'Depósito humano'aplicativos de apostas no futebolmendigos acumula denúncias no Rio; Prefeitura nega problemas:aplicativos de apostas no futebol

Local sofreu denúnciasaplicativos de apostas no futebolfaltaaplicativos de apostas no futebolhigiene, transmissãoaplicativos de apostas no futeboldoenças, superlotação e negligência

Crédito, Vivian Fernandez . MPRJ

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"O abrigo tem capacidade para 400 pessoas e possui áreaaplicativos de apostas no futebol550 metros quadrados divididosaplicativos de apostas no futeboloito alas", diz a Prefeitura, apesaraplicativos de apostas no futebolo MPRJ afirmar que a lotação máxima não deveria ultrapassar 50 adultos homens, 50 adultos mulheres e 50 idosos. No dia da visita,aplicativos de apostas no futeboljunho, 463 pessoas haviam dado entrada no abrigo, segundo dados do Ministério Público.

A BBC Brasil aguardou durante uma semana autorização da Prefeitura do Rioaplicativos de apostas no futebolJaneiro para visitar o local, mas a ida ao abrigoaplicativos de apostas no futebolPaciência não foi permitida dentro do prazo informado pela reportagem.

Tuberculose, críticas, e outro lado

Rebatendo as acusaçõesaplicativos de apostas no futebolsuperlotação eaplicativos de apostas no futebolque os abrigados ficam à deriva no local, sem atividades e sem receberem encaminhamento para treinamentos ou programasaplicativos de apostas no futebolreinserção no mercadoaplicativos de apostas no futeboltrabalho, a Prefeitura diz que leva os integrantes dos abrigos para entrevistasaplicativos de apostas no futebolempregoaplicativos de apostas no futebolvans próprias – o MPRJ, no entanto, afirma que o setor responsável pelo recebimento destas solicitaçõesaplicativos de apostas no futeboloutro órgão da Prefeitura jamais recebeu uma solicitação do Rio Acolhedor.

Para Patrícia Villela, promotora que coordena o Centroaplicativos de apostas no futebolApoio Operacional das Promotoriasaplicativos de apostas no futebolJustiçaaplicativos de apostas no futebolTutela Coletivaaplicativos de apostas no futebolDefesa da Cidadania no MPRJ, uma questão se sobressaiu durante a inspeção. "O que me chamou a atenção mesmo foi o fatoaplicativos de apostas no futebolhaver pessoas com tuberculose sendo mantidas ao ladoaplicativos de apostas no futeboloutros abrigados. Isso jamais poderia acontecer", afirma.

Nos vídeos gravados pelo MPRJ recentemente, aos quais a BBC Brasil teve acesso, vê-se o momentoaplicativos de apostas no futebolque a responsável pelo ambulatório do local (segundo o MPRJ) confessa não saber quais dos abrigados estáaplicativos de apostas no futebolcondiçõesaplicativos de apostas no futeboltransmitir tuberculose naquele momento, e que eles não são necessariamente mantidosaplicativos de apostas no futebolisolamento – pouco antesaplicativos de apostas no futebolcomeçar a vasculhar os documentos e fichas médicas.

Já na nota enviada à BBC Brasil, a Prefeitura diz que "hoje, não há um único caso no Rio Acolhedoraplicativos de apostas no futebolabrigado que possa transmitir a doença", e que quando há confirmaçãoaplicativos de apostas no futeboltuberculose, os abrigados passam a utilizar máscaras cirúrgicas.

"Nos seis primeiros meses deste ano foram realizados 1578 atendimentos na unidadeaplicativos de apostas no futebolsaúde. Em junho, foram feitos 93 examesaplicativos de apostas no futebolbaciloscopia para constatar a tuberculose, com os resultados saindoaplicativos de apostas no futebolquatro dias", diz o governo local.

Críticas e ações judiciais

Autoraplicativos de apostas no futebolduas Ações Civis Públicas relacionadas ao tema, o promotor Rogério Pacheco Alves disse no início do ano que o abrigo mais parece um "depósitoaplicativos de apostas no futebolseres humanos".

Crédito, Vivian Fernandez . MPRJRJ

Ele move ação contra o prefeito Eduardo Paes e o ex-secretárioaplicativos de apostas no futebolassistência social, Rodrigo Bethlem, por improbidade administrativa e descumprimentoaplicativos de apostas no futebolprincípios constitucionais devido aos recolhimentos compulsórios e pede que as pessoas retiradas das ruas à força sejam indenizadasaplicativos de apostas no futebolR$ 50 mil cada.

Antônio Pedro Soares, do Mecanismoaplicativos de apostas no futebolCombate e Prevenção à Tortura, órgão independente que se reporta à Assembleia Legislativa do Rioaplicativos de apostas no futebolJaneiro e monitora espaços como presídios, abrigos e centrosaplicativos de apostas no futeboldetenção, tentou levar seu grupo para inspecionar o local no dia 16aplicativos de apostas no futeboljunho, dias após a visita do MPRJ, mas foi impedido.

"Jamais fomos impedidosaplicativos de apostas no futebolvisitar qualquer local, nem mesmo o presídioaplicativos de apostas no futebolsegurança máximaaplicativos de apostas no futebolBangu I. Mas a Prefeitura manteve a decisão e não nos deixou entrar no Abrigoaplicativos de apostas no futebolPaciência", diz.

Para ele, a decisão é vista como "um sinalaplicativos de apostas no futebolalerta gritante do que pode estar acontecendo dentro daquela unidade. Justamente num momentoaplicativos de apostas no futebolCopa do Mundo,aplicativos de apostas no futebolque é noticiado e percebido que a populaçãoaplicativos de apostas no futebolrua do Rioaplicativos de apostas no futebolJaneiro desapareceu, somos impedidosaplicativos de apostas no futebolentrar lá. Por quê?".

Já Isabel Lima, psicóloga e membro da ONG Justiça Global, ressalta o númeroaplicativos de apostas no futebolações do Ministério Público e as críticasaplicativos de apostas no futebolvárias entidades, como o Conselho Regionalaplicativos de apostas no futebolPsicologia. "É realmente um cenário desolador, perceber que mesmo com a pressãoaplicativos de apostas no futeboltantos órgãos o assunto não ganha peso. Acho que talvez seja necessária uma sensibilização maior da sociedade para o tema e uma atuação mais forte do Judiciário ao julgar estas ações".