Os riscos dos EUA e aliados na luta contra o Estado Islâmico:apostar nos jogos de futebol
- Author, Mariano Aguirre (*)
- Role, Especial para a BBC Mundo
apostar nos jogos de futebol O anúncio foi grandioso: cercaapostar nos jogos de futebol30 países, entre árabes e ocidentais, concordaramapostar nos jogos de futebolformar uma coalizão para lutar contra o grupo radical autodenominado Estado Islâmico (EI), que se instalouapostar nos jogos de futebolum grande território do Iraque e da Síria e choca o mundo com suas práticas cruéis, incluindo a divulgaçãoapostar nos jogos de futebolvídeosapostar nos jogos de futeboldecapitações.
A aliança seguirá basicamente as linhas apresentadas pelo presidente Barack Obamaapostar nos jogos de futebol10apostar nos jogos de futebolsetembro: ataques aéreos, apoio às forças locais, uso da inteligência e contra-terrorismo e fornecimentoapostar nos jogos de futebolassistência humanitária.
A coalizão começou a funcionar poucos dias após a reuniãoapostar nos jogos de futebolcúpulaapostar nos jogos de futebolParis. A França foi o primeiro país a aderir ativamente os ataques dos EUA no Iraque, na última sexta.
E, nesta terça-feira o grupo deu um golpe estratégico. O Pentágono disse que os Estados Unidos e cinco aliados árabes (Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Barein e Catar) lançaram os primeiros ataques aéreos contra alvos do EI na Síria. Até agora, os bombardeios estavam concentrados no Iraque.
O desafio é conseguir que países com diferentes estratégias, políticas e interesses se unam sob a liderançaapostar nos jogos de futebolum país do qual muitos têm receio ou suspeita.
O plano visa conciliar a experiência que os Estados Unidos têm acumulado ao longoapostar nos jogos de futebolmeio séculoapostar nos jogos de futebolintervenções com a realidade turbulenta e volátil do Oriente Médio.
Mas Obama tenta evitar intervir sozinho e, portanto, precisavaapostar nos jogos de futeboluma coalizão que incluísse, especialmente, os países árabes.
Até agora, Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Barein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos manifestaram disponibilidade para apoiar a ação.
Obama apresentou o planoapostar nos jogos de futebolmodo a liderar "por trás", como ele fez na intervenção na Líbiaapostar nos jogos de futebol2011.
O comentarista político Geoff Dyer disse ao jornal britânico Financial Times que "o riscoapostar nos jogos de futebolliderar por trás é que ele deixa os Estados Unidos dependentes dos esforçosapostar nos jogos de futebolseus membros".
"Se eles não conseguirem, Obama poderia se encontrarapostar nos jogos de futebolmeio a uma guerra no Iraque, precisamente aquela que seu governo prometeu sair."
Ecos do 11apostar nos jogos de futebolSetembro
Rami Khouri, da Universidadeapostar nos jogos de futebolBeirute, aponta vários problemas para a coalizão.
Khouri observa que este grupo foi criado por Washington,apostar nos jogos de futebolestadoapostar nos jogos de futebolpânico, antesapostar nos jogos de futebolconsultar as partes interessadas e chegar a acordo sobre os países árabes, deixando-osapostar nos jogos de futeboluma posição desconfortável.
Além disso, os Estados Unidos e seus aliados acreditam que, sem um governo inclusivo dos sunitas no Iraque, não há como lutar contra o EI.
Washington investiu bilhõesapostar nos jogos de futeboldólares na última década, e o resultado até agora é o sectarismo e a corrupção dos líderes xiitas.
Sectarismo e repressão
A ascensão do EI se deveapostar nos jogos de futebolgrande parte ao sectarismo e à repressão dos governos xiitas.
O governoapostar nos jogos de futebolNouri al-Maliki, primeiro-ministro iraquiano até agostoapostar nos jogos de futebol2014, usou o exército e milícias para reprimir a população sunita.
Patrick Cockburn, do jornal britânico The Independent, acredita que os 5 ou 6 milhõesapostar nos jogos de futebolárabes sunitas que vivem entre o Iraque e a Síria temem mais a violênciaapostar nos jogos de futebolBagdá e suas milícias do que o Estado Islâmico.
O New York Times publicou recentemente denúnciasapostar nos jogos de futebolmilícias xiitas retaliando cidades e aldeias sunitas.
Os riscos do usoapostar nos jogos de futeboldrones
Outro possível problema, segundo o acadêmico libanês Khouri, é que o presidente Obama mencionou o usoapostar nos jogos de futeboldrones e colocou os casos do Iêmen e da Somália como exemplos do que quer conseguir com a coalizão.
Nem nesses países e no Paquistão os drones eliminaram as organizações insurgentes.
Pelo contrário: as mortesapostar nos jogos de futebolcivis aceleraram a radicalização contra Washington.
Liderançaapostar nos jogos de futebolsucesso?
Também existem dúvidas, diz Khouri, sobre o fatoapostar nos jogos de futebolque o coordenador da coalizão contra o EI seja o general aposentado da Marinha John Allen.
Anteriormente, Allen teve cargosapostar nos jogos de futebolresponsabilidade no Afeganistão, no Comando Central para o Oriente Médio, no Iraque e no conflito israelense-palestino.
"É difícil acreditarapostar nos jogos de futeboluma combinação mais deprimenteapostar nos jogos de futebolfracassos da política americana na região do que os que acumula Allen", diz.
