#SalaSocial: Internautas ‘morrem’ no Facebook por criminalização da homofobia :roleta online grátis

Campanha pela criminalização da homofobia (Reprodução)

Crédito, Reproducao

Legenda da foto, Crimes homofóbicos aumentaram 14,7% nos últimos quatro anos no Brasil, segundo ONG
  • Author, Rafael Barifouse
  • Role, Da BBC Brasilroleta online grátisSão Paulo

roleta online grátis Há pouco maisroleta online grátisuma semana, o publicitário Gabriel Colombo,roleta online grátis29 anos, navegava pelo Facebook quando se deparou com a notícia do assassinatoroleta online grátisum homem gay. Mas,roleta online grátisvezroleta online grátisse tratarroleta online grátisdesconhecido comoroleta online grátiscostume, a reportagem trazia estampada a fotoroleta online grátisum amigo seu, o analistaroleta online grátiseventos Caio Locci.

O susto deu lugar ao alívio quando Colombo soube que se tratavaroleta online grátisuma montagem feita pelo próprio Locci para chamar a atenção para crimes motivados por homofobia.

Juntos, os dois decidiram transformar a ideia embutida no postroleta online grátisuma campanha.

"Todos os dias vejo algum casoroleta online grátishomofobia. Eu mesmo já fui agredidoroleta online grátisuma brigaroleta online grátistrânsito. Fui xingadoroleta online grátis'viadinho' e 'bicha' e acabei desacordado no chão", explica Colombo. "Sempre quis fazer algo a respeito desse problema."

Impacto

Mateus Bernardes (Reprodução)

Crédito, Reproducao

Legenda da foto, O estudante Mateus Bernardes aderiu à campanha para acabar com o medo sentido por gays

Na página <link type="page"><caption> #eSEfosseEu</caption><url href="https://www.facebook.com/esefosseeu" platform="highweb"/></link>, qualquer um pode adaptar uma notíciaroleta online grátisum crime homofóbico para colocar uma fotoroleta online grátissi mesmo e compartilhá-laroleta online grátisseu perfil na rede social.

"Ver alguém conhecido como vítimaroleta online grátisum crime assim gera impacto: acaba com o distanciamento com que normalmente lidamos com uma notícia como esta, ao 'mostrar' que a intolerância chegou próximoroleta online grátisquem a lê", diz Colombo.

Desderoleta online grátiscriação, a página conseguiu 1,5 mil seguidores e vem recebendo contribuições como a da funcionária pública Leydi Martins, que é heterossexual.

No post,roleta online grátisfoto aparece junto com a manchete: "Corporoleta online grátisjovem lésbica foi encontradoroleta online grátislixeira".

"Choca mais o fatoroleta online grátisler 'jovem lésbica' do que 'encontrada na lixeira'? Não devia...", escreve Martins.

"Não sou lésbica, mas poderia ser. Poderia ter sido eu, morta, violentada sexualmente, mutilada, vítima da brutalidaderoleta online grátisalgum preconceituoso intolerante. Homofobia mata. Seu preconceito mata. Liberte-se."

O estudante Mateus Bernardes também aderiu à campanha.

"O seu medo é o meu medo, é o medo da minha família, da famíliaroleta online grátismuitos. É o medo daquela criança/adolescente que está se descobrindo. Até quando serei apenas 'mais um'?", disse ele no post.

Projetoroleta online grátislei

Gabriel Colombo (Arquivo pessoal)

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Gabriel Colombo lançou a campanha para fazer pressão pela criminalização da homofobia

Colombo esclarece que o objetivo final da campanha é a aprovação do PLC 122, projetoroleta online grátislei que criminaliza a homofobia.

Segundo uma pesquisa feita pelo Grupo Gay da Bahia, entidade que é referência nacional na causa da igualdaderoleta online grátisdireitos, 312 gays, lésbicas ou travestis foram mortosroleta online grátis2013.

O índice aumentou 14,7% nos últimos quatro anos. Destes crimes, 99% foram motivados por homofobia, segundo a ONG.

O Brasil ainda concentra quase metade do totalroleta online grátishomicídiosroleta online grátistransexuais no mundo, segundo a organização Transgender Europe.

Mesmo com estes índices, a homofobia ainda não figura no rolroleta online grátiscrimes motivados por preconceito.

Um projetoroleta online grátislei que tramita no Congresso Nacional desde 2006 aplica a crimes homofóbicos punição semelhante à aplicada àqueles causados por preconceitoroleta online grátisraça, cor, etnia, religião ou nacionalidade.

Em dezembro do ano passado, o projeto foi debatido na Comissãoroleta online grátisDireitos Humanos do Senado, mas a votação não ocorreu por um pedidoroleta online grátisvistaroleta online grátisumroleta online grátisseus membros.

O projeto é visto com resistência por associações religiosas, que defendem o direitoroleta online grátisdizer que a homossexualidade é pecado sem que isso seja considerado homofobia.

Debate eleitoral

Leydi Martins (Reprodução)

Crédito, Reproducao

Legenda da foto, Leydi Martins é heterossexual e participou da campanha para alertar que 'o preconceito mata'

Recentemente, o projeto ganhou destaque no debate eleitoral depois que a candidata à presidência Marina Silva (PSB) fez mudanças no capítuloroleta online grátisseu programaroleta online grátisgoverno sobre os direitos LGBT.

Seu programa apoiava a propostaroleta online grátislegalizar o casamento entre homossexuais e defendia o projeto que criminaliza a homofobia.

A organização da campanharoleta online grátisMarina afirmou que aquela versão do programa não refletia o resultado dos debates entre seus membros e que o documento havia sido publicado com um "erroroleta online grátiseditoração".

Em seguida, a presidente Dilma Rouseff (PT), candidata à reeleição, defendeu a criminalização da homofobia.

"Fico felizroleta online grátisver este assunto na pauta da eleição presidencial pela primeira vez, porque a sociedade precisa aprender a coexistir com o diferente. Se isso não ocorrer naturalmente, é preciso promover esta mudançaroleta online grátisoutra forma", afirma Colombo.

"Estamos fazendo nossa parte, com uma pressão respeitosa e inteligente. Há uma semana, tínhamos uma ideia, que hoje é um movimento. Já é muito mais do que esperávamos."