião ou nacionalidade.
Em dezembro do ano passado, o projeto foi debatido na Comissãoh betel guarujaDireitos Humanos do Senado, mas a votação não ocorreu por um pedidoh betel guarujavistah betel guarujaumh betel guarujaseus membros.
O projeto é visto com resistência por associações religiosas, que defendem o direitoh betel guarujadizer que a homossexualidade é pecado sem que isso seja considerado homofobia.
Debate eleitoral
Recentemente, o projeto ganhou destaque no debate eleitoral depois que a candidata à presidência Marina Silva (PSB) fez mudanças no capítuloh betel guarujaseu programah betel guarujagoverno sobre os direitos LGBT.
Seu programa apoiava a propostah betel guarujalegalizar o casamento entre homossexuais e defendia o projeto que criminaliza a homofobia.
A organização da campanhah betel guarujaMarina afirmou que aquela versão do programa não refletia o resultado dos debates entre seus membros e que o documento havia sido publicado com um "erroh betel guarujaeditoração".
Em seguida, a presidente Dilma Rouseff (PT), candidata à reeleição, defendeu a criminalização da homofobia.
"Fico felizh betel guarujaver este assunto na pauta da eleição presidencial pela primeira vez, porque a sociedade precisa aprender a coexistir com o diferente. Se isso não ocorrer naturalmente, é preciso promover esta mudançah betel guarujaoutra forma", afirma Colombo.
"Estamos fazendo nossa parte, com uma pressão respeitosa e inteligente. Há uma semana, tínhamos uma ideia, que hoje é um movimento. Já é muito mais do que esperávamos."