Além disso, para Khouri e outros analistas, a coalizão também tem resquícios da resposta dos Estados Unidos e seus aliados aos ataquesapostar nos jogos de futebol11apostar nos jogos de futebolSetembroapostar nos jogos de futebol2001.
No entanto, o problema com o IE é diferente da Al Qaeda e, segundo analistas, as reações emocionais anti-islâmicas e militaristas devem ser evitadas.
Luta regional
Apesar do sucesso duvidosoapostar nos jogos de futebolintervenções no Afeganistão e no Iraque durante a última década e a rejeiçãoapostar nos jogos de futebolgrande parte da população americana a entrarapostar nos jogos de futeboluma nova guerra, Obama tem sido pressionado pelos chamados neo-conservadoresapostar nos jogos de futebolseu país, por governosapostar nos jogos de futebolpaíses árabes sunitas e por Israel para intervir militarmente contra o governoapostar nos jogos de futebolBashar al-Assad na Síria e atacar instalações nucleares iranianas.
O crescimento violento do EI levou Obama a projetar uma intervenção com o menor risco militar, político e econômico possível.
Ter uma coalizão foi uma das condições prévias para evitar um possível fracasso unilateral.
Mas a guerra na qual a coalizão ainda frágil e incerta está prestes a entrar faz parte da luta política religiosa entre sunitas e xiitas na região.
Irã contra a Arábia Saudita
E a rivalidade pela hegemonia regional entre o Irã (xiita) e Arábia Saudita (sunita) marca as alianças.
Ambos os países têm interesseapostar nos jogos de futebollutar contra o EI, mas mantêm uma forte concorrência regional.
O Irã apoia Bashar al-Assad, o Hezbollah no Líbano e o Hamasapostar nos jogos de futebolGaza; a Arábia Saudita apoia a oposição sunita na Síria.
Da mesma forma, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Egito lutam contra a Irmandade Muçulmana, enquanto o Catar e Turquia os apoiam.
Os Estados Unidos, a Arábia Saudita e o Irã estão se comunicando no combate ao EI, mas é difícilapostar nos jogos de futebolalcançar um elevado nívelapostar nos jogos de futebolcoordenação.
O dilema da Turquia
A Turquia (com populaçãoapostar nos jogos de futebolmaioria sunita), porapostar nos jogos de futebolvez, preferiu manter uma postura cautelosa, especialmente desde que dezenasapostar nos jogos de futeboldiplomatas foram sequestrados por EI.
O governo turco teme que o combate ao EI ajude a fortalecer os curdos iraquianos e,apostar nos jogos de futebolmédio prazo, um Curdistão turco.
Outros países temem que o Irã saia fortalecido desta guerra.
Juan Cole, professor da Universidadeapostar nos jogos de futebolMichigan, disseapostar nos jogos de futebolseu blog: "(É) uma triste ironia que as duas potências regionais mais entusiásticas no combate ao ISIL (EI) sejam o Irã e a Síria."
Bashar, inimigo também do EI
Em relação à Síria, durante os últimos três anos a Casa Branca insistiu que uma condição para se chegar a um acordoapostar nos jogos de futebolpaz no país era que o presidente Bashar al-Assad - alawita, um ramo xiita - saísse.
Além dos ataques a focos do EI na Síria, Obama pretende fornecer assistência militar a grupos armados do fragmentado Exército Livre da Síria -a quem se refere como "oposição moderada" - a fimapostar nos jogos de futebolque eles combatam o governoapostar nos jogos de futebolDamasco e o EI.
A Síria não se pronunciou sobre os recentes ataques, mas havia comunicado anteriormente que qualquer ataque a seu território seria considerado uma interferência.
E o governo russo também disse que um ataqueapostar nos jogos de futebolWashington na Síria será considerado uma violação ao direito internacional.
Rebeldes moderados?
Na volátil situação na Síria, é difícil saber quais grupos são moderados, e há riscoapostar nos jogos de futeboltransferênciaapostar nos jogos de futebolarmas para grupos que podem se tornar inimigos dos Estados Unidos.
Lina Khatib, da Fundação Carnegie para a Paz Internacional, acredita que o planoapostar nos jogos de futebolObama e da coalizão não contempla uma formaapostar nos jogos de futebolincluir o Exército Livre da Síriaapostar nos jogos de futebolum quadro político.
Esta confusão pode reproduzir o caos que ocorreu na Líbia após a intervenção da OTANapostar nos jogos de futebol2011.
Grande parte da população sunita na Síria teme e rejeita o governoapostar nos jogos de futebolBashar al-Assad e muitos deles preferem o EI.
Ao mesmo tempo, os adversários do governo desconfiam dos Estados Unidos depoisapostar nos jogos de futebolter esperado por quase quatro anos até que este país interviesse para apoiá-los.
O sentimentoapostar nos jogos de futebolmuitos cidadãos sírios e iraquianos éapostar nos jogos de futebolestar presos entre o Estado Islâmico e os governosapostar nos jogos de futebolDamasco e Bagdá, e a esperançaapostar nos jogos de futebolserem salvos por uma coalizão improvisada parece distante.
(*) Mariano Aguirre coordena o Centro Norueguêsapostar nos jogos de futebolConsolidação da Paz (NOREF)apostar nos jogos de futebolOslo. www.peacebuilding.no