'Já fui xingadaslot poker freesudaca', diz médica brasileira na Espanha:slot poker free
- Author, Liana Aguiar
- Role, De Barcelona para a BBC Brasil
slot poker free Radicada na Espanha há 17 anos, a médica paulista Márcia Dias da Costa,slot poker free50 anos, diz ter sido sempre bem tratada pelos colegas espanhóis e afirma nunca ter se sentido menos valorizada por ser brasileira, mas relata já ter vivido situações nas quaisslot poker freecondiçãoslot poker freeestrangeira foi usada por pacientes para agredi-la verbalmente.
Segundo ela,slot poker freealgumas ocasiões chegou a ser chamada por pacientesslot poker free"sudaca", maneira pejorativaslot poker freese referir aos sul-americanos.
"Quando uma pessoa é mal educada e é um agressor, essa questão (ser estrangeiro) se soma", diz. "Mas companheiros espanhóis também já passaram por situações como essa. Como trabalhamos com público durante tantos anos, alguma vez teria que acontecer", diz.
Pediatra alergista, Márcia trabalhaslot poker freedois grandes centrosslot poker freesaúde da Provínciaslot poker freeBarcelona, o Hospital del Mar, uma instituição pública, e o Hospital Sant Joanslot poker freeDéu, que é uma instituição privada, mas com financiamento público.
Ela relata que percorreu um longo caminho até chegar onde está e reconhece que teve uma boa formação no Brasil, que "não deixa nada a desejar"slot poker freecomparação com formação na Espanha.
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Formação
Segundo ela, o bom currículo que teve no Brasil lhe abriu as portas para estarslot poker freehospitaisslot poker freereferência.
Márcia cursou Medicina no interiorslot poker freeSão Paulo. Trabalhouslot poker freehospitais públicos durante nove anos, principalmente na emergência e na UTI infantil do Hospital São Paulo.
Para reconhecer o títuloslot poker freemédica na Espanha e poder trabalhar no país, ela passou por um processo longo, custoso e burocrático. Os trâmites duraram oito meses.
Enquanto não tinha o título homologado, investiuslot poker freeformação complementar. Estudou espanhol e fez um estágioslot poker freemédico estrangeiro no serviçoslot poker freealergia do Hospital Sant Joanslot poker freeDéu.
Caminho inverso
Com a crise econômica, que levou à redução dos salários dos servidores públicosslot poker freesaúde e a uma taxa nacionalslot poker freedesempregoslot poker free24,5%, muitos médicos espanhóis têm feito o caminho inverso ao dela, emigrandoslot poker freebuscaslot poker freemelhores condiçõesslot poker freetrabalho.
Muitos têm ido ao Brasil, atraídos pelas vagas oferecidas pelo programa Mais Médicos, do governo federal.
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Para ela, que se diz contrária ao programa, a divulgação do Mais Médicos gerou uma impressão equivocada e deixou "médicos estrangeiros pensando que o Brasil é o paraíso".
"Estão trazendo genteslot poker freefora para tapar um buraco onde ninguém vai. Por um bom salário e com condiçõesslot poker freetrabalho, todos trabalhamosslot poker freequalquer lugar. Um médico não cura ninguém com as mãos, necessitaslot poker freeuma estrutura para poder dar assistência para as pessoas", justifica.
Para Márcia, o gargalo da saúde pública no Brasil está no serviçoslot poker freeemergência, que, muitas vezes, funciona como consultório clínico. "Muitas pessoas, por angústia e desinformação, vão primeiramente à emergência porque elas não têm uma porta para bater", diz Márcia.
"Um paciente que tem uma boa coberturaslot poker freesaúde primária, não tem necessidadeslot poker freeir para o pronto-socorro. Se bem orientado, saberá quando há motivos para ir ou não para a emergência", explica.
"Quanto mais bem atendidos e orientados estejam os pacientes nos postos, melhor será o serviçoslot poker freeemergência", reitera.
Nesse sentido, ela sugere que também é preciso gerenciar melhor a assistência social no Brasil. "Teriaslot poker freefazer com que o serviço socialslot poker freefato funcionasse para proteger as pessoas que estão à margem da sociedade."
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