Para jovem da periferiaaposta gratis novibetSP, o que importa é qualidadeaposta gratis novibetvida e não ideologia:aposta gratis novibet

Paulo Carvalho (arquivo pessoal)

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Paulo ajuda o pai a se informar sobre política e vê melhoras no país, mas quer muito mais avanços

aposta gratis novibet Como os jovensaposta gratis novibethoje veem a política e as eleições? Estão ou não entusiasmadosaposta gratis novibetdebater o tema e ir às urnasaposta gratis novibetoutubro?

A BBC Brasil lançou essas perguntas aos seus leitores no Facebook, e diversos jovens responderam. Muitos não se animam com a política tradicional, mas veem importância na participação política. Outros pedem renovação ao mesmo tempoaposta gratis novibetque opinam e se informam pelas redes sociais. Há ainda aqueles que lamentam os poucos avanços após os protestosaposta gratis novibet2013, mas que estão,aposta gratis novibetgeral, otimistas com o futuro.

Um deles é Paulo Carvalho, 18 anos, que mora com a família no Itaim Paulista (bairro no extremo lesteaposta gratis novibetSão Paulo). Ele estudou mais do que seus pais: fez um curso técnico no ensino médio e agora estuda Gestão Empresarial na faculdade, enquanto faz estágio. Nossa reportagem conversou com Paulo para entender melhor os anseios dele e dessa nova geraçãoaposta gratis novibeteleitores:

"O problema é que os políticos são muito individualistas. Ficam defendendoaposta gratis novibetideologia e tentando convencer as pessoas,aposta gratis novibetvezaposta gratis novibettrabalharem juntos.

Sigo política na internet – nas redes sociais,aposta gratis novibetsites e aplicativosaposta gratis novibetnotícias. Também ouço as pessoas mais velhas comentarem. Elas têm mais experiência, viveram o que a gente não viveu, conhecem os muitos partidos e lutaram para que nós tivéssemos direitos.

Mas a gente é a juventude mais bem informada que já teve, graças à internet. Vemos a políticaaposta gratis novibetforma diferente. Disseminamos a informaçãoaposta gratis novibetforma mais prática. O jovem não leva tudo muito a sério, mas compartilha (nas redes sociais).

Meu pai, por exemplo, não sabe mexer no smartphone e sempre me chama. Eu acabo falando: ‘baixa esse aplicativo que é muito legal, vê esse blog’. E eles (adultos) acabam tendo acesso a essa informaçãoaposta gratis novibetforma diferente também,aposta gratis novibetvezaposta gratis novibetsó ouvir alguém falando no telejornal.

Meu pai sempre foi petista. E eu rebatia: ‘mas lê esse blog’ (com outros pontosaposta gratis novibetvista). Ele lia e respondia: ‘Nossa, isso é verdade’. Ele conseguiu muita coisa: uma casa própria, um carro, nossos estudos. Mas não teve escolaridade, nem completou o ensino fundamental.

Em 2012, convenci ele a não votar no (Fernando) Haddad (atual prefeitoaposta gratis novibetSão Paulo). Falei para ele que São Paulo era governada pelo PSDB há muito tempo, que o PT ia pegar tudo do zero, que ele não teria apoio dos vereadores, que estava numa coligação estranha com o (Paulo) Maluf. Acabou não mudando muito, porque o Haddad foi eleito.

Acho que isso não aconteceria na geração (do meu pai): ele não tinha internet, a tecnologia era muito cara. Se meu pai é cabeça dura, imagina o pai dele. Na época dele, o importante era trabalhar na roça e só. Devia ser complicado mudar a cabeçaaposta gratis novibetalguém assim.

Só que não acho que os jovensaposta gratis novibethoje estejam ligando muito para política. Você vê muita impunidade, principalmenteaposta gratis novibetpolíticos corruptos. Vejo muitos amigos que não dão a importância que deveriam aos cargosaposta gratis novibetdeputado e senador.

<link type="page"><caption> Leia mais na BBC Brasil: Jovens ganham força como formadoresaposta gratis novibetopinião na família</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2014/09/140829_eleicoes2014_jovens_politica_salasocial_pai.shtml" platform="highweb"/></link>

<italic><bold>O tema do voto jovem rendeu animadas discussões nas nossas páginasaposta gratis novibet<link type="page"><caption> Facebook</caption><url href="https://www.facebook.com/bbcbrasil/photos/a.305083412815.158425.303522857815/10152326359512816/?type=1" platform="highweb"/></link>, <link type="page"><caption> Google+</caption><url href="https://plus.google.com/b/102439754730579948294/102439754730579948294/posts/7sYCtkrFH7Q" platform="highweb"/></link> e <link type="page"><caption> Twitter</caption><url href="https://twitter.com/bbcbrasil/status/509112502752657408" platform="highweb"/></link>.</bold></italic>

E os políticos pensam que a gente (jovens) está entre o comunismo e o socialismo, entre esquerda e direita. Mas o que importa para mim é qualidadeaposta gratis novibetvida – viver bem. Não ter só saúde e educação, mas melhores salários, saber que você vai fazer uma carreira.

Falta motivação, perspectiva. O jovem do ensino médio da periferia fala: 'para que serve a escola? E quando isso (a escola) acabar, vou fazer o quê? Estou estudando para depois trabalharaposta gratis novibettelemarketing?'. Por isso muitos largam (os estudos) para arrumar um emprego no açougue ou na oficina do pai.

No nosso Facebook, o texto do Paulo rendeu um animado debate

Crédito, FACEBOOK

Legenda da foto, No nosso Facebook, o texto do Paulo rendeu um animado debate

(Nos bairros centraisaposta gratis novibetSão Paulo) há mais perspectiva, essa é a grande diferença. Temos muitas aulas, não é que sejam ruins. Mas não temos tanto incentivo.

Se houve melhora? Sim. Se olharmos para trás, avançamos muito. Meu irmão e eu estamos estudando, e meu pai não estudou. A saúde é ruim, mas vai melhorando. A gente teve conhecimento, está lutando e conseguindo avançar, e isso leva maisaposta gratis novibetuma geração.

Sou sempre otimista. Nós e os nossos filhos vamos escolher melhor. Meu filho vai ter uma vida melhor que a minha."

Depoimento concedido a Paula Adamo Idoeta, da BBC Brasilaposta gratis novibetSão Paulo.