Análise: Hesitação dos EUA na Síria abriu caminho para extremistas na região:jose andre da rocha neto vaidebet
Hesitação na Síria
Um ano atrás os eventos na Síria ainda eram vistos como uma extensão da Primavera Árabe. Em outros países, líderes que ocupavam o poder havia anos tinham sido derrubados pela pressão popular. Na Síria, o presidente Bashar al-Assad estava determinado a manterjose andre da rocha neto vaidebetposição.
As divisões na oposição síria jogaram a favorjose andre da rocha neto vaidebetAssad e complicaram as dimensões regionais do conflito. Países sunitas, como a Arábia Saudita, apoiaram várias facções opositoras, enquanto o Irã apoiou o regimejose andre da rocha neto vaidebetAssad.
O Ocidente flertou com grupos opositores, mas a desunião deles e a faltajose andre da rocha neto vaidebetresolução das nações ocidentais impediram uma decisão sobre fornecer ou não armas a esses grupos.
Foi então que Assad aparentemente teria usado armas químicas contra seu próprio povo. Mesmo que o governo sírio não tenha assumido a autoria do ataque, nesta ocasião, diferentementejose andre da rocha neto vaidebetoutras vezes, as evidências eram fortes e exigiam uma reação. O presidente americano, Barack Obama, estava sob pressão para responder ao desrespeitojose andre da rocha neto vaidebetuma "linha vermelha" que ele próprio estabelecera: o usojose andre da rocha neto vaidebetarmas químicas por parte do governo sírio contrajose andre da rocha neto vaidebetpopulação civil.
Com se sabe, o ataque americano nunca ocorreu. O Parlamento britânico se opôs a uma ação conjunta com os EUA e enfraqueceu uma autorização semelhante que buscasse aprovação do Congresso americano para uma ação militar.
A alternativa diplomática, costurada entre Washington e Moscou com apoio da comunidade internacional, foi elaborar um plano conjunto para destruir os estoquesjose andre da rocha neto vaidebetarmamentos químicos do governo sírio.
Foi um capítulo memorável na história do controlejose andre da rocha neto vaidebetarmas. Mas não interrompeu o derramamentojose andre da rocha neto vaidebetsangue no país.
A remoção do estoquejose andre da rocha neto vaidebetarmas químicas da Síria foi,jose andre da rocha neto vaidebetcerta maneira, uma distração: agora, as atenções estavam voltadas unicamente para a questão das armas químicas.
Enquanto isso, grupos considerados pelo Ocidente como uma "oposição moderada" foram acossados por um novo e perigoso inimigo.
Jihadistas
Extremistas islâmicos ligados a um ramo da al-Qaeda tinham sido, por muito tempo, uma fontejose andre da rocha neto vaidebetpreocupação no Ocidente.
A capacidade delesjose andre da rocha neto vaidebetcooptar islâmicos moderados e enfrentar combatentes apoiados pelo Ocidente foi um dos motivos citados para justificar a relutânciajose andre da rocha neto vaidebetfornecer armamento ocidental a combatentes da oposição. Afinal, nas mãosjose andre da rocha neto vaidebetquem esse armamento poderia acabar?
Os críticosjose andre da rocha neto vaidebetObama - alguns dos quais defendiam o usojose andre da rocha neto vaidebetataques aéreos não apenas para punir, mas derrubar o regimejose andre da rocha neto vaidebetAssad – acreditavam que a Casa Branca tinha perdido uma oportunidade para mudar o equilíbrio militar na Síriajose andre da rocha neto vaidebetuma vez por todas.
Em vezjose andre da rocha neto vaidebetfortalecer a oposição moderada, eles argumentam, houve espaço para que os elementos mais radicais da oposição - os jihadistas - prosperassem. Esses grupos se expandiram e desembocaram no autoproclamado Estado Islâmico, que agora controla uma faixajose andre da rocha neto vaidebetterritório na Síria e no Iraque.
Muitos se perguntam por que os EUA atacam o Iraque e não atacaram a Síria. Para alguns, a resposta é fácil: petróleo.
É verdade que o Iraque, por muitas razões, é visto como um país com uma maior importância estratégica. Além disso, os EUA herdaram uma responsabilidade no país que invadiramjose andre da rocha neto vaidebet2003.
Os EUA são um aliadojose andre da rocha neto vaidebetlonga data dos curdos e receberam um pedido explícito para a intervenção do governojose andre da rocha neto vaidebetBagdá. A opiniãojose andre da rocha neto vaidebetWashington é ajose andre da rocha neto vaidebetque não há uma ordem constitucional no Iraque.
É difícil prever o que teria acontecido na Síria se Obama tivesse mantidojose andre da rocha neto vaidebetpromessajose andre da rocha neto vaidebetrealizar ataques aéreos. Mas ficou claro que, sem impedir a desintegração da Síria, chegou-se a uma situaçãojose andre da rocha neto vaidebetque a integridade do Iraque também está sob ameaça.
O Estado extremista que hoje controla territórios nos dois países pode um dia exportarjose andre da rocha neto vaidebetviolência para locais ainda mais distantes.