Sírios sentem-se esquecidos um ano após ataque químico:online casino schweiz paysafe
- Author, Lina Sinjab
- Role, Da BBC News
online casino schweiz paysafe Eram 2h30 da manhãonline casino schweiz paysafeuma noite quenteonline casino schweiz paysafeverãoonline casino schweiz paysafeDamasco. O somonline casino schweiz paysafefoguetes atingindo alvos não era nada novo.
Pelo menos seis deles haviam explodido, um após o outro, nos distritosonline casino schweiz paysafeZamalka e Ein Tarma.
Majed, um ativistaonline casino schweiz paysafe26 anos da vizinha Douma, estava tentando dormir quando os pedidosonline casino schweiz paysafeajuda começaram a chegar.
O estudanteonline casino schweiz paysafeDireito costumava relatar os incidentes para o Centroonline casino schweiz paysafeDocumentaçãoonline casino schweiz paysafeViolações, organização que registra dezenasonline casino schweiz paysafemilharesonline casino schweiz paysafemortes e desaparecimentos na Síria.
Mas ele não estava preparado para o que viria na madrugadaonline casino schweiz paysafe21online casino schweiz paysafeagostoonline casino schweiz paysafe2013,online casino schweiz paysafeGhouta, cinturão agrícolaonline casino schweiz paysafetorno da capital síria.
"Havia caos por toda parte. Pessoas corriamonline casino schweiz paysafeum lado para o outro gritando: 'gás, gás! Eles nos atacaram com gás'", lembra.
"Naquele momento, ninguém tinha percebido o que estava acontecendo. As pessoas faziam o que costumavam fazer quando havia um ataque. Elas foram para os porões, mulheres e crianças primeiro."
"Elas procuraram abrigo no lugar mais perigoso quando há um ataque químico. O gás se concentra nas áreas mais baixas e foi aí onde o maior númeroonline casino schweiz paysafepessoas morreu."
Inspetoresonline casino schweiz paysafearmas químicas da ONU confirmariam que os foguetes que caíramonline casino schweiz paysafeZamalka, Ein Tarma e no subúrbioonline casino schweiz paysafeMuadhamiya possuíam sarin, gás que pode levar à morte por asfixiaçãoonline casino schweiz paysafealguns minutos.
Não se sabe ao certo quantos morreram, devido ao caos resultante da enorme quantidadeonline casino schweiz paysafevítimas e a faltaonline casino schweiz paysafegrandes hospitais nas áreas atingidas. Estimativas sobre mortos vãoonline casino schweiz paysafecercaonline casino schweiz paysafe350 a 1.500.
Muitos casos não foram documentados, já que valas comuns foram escavadas e vítimas foram enterradas sem terem sido registradas.
Em algumas áreas, ninguém sobreviveu. Em outras, famílias inteiras morreram. Mesmo médicos que correram para ajudar morreram após inalarem o sarin que continuava no ar.
Um ano depois, a guerra na Síria continua e avançou para países vizinhos. O númeroonline casino schweiz paysafemortos aproxima-se agoraonline casino schweiz paysafe200 mil, segundo ativistas.
'O mundo falhou'
A esperança desapareceu para muitos sírios, que vêem a atenção do mundo se voltar para outros conflitos, como no Iraque eonline casino schweiz paysafeGaza.
"O mundo falhou com o povo sírio", diz Majed. As imagens do ataqueonline casino schweiz paysafeGhouta chocaram o mundo.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou o governo do sírio Bashar al-Assadonline casino schweiz paysafecruzar uma "linha vermelha" por usar armas químicas contraonline casino schweiz paysafeprópria população.
Obama esteve prestes a lançar ataques aéreos punitivos contra forçasonline casino schweiz paysafeAssad quando a Rússia fez uma proposta para evitar a ação.
O acordo, com apoio da ONU, forçou Assad a entregar seu arsenalonline casino schweiz paysafearmas químicas, mas deixou seus partidários livres para continuar usando armas convencionais contra forças rebeldes e civis.
"As pessoas esperavam que o Ocidente finalmente viria para salvá-las, masonline casino schweiz paysafevez disso, eles deram Assad o sinal verde para matar mais, usando outros tiposonline casino schweiz paysafearmas", diz Majed.
"É uma vergonha para o mundo que tal massacre tenha sido testemunhado e nada tenha sido feito. Parece que nós não somos importantes para ninguém. A questão dos direitos humanos e a da democracia são só mentiras que o Ocidente e a ONU usam quando convém aos seus interesses."
A prontidão dos EUAonline casino schweiz paysafelançar ataques aéreos contra o grupo do autointitulado Estado Islâmico no Iraque para proteger membros da minoria religiosa yazidi causou mais decepção para os sírios, que sofrem as atrocidadesonline casino schweiz paysafeAssad eonline casino schweiz paysafemilitantes extremistas.
"Ninguém se preocupa conosco", é uma queixa corriqueira entre sírios, assim como: "Eles até pararamonline casino schweiz paysafecalcular o númeroonline casino schweiz paysafemortos e refugiados entre nós".
'Só vai piorar'
Majed relembra o ataque. Ele percorreu os subúrbiosonline casino schweiz paysafeGhouta, passando por hospitais improvisados e mesquitas para contar os mortos e tirar fotos como provas.
Antes daquela noite, o máximoonline casino schweiz paysafecorpos que ele tinha documentado após um ataque era 27. Ele diz que o que testemunhou foi alémonline casino schweiz paysafesua compreensão.
"Em um único quartoonline casino schweiz paysafeum hospitalonline casino schweiz paysafecampanha, havia 600 corpos deitados no chão. Uma criança após a outra, meninos e meninas com os olhos abertos e um líquido branco saindo dos narizes e bocas."
Imagens fortes postadas por ativistas nas horas seguintes mostravam crianças, mulheres e homens mortos. Cada corpo foi coberto por uma manta branca e recebeu um número. Em muitos casos, as vítimas não foram identificadas.
Majed queria tirar uma foto ampla da cena, para mostrar todos os corposonline casino schweiz paysafeuma única imagem. Mas não importava o quanto se afastava da cena, não conseguia.
"As pessoas iam para os hospitaisonline casino schweiz paysafecampanha e eram forçadas a andar para cima e para baixo entre os corpos à procuraonline casino schweiz paysafefamiliares."
Majed diz que uma cena ficou emonline casino schweiz paysafememória: um pai chegou à procuraonline casino schweiz paysafeseus filhos e depoisonline casino schweiz paysafeencontrar o corpoonline casino schweiz paysafesua filhaonline casino schweiz paysafeoito anos, pegou a menina nos braços e caiuonline casino schweiz paysafeprantos.
"Segurando-aonline casino schweiz paysafeseus braços, ele continuou olhando e logo encontrouonline casino schweiz paysafefilha mais nova", diz Majed.
"Mas ficou completamente perdido quando viu queonline casino schweiz paysafeterceira filha também havia morrido. Ele largou os três corpos no chão e desmaiou."
Majed deixou a Síria, mas continua a ajudar quem ficou no país. Ele, no entanto, teme que as coisas só piorem.
"Após o ataque químico, vi muitos ao meu redor se voltarem para o extremismo. A decepção causada pela inação do Ocidente criou um terreno fértilonline casino schweiz paysaferecrutamento para grupos extremistas, que disseram àqueles que perderam seus entes queridos que esta é a única esperança", afirma.